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Acerca da formação histórica do Direito Administrativo, analise as

seguintes assertivas:

I.   O Direito Administrativo tem origem na Idade Média, período


histórico em que a vontade do monarca passa a se subordinar à lei.
 
ERRADO. A Idade Média foi marcada pela época absolutista,
caracterizada pelos poderes ilimitados e de forma concentrada nas
mãos do monarca.
 
O Direito Administrativo surge com a revolução francesa de 1789. A
partir dos ideais da revolução, fundamentados nos princípios de
igualdade, liberdade e fraternidade, surge o Estado de Direito e as
limitações ao poderes do Estado.

II.   O direito francês se notabiliza como a principal influência na


formação do Direito Administrativo brasileiro, de onde importamos
institutos importantes como o conceito de serviço público, a teoria dos
atos administrativos, da responsabilidade civil do estado e da submissão
da Administração Pública ao princípio da legalidade.
 
CERTO. Como vimos na assertiva acima, a Revolução Francesa
influenciou diretamente a criação do Direito Administrativo, e o Direito
Administrativo Brasileiro bebe das fontes do direito francês.
 
Nesse sentido, é que surgem os ideais de responsabilidade
extracontratual do Estado, o conceito de serviços público, a teoria dos
atos e contratos administrativos, bem como a submissão do Estado não
só as leis, mas também à própria Constituição, em verdadeiro fenômeno
de constitucionalização do Direito Administrativo.

III.   Devido à organização do Estado brasileiro, composto por diferentes


entes políticos dotados de competências legislativas próprias para
disciplinar suas atividades administrativas, a codificação do Direito
Administrativo em âmbito nacional se torna inviável.
 
CERTO. Em virtude das competências legislativas dos entes políticos
serem repartidas de formas heterogêneas e pluralísticas, não é viável
que se codifique o Direito Administrativo em um só diploma.
 
É importante ressaltar que existem diplomas infraconstitucionais que
tratam de Direito Administrativo de forma geral, como a Lei nº
8.666/93, a Lei nº 8.987/95 até mesmo a própria Lei nº 9.784/99,
dentre outros diplomas, além da própria Constituição Federal, que
prevê no art. 37, normas aplicáveis a todos os entes.
O conceito de administração pública pode ser divido em sentido amplo e sentido
estrito.

Em sentido amplo:

Aspecto subjetivo (quem realiza): representa os orgãos administrativos e órgãos


governamentais;

Aspecto objetivo (o que é feito): função política e função administrativa.

Em sentido estrito:

Aspecto formal/orgânico/subjetivo (quem realiza): órgãos administrativos, órgãos


públicos, agentes e pessoas jurídicas (é o famoso mnemônico "OAB").

Aspecto material/funcional/objetivo (o que é realizado): serviços públicos, polícia


administrativa, fomento e intervenção (é o famoso mnemônico "do SP ao PA da
FOMI").

mAterial = Agente 
fOrmal = Órgãos
Quem estuda Administração Pública (disciplina autônoma, diversa do
Direito Administrativo) está mais acostumado a essa denominação. Mas
você com certeza já ouviu falar em Estado Gerencial (ou Administração
Gerencial) em contraposição ao Estado Burocrático (ou Administração
Burocrática).
 
Pois o chamado "Estado em Rede" representa, exatamente o "próximo
passo" em relação à administração gerencial. No Estado em Rede, além
do conhecido foco em resultados, temos uma gestão para a cidadania,
onde o indivíduo atua como protagonistas na definição das estratégias
governamentais.

O denominado "Estado em Rede" tem como uma de suas características


marcantes a viabilização da participação do cidadão na atuação
administrativa do Estado. Neste contexto, as audiências públicas e as
consultas públicas podem ser apontadas como exemplos deste modelo.
 
Ou seja, esse modelo administrativo busca a integração da sociedade
civil organizada, promovendo a chamada gestão participativa.
Supremo Tribunal Federal possui entendimento no sentido de que vedar
o acesso de qualquer cidadão ao cargo público tão somente em razão da
existência de relação de parentesco com servidor público que não tenha
competência para o selecionar ou o nomear para o cargo de chefia,
direção ou assessoramento, ou que não exerça ascendência hierárquica
sobre aquele que possua essa competência é. em alguma medida, negar
um dos princípios constitucionais a que se pretendeu conferir
efetividade com a edição da Súmula Vinculante nº 13, qual seja, o
princípio da impessoalidade.

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