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Índice

Introdução.................................................................................................................................................2
1. Silogismos Irregulares......................................................................................................................3
2. Empiquerema....................................................................................................................................4
4. Polisilogismos.......................................................................................................................................4
5. Silogismos Hipotéticos.....................................................................................................................6
6. Silogismo Hipotético Disjuntivo.......................................................................................................8
7. Silogismo Hipotético Conjuntivo......................................................................................................9
8. Logica Proposicional......................................................................................................................13
9. Proposições Simples e Proposições Complexas..............................................................................14
10. Conectivas Logicas ou O operadores Lógicos............................................................................14
11. As Tabelas de Verdade...............................................................................................................15
12. As Operações Logicas Sob as Proposições.......................................................................................15
13. Conjunção (Ʌ ou & ou,)...................................................................................................................16
14. Disjunção (V)...................................................................................................................................16
15. Disjunção Exclusiva (V~ ou VV).....................................................................................................17
16. Condicional ou Implicação (→)........................................................................................................17
17. Incondicional ou Equivalência (↔)..................................................................................................18
Conclusão...............................................................................................................................................18
Bibliografia.............................................................................................................................................19

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Introdução

O presente trabalho, tem por tema Silogismo e dentro do qual, falar-se-á do silogismo regular,
falacias e paradoxes e por ultimo da lógica proposicional.

O trabalho tem por objectivo de dar a conhecer as formas de inferência mediata ou raciocínio
dedutivo formado por três proposições, sendo as duas designadas premissas e a terceira por
confusão.

A materialização do presente trabalho foi feito com auxilio de livro que fala do assunto em destaque
"O silogismo".

Quanto a estrutura o trabalho compreende as seguintes partes, a saber˸ A pré-textual, onde consta a
capa e o índice, A textual que contem a introdução o desenvolvimento e a conclusão, e a pós-textual
onde consta a Bibliografia.

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1. Silogismos Irregulares

Segundo Aristóteles, o silogismo é uma forma de inferência mediata ou raciocínio dedutivo


formado por três (3) proposições, sendo as duas designadas por premissas e a terceira por confusão,
Geque & Biriate (17).

Dá-se o nome de silogismos irregulares ou derivados aos silogismos categóricos que, na sua
estrutura e matéria, apresentam mais ou menos do que três termos e mais ou menos do que três
premissas. Estas são estruturas argumentativas que, embora validas, não obedecem a uma forma
canónica, isto é, a um padrão do silogismo categórico.

Vejamos alguns silogismos categóricos e regulares ou derivados.

Entimema (ou silogismo incompleto) ~é um silogismo, ou argumento, em que uma das premissas,
ou inclusive as duas, não estão expressas por poderem ser subentendidas.

Exemplo: A SIDA é uma doença infeciosa por que é transmitida por um viros.

Neste caso, falta a premissa maior: as doenças infeciosas são transmitidas por viros.

Passando para a forma canónica (padrão), temos:

As doenças infeciosas são transmitidas por viros.

A SIDA é transmitida por viros.

Portanto, a SIDA é uma doença infeciosa

A malaria é a principal causa de mortes humanas em Africa.

Aqui não estão expressas as duas premissas: as doenças são as principais causadoras de mortes
humanas em Africa (premissa maior); a malaria é uma doença (premissa menor).

Passando para a forma canónica (padrão), fica:

As doenças infeciosas são as principais causadoras de mortes humanas.

A malaria é uma doença infeciosa.

Portanto, a malaria é a principal causadora de mortes humanas em Africa.

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O uso de entimema é frequente numa situação discursiva quotidiana, pois os sujeitos falantes
pressupõem que as premissas omissas são sobejamente conhecidas, preferindo, então, subentende-
las, não cansar aos seus interlocutores, facto que, em algumas situações, pode gerar confusão.

2. Empiquerema

É um silogismo em que uma ou duas premissas apresentam as respectivas demonstrações. Assim, as


premissas demonstrativas são acompanhadas, em geral, pelo termo "porque" ou por um outro com a
função justificativa ou demonstrativa, (Reale: 1994: 470).

Exemplo: A malaria é a principal causa de mortalidade em Africa porque a Organização Mundial da


Saúde (OMS) afirma que cerca de metade das mortes neste continente se deve a esta epidemia.

Ora, a malaria é uma doença infeciosa porque pode ser transmitida de uma pessoa para outra através
da picada do mosquito anófeles.

