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ADMINISTRATIVO
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Exame de Ordem
Damásio Educacional
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................3
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................................................................4
LINDB - Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ..........................................................................................6
ATOS ADMINISTRATIVOS ..............................................................................................................................................7
PODERES ADMINISTRATIVOS .......................................................................................................................................9
BENS PÚBLICOS...........................................................................................................................................................12
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..........................................................................................................13
TERCEIRO SETOR .........................................................................................................................................................16
AGENTES PÚBLICOS ....................................................................................................................................................18
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ...............................................................................................................................22
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO .......................................................................................................................25
LICITAÇÕES – LEI 14.133/21........................................................................................................................................28
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................................................................34
SERVIÇO PÚBLICO .......................................................................................................................................................38
LEI Nº 13.460 – DIREITOS DOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS ...........................................................................42
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP)............................................................................................................................44
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE ...........................................................................................................45
ESTATAIS - LEI 13.303/16 ............................................................................................................................................47
ESTATUTO DA CIDADE - LEI 10.257/01 E CF ART. 182 E 183 ......................................................................................49
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INTRODUÇÃO
Direito Administrativo é um ramo do Direito Público que tem como características e princípios de destaque
a Supremacia do Interesse Público (relações jurídicas verticalizadas), a Indisponibilidade do Interesse Público e a
Legalidade.
“a) sentido subjetivo, formal ou orgânico (Administração Pública): são as pessoas jurídicas, os órgãos e os
agentes públicos que exercem atividades administrativas (ex.: órgãos públicos, autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações estatais). Em sentido subjetivo, a administração pública compreende
órgãos e agentes públicos e pessoas jurídicas públicas e privadas encarregadas de exercer a função administrativa
da atividade estatal; e b) sentido objetivo, material ou funcional (administração pública): é a própria função ou
atividade administrativa, ou seja, o conjunto de funções necessárias ao serviço público em geral (ex.: poder de
polícia, serviços públicos, fomento e intervenção do Estado no domínio econômico).” (Curso de direito
administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 9ª. ed., – Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021, p. 158).
Poder Legislativo: exerce sua função própria, que é legislar, mas também exerce a função secundária de julgar,
como no caso de Impeachment do Presidente da República.
Poder Judiciário: exerce sua função própria, que é julgar, mas também exerce a função secundária de administrar,
como no caso de um servidor que tem seu pedido de férias concedido pelo juiz.
Poder Executivo: exerce sua função própria, que é administrar, mas também exerce a função secundária de editar
leis, como no caso de Medida Provisória.
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PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios Basilares:
Interesse público secundário: aquele da pessoa jurídica de direito público que seja parte em uma relação jurídica.
• Princípio da publicidade: a administração pública precisa ter ampla divulgação de sua atuação,
satisfação de seus atos, pois suas atuações podem gerar efeitos. (Art. 15, XXXIV e Art. 37 §3º, II
CF/88 e Art. 5º, XXXIII)
Exceção: Fora se seu sigilo for imprescindível a segurança do interesse da sociedade. (Lei 12.527/2011 Art. 23) e
(Lei 13.709/2018 Art. 7º)
• Princípios da eficiência: a administração pública precisa ser eficiente fazer o melhor com os
recursos disponíveis, custo x benefício, sem desperdícios.
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Exemplo: mesmo o estável, pode perder o cargo, após uma avaliação ineficiente Art. 41 §1º CF/88 e Art. 169 § único
e Lei 13.726/2018
Anular um ato é ex tunc conforme o art. 54 da Lei 9.784/99, para atos ilegais.
Exemplo: os servidores receberam 5% a mais quem fizer um curso “X”, e um servidor frauda um curso para não ter
que fazer a administração descobriu a fraude, a administração anula e o efeito é ex tunc, ele terá que devolver o
dinheiro que recebeu a mais, prazo decadencial de 5 anos.
