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BELO HORIZONTE
2013
Uma palavra introdutória!
O Cristianismo é confessante! A exigência feita por Nosso Senhor Jesus Cristo registrada pelo
evangelista Mateus no capítulo 10 verso 32 é: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos
homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus...”.
O apóstolo Paulo escrevendo sua carta aos romanos no capítulo 10.9-11 afirma: “Se, com a
tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre
os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a
respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido”.
O Reino de Deus é composto por soldados que confessam e professam o nome de Cristo
como Senhor e Salvador. No Reino de Nosso Senhor não existe lugar para “agente secreto”.
Porém, a filiação de uma pessoa à Igreja de Jesus Cristo como um todo, e a sua Igreja local,
em particular, não deve ser tomada de maneira leviana.
Pelo fato de os sacramentos e outras bênçãos importantes da graça de Deus estarem
envolvidos, requer que o confessante, expresse um forte desejo para se tornar membro comungante.
Não desejamos em absoluto, que ninguém busque a membresia de uma Igreja local por
coerção de quem quer que seja, porém, cabe à Igreja de Cristo prover meios de preparação dos
candidatos para que os mesmos tenham consciência do passo a ser dado.
O presente volume, visa por meio de um esboço simples, de perguntas e respostas, equipar o
candidato à pública profissão de fé, conscientizando-o da seriedade, mas também da alegria
indizível que brota no coração de todo aquele que confessa Jesus Cristo como único e suficiente
salvador de sua vida.
O desejo mais sincero do meu coração, ao preparar estas lições, é que você aproveite ao
máximo cada assunto, aprofundando nele de maneira séria e comprometida com as leituras
adicionais e em especial, com os inúmeros textos das Sagradas Escrituras que cada lição traz, e que
este volume, contribua na sua formação doutrinária de maneira a glorificar a Deus a quem devemos
toda honra e glória!
Lição 05 “O Pecado”........................................................................................................... 12
Lição 06 “A Salvação”........................................................................................................ 14
Lição 08 “O Batismo”......................................................................................................... 19
Bibliografia .......................................................................................................................... 51
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“A PROFISSÃO DE FÉ”
LIÇÃO 01
5- Cite alguns privilégios que o crente passa a possuir após a profissão de fé?
Participação na Santa Ceia;
Direito a batismo dos filhos;
Ocupação de cargos eletivos na Igreja;
Passa a ser membro comungante da Igreja.
6- Um candidato à profissão de fé pode ser recebido pela Igreja sem freqüentar a classe de
catecúmenos?
Sim. Desde que seja aprovado pelo conselho da Igreja em exame. Porém, não é aconselhável.
3
É necessário quando o candidato não foi batizado em uma Igreja genuinamente Evangélica. Se
já o foi, não será necessário o fazer novamente.
8- Somente são salvos aqueles que batizam e fazem à pública profissão de fé?
Não. Ninguém se salva, nem pelo batismo administrado pelo Pastor, nem pela profissão de fé.
(Lc 23.43)
10- Quais são os três elementos que precisam estar presentes na profissão de fé? Comente-
os?
- O intelecto - A emoção - A vontade
CONCLUSÃO
A pública profissão de fé, em si mesma, não salva! Nem o batismo. Porém, Jesus é quem nos salva,
e Ele exige uma confissão. O Cristianismo é confessante! Todo aquele que receber Jesus como seu
salvador, deve fazer a sua pública profissão de fé. Como vimos, Jesus exige uma tomada de posição
pública de seus seguidores.
PARA PENSAR
Você pertence a Jesus?
Você acha que uma pessoa que recebeu Jesus como seu salvador, vai querer ou não
publicar sua fé?
Se o ladrão da cruz não tivesse morrido logo após sua conversão, você acha que ele
iria ou não, publicar sua fé?
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“A BÍBLIA” (1ª PARTE)
LIÇÃO 02
5
7- Quantos livros, por quantos autores e durante quanto tempo foi escrita a Bíblia,
aproximadamente?
6
A Bíblia é o livro dos livros. Ela é a Palavra de Deus. Ela é um livro “inspirado”, isto é “soprado”
por Deus 2 Tm 3.16 . Ela não é meramente um livro sobre Deus, ela é um livro proveniente de
Deus. Por isso, a Igreja confessa sua confiança e certeza de que a Bíblia é a verdadeira “Vox
Dei”, ou seja, a “voz de Deus”. Nossa Única Regra de Fé e de Prática!
PARA PENSAR
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“A BÍBLIA” (2ª PARTE)
LIÇÃO 03
2- Quais são os três vocábulos que nos ajudam a compreender o ensino da Bíblia como
Palavra de Deus?
a) Revelação: É o ato pelo qual Deus se deu a conhecer ao homem. (Jo 20.31)
b) Inspiração: É o ato pelo qual Deus mediante o Espírito Santo, influenciou e guiou os
escritores sagrados para que registrassem fielmente os atos e as palavras de seu plano de
salvação. (2 Tm 3.16-17)
c) Iluminação: É o ato pelo qual Deus pela ação do Espírito Santo, esclarece os leitores da
Bíblia, capacitando-os a compreenderem a verdade salvadora revelada. (1 Co 2.14)
8
-Seus bons ensinos estão todos incluídos nos livros que adotamos, não havendo necessidade de
repetições.
