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REGIONAL DO ALENTEJO
DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Vítor Rosa
Dezembro, 2007
2
FICHA TÉCNICA:
Edição:
CCDR Alentejo
Responsável Técnico:
Vítor Rosa
Évora
Dezembro de 2007
3
RECOLHA E SISTEMATIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE
AS INICIATIVAS LOCAIS DE EMPREGO NA REGIÃO DO
ALENTEJO
4
ÍNDICE
INTRODUÇÃO....................................................................................................6
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 34
6 - ANEXOS .................................................................................................... 36
5
INTRODUÇÃO
2. Por excelência, as ILE são as unidades produtivas proveniente das pessoas que,
por essa via, pretendem resolver os seus problemas de emprego. No entanto, e
apesar de configurar-se como uma via inovadora de criação de empregos, as ILE
não pretendem substitui-se às vias tradicionais nem atingir o mesmo impacto.
1
Com a implementação do Programa SIMPLEX – Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa, em
Fevereiro/Março de 2007 fomos informados, informalmente, de que deixaria de ser necessário o parecer da
CCDR Alentejo sobre as ILE.
2
Portugal tinha 458.600 desempregados no último trimestre de 2006, número que corresponde a uma taxa de
desemprego de 8,2%, mais 0,2 pontos do que no mesmo período de 2005 e 0,8% acima do trimestre anterior. Os
dados do INE são superiores aos do Instituto do Emprego, que nos três meses finais do ano passado registou um
número de desempregados sempre acima dos 450 mil: 453.028 em Outubro, 457.728 em Novembro e 452.651 em
Dezembro. De acordo com os dados do Eurostat, publicados dia 2/10/2007, a taxa de desemprego em Portugal
voltou a aumentar no mês de Agosto de 2007 (8,3%). Pela primeira vez em 20 anos, a taxa de desemprego em
Portugal foi mais elevada do que em Espanha. Apenas a Eslováquia, Polónia, França e Grécia (esta última com o
resultado a referir-se apenas ao mês de Junho) registam valores mais elevados do que Portugal. A recessão
económica e os níveis estruturalmente baixos de produtividade continuam a ser apontadas como as principais
causas do desemprego. Em termos sociológicos, a violência estrutural desemprego, ou o sub-emprego, é uma
chaga social ou, para citarmos Serge Milano (1982), uma «grande rota para a pobreza», que afecta
profundamente as pessoas. A economia portuguesa também se destaca pela negativa nos indicadores de
escolaridade: há 40% de jovens a sair da escola sem acabar o percurso académico. Esta situação coloca-nos na
cauda da Europa.
6
dando uma perspectiva geral das conclusões dos autores. Num terceiro ponto,
focamos a análise nas candidaturas que deram entrada na Comissão de
Coordenação Regional (a dimensão e natureza da análise apresentam várias
limitações, decorrentes quer das lacunas de informação fornecida – exemplo não
se sabe a idade dos promotores, as habilitações escolares, etc., quer ainda da
manifesta incoerência dos valores disponíveis). Finalmente, terminamos o
trabalho com as conclusões e as recomendações.
7
1
ILE: Breve apresentação
________________________________________
8
O que são as ILE?
As ILE são uma medida do Instituto de Emprego e Formação Profissional [IEFP], cujo
objectivo é o apoio a iniciativas de pequena dimensão que contemplem a criação
líquida de postos de trabalho3, contribuindo para a dinamização das economias
locais. Estas iniciativas podem incidir sobre qualquer área ou sector de actividade
económica, desde que tenham como destinatários os jovens à procura de primeiro
emprego, desempregados e trabalhadores em risco de desemprego. Os apoios
concedidos podem ser de nível técnico (formação e acompanhamento do projecto) e
financeiro.
▪ Desempregados
▪ Jovens à procura de 1.º emprego
▪ Trabalhadores empregados, mas em risco de desemprego
3
De acordo com o Manual de Procedimentos do Programa de Estímulo à Oferta de Emprego, pág. 7, considera-se
a criação líquida de postos de trabalho «(...) o aumento efectivo do número de trabalhadores vinculados à
entidade empregadora, mediante a celebração de contrato de trabalho sem termo, em resultado de um novo
projecto de investimento, de reestruturação ou de redimensionamento da actividade da empresa».