Controle externo sobre atuação da administração pública, poderá pelo poder legislativo Art. 71 CF/88, a
cargo do CN e controle pelo tribunal de contas.
Controle externo pelo judiciário deve ser provocado, e poderá anular atos ilegais com efeito ex tunc que
retroagem, o judiciário não pode apreciar as razões de conveniência e oportunidade, eles não podem.
Ato vinculado o agente a administração pode anular o ato, quando ilegal, e o judiciário também, pode efeito
ex tunc.
Ato discricionário pode ser anulado, quando ilegal a administração e o judiciário, efeito ex tunc. Pode ser
revogado apenas pela administração efeito Ex tunc.
Súmula 473 do STF: administração pode anular seus próprios atos, e revogá-los por motivo de conveniência e
oportunidade.
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LINDB - Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Lei 13.655/2018 –Art.20, § único, trouxe alterações da LINDB, dentre as quais o administrador precisa
avaliar as consequências dos seus atos.
Art. 21: agente público responderá pessoalmente em caso de dolo ou erro grosseiro.
A Lei nº 13.655/2018 incluiu diversos artigos na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que
cuidam de regras sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público. São normas
aplicadas nas esferas administrativa (como nos processos administrativos), controladora (como o Tribunal de
Contas) e judicial (como nos processos que tramitam perante o Poder Judiciário). O decreto nº 9.830, de 10 de
junho de 2019 regulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942,
que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro
Não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da
decisão, sendo que a motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação
do ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas (art. 20 da
LINDB).
Valores jurídicos abstratos são normas jurídicas com alto grau de indeterminação e abstração. (Art. 3º §1º
Dec. nº 9.830/19). Desse modo, a decisão administrativa, judicial ou do órgão controlador pode ser fundamentada
em valores jurídicos abstratos, como os princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da humana, porém o
julgador deve esclarecer suas considerações quanto às consequências práticas da decisão, como, por exemplo, as
repercussões econômicas da medida.
O art. 21 trata do princípio da autotutela e diz que a decisão que, nas esferas administrativa, controladora
ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de
modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. O princípio da autotutela é a obrigação conferida à
Administração Pública de controlar os atos que edita, de modo a anular os atos ilegais e revogar os atos
inconvenientes. Há diversos dispositivos que tratam da autotutela, como a Súmula 346, STF diz que a Administração
pode declarar a nulidade dos seus próprios atos, bem como a Súmula 473 STF “A administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial”.
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ATOS ADMINISTRATIVOS
1) Conceito: é uma declaração (manifestação) unilateral (ato administrativo) de vontade da administração pública.
2) Elementos do ato administrativos e requisitos de validade – estão previstos na Lei 4.717/65 (lei de ação popular).
São eles:
• Competência: sujeito ou o agente deve ser competente para exercer determinado ato, decorre da lei da
CF/88, não pode ser modificada pela vontade das partes é imprescritível, é irrenunciável, cabe avocação
(retirar a competência) delegação passar competência para alguém de subordinado. Lei 9784/99 art. 11 ao
15
• Forma: atos em regra são formais, podendo ser praticados das mais variadas formas.
• Motivo: o que leva a praticar o ato, é a motivação (princípio). O art. 50 da Lei 9784/99 traz um rol de
motivos.
Todos esses requisitos dos atos administrativos devem estar presentes, de modo que caso falte um dos
elementos/ requisitos é anulado o ato.
Exemplo: nomeação de José, ato A e outro exonera José, é outro ato contrapondo outro.
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Exemplo: Lei a concede o direito e a Lei B retira essa licença.
Exemplo: ganhou na loteria o José, e ele renuncia a aposentadoria, só ele pode renunciar.
• Anulação – quando é anulado, quando o ato for ilegal, quem anula a própria administração (poder
de autotutela) Súmula 473 do STF ou o Judiciário, quais são os efeitos Ex. Tunc, retroage, prazo de
5(cinco) anos Art. 54 Lei 9784/99, da data que o ato foi praticado.