Portanto, as doenças infeciosas são a principal causa de mortalidade em Africa.

É permitido matar aquele que atenta injustamente contra a nossa vida, como provam o direito
natural, o direito positivo e os costumes.

Ora o Cláudio armou ciladas a Milão para lhe tirar a vida, como provam a escolta que o
acompanhava (…).

Portanto, foi lícito à Milão matar Cláudio.

4. Polisilogismos
- São silogismos encadeados, ou seja, agrupados, de tal modo que a conclusão do primeiro seja uma
premissa, maior ou menor, do silogismo seguinte. Por isso, os Polisilogismos podem ser
progressivos (quando a conclusão de um silogismo é premissa maior do silogismo seguinte) ou
regressivos (quando a conclusão de um é premissa menor do silogismo seguinte).

Exemplo de um silogismo progressivo:

Tudo quanto é nutritivo (A) é saudável (B).

A fruta (C) é nutritiva (A).

A fruta (C) é saudável (B)

O citrino (D) é fruta (C).

O citrino (D) é saudável (B).

4
A laranja (E) é um citrino (D).

Portanto, a laranja (E) é saudável (B).

4.1 Esquema do Polisilogismo Progressivo.

A=B
C=A
C=B
D=C
D=B
E=D
E=B
Exemplo de um Polisilogismo regressivo:

Tudo que é nutritivo (A) é saudável (B).

A toranja (C) ~e nutritiva (A).

A toranja (C) é saudável (D).

As coisas saudáveis (B) são apetitosas (D).

A toranja (C) é apetitosa (D).

Tudo oque é apetitoso (D) agrado ao paladar (E).

A toranja (C) é agradável ao paladar (E).

4.2 Esquema do Polisilogismo Regressivo.

A=B
C=A
C=B
B=D
C=D
D=E
C=E
Sorites – são espécies de Polisilogismos abreviados em que o sujeito da primeira premissa se torna
o predicado da segunda e em que o sujeito da segunda premissa se torna o predicado da terceira e

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assim sucessivamente ate a conclusão que une o sujeito da última premissa ao predicado da
primeira premissa: sorites progressivos; ou, ainda, em que o predicado da primeira premissa é
sujeito da segunda e em que o predicado da segunda premissa é sujeito da terceira ate a conclusão
que une o sujeito da primeira premissa ao predicado da última premissa: sorites regressivas. Os
sorites contem, no mínimo, quatro proposições.

Exemplo de um sorites progressivo (sorites da malaria):

As doenças infeciosas (A) são parasitárias (B).

As viroses tropicais (C) são doenças infeciosas (A).

A malaria (D) é uma virose tropical (C).

Portanto, a malaria (D) é parasitária (B).

4.3 Esquema de Sorites Progressivo

A=B
C=A
A=B
D=B

Exemplo de sorite regressivo (sorites da vacina):


As vacinas previnem (A) as doenças (B).
Quem se previne das doenças (B) tem mais saúde (C).
Quem tem mais saúde (C), mais alegre é (D).
Quem mais alegre é (D), ganha mais longevidade (E).
Portanto, as vacinas (A) garantem uma maior longevidade (E).
4.4 Esquema do Sorites Regressivo.
A=B
B=C
C=D
D=E
A=E

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5. Silogismos Hipotéticos

Contrariamente ao que acontece nos silogismos categóricos, a premissa maior de um silogismo


hipotético não afirma nem nega de modo absoluto ao categórico, mas sob uma condição ou
estabelecendo alternativas. A premissa maior de um silogismo hipotético é sempre constituída por
um a proposição molecular, ou seja, é constituída por duas ou mais proposições simples cujas
ligações são feitas por conectores, isto é, partículas de união, tais como "se … então", "… e …",
"… ou …". Em virtude disso, os silogismos hipotéticos são também denominados silogismos
compostos.

Os silogismos hipotéticos classificam se em: condicional, disjuntivo, conjuntivo e dilema.

5.1 Condicional

Exemplo:

Se Malombe tem malaria, então esta doente.

Ora, Malombe tem malaria.

Portanto, (ele) esta doente.

A primeira premissa maior do silogismo anterior é constituída por uma proposição condicional,
sendo, por isso, equivalente ou composta por duas proposições: a primeira "Malombe tem malaria"
e a segunda “Malombe está doente". Estas duas proposições, que formam uma só, estão ligadas
metre si pelas partículas " se … então…, " mas poder-se-ia dizer também com o mesmo sentido:
"ter malaria implica, para Malombe, estar doente".

