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EM FOCO
olhares diversos
A SAÚDE DO MÚSICO
EM FOCO
olhares diversos
Marina Medici
Braulio Bosi
Raquel Rohr
Eduardo Santos
(organizadores)
Vitória, 2015
© FACULDADE DE MÚSICA DO ESPÍRITO SANTO
Vice-Governador
César Roberto Colnaghi
Impressão e Acabamento
DIO - DEPARTAMENTO DE IMPRENSA OFICIAL - ES
ISBN xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
APRESENTAÇÃO
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Marina Medici
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
O CORPO EM NOTA
A dor desse corpo que nem sequer ouvi e notei, que vai além do que
ainda consigo perceber, que se expande na arte de criar, mas que se encolhe
todo a chorar porque simplesmente dói.
Marina Medici
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SUMÁRIO
Capítulo 1
O MOVIMENTO E O INSTRUMENTO
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Plasticidade
Automatização
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
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O aprendizado do instrumento
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Dores
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Embora a maioria das dores tenha uma evolução benigna, com melhora
espontânea, há casos em que será necessário que o instrumentista procure um
profissional da saúde. Neste caso, é importante que o profissional seja sensível
às exigências profissionais e particularidades do exercício musical, para que o
tratamento e as rotinas terapêuticas sejam adequados. Uma avaliação durante o
desempenho no instrumento pode ser necessária para que aspectos específicos
relacionados à técnica possam ser identificados. Nestes casos, especialmente
em se tratando de alunos, seria bom que houvesse um intercâmbio entre o
profissional da saúde e o professor, para troca de informações, discussão de
orientações e procedimentos.
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
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o mestre ensina o fazer, de forma que o aluno aprenda a usar seu corpo; ele
pode ensinar também saberes de prudência, truques e macetes que permitam
ao aluno enfrentar as dificuldades inerentes ao instrumento e ofício. Pode mas
nem sempre vai: tais conhecimentos podem estar inacessíveis ao professor
por não terem sido ainda formalizados racionalmente ou por serem de difícil
formulação devido à falta de léxico adequado. Além disso, pode se tratar de
um conhecimento relacionado a um contexto específico, cuja recordação surge
espontaneamente: ela é trazida pela memória que reage a uma situação que
desperta ecos da história pessoal do professor. Não há garantia de que estes
momentos sempre se apresentem.
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Considerações Finais
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Draª Flora Maria Gomide Vezzá é fisioterapeuta pela UFSCar (1984), especialista
em ergonomia pela USP e CNAM (Conservatoire National des Arts et Métiers), mestre em Engenharia
de Produção pela USP (2005) e doutora em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP. É
professora convidada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (curso de Especialização
em Ergonomia de Sistemas de Produção, da FCAV, e curso de Engenharia de Segurança, pelo
PECE), e ergonomista do SESI. Tem experiência na área de Fisioterapia em Saúde do Trabalhador,
com ênfase em Ergonomia, atuando principalmente nos seguintes temas: ergonomia, Análise
Ergonômica do Trabalho, saúde do trabalhador, Saúde do Músico, corpo e trabalho.
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Referências Bibliográficas
DAMÁSIO, AR. E o cérebro criou o homem. São Paulo, Companhia das Letras,
2011.
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Capítulo 2
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Se, por um lado, a cultura do silêncio sobre dores físicas e psíquicas que
acompanhou a vida profissional de muitos músicos está em franca derrocada,
não se tem, por outro, o mesmo avanço nas ações institucionais de educação
e de saúde que sejam especificamente voltadas às necessidades dos músicos
como corpus profissional. Sítios eletrônicos com informações sobre o assunto
estão disponíveis, muitos profissionais de saúde têm se dedicado à pesquisa
e muitos professores estão preocupados com questões básicas sobre saúde
ocupacional dos músicos, na medida em que são modelos para seus alunos em
estreitas relações do tipo mestre-aprendiz.
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Referências Bibliográficas
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Capítulo 3
Bráulio Bosi
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seu artigo faz uma comparação entre o professor de educação física com o
professor de música, alegando que o professor de música nada mais é do que
um professor de educação física para pequenos músculos. Trollinger levanta
também a questão de que jamais aceitaríamos professores de educação física
que não entendam e não levem em consideração o desenvolvimento e a
anatomia de seus alunos, no entanto, quando o assunto é educação musical, as
pessoas não requerem o mesmo nível de conhecimento dos instrutores.