• Ato Discricionário – licença do servidor para tratar de assuntos particulares, a licença está na lei,
mas tem a conveniência e oportunidade, mérito administrativo, pode sofrer revogação ou
anulação, já o ato, violou a lei anula, se obedeceu a lei, mas teve conveniência e oportuno, ato
revogado.
• Ato Vinculado - não pode ser revogado, ato que já produziu efeitos, ato que gera direito adquirido.
Cabe a anulação controle de legalidade, procedimento.
A convalidação é o suprimento da invalidade, por ato da Administração Pública, com efeito retroativo.
Consiste em um ato, exarado pela Administração Pública, que deve se referir forçosamente ao ato a convalidar,
para suprir seus defeitos e resguardar os efeitos por ele produzidos.
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PODERES ADMINISTRATIVOS
Poderes administrativos são instrumentos com natureza de prerrogativas irrenunciáveis conferidas aos
agentes públicos no exercício das suas atividades pelos quais se preservam os interesses da coletividade. O seu
desrespeito é a ilegalidade por abuso de poder e pode ocorrer tanto pelo (i) excesso de poder no caso de se
extrapolar competência (sanável), bem como pelo (ii) desvio de poder quando se busca finalidade diversa da do
interesse público que é vício de finalidade (insanável).
Natureza dos Poderes Administrativos - são instrumentos que o ordenamento jurídico confere à
Administração, para que eles possam alcançar o interesse da coletividade.
Prescrição - Art. 142. Prazos de prescrição: cassação 5 anos, suspensão 2 anos e advertência 180 dias.
Se crime penal será a prescrição do crime do Código penal.
• Poder Normativo: poder conferido ao chefe do Poder Executivo, para emissão de decretos e
regulamentos.
Decreto autônomo tem a mesma hierarquia da lei, não depende da existência de lei anterior e pode inovar
(art.84, VI da CF/88).
O poder normativo – regulamentar - permite à Administração Pública expedir normas gerais (decretos e
regulamentos), ou seja, atos administrativos gerais e abstratos (erga omnes). Não é poder para edição de leis, mas
sim mecanismo para a edição de normas complementares em conformidade à lei (secumdun legem), facilitando
sua compreensão. De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, há diversos graus regulamentação: (i) Podem ser
de primeiro grau: decretos e regulamentos; ou (ii) de segundo grau: instruções expedidas pelos Ministérios de
Estado, que têm por objetivo regulamentar as leis, decretos e regulamentos, possibilitando sua execução, como as
instruções, ordens de serviço, avisos, circulares e portarias. Ao praticar atos com base no poder regulamentar
(espécie), o Chefe do Poder Executivo não deixa de estar exercendo o poder normativo da administração pública
(gênero).
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Espécies de Regulamentos:
a) regulamento executivo (art. 84, IV, CF): é norma geral, abstrata, abaixo é derivado de lei para sua fiel
execução. Ato normativo secundário. Não Admite delegação. Este regulamento (ou decreto de execução) não pode
inovar o ordenamento jurídico, somente pode complementar a lei e não comportará ADI pois, antes de violar a
Constituição, violará a lei que o regulamenta, sendo assim desafia controle de legalidade (art. 5º, II da CF). Para que
esses decretos existam é necessária uma lei anterior, pois estão localizados abaixo da lei. Caso haja ADI contra a lei
do qual o decreto ou regulamento deriva, seria possível estender os efeitos anulatórios da ADIN para estes na
chamada inconstitucionalidade por arrastamento ou reverberação normativa.
b) regulamento autônomo (art. 84, VI da CF): não dependem de prévia lei e estão no mesmo patamar
desta e tem natureza de fonte originária. Ato normativo primário. Admite delegação. Não se submetem à
intermediação legislativa. Podem inovar no ordenamento jurídico, desde que compatíveis com a Constituição. Não
podem tratar de direitos ou obrigações e são empregados apenas para o chefe do Executivo organizar a estrutura
da Administração, desde que não aumente despesas e nem crie órgãos. Através do decreto autônomo o chefe do
Executivo pode extinguir cargos que estejam vagos, sendo esta uma exceção ao princípio da paridade da forma
(cargos são criados exclusivamente por lei, mas podem ser extintos por lei ou por decretos autônomos). Comporta
ADI, pois estão ao lado da lei.