A proposição " se Malombe tem Malaria " é a condição ou antecedente e a proposição " então
(Malombe) esta doente" é o condicionado ou consequente. A premissa menor, a segunda
simplesmente se limita a repetir e a afirmar uma das proposições (ou partes da mesma), que
compõem a premissa maior, neste caso o antecedente, e a conclusão decorrem logicamente dessa
afirmação.

O silogismo condicional compreende dois modos validos ou figuras.

 Modus póneis (ou afirmação ou antecedente).


Se p, então q; Ora, p Logo, q. (p→q; p; Logo, q).
Exemplo.
Se Matavel estudar, terá bons resultados. (p→q)

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Ora, Matavel estudou. (p).
Logo, terá bons resultados. (Logo, q).
 Modus tollens (ou negação do condicionado).
Se p, então q; ora, não q; Logo, não p. (p→;~q; Logo, ~p).
Exemplo:
Se tenho malaria, então estou doente. (p→q).
Ora, não estou doente. (~q).
Portanto, não tenho malaria, (~p).
A operacionalidade deste modo do silogismo hipotético condicional obedece a duas regras
fundamentais:
Primeira - Num silogismo hipotético condicional, a negação do consequente torna necessária
a negação do antecedente.
Segundo – Da negação do antecedente nada se pode concluir.
No exemplo anterior, seria um grave erro afirmar o consequente para depois afirmar o
antecedente:
Se tenho malaria, então estou doente.
Ora, estou doente.
Logo tenho malaria.

Outo exemplo de silogismo hipotético condicional.


Invalido, por não obediência das regras.
Se encontrar o automóvel roubado, serei recompensado.
Ora, não encontrei o automóvel roubado.
Logo não serei recompensado.

6. Silogismo Hipotético Disjuntivo


O Silogismo disjuntivo é aquele em que na premissa maior se estabelece uma alternativa
entre dois termos, de tal modo que a afirmação (ou a negação) isto na premissa menor – de
um dos termos exclua a afirmação (ou a negação) do outro. Este silogismo assume duas
formas ou modos validos:
 Modus ponendo – tollens (ao afirmar, nega).
Exemplo:
Ou kharina é cobarde ou é humilde.
Ora, Kharina é humilde.
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Portanto, ela não é cobarde.
Aqui, a afirmação da humildade de Kharina inclui necessariamente a sua cobardia.
 Modus tolendo – ponens (negando, afirma).
Exemplo:
Ou Catarina é cobarde ou é humilde.
Ora, Catarina não é cobarde,
Portanto, ela é humilde.
Nesta situação, a disjunção é tal que a negação de um dos termos (a cobardia da Kharina)
leva-nos, consequentemente a afirmação do outro termo (a sua humildade).

7. Silogismo Hipotético Conjuntivo


São silogismos cuja premissa maior não admite que dois termos opostos prediquem
simultaneamente um mesmo sujeito, Reale (1994: 449).
Este silogismo assume duas formas ou modos validos:
 Modus ponendo – tollens (afirmando, nega).
Exemplo:
Oliver Muthukuza não pode ser, simultaneamente, musico Moçambicano e Zimbabueano.
Como Oliver Muthukuza é músico Zimbabueano; Logo, (ele) não musico Mocambicano.
 Modus tolendo. ponens (negando, afirma).
Exemplo:
Khatija não pode ser alta e baixa ao mesmo tempo.
Ora, Khatija não é alta.
Logo, ela é baixa.

É o raciocínio hipotético e disjuntivo que, em termos estruturais, é formado por uma


proposição disjuntiva e por duas proposições condicionais, e qualquer que seja a opção
escolhida, a consequência é sempre a mesma. É a famosa faca de dois gumes.
Exemplo de um dilema (dilema de quem não tem o que comer).
Ou como o que esta na mesa ou deixo de comer.
Se como o que esta na mesa é por que não tenho alternativa melhor e, por isso tenho de
comer.
Se não como, ficarei desnutrido e poderei morrer a fome, por isso tenho de comer o que esta
na mesa.

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Logo, de qualquer das formas, tenho de comer.