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de educadores musicais, que é aquele que vai ensinar toda a técnica para o
estudante de música, inviabilizando assim a prevenção de lesões musculares que
em grande parte poderiam ser facilmente evitadas e que acabam encurtando
muitas vezes a carreira de músicos que poderiam estar em atividade até além
dos sessenta anos.
As Lesões Auditivas
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Capítulo 4
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Aula Tema
1 A Saúde do Músico em Foco – aspectos gerais
2 A Anatomia e Fisiologia no Fazer Musical
3 O Sistema Nervoso e os aspectos musicais
4 O Sistema Musculoesquelético
5 A Postura Corporal na Música
6 Apresentação de Artigos em Saúde do Músico
7 As Lesões em Músicos e suas Causas
8 Relação Performance e Lesões Ocupacionais em Músicos
9 Aspectos Psicossociais do Adoecer em Músicos
10 Estratégias de Prevenção de Lesões
11 Estratégias de Tratamento de Lesões
12 Apresentação de Artigos em Saúde do Músico
13 A Consciência do Corpo no Fazer Musical
14 Apresentação de Artigos em Saúde do Músico
15 Avaliação da Disciplina e Encerramento
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Referências Bibliográficas
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Capítulo 5
Introdução
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A ergonomia
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A tarefa e a atividade
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Mas como posso detectar aquilo que não posso enxergar? Detectando
os objetivos “extra-oficiais”. Oficialmente, cabe ao músico produzir um som
afinado e de qualidade e ao regente gerenciar estes sons advindos dos
diversos instrumentos, mas é justamente nesta “qualidade sonora” que está o
ponto de análise. Por trás da qualidade sonora, há o componente cognitivo da
atividade (demanda intelectual ou mental) e as regulações que o músico deve
fazer para alcançar esta qualidade, que envolve ajustes na maneira de tocar o
instrumento de acordo com a interação do som que ele produz com os outros
sons produzidos e com as condições acústicas do local. Portanto, o ergonomista
não é capaz de tirar uma foto ou de filmar a carga mental do trabalho e sequer
mostrar as regulações, mas demonstrá-las. Como? Através da descrição da
atividade, que haveremos de concordar, é mais complexa que a descrição da
tarefa, pura e simples. O conceito de regulação será abordado com detalhes em
momento oportuno neste capítulo.
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ou seja, não atende apenas às demandas do seu corpo, mas atende às exigências
da interação, ou melhor, do seu corpo em interação. Com a sua experiência,
ele é capaz de antecipar possíveis situações que podem causar “desequilíbrios
sonoros”, cabendo a ele se ajustar para equilibrar. Esta é a sua atividade, que
não está explícita formalmente em sua tarefa, mas é essencialmente um saber
tácito, adquirido ao longo do tempo.
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As regulações
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O trabalho coletivo
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A cadeira
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A iluminação
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O transporte do instrumento
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Conclusão
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Referências Bibliográficas:
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Capítulo 6
J.-J ROUSSEAU
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Qualquer atividade que fazemos durante nossa rotina diária, seja ela
profissional, de lazer ou pessoal, exige do corpo uma série de movimentos.
Esses movimentos são executados por uma complexidade de sistemas que
envolvem dentre tantas estruturas, músculos, ossos e nervos periféricos. O
controle dessa rede de tecidos parte do sistema nervoso central, que além de
controlar, ajusta continuamente as especificidades dos movimentos para que
sejam funcionais. Considera-se um movimento funcional quando o mesmo
possibilita ao indivíduo realizar uma tarefa específica, seja trocar de roupa,
cozinhar, andar ou mesmo tocar um instrumento musical. A funcionalidade
ainda, nos indica a execução de movimentos com conforto corporal, menos
sobrecarga biomecânica nas estruturas articulares, musculares e neurais, e bom
desempenho em performances das atividades diárias com gasto fisiológico
equilibrado de energia.
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instrumental.
