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PARTE 1 – Conceito
Agente Público: é o agente político, o servidor público e todos aqueles que exercem, ainda que sem remuneração ou apenas
transitoriamente, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos e entidades públicas.
PARTE 2 – Espécies
Os agentes públicos são agrupados em espécies, a depender do vínculo existente com a Administração Pública e de suas
peculiaridades.
São espécies de agentes públicos: agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes
credenciados.
Agentes Políticos: são aqueles que desempenham suas atribuições com respaldo nas suas competências legais e constitucionais,
com plena liberdade, respeitados os limites legais. Exemplos: chefe do Poder Executivo, membros do Poder Legislativo,
membros do Poder Judiciário, Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados, Ministros do TCU.
Agentes Administrativos: são aqueles que estão vinculados ao serviço público por meio de sua remuneração, realizando suas
atividades conforme a estrutura hierárquica do setor público. Ocupam cargos, empregos e funções públicas. São divididos em 3
subclassificações: servidores públicos, empregados públicos e agentes temporários.
Servidores Públicos: ocupam cargo público de provimento efetivo ou em comissão, e se submetem a regramento estatutário.
Empregados Públicos: ocupam emprego público, ou seja, não têm direito à estabilidade e são regidos por um contrato de
trabalho obediente à CLT.
Agentes Temporários: ocupam função pública (sem cargo) e a sua contratação ocorre por tempo determinado para suprir
excepcional interesse público, se submetendo a um regime jurídico especial.
Agentes Honoríficos: são aqueles designados para exercer determinada função de interesse público, porém de forma transitória
e geralmente sem remuneração, não possuindo vínculo formal com a Administração Pública. Exemplos: mesários, cidadãos
convocados para integrar tribunal do júri, membros dos conselhos tutelares.
Agentes Delegados: consistem em particulares incumbidos da execução de determinada atividade de interesse público, por sua
conta e risco, tendo sua atuação submetida a acompanhamento e fiscalização da Administração Pública. Exemplos: agentes das
concessionárias de serviços públicos.
Agentes Credenciados: consistem em particulares com relevante influência ou conhecimento em uma determinada área que
recebem a incumbência de representar a Administração Pública em determinada situação, sendo essa representação
geralmente remunerada pela Administração Pública. Exemplos: atletas que irão representar o Brasil em eventos esportivos
internacionais.
PARTE 3 – Cargo, Emprego e Função Pública
Cargo público:
Cargo público é aquele ocupado por servidor público.
É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser realizadas por um servidor.
Deverá obedecer às regras do estatuto próprio do serviço público.
Nem todos os cargos públicos garante estabilidade.
São divididos em 2 grupos: cargo público efetivo e cargo público em comissão.
Cargo público efetivo é aquele em que, após aprovação no concurso público, há estabilidade após 3 anos no exercício do cargo,
somente podendo existir demissão após processo administrativo disciplinar.
Cargo público em comissão é de livre nomeação e exoneração da Administração Pública, ou seja, pode ser contratado e
demitido a qualquer momento. São cargos de confiança, e só podem ser contratados para funções de direção, chefia e
assessoramento.
Emprego Público:
Emprego público é aquele ocupado por empregado público que pode atuar em entidade privada ou pública da Administração
indireta.
Ocorre contratação pela Administração Pública, porém com aplicação das regras da CLT.
Não existe estabilidade, podendo haver demissão justificada, sem a exigência de processo administrativo disciplinar.
Em geral, os empregados públicos estão ligados à Administração Pública Indireta, ou seja, às empresas públicas e sociedades de
economia mista.
Função Pública:
Função Pública é um conjunto de atribuições destinadas aos agentes públicos, dividindo-se em função pública temporária e
função pública de confiança.
Na função pública temporária são admitidas pessoas para realizarem trabalhos esporádicos ou urgentes para a Administração
Pública, mas de forma temporária.
As funções públicas de confiança são apenas para pessoas que têm cargos públicos e que passam a exercer atividades de
direção, chefia e assessoramento.
Na função pública não existe estabilidade, e o contrato deve ter prazo máximo de duração, limitado a 2 anos.