9
▪ Tenham asseguradas as fontes de financiamento, incluindo no mínimo 5%
em capitais próprios, podendo, no entanto, solicitar a dispensa total ou
parcial dessa condição, caso não disponham de meios, mediante
requerimento a apresentar ao IEFP.
▪ Disponham no mínimo do capital social, no caso de se tratar de sociedade
por quotas.
▪ A actividade se enquadre nas áreas de actividades elegíveis no programa
(vd. Art.º 14.º, da Portaria n.º 196-A/2001, de 10 de Março).
Apoios técnicos:
10
trabalho subordinado, cuja duração conjunta, seguida ou interpolada,
ultrapasse os 6 meses)
▪ 25% por cada posto de trabalho preenchido por pessoa com deficiência:
Apoios ao investimento:
11
empréstimo sem juros (por 5 anos, com 2 anos de carência), até ao limite
de 40% do investimento total admissível 150.000,00 Euros - o que equivale
a 60.000,00 Euros - não podendo exceder 12.500,00 Euros por cada posto
de trabalho criado e preenchido por desempregados ou jovens à procura
de 1º emprego. Há lugar a um abatimento de 5% por cada ano de redução
do prazo de pagamento, sobre o montante de capital em dívida, sem que
se exceda, em caso algum, o limite máximo de 10%.
12
a epígrafe “Outros apoios”, passou para secção V), ii) à conversão e
correcção dos valores expressos em escudos para Euros.
13
2
Síntese de estudos sobre as ILE
________________________________________
14
Estudos existentes sobre as ILE
Ao longo dos anos foram levados a cabo diversos estudos, efectuados por diferentes
autores, sobre as ILE, sendo mais ou menos adequados consoante o perfil de
utilização. Sem sermos exaustivos, enumeramos aqueles que nos parecem ter um
elevado interesse, que são os mais adequados para a elaboração do nosso relatório, e
poderão ser úteis para quem contacta, pela primeira vez, com esta temática.
I
Autor(es): MARTINS, Moisés Adão Lemos
Título: ILE: fenómeno social de raiz económica e de incidências culturais
In: Seminário de Sociologia do Trabalho, Lisboa, Janeiro e Fevereiro de 1987,
“A Política Social face às Questões do Emprego - Que Alternativas?”
Publicação Lisboa, ISCTE, 1988
N.º de páginas: pp. 164-178
Resumo: O autor centra a sua análise na perspectiva do fenómeno social das ILE,
baseando-se nos seguintes pontos: Condições e caracterização do contexto
em que surgem; Factores que condicionam o seu desenvolvimento;
Virtualidades da economia social no seu fomento.
II
Autor(es): MARTINS, Moisés Adão Lemos
Título: Iniciativas Locais de Emprego em Portugal – Enquadramento no Terceiro
Sector
Publicação Lisboa, IEFP/Núcleo de Informação e Relações Públicas, Estudos, n.º 4,
1989
N.º de páginas: 159
Resumo: Com este estudo procura-se caracterizar, em termos quantitativos, o
sector da economia social em Portugal, nas componentes cooperativa,
mutualista e associativa.
15
III
Autor(es): HENRIQUES, José Manuel; LOPES, Raúl Gonçalves; BAPTISTA, A. J. Mendes
Título: O Programa ILE em Portugal: avaliação e perspectivas
Publicação: Lisboa, Ed. Escher, Col. Estudos Locais n.º 5, 1991
N.º de páginas: 137
Resumo: Neste estudo os autores sublinham que o programa ILE revelou-se eficaz e
eficiente, contribuiu para a criação de empregos estáveis com níveis de
qualificação e remuneração próximos da generalidade dos empregos
criados no País, promoveu a mobilização de um expressivo potencial de
iniciativa empresarial latente na sociedade portuguesa sem condições de
acesso a capital fora do programa. Com este trabalho, ficamos a saber que
o programa ILE ao longo dos anos de 1987, 1988, 1989 e primeiros meses de
1990 promoveu cerca de 1300 ILE, e criou mais de 5000 postos de trabalho.