Tendo como base essas definições acerca da imagem corporal, bem como
dos aspectos avaliados por ela, nota-se a possibilidades de aproximar esse
conhecimento à construção teórica feita anteriormente acerca da percepção
corporal. Sendo a percepção corporal um fenômeno multifacetado, pretende-se
compreender tantos os aspectos perceptuais quanto atitudinais da percepção
corporal de estudantes de música. Os aspectos perceptuais se enquadram
na tentativa de descrever o corpo durante a performance do instrumento; já
os atitudinais podem se referir aos comportamentos positivos ou negativos
tomados em relação ao corpo que toca.
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“Não se tem por costume refletir sobre o acontecido, mas se tem como
constante a necessidade de não errar novamente em contexto de performance”
(Costa, 2008). De forma consonante, Barry e Hallam (2002) assinalam como
a metacognição, sendo o ato de refletir sobre os próprios processos mentais
envolvidos no estudo musical e na performance, pode ser útil à aprendizagem
e à autonomia dos performers.
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• Aspectos Individuais:
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• Aspectos Educacionais:
• Aspectos Ambientais:
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A reflexão que deve ser feita com base nessas questões é em que medida
pode-se afirmar que esse padrão de aprendizagem motora foi adquirido de
maneira correta? Ou ainda, saberia o indivíduo perceber que os movimentos
que ele executa são de boa qualidade ou não? Teria a capacidade de reconhecer
quando seu corpo posiciona-se inadequadamente frente a uma demanda
muscular e articular, como por exemplo, para tocar seu instrumento musical?
As representações e significados das práticas corporais podem contribuir para
reflexão relacionada à consciência corporal a fim de conduzir quem pratica à
ação de movimentos mais harmônicos e saudáveis? Existem de fato fatores que
justifiquem a aplicação de técnicas de vivência e educação do corpo para o
aprimoramento da consciência corporal?
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atual. Que novas respostas surjam em breve, para avançarmos ainda mais no
entendimento e na tomada de decisões importantes na vida daquele que se
dedica à música em todas as suas dimensões.
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Referências Bibliográficas
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Capítulo 7
A DOR EM MÚSICOS
QUANDO A MÚSICA SE TORNA DOLOROSA
Introdução
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porque nosso cérebro “entendeu” que foi necessário produzir dor, com ou sem
influência da nocicepção. (BUTLER e MOSELEY, 2003; SLUKA, 2009; IANNET e
MOURAUX, 2010).
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mostrando que existe alteração sensorial. Isso poderia trazer sintomas mistos
de dor musculoesquelética e dor neuropática. Para os violinistas, violistas,
flautistas e trompetistas, manter o braço elevado com maior frequência de
tempo e de repetições leva a queixas frequentes de dor no pescoço e ombro
quando comparados a músicos que utilizam seus instrumentos com posições
mais neutras (NYMAN et al, 2007). A probabilidade de sintomas dolorosos
em músicos com menos de 18 anos aumentava a cada ano consecutivo de
prática (OR 1.135; 95%CI 1.021-1.261), o que foi visto em um estudo na Polônia
(NAWROCKA et al, 2014b).
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Segue abaixo uma relação de fatores de risco de acordo com a Shape (2002):
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Estratégias preventivas
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Atenção à ergonomia
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quais são bem conhecidas: o designer da cadeira deve ser específico para o tipo
de instrumento e para as o biotipo do músico; pés firmes apoiados no chão;
tornozelos, joelhos e quadris mantidos a 90o; suporte para a lordose lombar e
ter a possibilidade de realizar mudanças na postura mantendo o apoio lombar;
o material da cadeira deve ser confortável. Storm (2006) descreve a importância
do tamanho do instrumento, suporte adequado, o seu transporte, bem como
sua manutenção regular. Instrumentos mais largos levam a posturas extremas e
consequentemente estão mais associados a lesão. O suporte adequado do peso
por meio de correias, bucais, palhetas, pedestais, dentre outros é necessário
para minimizar sobrecargas.
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Conclusão
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Artur Padão Gosling tem Mestrado em Ciência Médica pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), é Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Sociedade Nacional de
Fisioterapia Esportiva (SONAFE), tem Capacitação em Dor no Grupo de Dor do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Centro Multidisciplinar da Dor
do Rio de Janeiro (CMD-RJ) e Grupo de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital dos Servidores do
Estado do Rio de Janeiro (HSE-RJ), é Coordenador da Câmara Técnica em Dor do Conselho Regional
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Rio de Janeiro (CREFITO-2).
