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Direito
SERVIDOR PÚBLICO
José Maria Pinheiro Madeira Mestre em Direito do Estado, doutor em Ciências Jurídicas e
Sociais, doutor em Ciência Política e Administração Pública e pós-graduado no exterior. Foi
Procurador do Legislativo (aposentado). É parecerista muito requisitado na área do Direito
Administrativo. Integrou diversas bancas de Concurso Público. Membro Integrante da Banca
Examinadora de Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Membro de diversas associações
de cultura jurídica, no Brasil e no exterior. Professor Emérito da Universidade da Filadélfi a.
Professor-palestrante da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro – Emerj. Professor
Coordenador de Direito Administrativo da Universidade Estácio de Sá. Professor da Fundação
Getúlio Vargas. Professor integrante do Corpo Docente do Curso de Pós-Graduação em Direito
Administrativo da Universidade Cândido Mendes, da Universidade Gama Filho e da
Universidade Federal Fluminense. Membro Titular do Instituto Ibero-Americano de Direito
Público. Membro Efetivo do Instituto Internacional de Direito Administrativo. Presidente da
Comissão Nacional de Direito Administrativo. É autor dos livros Administração Pública –
Tomo I (10a edição); Administração Pública – Tomo II (11a edição); Servidor público na
atualidade (8a edição); Comentários à Lei de Licitação e Contratos Administrativos
Interpretados pelos Tribunais; A questão jurídica-social da propriedade e de sua perda pela
desapropriação (esgotado), Casos concretos de direito administrativo; Estatuto da Cidade – Lei
no 10.157 – Comentários; Comentários à Lei de Improbidade Administrativa (esgotado);
Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal (esgotado); Desapropriação, institutos afi ns
(esgotado); Exame de Ordem – Segunda Fase – Direito Administrativo (4a edição).
Colaborador das seguintes publicações jurídicas: Revista Pró-Ciência, Revista Ibero-
Americana de Direito Público, Revista Forense, Revista Fórum, Revista da EMERJ, ADV
Advocacia Dinâmica, e Revista de Informação Legislativa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Segundo as disposições constitucionais em vigor, servidores públicos são todos aqueles que
mantêm vínculo de trabalho profissional com os órgãos e entidades governamentais, integrados
em cargos ou empregos de qualquer delas: União, estados, Distrito Federal, municípios e suas
respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
A relação jurídica que interliga o Poder Público e os titulares de cargos públicos é de natureza
estatutária, institucional, valendo dizer que, ressalvadas as disposições constitucionais
impeditivas, o Estado detém o poder de alterar legislativamente o regime de direitos e
obrigações recíprocos, existentes à época do ingresso no serviço público.
DESENVOLVIMENTO
O conceito trazido na obra do ilustríssimo José Maria Pinheiro, dentre outros pontos, nos
mostrou que agente público é uma designação genérica quando nos referimos a pessoas que
desempenham função pública. Contudo, este termo é apenas o gênero que comporta várias
espécies de agentes públicos, cada qual com suas características e peculiaridades. Prefeitos,
auditores da receita federal, carteiros, recenseadores do IBGE, mesários eleitorais, leiloeiros e
ainda aqueles que representam o Brasil em algum evento internacional, todos eles são agentes
públicos.
Como espécies de agentes públicos temos os agente políticos, servidores públicos estatais e
particulares com colaboração com o poder público.
Por outro lado, temos os servidores públicos, aos quais compreendem Servidor Público, que
são ocupante de cargo público, efetivo ou comissionado (Lei 8.112/1990); mantêm relação
funcional com o Estado em regime estatutário, sempre sujeito a regime jurídico de direito
público e os Empregado Público ocupante de emprego público, não tem estabilidade, mas
possui direito ao fundo de garantia (regime contratual trabalhista – celetista); sujeitos a regime
jurídico de direito privado. Ex: Banco do Brasil.
Por fim, temos os particulares em colaboração com o Poder Público são as pessoas naturais ou
jurídicas privadas que, transitoriamente, prestam serviços voluntária ou compulsoriamente à
Administração Pública. São agentes que exercem funções especiais que podem ser qualificadas
como públicas, em razão do vínculo jurídico que os prende ao Estado. Não ocupam cargo ou
emprego público, não possuindo qualquer vínculo empregatício ou estatutário com o Estado, e
na realização de determinadas funções, sequer percebem remuneração. Estes Não incidem sobre
esses agentes, as proibições constitucionais de acumulação de cargos, empregos e funções
(artigo 37, incs. XVI e XVII, da CF/88), porque sua vinculação com o Estado é sempre de
caráter transitório. Para fins penais são equiparados a funcionários públicos, de acordo com o
que determina o artigo 327 do Código Penal.
CONCLUSÃO:
Podemos verificar que os agentes públicos são indispensáveis à execução dos serviços da
administração publica ainda que este agente tenha o vínculo meramente transitório, ou não.
Os servidores públicos em seu sentido estrito possuem vínculo com a administração pública
por relações profissionais, através de sua investidura em cargos a titulo de emprego e com
retribuição pecuniária. Possuindo o regime jurídico único restabelecido pelo supremo pela ADI
2.135/DF- 2007 voltando aplicar a redação original do art.39 da CF/88, garantindo um
tratamento isonômico entre os servidores públicos.