-Há neles ensinos contraditórios com outros livros da Bíblia, tais como: Justificação pelas
obras (Ec 3.1-3, Tb 4.7-11). Mediação dos Santos (Tb 12.12). Oração pelos mortos (2 Mc
12.44-46). Supertição grosseira (Tb 6.7-19)
10- O que devo fazer para me familiarizar, ou seja, tornar um conhecedor da Bíblia?
Não existe outro método a não ser estudá-la. Leia a Bíblia cotidianamente. Como alimentamos
todos os dias os nossos corpos, assim também devemos alimentar nossas vidas espirituais (Ap
1.3). Se você está começando sua vida cristã, o livro mais recomendado para iniciar um
conhecimento bíblico é o livro de Mc, depois At, depois leia Mt, Lc, Jo. O livro dos Salmos
poderá ser intercalado durante estas leituras. A seguir leia as cartas de Paulo, somente então
se recomenda ler o AT. Mas lembre-se, isto é apenas uma sugestão, pois, a Bíblia é Palavra de
Deus. Não podemos nos esquecer de que a leitura precisa ser feita em oração pedindo a
iluminação do Espírito Santo.
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“A TRINDADE” - “O HOMEM”
LIÇÃO 04
1
Palavra grega para indicar “Lugar e o estado dos mortos”.
10
Igreja Católica;2 na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do
corpo; na vida eterna. Amém.
O HOMEM
6- Qual é a origem do homem?
O Homem é criatura de Deus. Formado do pó da terra. Criado à imagem e semelhança do
Craidor. (Gn 1.26-27, Gn 2.7)
2
Católica: Grego catolikê: Universal
11
“O PECADO”
LIÇÃO 05
1- O Que é pecado?
O Breve Catecismo de Westiminster, símbolo de fé de nossa Igreja, na pergunta 14 dá a mais
satisfatória e conhecida resposta a esta pergunta. “Pecado é qualquer falta de conformidade
com a Lei de Deus ou qualquer transgressão da Lei de Deus”. Pecado também significa “errar
o alvo”. O homem após pecar deixou de alcançar o alvo para o qual foi criado, a glória de
Deus.
5- O que quer dizer “universalidade do pecado”, cite textos bíblicos que afirmam que o
pecado é universal?
Universalidade do pecado quer dizer que o pecado atingiu toda raça humana. (Rm 3.9-12; Sl
51.5; Ec 7.20).
12
natural, de maneira que todos os que assim procedem deles são concebidos e nascidos em
pecado. (Sl 51.5; Jo 3.6).
9- O crente peca?
Sim. Mas ele não peca por simples prazer, como faz o incrédulo, mas sim por acidente. (1 Jo
2.1-2) e quando ele peca, se arrepende, confessa o seu pecado a Deus, e o Senhor o perdoa e o
justifica. (1 Jo 1.9-10; 1 Jo 2.1-2).
10- Qual é o único remédio capaz de curar o homem dos seus pecados?
Somente o sangue de Jesus Cristo vertido na cruz do calvário, nos purifica de todo o pecado,
lavando o homem que o recebe como salvador, a um estado de salvação eterna, 1 Jo 1.7.
“Aplicação”
“Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade de sua própria vontade, pela tentação de
Satanás transgrediram o mandamento de Deus, comendo do fruto proibido; e, por isso, caíram
do estado de inocência em que foram criados”. (Resposta à Pergunta 21 do Catecismo Maior).
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“A SALVAÇÃO”
LIÇÃO 06
2- De quem partiu o plano de salvação e o que Deus fez para nos salvar?
Partiu do próprio Deus, que para nos salvar enviou o seu próprio filho Jesus Cristo, para que
todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. (Rm 5.8; Jo 3.16). O Reformador
Lutero dizia que se a Bíblia fosse apenas Jo 3.16 já seria o suficiente.
4- De Deus o Pai, partiu o plano de salvação. Deus o filho (Jesus Cristo), foi quem pagou o
preço da salvação, morrendo na cruz em nosso lugar. Qual é o papel da 3ª pessoa da
trindade, isto é, o Espírito Santo, na salvação?
O papel do Espírito Santo é aplicar o plano de salvação ao pecador. Na linguagem bíblica essa
tarefa é denominada de “novo nascimento”, e na linguagem dos teólogos “regeneração”. É o
Espírito Santo quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo. (Jo 16.7-11; Tt 3.5)
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para salvar-se, mas porque foi salvo, elas são as conseqüências de uma vida salva. (Ef 2.8-10
Mt 7.17; Tg 2.26).
10- O que acontecerá àqueles que não aceitarem essa tão grande salvação?
Para aqueles que não aceitarem essa tão grande salvação, restará apenas o inferno de
sofrimentos eternos, lugar feito para o diabo e seus anjos. (Hb 2.3; Mt 25.41,46). Onde a
presença de Deus se faz através de sua ira.
“Aplicação”
“A certeza da salvação domina todo crente quando ele retira os olhos de si mesmo e os volta
para Jesus, crendo firmemente no poder da obra salvadora por ele realizada na cruz”.
- Você tem certeza da sua salvação?
- Se Jesus te chamar hoje, para onde você irá?
- Somos salvos porque somos bons, ou por causa da graça de Deus?
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“A IGREJA - OS SACRAMENTOS – A CEIA”
LIÇÃO 07
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1) Pregação verdadeira da palavra. Esta é a marca mais importante da igreja. (Jo 8.31-32; 2
Jo 9)
2) Administração correta dos sacramentos. Precisam ser administrados por legítimos ministros
da palavra de acordo com a instituição divina, somente aos crentes e aos seus filhos. (Mt 28.19
e At 2.42).