Contato: pgartur@gmail.com
132
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Capítulo 8
COMMON MUSCULOSKELETAL
COMPLAINTS IN MUSICIANS
Steven D. Waldman
Reid A. Waldman
Introduction
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musculoskeletal complaint must take all of these stressors into account when
formulating a diagnosis and designing treatment plan.
It has been said that if you only have 30 minutes to spend evaluating
a patient, you should spend twenty nine minutes on taking a history and one
minute on the physical examination. The reason for this is that in the vast majority
of patients who present with a musculoskeletal complaint the diagnosis is
made by information obtained while taking a targeted history rather than from
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
findings gleaned from the physical examination. The targeted history is crucial
to allow the clinician to sort out the myriad overlapping symptoms associated
with the patient’s presenting complaint into discrete groups of symptoms. It is
by virtue of the constellation of symptoms contained in these discrete groups
that the clinician is able to paint a clear picture of what is most likely the cause
of the patient’s musculoskeletal symptomatology. Furthermore, the presence
of certain symptoms within these discrete groups allows the clinician to more
easily identify factors that cause concern and to take immediate appropriate
action, e.g. the jaw claudication associated with temporal arteritis identified in
a woodwind player which was perceived by the musician as a problem with
embouchure.
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
tunnel syndrome, the only physical finding other than tenderness over the me-
dian nerve may be the loss of sensation in the above-mentioned fingers.
TESTING
TREATMENT
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
treatment plan. Avoidance of the repetitive activities (especially those that in-
volve significant flexion of the affected wrist) that are thought to be responsible
for carpal tunnel syndrome can also help ameliorate the patient’s symptoms. If
the patient fails to respond to these conservative measures, a next reasonable
step is injection of the carpal tunnel with local anesthetic and steroid. Ultra-
sound guidance may simplify this procedure and help avoid inadvertent needle
induced trauma to the median nerve. Ultrasound may also help identify occult
space occupying lesions such as lipomas or persistent median arteries that may
be contributing to compression of the median nerve as it passes through the
carpal tunnel. When these treatment modalities fail, surgical release of the me-
dian nerve at the carpal tunnel is indicated.
145
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
ary instrument. Direct trauma to the ulnar nerve as it enters the cubital tunnel
may result in a similar clinical presentation. Patients with vulnerable nerve syn-
drome, such as diabetics and alcoholics, are at greater risk for the development
of ulnar nerve entrapment at the elbow than the general population.
Physical findings include tenderness over the ulnar nerve at the elbow.
A positive Tinel’s sign is usually present over the ulnar nerve as it passes be-
neath the aponeurosis. Weakness of the intrinsic muscles of the forearm and
hand that are innervated by the ulnar nerve may be identified with careful man-
ual muscle testing; however, early in the course of cubital tunnel syndrome,
the only physical finding other than tenderness over the nerve may be loss of
sensation on the ulnar side of the little finger. Muscle wasting of the intrinsic
muscles of the hand can best be identified by viewing the hand from above
with the palm down. Patients suffering from ulnar nerve entrapment at the el-
bow often exhibit a positive Froment’s sign, which is due to weakness of the
adductor pollicisbrevis and flexor pollicisbrevis muscles20. Patients with signifi-
cant muscle weakness secondary to ulnar nerve entrapment at the elbow also
exhibit a positive Wartenberg’s sign, with patients often complaining that the
little finger gets caught outside the pants pocket when reaching for car keys or
change. A positive little finger adduction test may also be present.(Fig. 7)
TESTING
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
TREATMENT
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
subclavian artery and vein as they exit the space between the shoulder girdle
and the first rib or compression from congenitally abnormal structures such as
cervical ribs. One or all the structures may be compressed, giving the syndrome
a varied clinical expression. Thoracic outlet syndrome is seen most commonly
in female musicians between 25 and 50 years of age with a characteristic body
habitus of an elongated neck and sagging shoulders. This potentially debili-
tating condition is observed with increased frequency in bass saxophone and
contra base players who perform in the standing position. Thoracic outlet syn-
drome has been the subject of significant debate, and the diagnosis and treat-
ment of thoracic outlet syndrome remain controversial.