7.1 Regras do Dilema

1. A disjunção deve ser completa, para que o adversário não tenha outra saída.
2. A refutação de cada uma das hipóteses deve ser feita validamente para que o opositor
não possa negar as consequências.
3. A conclusão deve ser a única que pode ser deduzida, caso contrarie o dilema pode ser
contestável.
7.2 Falacias e Paradoxos

Designa-se por falacia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Este vocábulo
prove do Grego falleré (de falacia, enganar).

Enquanto sujeitos falantes, comentemos frequentemente erros que os ouvidos desatentos não
descobrem imediatamente. Tais erros ou falacias podem ser, por um lado, involuntários ou
despropositados e, por outro, propositados ou voluntários.

As falacias que são cometidas involuntariamente designam-se por paralogismos. As que são
produzidas de forma a confundir alguém numa discussão designam-se por sofismas. Em
qualquer falacia ocorrem dois elementos essenciais;

 Uma verdade aparente - em que o argumento é convincente e leva os incautos ao equívoco;


 Um erro oculto – que faz com que se retire conclusões falsas a partir de uma verdadeira. O
erro oculto pode derivar da ambiguidade dos conceitos, de um salto desregrado do particular
para o geral, de uma tomada do relativo como absoluto do acidental como essencial.
Existe uma variedade de falacias, mas não há consenso quanto a sua classificação. As tais
frequentes e comuns são:
 Falacia da equivocação ou equívoco – acontece sempre que usamos, um argumento,
acidental ou deliberadamente, a mesma palavra em dois sentidos diferentes.

Exemplo:
Só o homem é que pensa.
Ora nenhuma é homem.
Logo nenhuma mulher pensa.

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Este argumento é falacioso, dado que, na primeira premissa, a palavra "homem" significa
"espécie humana" e, na segunda, "ser humano" do sexo masculino.

 Anfibologia – deriva da ambiguidade sintática de uma parte de um argumento. Esta falacia


ocorre sempre que procuramos sustentar uma conclusão recorrendo a uma interpretação
errada de uma proposição gramaticalmente ambígua.
Exemplo:
Todos os homens amam uma mulher.
Mataka ama Abiba.
Logo, todos os homens amam Abiba.
A ambiguidade deste argumento verifica-se na primeira premissa, poi, em geral, cada
homem ama uma mulher diferente, Todos amam uma mulher diferente. Consequentemente,
não podemos concluir que todos os homens amam Abiba.
 Falacia de analogia – ocorre quando se sobrevalorizam as semelhanças entre duas ou mais
coisas ou quando se desprezam as diferenças relevantes.
Exemplo:
Os macacos não são herbívoros.
Os gatos não são herbívoros.
Logo, os gatos são macacos,
As aves voam,
O avião voa.
Logo, o avião é uma ave.
 Falacia do acidental – acontece quando tomamos o que é acidental pelo que é essencial e
vice-versa. É uma generalização abusiva.
Exemplo:
Esta aparelhagem não funciona.
Logo, a técnica é uma farsa.
A camisa de Muzé é verde,
O verde é uma cor.
Logo, a camisa de Muzé é uma cor.
 Falacia de ignorância da causa – ocorre quando tomamos por causa um simples antecedente
ou qualquer circunstância acidental.
Depois das cheias no rio Pungue houve epidemias.

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Logo, as cheias do rio Pungue são causadoras de epidemias.
 Falacia da conversão – sucede quando se convertem proposições sem respeitar as regras.
Os molwenes andam pelas ruas da cidade.
Logo, quem anda pelas ruas da cidade é molwene.
 Falacia de oposição – ocorre quando não são respeitadas as regras da oposição de
proposições.
Todos os Africanos são hospitaleiros.
Logo, nenhum Africano é hospedaleiro.
 Circulo vicioso (ou petição de principio) – acontece quando-se pretende resolver uma
questão com a própria questão.
O que é a logica’
É a ciência do que é logico.
O remedio cura porque tem a virtude curativa.
 Falacia da falsa dicotomia – ocorre quando se apresenta duas alternativas como sendo as
únicas existentes em dado universo, omitindo alternativas possíveis.
Confunde opostos e contraditórios, sendo, por isso, conhecida como a falacia do "tudo ou
nada".
Ou estas do meu lado ou estas contra mim.
Ou comes tudo que esta no prato ou então não comes nada.
 Argumentum ad hominen (ataque pessoal) – esta falacia é cometida quando alguém tenta
refutar o argumento de uma outra pessoa, atacando não o argumento mas a própria pessoa
em vez de apresentar razoes adequadas ou pertinentes contra determinada ideia ou opinião,
pretende-se refutar tal opinião ou ideia, censurando, desacreditando ou desvalorizando a
pessoa que a defende.
O senhor afirma estar inocente da acusação que pesa sobre si. Mas como poderemos
acreditar num homem cujo passado é melindroso?
Não podemos aceitar o parecer da professora por que esta é muito jovem e não tem
experiencia suficiente.
 Argumentum ade populum (apelo ao povo, a emoção) – esta falacia ocorre quando, por falta
de razoes convincentes ou pertinentes, se manipulam e exploram sentimentos de uma
audiência de modo a fazer adoptar o ponto de vista de quem fala. O argumento dirige-se a
um conjunto de pessoas (povo) e tira partindo de preconceitos, desejos e emoções, com