Obs1. Na fixação de novas interpretações ou orientações sobre a aplicação de normas legais ou regulamentares de
conteúdo indeterminado, com a imposição de novos deveres ou condicionamentos de direitos, a Administração
Pública e os demais órgãos de controle, inclusive judicial, deverão estabelecer regime de transição quando
indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional,
equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais (art. 23 LINDB).
Obs2. Nas esferas administrativa, controladora ou judicial, a revisão quanto à validade de ato, contrato, ajuste,
processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais
da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações
plenamente constituídas (art. 24 da LINDB).
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O poder regulamentar é distinto do poder regulatório da seguinte forma: a) competência privativa do chefe
do Executivo (art. 84, IV, da CF); b) envolve a edição de normas gerais para fiel cumprimento da lei; c) conteúdo
político. Por outro lado, o poder regulatório apresenta as seguintes características: a) competência atribuída às
entidades administrativas, com destaque para as agências reguladoras (art. 174 da CF); b) engloba o exercício de
atividades normativas, executivas e judicantes; c) conteúdo técnico.
Poder de Polícia: aquele conferido à Administração que limita e restringe os direitos de particulares (art.78 do CTN).
Supremacia do interesse público sobre o particular e Razões de Ilegalidade.
A competência do poder de polícia é sempre instituída por lei exclusivamente aos entes estatais de direito
público. É, em princípio, da pessoa federativa à qual a Constituição Federal conferiu o poder de regular a matéria.
Pode também gerar competência concorrente entre pessoas federativas, e enseja execução em sistema de
cooperação no regime de gestão associada (art. 241 da CF). O uso ilícito da competência pública, implica em abuso
de poder, que é gênero, e suas espécies são: (i) Excesso de poder (vício de competência): relaciona-se à
extrapolação da competência e pode causar anulabilidade (possível ratificar); (ii) Desvio de poder (ou desvio de
finalidade) (vício de finalidade): o agente é competente, mas exerce a competência para atender interesse
pessoal/de terceiros, ou não respeita finalidade da lei, o que é causa de nulidade (não convalida).
Súmula STF nº38 – Competente o Município para fixar o horário de funcionamento de comércio.
Súmula STF nº49 – Ofende o princípio da livre concorrência a lei municipal que impede o estabelecimento
do mesmo ramo em determinada área.
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BENS PÚBLICOS
Definição: Art.98 CC, todos que se encontram dentro da administração pública. Classificação e exemplos: Art.99,
CC.
É possível desafetar um bem para que se torne de uso comum e uso especial.
Inalienabilidade: bens públicos não podem ser objetos de alienação, salvo haja interesse coletivo com pesquisa
prévia de preços, com abertura de licitação, modalidade Leilão, autorização legislativa, desafetação.
Imprescritibilidade: bens públicos não podem ser adquiridos pela usucapião. Art. 183, §3º da CF e art. 102, CC;
Súmula 340 STF, Súmula 619 STJ.
Impenhorabilidade: bens públicos não podem ser objeto de penhora para cumprimento de obrigações contraídas
pela Administração, art.100 CF/88.
Exemplo: restaurante dentro de uma universidade pública, concessão é contrato, necessário licitação, tem prazo
determinado, é instituto não precário.
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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Estado realiza alguns serviços diretamente, por exemplo a segurança pública, a chamada prestação direta
ou centralizada, feitas pelas entidades da Administração Pública Direta: União, Estados, DF e Municípios.