148
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Fig. 1. Winged scapula can result in significant performance problems due to the inability of
the patient to stabilize the upper extremity.
Fig. 2.Even a small proportional mismatch can result in poor ergonomics as the musician
attempts to compensate for a musician/instrument mismatch. Note the significant difference
in the width of the guitar necks in this musician’s primary and secondary instruments.
149
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Fig. 3. Giant cell tumor compressing the median nerve as it passes through the carpal tunnel.
Fig. 4. Patients suffering from carpal tunnel syndrome will exhibit a positive Tinel’s sign over
the superficial median nerve.
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Fig. 5. The Phalen test for carpal tunnel syndrome is performed by having the patient place
their wrists in complete unforced flexion for at least 30 seconds.The test is considered
positive if this maneuver elicits dysesthesia, pain, or numbness in the distribution of the
median nerve.
Fig. 6. Transverse image of the median nerve as it passes beneath the flexor retinaculum.
Note the relationshipof the ulnar artery and flexor tendons.
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Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Fig. 7.The little finger adduction test evaluated the strength in the interosseous muscles of
the hand which are innervated by the ulnar nerve. It is performed by asking the patient to
touch his or her little finger to their index finger.
152
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
153
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Fig. 11. Digital nerve entrapment of the thumb commonly occurs at the point at which the
instrument compresses the nerve.
Fig. 12.Patients with lateral epicondylitis demonstrate a positive lateral epicondylitis test,
which is performed by stabilizing the patient’s forearm and then having the patient clench
his or her fist and actively extend the wrist.
154
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Fig. 13.Ultrasound image demonstrating the lateral epicondyle, radio-humeral joint, and the
common extensor tendons.
Fig. 14.deQuervain’s tenosynovitis is frequently seen in guitar players who play for prolonged
periods using a pick due to the combination of prolonged thumb and index finger opposition
and extreme ulnar deviation of the wrist.
155
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Fig. 15. The Finkelstein test is performed by stabilizing the patient’s forearm, having the
patient fully flex his or her thumb into the palm, and then actively forcing the wrist toward
the ulna. Sudden severe pain is highly suggestive of de Quervain’s tenosynovitis.
Fig. 16.Transverse ultrasound image demonstrating the relationship of the extensor pollicis
brevis and abductor pollicis longus tendons within their tendon sheath at the level of the
radial syloid.
156
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
References Bibliography
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160
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 9
163
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Movimento e Ação:
Movimento e percepção:
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Movimento e cognição:
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A Distonia Focal
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Movimento e a Distonia
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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Epidemiologia
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
O Músico brasileiro
Recente estudo realizado por Moura e col, que foi apresentado no ISME
(International Society Musical Education, 2014) apresentou um levantamento
epidemiológico brasileiro. O estudo teve como objetivos conscientizar a
população de músicos brasileiros para o reconhecimento dos sinais e sintomas
da distonia por meio da realização de palestras; avaliar dados epidemiológicos
e perfil clínico dos pacientes músicos; aplicar protocolos de avaliação de forma
sistemática e padronizada para reconhecimento desta disfunção entre músicos.
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Sintomas
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Tratamento
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Rita de Cássia dos Reis Moura é Bacharel em piano, foi também violista com
experiência orquestral (aluna de Laís Kauffman piano e música de câmara e Paulo Bosísio - viola).
Fisioterapeuta formada há 15 anos; especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade de
São Paulo (USP), mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
É autora e colaboradora de artigos e capítulos de livros nas áreas de pesquisa em neurologia e
reabilitação. Organizou o I Simpósio Paulista de Saúde do Músico em 2011, em parceria com o
Instituto de Artes da UNESP. No momento realiza pesquisa de doutorado pela Universidade Federal
de São Paulo – Unifesp, com bolsa auxílio da Fapesp, sobre Doenças Ocupacionais em Músicos, com
o tema Distonia Focal em Músicos no Brasil.
176
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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179
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 10
181
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
uma exposição indevida a sons intensos pode gerar a diminuição dos limiares
auditivos gradativamente de forma invisível e cumulativa.