3) Exercício fiel da disciplina. É essencial para manter a pureza da doutrina e salvaguardar a
santidade dos sacramentos. (M. 18.18; 1 Co 5.11-13).
6- O que é Sacramento?
Sacramento é uma ordenança santa, instituída por Cristo, na qual por sinais sensíveis a graça
de Deus em Cristo é representada, selada e aplicada aos crentes, os quais por sua vez,
expressam sua fé e obediência a Deus, bem como para fazer uma diferença visível entre os que
pertencem a Igreja e o restante do mundo. Disse Agostinho: “Sacramento é um sinal visível de
uma graça invisível”.
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10- O que é Santa Ceia?
É um ato de culto que tem a forma de uma refeição cerimonial, na qual os servos de Cristo
participam do pão e do vinho, para rememorar a morte sacrificial de Cristo, e assim, celebrar o
novo relacionamento, segundo a aliança que desfrutam com Deus, Mt 26.26-29; Mc 14.22-25;
Lc 22. 17-20; 1 Co 10.16-21; 1 Co 11.17-34.
13- Como deve ser a minha preparação para receber a Santa Ceia?
A participação exige preparo prévio e cuidadoso por parte do crente para que a receba de
maneira digna, mesmo sabendo que a nossa dignidade está em Cristo, porém, não isenta nosso
preparo, Co 11.27. Estas palavras não foram escritas para nos assustar, afastar-nos da Santa
Ceia. Elas foram dirigidas para nossa conscientização do caráter sagrado da Ceia. A
participação na Santa Ceia é um dos privilégios mais ricos para a vida do crente, Co 11.28. A
ordem é examine-se e participe!
“Aplicação”
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“O BATISMO”
LIÇÃO 08
1- O que é batismo?
“Batismo é um sacramento no qual o lavar com água em nome do Pai, do Filho, e do Espírito
Santo, significa e sela a nossa união com Cristo, à participação das bênçãos do pacto da graça e a
promessa de pertencermos ao Senhor”. (Breve Catecismo, pergunta 94)
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6- Qual a 3ª objeção ao batismo infantil e o que respondemos?
3ª objeção: A Bíblia ensina que quem crer e for batizado será salvo (Mc 16.16). Ora uma criança
não crê. Como pode então ser batizada?
Respondemos: Este texto se refere à ordem de evangelização, não está falando de filhos de crentes.
A prova disto é que Jesus completa... “Quem, porém não crer será condenado”. A criança não crê,
mas também não se recusa a crer. Este texto é todo de ênfase missionária não de norma de
batismo. Como ficam então os excepcionais? Os filhos dos crentes na velha dispensação eram
circuncidados, e a circuncisão como o batismo pressupõe fé no caso dos adultos. Mas no caso dos
filhos pequenos do povo de Deus a circuncisão era ministrada a partir da fé dos pais, que com este
ato, reafirmavam sua obediência à aliança. Um menino de 08 dias não podia crer e nem deixar de
crer, mas os pais o dedicavam a Deus pela circuncisão (para os primogênitos havia também uma
cerimônia especial de consagração, mas todos eram circuncidados). (Daí compreendermos hoje
que a cerimônia de consagração dos filhos dos crentes realizada por algumas igrejas evangélicas é
um equívoco). Só o primogênito era circuncidado e consagrado, para os outros valia somente a
circuncisão, substituída no NT pelo batismo que agora deve ser administrado a todos os filhos dos
crentes. Daí evitarmos a expressão, batismo infantil ou batismo de crianças, preferindo falar em
“batismo de filhos de crentes”.
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foi instituído na nova aliança, após a ressurreição de Jesus, na grande comissão. O batismo
substitui a antiga circuncisão. É por isso que os filhos de crentes devem ser batizados.
Parecer conclusivo:
Batismo Infantil
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Batismo é o sinal do pacto da graça durante a era do Novo Testamento, como foi a circuncisão
durante o Antigo Testamento (ver Cl. 2.11-12). Os Cristãos Reformados entendem que o
batismo deve ser aplicado, então, a todos aqueles com quem Deus estabeleceu seu pacto de
graça, mais claramente, com os crentes em Cristo e também com seus filhos. È importante
enfatizar que não há um texto bíblico explícito que determine o batismo infantil. Se houvesse,
todas as igrejas que crêem na Bíblia iriam então praticá-lo. Mas também não há um
mandamento explícito para guardarmos o domingo em vez do sábado, nem por isso deixamos
de entender e de guardá-lo. O argumento de defesa para o batismo infantil pode ser apresentado
na forma de silogismo: 3
Premissa Maior
Todos participantes no pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto.
Premissa Menor
As crianças, filhos dos crentes são também participantes do pacto da graça.
Logo, as crianças, filhos dos crentes devem também receber o sinal do pacto da graça. Se as duas
premissas são verdadeiras, a conclusão é incontestável. E é isso o que a confissão descreve como
“conseqüência boa e necessária”.
A única forma de evitarmos o batismo infantil dos filhos dos crentes é se negarmos uma dessas
verdades. Poucos negariam a premissa maior, mas dispensacionalistas claramente negam a premissa
menor. Eles afirmam que as crianças filhos de crentes nunca foram participantes do pacto da graça.