IV
Autor(es): ROSA, Vítor
Título: Iniciativas Locais de Emprego no Alentejo – estudo de impacte em 1997/98
Publicação: Évora, CCDR Alentejo (não publicado), 1999
N.º de páginas: 62
Resumo: Este estudo visou proporcionar um conhecimento mais detalhado sobre as
características do pequeno investimento na região do Alentejo, permitindo
retirar algumas conclusões quanto aos sectores e domínios de actividade
económica que apresentavam uma maior atractividade para os pequenos
investidores. A análise incidiu nas ILE submetidas a parecer técnico à CCDR
Alentejo durante os anos de 1997 e 1998.
V
Autor(es): RITA, José Joaquim Palma
Título: As Iniciativas Locais de Emprego no Alentejo (1994-2002)
Publicação: Évora, DRA-IEFP (não publicado), 2002
N.º de páginas: 38
Resumo: O autor procurou analisar a informação disponível sobre os processos
aprovados desde o ano de 1994 (início do II Quadro Comunitário de Apoio)
até ao 2.º semestre do ano de 2002. Com este estudo ficamos a saber
várias coisas. Por exemplo, que existem várias bases de dados sobre o
programa ILE, mas que as mesmas não são coincidentes umas com as outras
relativamente aos campos de informação que incluem, pois cada uma delas
foi construída para responder às necessidades de várias unidades orgânicas.
16
foi construída para responder às necessidades de várias unidades orgânicas.
Assim, fica por apurar convenientemente informações como a idade dos
promotores, de quem ocupou os postos de trabalho criados, a situação face
ao emprego, os motivos do insucesso de algumas iniciativas ou as
dificuldades encontradas. Por exemplo, que a informação dispersa pelas
várias bases de dados não é actualizada simultaneamente em todas elas,
sendo frequente a impossibilidade de determinar qual a mais fiável,
designadamente quanto aos valores de financiamento (empréstimos e
subsídios), n.º de postos de trabalho, a situação do promotor, a verdadeira
actividade exercida, ao tipo de entidade (forma jurídica), etc. Por
exemplo, que não tem havido a preocupação de harmonizar um sistema de
informação único e com actualização “on-line”. Por exemplo, que o único
estudo nacional existente sobre o programa data de 1991. Por exemplo,
que a DRA-IEFP deixou de fazer relatórios a nível regional ainda antes de
1994. Bem pior, que a gestão do programa foi feita em função das metas
calculadas com base em execuções anteriores e dos objectivos financeiros
e não numa perspectiva estratégica das necessidades do sistema de
emprego regional.
17
3
Os resultados dos pareceres da CCDR
Alentejo em 2005/2006
________________________________________
18
Resultados das candidaturas submetidas a parecer técnico à CCDR Alentejo
Os valores apurados indicam que deram entrada na CCDR Alentejo em 2005 e 2006
461 candidaturas para parecer técnico, repartindo-se praticamente de forma
homogénea pelos dois anos que constituem o período em estudo — 2005 e 20064.
Quadro 1
Número de ILE, por ano
ANO N.º %
Tal como o gráfico seguinte ilustra, as candidaturas que foram dando entrada na
CCDR Alentejo variaram de forma bastante irregular ao longo dos meses. Em 2005, o
maior número de entradas de ILE verificou-se no mês de Maio, para depois ter
decrescido acentuadamente. Em 2006, o pico de entradas de ILE foi no mês de Julho.
Gráfico 1
Candidaturas de ILE que deram entrada na CCDR Alentejo, por meses
35
30
25
20
15
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2005 2006
4
O Plano Nacional de Emprego (2005-2008), Relatório de Acompanhamento 2006, do Ministério do Trabalho e da
Solidariedade Social/Gabinete de Estratégia e Planeamento, Junho de 2007, refere que, em 2005, a nível
nacional, 3.889 pessoas beneficiaram desta medida de política activa de emprego (1.749 – H; 2.140 – M).
19
Uma análise da sua distribuição mostra que foram os Centros de Emprego de Évora
(18,4%), de Sines e de Portalegre (15%, respectivamente) e de Moura (8,5%) os que
mais chamaram a CCDR Alentejo a pronunciar-se sobre a pertinência dos projectos
submetidos para apoio técnico e financeiro. Comparativamente a outros Centros de
Emprego de maior dimensão (Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo, por exemplo), o de
Ourique, revela uma destacável vitalidade no contributo para o programa.