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A cadeia ossicular, por meio do ossículo estribo, vibra a janela oval - porta
de entrada da orelha interna. O impulso gerado no líquido coclear (perilinfa)
chega até o Órgão de Corti e atinge as células auditivas. Nesse momento,
ocorre a transformação da energia mecânica em energia eletroquímica. A partir
dai, o impulso elétrico é conduzido pelo nervo auditivo (VIII par craniano – N.
Vestibulococlear) até o córtex cerebral, onde ele será entendido/compreendido.
Se o estímulo sonoro atinge níveis muito altos (acima de 70-90 dB), os músculos
da orelha média contraem protegendo a cadeia ossicular e consequentemente
as células da orelha interna contra possíveis danos.
188
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Infelizmente, não existe cura para a perda auditiva induzida pelo ruído.
Contudo, é possível prever e acompanhar a evolução da doença por meio da
identificação precoce e da prevenção. Já existem no mercado protetores e
atenuadores de ruído para músicos. Eles diminuem os picos de pressão sonora
de maneira uniforme tornando-se um acessório importante e indispensável.
Com a evolução da tecnologia, esses aparelhos têm a capacidade de proteger
a audição sem alterar as qualidades acústicas do som original e assim, podem
garantir a proteção e a qualidade no desempenho do músico. Eles atenuam as
frequências altas, médias e baixas de maneira uniforme e por isso são chamados
de alta fidelidade (HiFi - Highest fidelity) conservando a qualidade original do
som, porém com nível sonoro mais confortável.
189
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4. Acompanhamento audiológico;
7. Repouso auditivo.
190
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Referências Bibliográficas
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Santos UP, Matos MP, Morata TC, Okamoto VA. Ruído: riscos e prevenção. São
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192
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 11
A ATIVIDADE DO MÚSICO DE
ORQUESTRA
TRANSITANDO ENTRE O IDEAL E O REAL
Raquel Rohr
2 Tradução retirada de: SEGNINI, Liliana RP. Entre o Estado e o Mercado, o processo
de fragilização dos vínculos de trabalho em arte. 2011. Disponível em < http://xa.yimg.com/
kq/groups/17614365/1558423723/name/SEGNINI_Entre+o+Estado+e+o+Mercado_2011.pdf>.
Acesso em: 23 de março de 2015.
193
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194
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195
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Alvarenga (2013) conjuga ações que ele designa como “terrorismo” aos
poucos postos formais de trabalho existentes no mercado como ingredientes
de uma equação que gera medo nos músicos envolvidos:
No trabalho do músico, o risco é em relação à saúde mental.
Este “terrorismo” recebido pelos artistas afeta diretamente seu
equilíbrio psíquico, na medida em que se sentem bastante
vulneráveis em suas atividades. Vulnerabilidade que vem
também por conta da precariedade do trabalho na música,
onde há poucos lugares no estado do Pará disponíveis para
um instrumentista de orquestra sinfônica trabalhar com
carteira assinada. Sendo assim, surge o medo de ser mandado
embora e perder uma das únicas formas de sustento possíveis
em sua profissão. Este medo fica ainda mais evidente quando
analisamos que há uma defesa dos músicos para amenizá-lo:
‘Não bater de frente com certas coisas, mesmo que aquilo te
197
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A natureza coletiva da atividade nos leva a outro fator que pode ser
causa de sofrimento e adoecimento no ambiente em questão: o alto grau
198
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
199
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Contato: raquel.rohr@ufjf.edu.br
200
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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203
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 12
A AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA
ALGUMAS REFLEXÕES E UMA ANÁLISE DAS PARTICULARIDADES DOS
MÚSICOS
Introdução
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coluna”, “estufe o peito”, “você está todo torto, fique reto”, “apoie-se na cadeira”
que, tempos depois, o indivíduo voltará à posição anterior. Corroborando com
Soares, Lima e Assunção (2006):
Em situações de trabalho, a postura não é um fim em si mesmo,
como faz supor a prática de “educação postural”. Durante a
realização de um trabalho, as exigências da tarefa e a atividade
em curso tendem a prevalecer sobre a “consciência corporal” (...)
fixando a consciência no trabalho, seus instrumentos e objetos.
Trata-se, pois, de uma programação corporal e, para desprogramar
este corpo, é necessário mergulhar em seu universo físico, psíquico e de suas
interações com o ambiente, em outras palavras, em suas atividades e em como
em este lida com as tarefas e desafios da vida.