Uma vez que, durante a era do Antigo Testamento, eles participavam da nação de Israel e recebiam o
sinal de sua participação no pacto - a circuncisão. Mas, dizem eles (dispensacionalistas), que
crianças não participam do pacto da graça, porque esse pacto existe somente a partir do Novo
Testamento. Uma vez que não existe um texto que ordena o batismo infantil, então não se deve
fazer.
Entretanto, o pacto da graça existe durante as duas eras (AT e NT), e os filhos dos crentes eram
obviamente participantes do pacto durante o Antigo Testamento. Deus determinou isso (ver Gn.
17.10). Agora, uma vez que Deus não alterou seu pacto (Sl 89.34), nós não nos surpreendemos que
não haja um texto no Novo Testamento indicando que os filhos dos crentes que eram participantes
3
Silogismo: Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos
σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita,
constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas
premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles.
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do pacto, agora já não são mais. Ao contrário, Cl 2.11 e 12 traçam um paralelo especifico, entre
batismo e circuncisão; aqueles que eram então circuncidados, que sejam agora batizados.
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O batismo com água simboliza o batismo com o Espírito Santo em forma de derramamento
(Jl 2.28-29, At 2.17). No Pentecostes o Espírito Santo desceu sob a forma de línguas de
fogo, isto é, em forma de aspersão. (At 2.1-4)
O batismo de Saulo (apóstolo Paulo), na casa de Ananias, não poderia obviamente ter sido
aplicado na forma de imersão. (At 9.17-18).
Entendemos que o batismo por aspersão pode ser praticado em qualquer lugar, em
qualquer circunstância e com qualquer pessoa. Ex: doentes em hospitais.
Objeções imersionistas:
Os imersionistas argumentam que a palavra batismo significa imersão, e que o verbo
batizar significa imergir, logo o batismo deve ser aplicado na forma de imersão.
Respondemos: 1Co 10.1-2. Aparece o verbo batizar. Se substituirmos batizar por imergir,
alterará todo o sentido do texto. Logo batizar não é o mesmo que imergir.
Os imersionistas argumentam que o verbo batizar deriva do grego bapto e baptizo, que
significa imergir.
Respondemos: Dn 4.25; Na versão Septuaginta, o verbo molhado é bapto. Como imergir no
orvalho? Logo bapto não pode significar imersão. Lc 11.38; No texto grego lavava é o verbo
baptizo. Os judeus se lavavam antes das refeições. Marcos registra isso; Mc 7.3-4. Portanto o
verbo baptizo aqui não significa imergir.
Os imersionistas afirmam também que o fato de João Batista batizar no rio Jordão significa
que ele batizava por imersão.
Respondemos: Esta expressão bíblica: João batizava no rio Jordão, identifica a região que ele
batizava nada a ver com o modo. Jo 10.40.
Os imersionistas se baseiam em Jo 3.23, dizendo que se João batiza em Enom porque ali
tinha muitas águas, isto prova que ele batizava por imersão.
Respondemos: O Dr. D.J. Wiseman, professor de Assiriologia na Universidade de Londres,
afirma que Enom é, em árabe, Ain, que significa “Fonte”. Logo muitas águas significam: fontes
de muitas águas. Isso significa facilidade devido ao número, não o modo.
Os imersionistas afirmam que Jesus foi batizado por imersão, porque o registro bíblico
afirma que, após ser batizado Jesus saiu da água. Mc 1.10. Filipe e o eunuco desceram à
água.
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Respondemos: O fato de Jesus ter saído da água após o batismo não significa que ele tenha
sido imergido. Nem toda vez que uma pessoa entra ou sai da água materializa-se imersão. No
caso de Filipe e o eunuco, se descerem à água significa imersão, logo teremos que concluir que
Filipe também foi imerso, pois ambos desceram à água. At 8.38.
Os imersionistas dizem que Paulo compara o batismo a um sepultamento, logo deve ser
feito por imersão. Cl 2.12; Rm 6.4
Respondemos: Quando Paulo falou que fomos sepultados com Cristo na morte pelo batismo,
ele estava se referindo ao significado do batismo e não ao modo do batismo. Nos mesmos
capítulos, Paulo afirma que fomos circuncidados Cl 2.11, e crucificados Rm 6.6, isto prova que
ele está tratando da nossa identificação com Cristo, na sua morte, e não da forma de se
ministrar o batismo.
Outras dificuldades que temos para aceitar no sentido de adotar o batismo por imersão. Por
exemplo, João Batista batizava multidões Mt 3.5-6, além é claro de pregar. Será que ele
dispunha de tempo e energia física para imergir multidões? No dia de Pentecostes foram
batizadas quase 3.000 pessoas em Jerusalém. Nesta cidade não havia rio. Apenas reservatórios
de águas. Como foram efetuados estes batismos? Será que as autoridades permitiram usarem
estes reservatórios? O carcereiro de Filipos foi batizado logo depois da meia noite, depois de
um terremoto que fendeu as paredes da prisão, provavelmente no pátio da própria prisão, onde
residia At 16.23-33. É possível pensar em imersão num caso como este? Uma pessoa doente
muito idosa que se converte em um leito hospitalar e deseja ser batizada. Como efetuar este
batismo?
Concluímos dizendo que a pessoa que recebeu Jesus como Salvador está salva. Quem salva é Jesus
e não o batismo. Mas quem recebe Jesus deve também receber o batismo. Jesus e os apóstolos
falaram do batismo como uma obrigação, e não como uma opção. A nossa Confissão de Fé de
Westminster (CFW), fala que é grande pecado desprezar ou negligenciar está ordenança. (Cap.