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intuito tornar persuasiva uma ideia ou uma conclusão para qual não se encontram dados,
provas ou argumentos racionais. Apela-se a emoção das pessoas e não arasão.
Querem uma cidade sem lixo? Querem uma cidade em que as ruas não estejam esburacadas?
Querem uma cidade com escolas para todos? Votem no partido X!
 Argumentum ad baculum (apelo a forca – pressão psicológica) – Verifica-se quando quem
argumenta a favor de uma conclusão sugere ou afirma que algum mal ou problema
acontecera a quem não aceitar. Este tipo de argumento baseia-se em ameaças explícitas ou
implícitas ao bem-estar físico ou psicológico do ouvinte ou do litor, seja ele um individuo ou
um grupo.
Ou te calas ou ficas sem recreio.
As minhas opiniões estão corretas e mandarei prender quem discordar de mim.
 Argumentum ad ingnoratian (apelo a ignorância) – esta falacia acontece quando se
argumenta que uma proposição é verdadeira porque não foi provado que é falsa, ou que é
falsa porque não foi provado que é verdadeira.
Ate hoje, ninguém conseguiu provar a não existência de seres racionais superiores aos
homens.
Logo, existem também outros seres racionais superiores ao homem.
 Argumentum ad misericordiam (apelo a piedade) – este tipo de falacia verifica-se quando
alguém argumenta recorrendo aos sentimentos de piedade e de compreensão, de modo que a
conclusão ou afirmação defendi dada seja aprovada. Mas convém sublinhar que o apelo a
piedade ou falar ao coração não é, de forma alguma, um modo racional de argumentação. É
o que acontece frequentemente quando alguns alunos tentam convencer os seus professores
a passa-los de classe, evocando razoes comoventes.
 Falacia da composição (tomar a parte pelo todo) – se as partes de um todo têm uma certa
propriedade, argumenta-se que o todo tem essa mesma propriedade. Esse todo pode ser um
objecto composto de diferentes partes como um conjunto de membros individuais.
Nem estes, nem aqueles sapatos me servem.
Logo, nenhuns sapatos me servem.

8. Logica Proposicional
Dito de outra forma a logica moderna, ou seja, logica ou inferência proposicional, recorre a
uma linguagem simbólica para poder traduzir as proposições e as suas relações, evitando,
desta forma, ambiguidades que resultam do uso que se faz da linguagem natural.

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Na aplicação da logica proposicional, é preciso ter em consideração os seguintes aspectos:
 As variáveis – que são as letras do nosso alfabeto, com que representaremos as proposições
simples ou seja atónicas. As variáveis (que são em numero indefinido) representam,
qualquer enunciado. Por isso, são também denominadas como sendo letras enunciativas: p,
q, r, s, t, p', q', r' s', etc.
As conectivas ou operadores lógicos são em número de cinco: ~, Ʌ, V, → ou ↔.
 Os parenteses (curvos ou retos) e as chavetas: Os parentes e as chavetas funcionam como
sinais de pontuação nas proposições complexas, tal como a vírgula e os pontos. A ordem da
sua utilização é a mesma que a da aritmética elementar: Primeiro, os parenteses curvos, de
seguida os parenteseis rectos e por fim, as chavetas. Por isso, eles indicam quando é que
uma proposição simples termina e quando é a outra começa.
 Os valores lógicos das proposições: diz se a proposição p é verdadeira ou falsa quando o seu
enunciado é verdadeiro ou falso. E toda a proposição pode assumir um único valor logico,
sendo verdadeira ou falsa. Estes valores podem ser abreviados pelas letras V, verdadeiro (ou
1) e F, falso (0).