Os desvios posturais
Por outro lado, grande parte destes desvios possui caráter adquirido,
ou seja, estão relacionados às atividades que os indivíduos desempenham ao
longo da vida, desde a infância ou até mesmo após a vida adulta. Utilizando
o termo “padrões posturais” citado anteriormente, pode-se dizer que um
instrumentista pode apresentar padrões posturais que caracterizam a
sustentação do instrumento no corpo, como é o caso da rotação e inclinação
lateral da cabeça para o lado esquerdo em violinistas. Portanto, no caso
dos músicos, os instrumentos possuem formatos pré-definidos e cabe ao
instrumentista se adequar a estas características.
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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▪ Ter origem a partir de uma disfunção visceral que, potencialmente, pode criar
congestões.
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O homem está pronto para fazer tudo para não sofrer, ele
vai deformar-se e diminuir sua mobilidade para reencontrar
o conforto. O homem em ortostatismo representa um
compromisso entre a verticalização e a necessidade de esconder
seus problemas de todas as ordens.
Então, a questão é: O que este corpo está dizendo? O que esta
irregularidade postural está ocultando? Qual a relação da queixa ou do
diagnóstico com a atividade? Parece bastante lógico e simples, mas envolve
grande perspicácia no estabelecimento de relações entre as diversas
informações coletadas durante o processo de avaliação.
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A anamnese
Identificação
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lembrar que estas informações não servem para a confecção de uma cédula de
identidade.Ou seja, esta parte da avaliação não é apenas uma ficha cadastral.
O que isso quer dizer? Não se trata simplesmente de uma coleta de dados para
algo que tenha validade oficial, estas informações devem fazer parte de uma
contextualizaçãoe deve-se aproveitar este momento para coletar elementos
importantes com o intuito de estabelecer inter-relações a posteriori.
Histórico da queixa
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Jornada de trabalho
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Qualidade do sono
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História familiar
Patologias
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Medicamentos e dosagem
Exames complementares
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O exame físico
Apenas após a coleta desta série de detalhes propostos até aqui é que
o terapeuta pode receber uma concessão para tocar no paciente. Parece um
excesso de cuidados, mas é importante que o profissional conheça o dono do
corpo antes de conhecer o corpo, até mesmo para que o paciente não se sinta
inibido. É verdade que há pessoas que não possuem muito pudor, mas devemos
lembrar que estaremos recebendo pessoas em nosso consultório advindas de
diferentes contextos e valores.
O exame estático
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
O exame dinâmico
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A técnica instrumental
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229
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Conclusão
230
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
acordo com o perfil do paciente, se ele for músico, muitos fatores relativos a
performance instrumental, ao ambiente de trabalho e ao componente afetivo
e psicológico do indivíduo devem ser contemplados tanto na avaliação quanto
no tratamento.
231
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Referências Bibliográficas
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233
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 13
235
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
que deveriam ser repensadas frente aos sintomas que acarretam (Winspur
e Wynn Parry, 1997), uma vez que a postura em relação ao instrumento é
assimétrica e não-ergonômica (Frank e Von Mühlen, 2007). Dessa forma,
indo de encontro aos princípios da Ergonomia, uma vez que essa disciplina
científica determina que o ambiente e as ferramentas devem se adequar ao
homem.
236
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
237
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
O Processo Trabalhista
239
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Médico: G.C.
Médico: G.C.
Médico: I.M.S.
Fisioterapeuta: D.S.
240
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Médico: P.F.N.
Médico: T.J.
Declaração: atesto par os devidos fins que o paciente esteve nesta clínica em
consulta médica devendo a partir do dia 17/07/2009 afastar-se das atividades
profissionais e/ou escolares por um período de 3 dias. CID M25.5 (Dor articular).
Médico: S.F.
Avaliação Clínica
Anamnese
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de segunda-feira a sábado, sendo que tocava o piano por uma hora e trinta
minutos, fazia uma pausa de meia hora para beber água, ir ao banheiro e
lanchar, e retornava para tocar por mais uma hora. O trabalhador afirmou que
realizou horas extras no primeiro ano de trabalho.