XXVIII, 5). Com respeito ao batismo dos filhos dos crentes concluímos que: Se no AT as crianças
participavam das bênçãos do pacto e recebiam a circuncisão como seu selo e sinal (Dt 29.10-13,
2Cr 20.13), você acha que hoje elas devem ficar de fora do batismo que substitui a circuncisão do
AT? Não devem! Devem ser elas batizadas e distinguidas dos demais, são heranças do Senhor!
25
“A ORIGEM DA IGREJA CRISTÃ E A REFORMA PROTESTANTE”
LIÇÃO 09
26
*No ano de 1229 foi proibida a leitura da Bíblia.
A igreja cada vez mais se distanciava da Palavra de Deus, corrompendo-se totalmente.
6- Alguns dizem que a igreja católica romana é a igreja organizada pelos apóstolos. Que
dizemos a esse respeito?
A igreja dos apóstolos não adotou nenhum nome específico. Ela é chamada no NT
simplesmente de igreja. Historicamente ela é chamada de Igreja Primitiva.
O sistema de governo e a organização da igreja Primitiva, suas doutrinas e sua liturgia,
eram bem diferentes do que é praticado pela Igreja Católica Romana.
A Igreja Católica Romana surgiu das transformações ocorridas na igreja Primitiva.
Transformações que lamentavelmente só afastaram a igreja dos ensinos de Jesus Cristo.
As heresias mencionadas, aliadas à corrupção e imoralidade do clero, levaram a igreja a
perder suas principais características de Igreja Cristã.
7- Cite mais alguns erros cometidos pela igreja antes da Reforma Protestante?
Hierarquia na igreja (Papas, Cardeais, Arcebispos, Bispos, etc) Mt 20.25-27.
Idolatria Ex 20.3-6
Salvação pelas obras (Ef 2.8-10)
Penitência e Simonia (venda de sacramentos e benefícios eclesiásticos)
Celibato (proibição de casamento dos Padres)
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2) A Justificação somente pela fé.
3) O Sacerdócio Universal dos crentes, isto é, livre acesso á presença de Deus por meio de Jesus
Cristo.
Lutero não tinha o desejo de formar uma nova igreja, mas o seu desejo era fazer uma reforma
dentro da igreja existente. Mas isso não aconteceu. Daí a divisão, ficando de um lado as Igrejas
Evangélicas (Protestantes ou Reformadas), e do outro lado à Igreja Católica Romana.
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“O PRESBITERIANISMO E A IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL”
LIÇÃO 10
2- Após este início, quem foi o homem responsável pela sistematização e expansão do
protestantismo reformado?
O grande responsável pela sistematização do protestantismo foi o francês“João Calvino”. Ele foi o
reformador que mais se distanciou do romanismo, no retorno à Bíblia. Sua doutrina básica é a da
Soberania de Deus.
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5- Quem é considerado o Pai do Presbiterianismo?
Na Escócia, John Knox (1505-1572), que estudara com João Calvino em Genebra, levou o
Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma em 1560. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church
Of Scotland, foi fundada como resultado disso. Por isso, John Knox é considerado o Pai do
Presbiterianismo.
7- Em que dia a Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil, quem foi o missionário que a trouxe?
A Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil em 12 de Agosto de 1859, através do missionário “Ashbel
Green Simonton” ou simplesmente, “Simonton”. Antes disso, houve duas tentativas de implantação
do presbiterianismo aqui no Brasil, uma pelos franceses em 1555, e outra pelos holandeses entre
1630-1654, mas com a derrota dos holandeses para os portugueses caiu à tentativa. Mas no séc.
XIX ela chegou definitivamente através de Simonton.
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Os diáconos têm por função distribuir as ofertas dos fiéis para fins piedosos; ter sob sua
guarda os bens temporais da Igreja, bem como manter a ordem do culto.
10- Quantos são os concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil e como é seu governo?
O governo da Igreja Presbiteriana não é exercido individualmente, mas coletivamente, por meio de
concílios ou tribunais. São 4 os concílios: Conselho, Presbitério, Sínodo e Supremo Concílio.
O Conselho dirige uma Igreja local; (Se reúne ordinariamente; não possui reunião
extraordinária).
O Presbitério tem jurisdição sobre certo número de igrejas de uma certa região; (Se reúne ao
menos, uma vez por ano, em Reunião Ordinária, e extraordinariamente, quantas vezes forem
necessário)
O Sínodo tem jurisdição sobre diversos Presbitérios (Três no mínimo), e se reúne ordinariamente
de 2 em 2 anos, e extraordinariamente, quando julgar necessário;
E o Supremo Concílio tem jurisdição sobre todas as igrejas, Presbitérios e Sínodos. Se reúne de 4
em 4 anos. A sua Comissão Executiva se reúne anualmente para tratar dos assuntos necessários.
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“A MORDOMIA CRISTÃ E O DÍZIMO”
LIÇÃO 11
2- O Que é um Mordomo?
Mordomo é aquele que toma conta de bens que não lhe pertencem e deve prestar contas deles.
(Lc 16.1-2)
4- O que é dízimo?
Do Latim “decimus”. Dízimo quer dizer “a décima parte”. Dízimo é a décima parte do dinheiro ou
de outros bens, recebimentos ou lucros que ganhamos, dos quais 10% devem ser entregues à Casa
do Senhor. Ml 3.8-10.