Quadro 2
Número de ILE, por Centro de Emprego e ano
CENTROS DE N.º
2005 2006 TOTAL %
EMPREGO
Sines 42 27 69 15,0
Évora 40 45 85 18,4
Portalegre 40 28 68 14,8
Ourique 18 19 37 8,0
Estremoz 17 21 38 8,2
Beja 17 17 34 7,4
Moura 16 23 39 8,5
Alcácer do Sal 13 4 17 3,7
Ponte de Sôr 12 22 34 7,4
Elvas 9 15 24 5,2
Montemor-o-Novo 6 10 16 3,5
TOTAL 230 231 461 100,0
20
Gráfico 2
Número de ILE, por sub-região e ano
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Alentejo Central Alto Alentejo Alentejo Litoral Baixo Alentejo
2005 2006
A análise referente ao tipo de actividade económica das ILE revela que repartem-se
por quase todos os domínios. Convirá, todavia, ter presente que alguns sectores têm
um peso insignificante (ex: primário, educativo). Com expressividade surge o
comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de
bens de uso pessoal e doméstico e o alojamento e restauração (ver Quadros 3 e 4).
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Quadro 3
Número de ILE, por actividades económicas (hierarquizadas pelo n.º de iniciativas)
22
Quadro 4
Número de ILE por actividades económicas (agregadas), hierarquização pelo n.º de iniciativas
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Quadro 5
Actividades económicas, por sexo do promotor
SEXO
ACTIVIDADE ECONÓMICA (AGREGADAS) Masc. Fem. TOTAL %
Em resultado dos valores obtidos, as ILE geraram, à partida, 748 novos postos de
trabalho no Alentejo.
Quanto à situação face ao emprego, verifica-se que 45,3% (n= 339) dos promotores
encontravam-se numa situação de desemprego involuntário ou à procura de primeiro
emprego (20,2%, 151). Elevado é também o número de desempregados de longa
24
duração (18,2%, 136). Outro dado interessante, embora a diferença seja pequena,
são as mulheres que procuram criar mais postos de trabalho com os seus projectos.
Quadro 6
Situação face ao emprego, por sexo
N.º DE POSTOS DE
SITUAÇÃO FACE AO EMPREGO TRABALHO TOTAL %
Masc. Fem.
Desemprego involuntário 187 152 339 45,3
Desempregados de Longa Duração (DLD) 42 94 136 18,2
Desemprego >= de 45 anos 31 34 65 8,7
1.º Emprego 69 82 151 20,2
Benef. Rendimento Social de Inserção 2 1 3 0,4
Pessoa deficiente 4 2 6 0,8
Outros 21 27 48 6,4
TOTAL 356 392 748 100,0
Quadro 7
Número de postos de trabalho criados em 2005 e 2006
N.º DE POSTOS DE
N.º DE POSTOS DE TRABALHO %
TRABALHO CRIADOS
1 282 37,7
2 242 32,4
3 87 11,6
4 64 8,6
5 45 6,0
6 12 1,6
7 7 0,9
8 - -
9 9 1,2
TOTAL 748 100,0
25
Relativamente ao tipo de projecto, verifica-se que 89% dos promotores pretendiam
criar uma empresa, enquanto que apenas 10% apresentou uma ILE no sentido de
viabilizar ou reforçar a empresa existente.
Quadro 8
Tipo de projecto, por ano
ANO
TIPO DE PROJECTO 2005 2006 TOTAL %
Quadro 9
Tipo de projecto, por sexo
SEXO
TIPO DE PROJECTO Masc. Fem. TOTAL %
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Gráfico 3
Tipo de projecto, por NUT III
140
120
100
80
60
40
20
0
Alto Alentejo Baixo Alentejo Alentejo Central Alentejo Litoral
Entre as formas jurídicas adoptadas pelas ILE, existe um predomínio das “empresas
em nome individual” (68,1%). De notar que das 461 ILE 29 candidaturas não
apresentam qualquer informação sobre a forma jurídica adoptada.