9. Proposições Simples e Proposições Complexas.


As proposições são frases do tipo declarativo as quais se associam valores lógicos
(verdadeiro ou falso).
As proposições podem ser de dois tipos: simples ou atómicas; complexas ou moleculares.
Simples ou atómicas – quando se trata e proposições que não se podem decompor noutras
proposições, dai que o seu valor logico depende unicamente do confronto com os factos de
que anunciam.
Exemplo:
"Os moçambicanos são africanos".
Complexas ou moleculares – quando se trata de proposições decomponíveis noutras
proposições consideradas mais simples, ou seja, proposições simples que ligadas por
partículas que se chamam conectores, formam uma só proposição complexa.
Exemplo: Lurdes Mutola foi campeã olímpica dos 800 metros ou cantora e dançarina.
Esta proposição é composta pelas seguintes proposições moleculares ou simples:
 Lurdes Mutola foi campeã olímpica dos 800 metros.
 Lurdes Mutola foi cantora.
 Lurdes Mutola foi dançarina.

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10. Conectivas Logicas ou O operadores Lógicos.
São partículas que designam as diferentes operações logicas. A semelhança da aritmética
elementar, em que os símbolos "+,", "-,", "x," e ":", " ou, se … então …" e outras designam
diferentes operações sobre valores de verdade.
Observa o quadro das conectivas e as respectivas expressões verbais e símbolos.

Operação Logica Expressão Verbal Símbolo


Negação Não ~
Conjunção e Ʌ
Disjunção ou V
Condicional (ou implicação) se…. então… →
Bicondicional (ou equivalência) se e só se ↔

11. As Tabelas de Verdade.


As operações logicarem que se realizam com as conectivas são apresentadas sob a forma de
tabelas de verdade, onde é possível combinar todos os valores de verdade possíveis das
proposições conectadas.
Dado que estamos perante a logica bivalente, a logica que admite dois valores de verdade,
verdadeiro ou falso, concluímos que são quatro os casos possíveis.
Consideremos a conjunção das seguintes proposições:
Khatija estuda e Mataka joga futebol.

Casos Proposições Simples Proposição Composta


Possíveis (Conjuntiva)
Khatija estuda Mataka joga futebol Khatija estuda e Mataka joga futebol
1º Caso Verdadeira Verdadeira Verdadeira
2º Caso Verdadeira Falsa Falsa
3º Caso Falsa Verdadeira Falsa
4º Caso Falsa Falsa Falsa
Os quatro casos são logicamente possíveis Valor de verdade da proposição para
cada caso possível.

12. As Operações Logicas Sob as Proposições.


Negação (~).

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Se considerarmos verdadeira a proposição "A Lurdes Mutolo é atleta Moçambicana", então
a proposição " A Luredes Mutola não é atleta Moçambicana". Será falsa, pois esta ultima é a
negação daquela.
A negação é um operador que, ao ligar se a uma única proposição a torna falsa se é
verdadeira e verdadeira se ~e falsa.
Como uma proposição pode ter dois valores de verdade – verdeiro e falso e como o valor
logico de cada proposição molecular, isto é composta, depende especificamente de valores
lógicos das proposições simples atómicas que a compões, podemos construir uma tabela de
verdade para a negação na qual se relacionam os valores de verdade possíveis para a
proposição p e para a sua negação ~ p.

P ~p
V F
F V
13. Conjunção (Ʌ ou & ou,)
Tomemos em consideração as proposições seguintes:
 Mataka esta doente.
 Mataka vai ao médico.
Assim teremos "Mataka esta doente e vai ao médico". Foi possível combinar estas
proposições recorrendo a conector "e" (Ʌ). Neste caso as duas proposições estão
ligadas por conjunção. "a proposição resultante Mataka esta doente e vai ao medico"
pode ser representada da seguinte forma: p Ʌ q (podendo ler se "p e q").
A conjunção é verdadeira se e somente se as duas proposições forem
Se as proposições Mataka está doente e Mataka vai ao médico são verdadeiras, então
a proposição Mataka esta doente e vai ao médico é verdadeira.
A tabela que se segue mostra em que condição a conjunção é verdadeira.

Mataka esta Mataka vai ao Mataka esta doente e vai ao


doente. médico. medico.
p q pɅq
V (1) V (1) V (1)
V (1) F (0) F (0)
F (0) V (1) F (0)
F (0) F (0) F (0)

14. Disjunção (V)

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A disjunção é a operação que expressa uma alternativa, a qual se traduz na
linguagem corrente pela partícula (ou).
Há dois tipos de disjunção.