6- Muitas pessoas dizem que o dízimo é coisa do AT e que não existe no NT nada sobre o
dízimo. O que dizemos?
Jesus traz um exemplo sobre o dízimo quando fala aos escribas e fariseus. Ele confirma o dízimo,
apenas condena os fariseus por não observarem os preceitos mais importantes da Lei: A justiça, a
misericórdia, a fé, etc (Mt 23.23). Jesus deixa claro que eles deveriam praticar a justiça, a
misericórdia, a fé, sem omitir a fiel entrega do dízimo. Jesus não aboliu o dízimo, mas o confirmou.
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7- A quem foi comparado os sonegadores do dízimo?
Malaquias faz uma dura comparação aos sonegadores do dízimo, classificando-os de ladrões. (Ml
3.8-10). (1 Co 6.9-10)
2ª) Objeção: Eu gostaria de administrar meu dízimo, porque eu queria dar uma parte para o
orfanato, outra para o asilo, outra para o seminário, etc.
Respondemos: Está errado. Deus não permite que eu mesmo administre meu dízimo. Quem
administra é a Casa de Deus, e nessa casa que é a igreja, existe um conselho que está encarregado
de administrar o meu dízimo. Se eu mesmo administrar estarei usurpando privilégios do conselho e
Deus não permite isso. (Ml 3.10)
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10- Posso esperar bênçãos do Senhor por causa da minha fidelidade?
Claro que sim! Não que o Senhor seja devedor a nós, ou que faça barganha conosco. Mas as
bênçãos vêm em decorrência de sua graça, que Ele galardoa os fiéis Sl 19.8-11. Aos dizimistas, aos
fiéis, Deus garante e efetua muitas bênçãos, é promessa da sua Palavra. (Ml 3.10b, Sl 37.25, Sl
112; Sl 1; Pv 10.3, Ex 23.25, Ml 3.11, Ml 3.12).
Portanto, o ponto c, deixa claro que é dever de todo membro da Igreja sustentá-la financeiramente,
e nós fazermos isso, através dos dízimos e ofertas.
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“MORDOMIA DO DOMINGO”
LIÇÃO 12
5- Sendo o domingo o dia do Senhor, como fica a situação daqueles que trabalham nesse dia?
Devemos observar alguns pontos importantes antes de responder esta pergunta.
Devemos acatar as leis e autoridades. (Rm 13.1-2)
Se alguém não trabalha porque não quer, não tem direito a comer, portanto o trabalho é
lícito. (2 Ts 3.10)
O que é condenável é o crente sair á caça de serviços extras, cujo objetivo seja apenas ganhar
mais, deixando o trabalho do Senhor de lado.
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7- O que representava o sábado?
A Bíblia apresenta o sábado inicialmente ligado à Criação, porque em seis dias criou Deus o
mundo e no sétimo descansou. O sábado, porém, representava o dia de descanso, e isso era uma
exigência da lei. (Ex 20.8-11). O sábado então, foi instituído por causa do homem, como
demonstração da misericórdia divina para o homem, porém, os escribas fizeram do sábado um
peso para os judeus. Grande parte dos debates dos fariseus com Jesus estava relacionado ao
sábado, pois eles acusavam Jesus de não observar o sábado (Mt 12.1-8; Mc 2.27). Frequentemente,
Jesus era visto curando aos sábados (Lc 4.16,31-37). Jesus praticava o bem aos sábados e isso
contrariavam os fariseus.
10- Qual o alerta que os reformadores Lutero e Calvino fizeram a respeito do domingo?
No século VII os cristãos começaram a ver o domingo como o “sábado cristão”, isto é, chamando
a não observância do domingo como quebra do 4º mandamento. Os reformadores alertam para a
necessidade de termos um dia para descanso, e para reunir-se para ouvir a Palavra de Deus, orar
e louvar a Deus, o dia não importa, pois todos os dias são iguais para Deus (Rm 14.5). Precisamos
ter cuidado para não sabatizar o domingo. Não adianta ser crente no domingo e depois não ser,
nos outros dias da semana. O que é preciso entender, é que:
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Necessitamos de um dia de repouso.
Necessitamos de um dia para as reuniões da igreja. (Hb 10.25)
Se não houver essa ordem à igreja enfraquecerá e os crentes se desviarão.
A pergunta que precisamos fazer não é o que não posso fazer no domingo, mas sim, o que devo
fazer no domingo, para repousar, proclamar e para louvar a Deus na companhia dos irmãos.
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“MATRIMÔNIO E DIVÓRCIO”
LIÇÃO 13
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Relações sexuais ilícitas, isto concede à parte inocente propor o divórcio. (Mt 5.31-32; Mt
19.9).
Deserção irremediável, ou seja, abandono do lar por parte do cônjuge não crente. (1 Co
7.15).
Devemos nos lembrar sempre, de que o perdão é sempre o melhor remédio, nunca a separação.
7- O novo casamento é permitido para a parte inocente quando o divórcio foi obtido em bases
bíblicas?
Sim! Em caso onde o divórcio foi feito sob bases não bíblicas, a pessoa que se casar primeiro
comete adultério, e a pessoa que se casar com a pessoa que se divorciou em bases não bíblicas,
também comete adultério. (Mt 19.9; Lc 16.18)
8- Muitos dizem vou me separar por que “acabou o amor”, o que dizer sobre isso?
