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Ficha de leitura- economia laboral ( continuação das aulas anteriores…)

Distribuição da mão-de-obra
PEA ou Forca de Trabalho- expressa a quantidade de pessoas que potencialmente colocam a
sua mão-de-obra para suprir as necessidades da empresa. Engloba as pessoas empregadas
como as que estão disponíveis para trabalhar, mas não estão conseguindo emprego
(denominadas desempregadas);

PEA-população economicamente activa

PIA- população em idade activa

PINA-população em idade não activa

Para entender o que vem a ser mercado de trabalho no que se refere a indivíduos que o
constituem, é necessário, inicialmente, classificar a população segundo a actividade económica
que cada um exerce.

Para delimitar o mercado de trabalho, deve se partir da noção da actividade económica, um


conceito bastante complexo.

PEA ou Forca de Trabalho- representa os elementos que irão constituir o mercado de


trabalho. O mercado de trabalho, por sua vez, abastece as firmas no que diz respeito a
necessidade da mão-de-obra.

Entende-se também por PEA, o conjunto de elementos empregados (E) e desempregados (D),
num certo momento, captado por um inquérito estatístico com base na definição de
actividade económica dos indivíduos.

A PEA é um subconjunto da população em idade activa (PIA), importa nos inferir que existem
três grandes segmentos de trabalhadores que mais directamente dizem respeito ao mercado
de trabalho e a própria dinâmica de formação de salários e empregos na economia:

a) Constituem indivíduos fora de forca de trabalho, aqueles em idade activa, mas não
considerados economicamente activos.
b) Os indivíduos ocupados (empregados)
c) Os indivíduos desocupados (desempregados)

A soma dos indivíduos que estão empregados com os que estão desempregados forma o
conceito de PEA ou Forca de Trabalho a disposição das firmas.

É importante frisar que: PEA=empregados (E) + desempregados (D), sendo


que:
Desempregado são os indivíduos que não trabalham mas estão procurando emprego.
Um individuo que não trabalha mas não procura emprego não é considerado
desempregado.

No interior de cada um desses segmentos citados a cima, ocorrem inúmeras outra


classificações que permitem enquadrar com maior precisão os trabalhadores segundo
a actividade económica que exercem.

Um sumário é a seguir apresentado:

1. Empregados
a) Plenamente ocupados:
 Em tempo integral
 Em tempo parcial
b) Subempregados:
 Visíveis
 Invisíveis
2. Desempregados
a) Buscando trabalho:
 Já trabalham
 Nunca trabalharam (primeiro emprego)
b) Não estão procurando trabalho, mas dispostos a trabalhar em condições
específicas:
 Já trabalharam
 Nunca trabalharam
3. População não economicamente activa ( PNEA)
Capacitados para trabalho
a) Trabalhadores desalentados ou desencorajados (dispostos a trabalhar, mas
desestimulados a buscar emprego):
 Dedicando-se a afazeres domésticos
 Estudantes
 Aposentados
 Pensionistas
 Outros com características semelhantes
b) Inativos (não buscam trabalho nem desejam trabalhar):
 Inválidos
 Idosos
 Réus
 Outros

Essa forma de apresentação de PEA é universal, contemplada pelas mais importantes


instituições voltadas para questões do mercado de trabalho e adoptada nos principais
inquéritos visando captar aspectos recativos a actividade económica dos indivíduos. A
principal polémica ocorre em como enquadrar determinada categoria ocupacional com
base numa situação observada. Como exemplo, temos o subemprego que, para alguns
( como o IBGE), é uma categoria entre os empregados, enquanto para o Dieese é uma
forma de desemprego.

As seguintes observações merecem também destaque:

a) Alguns indivíduos que não trabalham fazem parte do mercado informal, que é
composto também por indivíduos que trabalham;
b) O nível de participação na PEA pode alterar-se sem modificações originadas por
aspectos demográficos;
c) O critério para definir idade activa é arbitrário, variando entre Países, mas, em
geral, contido no intervalo entre 10 e 15 anos de idade;
d) Os desempregados autênticos representam um patamar mínimo de
subutilização da mão-de-obra desde que entre os empregados existam os
subempregados;
e) O facto de o individuo estar em idade activa não o caracteriza como
economicamente activo;
f) Possuir capacidade para trabalhar também não assegura que o individuo seja
economicamente activo;
g) Desemprego não significa inactividade.