242
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Avaliação Física
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Avaliação do Trabalho
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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no joelho direito. Assim, o nexo causal não foi caracterizado, uma vez que as
tarefas realizadas pelo trabalhador para a empresa não exigiam movimentos,
posturas e condições organizacionais que sobrecarregavam biomecanicamente
capaz de provocar lesões no joelho direito.
Conclusão
246
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Contatos: bmguimaraes@hotmail.com
247
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
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Problems of Musicians and Dancers; 2001: Education Design, 2001.
249
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 14
251
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Unidos. Durante a viagem de navio de Londres para Nova York, Joseph conhece
Clara, que viria a tornar-se sua esposa. No mesmo ano, abre sua academia na
Oitava Avenida de Nova York, atraindo muitas pessoas, dentre elas, grandes
bailarinos como Martha Graham.
252
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
2. Concentração
3. Respiração
4. Precisão
253
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5. Controle
6. Fluidez de movimento
254
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Pilates e Músicos
255
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e ininterruptamente, nem para levantar objetos pesados dia após dia. Quando
sofremos uma lesão devido a uma sobrecarga repetitiva, devemos deixar de
realizar o movimento. Entretanto, para um músico, sua vida depende desse
movimento, então, teremos que encontrar um modo de executá-lo com a
maior eficiência e menor esforço para a zona em lesão. Prevenir é a melhor
maneira de manter as principais articulações do corpo em bom funcionamento,
antecipando-se às consequências de uma ação que poderá trazer disfunções.
256
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
o produto das interações que ocorrem entre o ser humano e seu ambiente,
afetando as pessoas tanto física quanto psicologicamente. Os sintomas mais
comuns são: dores, sensação de formigamento, fadiga precoce, sensação de
peso e desconforto, perda de força muscular em conseqüência de alterações
nos tendões, musculaturas e nervos periféricos.
257
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lombalgias. A seguir será feita uma breve explanação dessas alterações e como
o Pilates pode contribuir para a resolução ou prevenção delas.
Tendinites/tenossinovites e bursites
258
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Cervicalgias/Cervicobraquialgias e Lombalgias
259
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Conclusão
260
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Contatos:
E-mail:debicfisio@gmail.com
Site:www.pilatesdeboracherubini.com.br
261
Medici; Bosi; Rohr; Santos (org.)
Referências Bibliográficas:
262
A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
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A SAÚDE DO MÚSICO EM FOCO: olhares diversos
Capítulo 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao nosso olhar, uma valiosa parceria de trabalho que se inicia com esse
livro, reunindo o que há de mais rico entre as artes performáticas e a saúde
humana.
267
SOBRE OS AUTORES
Eduardo Santos Iniciou seus estudos musicais aos 14 anos na Banda de Música
Euterpe Santa Luzia Caetanópolis/MG com o Maestro Valdomi Carneiro do Nascimento. É Bacharel
em Clarinete pela Universidade do Estado de Minas Gerais sob orientação do professor Walter
Júnior, especialista em Arte na Educação pelo Instituto Superior de Educação, Mestre e Doutorando
em Execução Musical pela UFBA, sob a orientação do Prof. Dr. Pedro Robatto. Em Belo Horizonte,
atuou em diversos grupos sinfônicos e de câmara. Também foi vencedor do concurso Jovem Solista
BDMG, Projeto Segunda Musical e Projeto Furnas. Participou de Festivais nos quais foi orientado
pelos professores Cristiano Alves, Yura Resende, Montanha, Pedro Robatto e Sérgio Burgani.
Desde 2006 é clarinetista da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, além de atuar como
professor de clarinete da FAMES – Faculdade de Música do Espírito Santo – desde 2007 nos cursos
de Bacharelado e na extensão, onde também se apresenta em recitais solo e de música de câmara.
Se apresentou como solista nos anos de 2009 e 2013, à frente da Banda de Música Euterpe Santa
Luzia (Caetanópolis/MG) e Orquestra Camerata Sesi, respectivamente interpretando o Concerto
para Clarinete e Orquestra de Wolfgang Amadeus Mozart. É também autor do livro “A Vida e a Obra
do Maestro Antônio; revisão, edição e análise de gravações da valsa Clarinete Vadiando e do choro
Bigode na Farra”, além de atuar em conjunto com outros professores e entidades na organização
de eventos científicos.
Este livro foi publicado por meio do Edital de Publicação de Livros da Fames (2015).