Nada, senão o adultério ou deserção obstinada que não possa ser remediada nem pela igreja nem
pelo magistrado civil se constitui justificativa para a separação do cônjuge. (Mt 19.8).
“Aplicação”
Qual a sua opinião sobre casamento misto, e qual a sua posição em relação a esta questão?
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“DECRETOS ETERNOS DE DEUS E PREDESTINAÇÃO”
LIÇÃO 14
2- O que é predestinação?
A predestinação no sentido mais amplo, refere-se a todas as criaturas racionais de Deus. Aplica-se
a todos os homens, tanto aos bons quanto aos maus, como indivíduos e não meramente como
grupos. Este decreto inclui também anjos. Predestinação é a doutrina segundo a qual Deus já
determinou o destino eterno de toda criatura racional. (Rm 8.29-30; Rm 9.14-21; Rm 9.22-23; Ef
1.3-6; 1Tm 5.21; Pv 16.4)
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ELEIÇÃO: “Propósito eterno de Deus de salvar alguns da raça humana em Jesus Cristo e
por Jesus Cristo”. A Bíblia fala de eleição em mais de um sentido. a) Eleição de Israel Dt
7.6-8; b) Eleição para serviços especiais Jo 6.70; c) Eleição para Salvação Mt 22.14 Rm
11.5
REPROVAÇÃO: “Decreto eterno de Deus pelo qual determinou omitir alguns homens na
operação de sua graça especial e puni-los por seu pecado, como manifestação de sua
justiça”. (Rm 9.13, 11.7; Jd 4; 1 Pe 2.8).
2ª) Objeção: Deus não é Pai? Isso revela falta de amor para com seus filhos. Por que não salva a
todos?
Respondemos: Aqueles que não pertencem a Deus não são considerados filhos de Deus, mas sim
criaturas de Deus. Os homens só se tornam filhos de Deus depois que creem, Jo 1.12. A resposta
para a pergunta por que Deus não salva a todos, não sabemos, sabemos que Deus é justo e nele
não há injustiça.
3ª) Objeção: A doutrina da Predestinação anula a pregação do evangelho. Para que pregar?
Respondemos: Não anula. O decreto divino da predestinação se cumpre segundo o propósito de
Deus, que opera segundo sua justiça e sua graça. Ao invés de desmotivarmos, pelo contrário a
predestinação é que nos motiva, pois, em qualquer lugar que preguemos, pode estar ali um eleito
de Deus que ao ouvir a Palavra se converterá. (At 13.48; At 17.32-34; 1 Co 9.16)
8- O que é vocação eficaz e como fica a situação das crianças que morrem na infância e dos
excepcionais diante da vocação eficaz?
Vocação eficaz é o chamado que Deus faz ao pecador para vir a ele (Rm 8.28-30).
As crianças eleitas e os excepcionais eleitos são regenerados e salvos por Cristo, por meio do
Espírito que opera quando, onde e como lhe apraz. Do mesmo modo são salvas, todas as outras
pessoas eleitas, incapazes de serem exteriormente chamadas pelo ministério da Palavra. (Lc 18.15-
16; Jo 3.8; At 2.39).
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Nota: “Os não-eleitos, ainda que sejam chamados pelo ministério da palavra e tenham algumas
operações comuns do Espírito, jamais chegam a Cristo, e, portanto, não podem ser salvos”. (Mt
22.14; Mt 7.22; Jo 6.64-66)
“Deus não apenas tem o direito de realizar os seus propósitos com as criaturas de suas próprias
mãos, mas igualmente exerce esse direito, e em nenhum ponto isso é revelado com maior clareza do
que em sua graça predestinadora. Antes da fundação do mundo, Deus fez uma escolha, uma
seleção, uma eleição. Diante do seu olhar onisciente estava toda a raça de Adão, e dela Ele
selecionou um povo, predestinando-o à adoção de filhos, predestinando-o a ser conformado à
imagem de seu Filho, destinando-o à posse da vida eterna”. (A.W. Pink- Deus é Soberano, p.53).
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“CENSURAS ECLESIÁSTICAS”
LIÇÃO 15
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7- O que é considerado como falta?
Falta é tudo que, na doutrina e prática dos membros e concílios da Igreja, não esteja de
conformidade com os ensinos da Sagrada Escritura, ou transgrida e prejudique a paz, a unidade, a
pureza, a ordem e a boa administração da comunidade cristã. As faltas podem ser de ação ou
omissão, isto é, a prática de atos pecaminosos ou a abstenção de deveres cristãos.
9- Quais são as ordens das Censuras Eclesiásticas segundo nossa Confissão de Fé?
Repreensão. (2 Ts 3.6,14,15,15; Tt 3.10)
Suspensão do Sacramento da Ceia do Senhor por algum tempo.
Exclusão da Igreja. (Mt 18.17; I Co 5.3-5,13) (CFW Cap. XXX, art.IV)
Nota: “O membro da Igreja só pode ser disciplinado depois de processo eclesiástico regular. Este
processo será instaurado mediante queixa ou denúncia, por escrito, apresentada por um membro
ou oficial da Igreja. Ao citar o faltoso para comparecer à reunião do Conselho previamente
marcada, deve o Conselho mandar-lhe uma cópia da queixa ou denúncia, facultando-lhe, assim,
ampla possibilidade de defesa. As penas que podem ser aplicadas deverão ser de acordo com a
gravidade da falta cometida, podendo ir de: Admoestação, afastamento da comunhão, até a
exclusão do faltoso”.