Quadro 10
Forma jurídica adoptadas pelas ILE
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Quadro 11
Montante do investimento (Euros), por sub-região em 2005 e 2006
MONTANTE DO INVESTIMENTO
TIPO DE APOIO TOTAL
2005 % 2006 % (2005-2006) %
d) Apoio a projecto de emprego beneficiário de SD 530.686,40 5,4 732.145,05 8,1 1.262.831,45 6,7
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4
Conclusões e recomendações
________________________________________
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Conclusões do estudo e recomendações
A nível global:
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vida é feita de escolhas. Por isso, temos que ser eficientes e eficazes na gestão
deste programa.
▪ Um dos obstáculos que se opôs aos nossos intentos de uma análise mais
aprofundada das ILE que chegaram às nossas mãos durante 2005 e 2006,
resultou do desconhecimento de algumas variáveis sociológicas que poderiam
ser importantes para o cruzamento estatístico de dados: idade dos promotores,
habilitações literárias, motivos justificadores do insucesso de algumas
iniciativas.
▪ Genericamente, no Alentejo:
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actividades tão diversas como as ligadas à introdução de novas culturas agrícolas, à
transformação de produtos agrícolas e pecuários, à cinegética, ou apicultura, ao
turismo rural, aos serviços de manutenção e reparação, etc. ou à valorização das
diversas formas de artesanato.
– existem várias bases de dados sobre o programa ILE, mas as mesmas não
são coincidentes umas com as outras relativamente aos campos de
informação que incluem, pois cada uma delas foi construída para
responder às necessidades de várias unidades orgânicas;
– fica por apurar convenientemente informações como a idade dos
promotores, de quem ocupou os postos de trabalho criados, a situação
face ao emprego, os motivos do insucesso de algumas iniciativas ou as
dificuldades encontradas; que a informação dispersa pelas várias bases de
dados não é actualizada simultaneamente em todas elas, sendo frequente
a impossibilidade de determinar qual a mais fiável, designadamente
quanto aos valores de financiamento (empréstimos e subsídios), n.º de
postos de trabalho, a situação do promotor, a verdadeira actividade
exercida, ao tipo de entidade (forma jurídica), etc.;
– não tem havido a preocupação de harmonizar um sistema de informação
único e com actualização “on-line”;
– o único estudo nacional existente sobre o programa data de 1991;
– a DRA-IEFP deixou de fazer relatórios a nível regional ainda antes de
1994;
– a gestão do programa foi feita em função das metas calculadas com base
em execuções anteriores e dos objectivos financeiros e não numa
perspectiva estratégica das necessidades do sistema de emprego regional.
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Terminamos, referindo que considera-se essencial identificar e disseminar exemplos
de boas práticas e aprender com as experiências de outros projectos, especialmente,
sobre a forma de elaborar, executar, acompanhar e avaliar estratégias. Por outro
lado, deve-se ter presente que influenciar políticas e práticas requer que os grupos
alvo previstos, no que se refere à informação, estejam envolvidos na concepção das
actividades de disseminação. Talvez valha a pena lembrar o óbvio, mas tantas vezes
esquecido: métodos participativos, bem estruturados e que envolvam uma gama
alargada de actores parecem ser particularmente eficazes para o intercâmbio de
informação e para a aprendizagem assente em boas práticas. Por outro lado, parece-
nos importante a necessidade de premiar e apoiar o sucesso empresarial. As políticas
de valorização das pessoas devem contribuir para a construção de um tecido
empresarial, competitivo à escala global.
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5
Referências bibliográficas
________________________________________
34
Referências bibliográficas
MARTINS, Moisés Adão Lemos (1988), As ILE’s como fenómeno social de raiz
económica e de incidências culturais, Seminário de Sociologia do Trabalho,
Lisboa, Janeiro e Fevereiro de 1987, “A Política Social face às Questões do
Emprego: Que Alternativas?”, Lisboa, ISCTE, pp. 164-178.
Legislação:
35
6
Anexos
________________________________________
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Anexo 1
Processo administrativo para elaboração do estudo: Informação interna; Ofício a
solicitar a colaboração formal da DR-IEFP.
Anexo 2
Despacho Normativo n.º 46/86, de 4 de Junho, publicado no Diário da República,
n.º 127, I Série.
Anexo 3
Manual de Procedimentos do Programa de Estímulo à Oferta de Emprego,
de acordo com a Portaria n.º 196-A, de 10 de Março, com a redacção que
lhe foi dada pela Portaria n.º 255/2002, de 12 de Março.
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