Finalmente, devemos notar que as categorias classificadas como economicamente


activas da forma mencionada, ainda que representativas do volume de trabalho apto e
imediatamente disponível, não revelam a total potencialidade da forca de trabalho.

Indicadores do mercado de trabalho

Vimos a composição da população economicamente activa (PEA). Para avaliar o


comportamento desse mercado, uma serie de indicadores é constituída: alguns
diretamente das definições apresentadas, e outros, com índice de salario real, que não
emergem diretamente do que foi descrito, mas sim por meio de variáveis que se
formam no mercado.

Tais indicadores possibilitam tanto refletir sobre o desemprego quanto avaliar o


comportamento da economia. Podem também ser utilizados como importantes
factores de orientação no processo de tomada de decisão (seja pelo governo ou pelas
empresas), visando proporcionar melhorias no padrão de vida, nas condições de
emprego e trabalho e, principalmente, na harmonização das relações entre capitalistas
e trabalhadores. Servem ainda para reflectir estados de pobreza ou miséria, alem de
contribuir para a avaliação do nível de absorção de mão-de-obra e de seu grão de
subutilização.
Taxa de participação na força de trabalho (tp)

Reflete o nível de engajamento da população activa nas actividades produtivas, pela


mensuração do tamanho relactivo da forca de trabalho. Fornecendo uma aproximação
do volume de oferta de emprego imediatamente disponível na economia. Desde que o
tamanho da população e da própria PEA tendem a definir de País para País, ou entre
regiões de um mesmo País, é necessário expressar percentualmente o volume de
indivíduos em actividades voltadas para a produção social de bens e serviços em
relação a população em idade activa (PIA). Define-se então, taxa de participação (t p).

Regra geral: para qualquer País, observa-se que:

a) A taxa de participação masculina é maior que a feminina, pois os afazeres


domésticos não são considerados ocupações economicamente activas e são
exercidos maioritariamente pelas mulheres;
b) A participação adulta é maior que a participação jovem ou idosa. A necessidade
de educar e a aposentadoria são as explicações tradicionais para a menor
participação desses dois últimos grupos;
c) A participação feminina tende a crescer com o desenvolvimento económico,
seja por que aumentam as oportunidades de emprego para as mulheres, ou
seja, por que o próprio papel delas com relação ao trabalho é visto de forma
diferente.

Taxa de desemprego (tD)

Compreendemos que uma economia encontra-se equilibrada quando o mercado de


trabalho e o mercado dos produtos atingiram um ponto em que não há tendência para
aumentar de preço ou de salario. Ou seja, se a taxa de inflação e a taxa de desemprego
apresentarem-se estáveis, se oscilar para mais ou para menos dizemos que a economia
esta em equilíbrio. A taxa de desemprego verificada nesse cenário é a taxa natural de
desemprego.

Seria desejável que a taxa natural de desemprego fosse igual o zero, ou próximo disto.
Mas é quase impossível que isto aconteça. Nas economias modernas, de grande
dinamismo. Haverá sempre uma taxa de desemprego friccional (pessoas que acabam
de atingir idade para entrar no mercado de trabalho e estão a procura do primeiro
emprego; ou querem trocar de emprego).

Tipos de desemprego
Algumas fórmulas:

PT=PIA +PINA

Onde:

 PT- população total


 PIA- população em idade activa
 PINA-população em idade não activa

PIA=PEA+ PNEA

Onde:

 PEA- população economicamente activa


 PNEA-população não economicamente activa

PEA=E+D

Onde:

 E - empregado
 D - desempregado

PNEA=PIA-PEA

Tp=PEA/PIA

Onde:

 Tp- taxa de participação

TD=D/PEA(E+D)

Onde:

 TD-taxa de desemprego

TE=E/PEA

Onde:

 TE- taxa de emprego

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