“Toda pessoa disciplinada terá direito à restauração de sua comunhão com a Igreja, mediante
prova de arrependimento”.
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“O CULTO RELIGIOSO”.
LIÇÃO 16
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Deve ser proferida em língua conhecida dos circunstantes (1 Co 14.14-17)
Não deve ser feita em favor de mortos (Ap 20.12-13)
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MORTE - RESSURREIÇÃO - JUÍZO FINAL
LIÇÃO 17
1- O que é a morte?
A morte é a separação da alma do corpo. Separação que coloca fim a vida neste mundo. Mas a
alma (espírito) continua viva e consciente. Ec 12.7; Tg 2.26. Nunca é aniquilamento, conforme
afirmam algumas seitas. Não é cessação de existência, mas uma interrupção das relações
naturais da vida.
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16.23-24; 2 Pe 2.9. A heresia “sono da alma”, propagada pelos russelitas (testemunhas de
Jeová), pelos adventistas do sétimo dia, não encontram apoio nas Escrituras. As passagens que
se referem aos mortos como estando dormindo devem ser entendidas como aplicável somente
ao corpo, pois, a alma não dorme. Dn 12.2; Mt 9.24; Jo 11.11; 1 Co 11.30; 1 Co 15.51; 1 Ts
4.14; Lc 23.42-43).
7- A Bíblia fala da morte física como castigo pelo pecado “salário do pecado”. Desde que
os crentes estão livres da culpa por que passam pela morte?
Para os crentes a morte não é castigo, pois, não estão mais sob condenação. A própria ideia
de morte, separação, sentimento de que as enfermidades, a própria idade avançada, e os
sofrimentos são prenúncios de sua aproximação, tudo isso, Deus usa como efeito benéfico para
os crentes. Serve para nos humilhar, abaixar o orgulho, mortificar a carne, reprimir o
mundanismo e promover disposição espiritual. A morte para o crente é a porta de entrada no
céu. Fp 1.23
8- Qual foi o último inimigo vencido por Cristo, e o que significa a palavra ressurreição?
O último inimigo vencido por Cristo foi à morte, 1 Co 15.26. A palavra ressurreição vem da
palavra grega “anastasis” e significa “um levantar ou levantar-se”.
9- Quais são as hipóteses levantadas por aqueles que negam ou tentam negar a
ressurreição de Cristo?
Que os discípulos roubaram seu corpo.
Que as mulheres foram no túmulo errado.
Que Jesus não morreu na cruz, mas apenas desmaiou.
Que o corpo de Jesus foi removido pelas autoridades romanas ou judaicas.
Que as mulheres tiveram uma alucinação.
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Sim! Nos dias do apóstolo Paulo houve alguns, como ainda há hoje, que não criam na
ressurreição, ou criam na ressurreição apenas espiritual, não do corpo. Mas a Bíblia ensina
claramente a ressurreição do corpo. Assim como Jesus ressuscitou, ressuscitaremos também
um dia. (Rm 8.11,23; 1Co 6.14; 1Co 15.20)
12- A ressurreição será somente dos justos, isto é, dos salvos, ou será também dos injustos?
Algumas seitas do presente negam a ressurreição dos ímpios, como por exemplo, os
adventistas, que creem na extinção dos ímpios. Os fariseus negavam também a ressurreição dos
ímpios. Porém, a Bíblia afirma claramente que todos irão ressuscitar, tanto para honra como
para desonra. (Dn 12.2; Jo 5.28-29; At 24.15)
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17- Se os salvos estão no Céu, os ímpios no inferno, por que haverá um juízo final?
O juízo final não tem como objetivo definir o destino eterno dos homens. A Bíblia ensina que
este destino é determinado na hora da morte de cada pessoa. Quem morre em seus pecados,
isto é, sem Jesus, está eternamente perdido. Quem morre firmado em Cristo está salvo. O
propósito do juízo é “expor diante de todas as criaturas racionais a glória declarativa de Deus,
que por um lado engrandecerá sua santidade e justiça, e por outro lado engrandecerá a sua
graça e misericórdia”.
Aplicação
O que esta lição contribuiu para o seu conceito de morte?
Você já parou para pensar que assim como Jesus ressuscitou, também
ressuscitaremos um dia?
Você já parou para pensar que no juízo final todas as coisas ocultas serão reveladas?
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BIBLIOGRAFIA
1) ANDRADE, Eneziel Peixoto de; ESTUDOS BÍBLICOS DOUTRINÁRIOS. 1ª ed. São Paulo:
Editora Cultura Cristã. 1999. 80p.
2) NASCIMENTO, Adão Carlos; A RAZÃO DA NOSSA FÉ. 7ª ed. São Paulo: Editora Cultura
Cristã. 1998. 48p.
3) BRAGA, Ludgero; BASES DA FÉ CRISTÃ VOL. I,II,III. 9ª ed. São Paulo: Editora Cultura
Cristã. 1999 159p.
5) BERKHOF, Louis; MANUAL DE DOUTRINA CRISTÃ. 2ª ed. Patrocínio, MG: Ceibel. 1992.
364p.
6) BERKHOF, Louis; TEOLOGIA SISTEMÁTICA. 2ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã.
2001. 720p.
7) CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. 17ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2001.
237p.
8) CATECISMO MAIOR DE WESTMINSTER. 12ª ed. São Paulo: Editora Cultura cristã. 2002.
309p.
9) BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER. 2ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2001.
88p.
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