Assim, a proposição está sol ou a temperatura está agradável é verdadeira nos casos seguinte.

Está sol A temperatura está Está sol e/ou a temperatura está


p agradável agradável
q pVq
V (1) V (1) V (1)
V (1) F (0) V (1)
F (0) V (1) V (1)
F (0) F (0) F (0)

15. Disjunção Exclusiva (V~ ou VV).


Uma disjunção é exclusiva quando as proposições simples se excluem mutuamente, quando
a verdade de uma implica necessariamente a falsidade da outra. A proposição p vv q é
verdadeira se p e q tiverem valores distintos e falsa nos outros casos isto é, só poderá ser
verdadeira se e só se uma das proposições for verdadeira e a outra falsa, e será falsa caso as
proposições simples sejam ambas verdadeiras ou falsas. Este frio ou este calor, estou vivo
ou estou morto, não se admite que as proposições atómicas sejam simultaneamente
verdadeiras.
Assim a proposição "Atja passou de classe ou reprovou" exprime o seguinte significado
exclusivo ou Atija passou de classe ou reprovou, mas ela não pode ter passado de classe e
reprovado ao mesmo tempo.
Simbolizando num primeiro passo fica:
(Atija passou de classe V reprovou) Ʌ ~ (pode ter passado Ʌ reprovado).
E recorrendo as variações, temos: (p V q) Ʌ~ (p Ʌ q).
Esta proposição pode escrever se de uma forma mais simples: "p V q" ou, ainda "p VV q".

Atija passou de classe. Atija Ou Atija passou de classe ou


(p) reprovou. reprovou.
(q) (p VV q)
V (1) V (1) F (0)
V (1) F (0) V (1)

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F (0) V (1) V (1)
F (0) F (0) F (0)

16. Condicional ou Implicação (→)


Duas proposições p e q podem ser relacionadas recorrendo as conetivas logicas "se …
então…," formando uma proposição (molecular, ou seja, composta) condicional. Se Atija
estuda, então passa de classe, simbolicamente p → q, podendo ler-se "se p, entoa q".
Numa implicação, se a proposição "p", o antecedente, for verdadeiro, também a proposição
"q", o consequente, será verdadeira, uma vez que a formula p → q significa que não há "p"
sem "q".
Desta forma a implicação só é falsa caso o antecedente seja verdadeiro e o consequente
falso.

Atija estuda. Atija passa de Se Atija estuda, entoa passa de


(p) classe. classe.
(q) (p → q)
V (1) V (1) V (1)
V (1) F (0) F (0)
F (0) V (1) V (0)
F (0) F (0) V (1)

17. Incondicional ou Equivalência (↔)


Consideremos a proposição bicondicional X é par (p) se e só se ↔ X é divisível por dois (q).
Trata se de uma proposição composta que liga as proposições atómicas simples através da
expressão "se e só se", traduzida por ↔ (que se lê "se e só se p, entoa q").
A equivalencia ou bicondicional é verdadeira se p e q tiverem o mesmo valor e é falsa se
tiverem valores lógicos diferentes.

X é par. X é divisível por X é par se e só se X é divisível por 2.


(p) dois. (p ↔ q)
(q)
V (1) V (1) V (1)
V (1) F (0) F (0)
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F (0) V (1) F (0)
F (0) F (0) V (1)

Conclusão

Depois de uma leitura cuidadosa, conclui-se que silogismo irregular e aquela que na ssua
estrutura e matéria, apresenta mais ou menos que três termos e três premissas e dentro do
qual temos a entimema, epiquerema, polissilogismo, sorites e mais.
Falacia e um raciocínio errado com aparência verdadeira " este vocábulo provem do grego-
falleré que significa enganar ", que dentro dela podemos encontrar varias formas de falacias˸
A falacia de anfibologia, de analogia, entre outras.
Lógica proposicional ou inferência proposicional recorre a uma linguagem simbólica para
poder traduzir as proposições e as suas relações, evitando desta forma, ambiguidades que
resultam do uso que se faz da linguagem natural.

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Bibliografia

BIRIATE, Manuel Mussa e GEQUE, Eduardo R. Graciano, filosofia 12a, Longman


Moçambique, pré universitário

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