Órgãos Públicos:
Não têm Personalidade Jurídica própria, patrimônio próprio, regime de pessoal, receita; pois estão dentro
de outra entidade com personalidades jurídicas dentro da Administração Pública direta ou indireta, como por
exemplo os Ministérios, Secretárias, Delegacias. Esses órgãos nascem da desconcentração.
Desconcentração # Descentralização
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Órgão Autônomo, está abaixo do independente, tem autonomia administrativa e financeira.
Órgão Superior, não tem autonomia administrativa ou financeira, tem algum poder de decisão no exercício
da sua atividade.
Órgão Subalterno, abaixo na hierarquia, não tem poder de decisão, são os que efetivamente executam.
Autarquias:
As autarquias têm atividade típica estatal, personalidade jurídica de direito público, não possuem
capacidade política, têm prerrogativas processuais, usam execução fiscal, têm a chamada imunidade tributária
recíproca (art. 150, § 2º VI “a” CTN), têm bens públicos, regime jurídico único, responsabilidade objetiva, prescrição
quinquenal das ações em fase das autarquias, praticam atos administrativos, celebram contratos administrativos.
São os conselhos profissionais, exercem poder de polícia, como por exemplo CRM, Banco Central,
universidades públicas.
Fundação Pública:
Tem patrimônio público, pode ser pessoa jurídica de direito público (fundação autárquica ou autarquia
fundacional) fundação de direito privado, pessoa jurídica de direito privado (Fundação Governamental).
Empresas Estatais, pessoas jurídicas de direito privado, são criadas para prestar serviço público ou para
explorar atividades econômicas.
Quando explora atividade econômica (art. 173 CF/88), por interesse coletivo ou segurança nacional.
Com responsabilidade civil objetiva nos serviços públicos, já nos serviços de atividades econômicas a
responsabilidade civil é subjetiva.
Regime de pessoas que trabalham são celetistas, não tem todas as liberdades dos celetistas (art. 37, XVII
da CF/88), tem algumas limitações.
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Diferenças entre elas:
E.P S.E.M
Capital: Público Misto
Agências reguladoras: são autarquias sobre regime especial, existem para regular em alguns aspectos e fomentar
determinados setores (Lei 9986/2000). Exemplos: ANS, ANEEL, ANVISA, ANATEL. As autarquias podem expedir
Resoluções, sobre aspectos técnicos não podem expedir Decretos.
Características dos dirigentes: precisam ter qualificação técnica no art. 5º da Lei 9.986/2000, indicado pelo
Presidente após aprovação do Senado, mandato fixo (Art. 6º, Lei 9.986/2000), sendo vedada a recondução.
Será extinto o mandato por renúncia, por processo transitado e julgado entre outros. Arts. 8º, 8º-B e 9º da Lei
9.886/2000 trazem as proibições.
Agências Executivas: são autarquias ou fundações públicas, que celebram contratos de gestão, prazo mínimo de 1
ano. Ela passa a ter mais autonomia ao passar a ser agência executiva, (art. 24 §1º lei 8666 e art. 75 § 2º da Lei
14133).
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TERCEIRO SETOR
1. Setores:
A. Primeiro setor: setor que é composto pelo Estado (administração pública direta e indireta);
C. Terceiro setor: traz as entidades que são de natureza privada, mas que auxiliam o Estado;
E. desenvolvem atividade de interesse público, não podendo atuar nas atividades exclusivas do Estado;
F. recebem do Estado, por auxiliá-lo, especial atenção, podendo receber dotação orçamentária (dinheiro); bens; e
servidores.
Características específicas:
i. normalmente estão vinculados às categorias profissionais ou grupos sociais;
ii. são criados mediante autorização legal;
iii. vão incentivar, auxiliar as categorias profissionais ou os grupos sociais;
iv. possuem capacidade tributária (recebem contribuições parafiscais - artigo 149 da Constituição Federal);
v. as pessoas que lá trabalham, trabalham sob o regime celetista, não sendo necessário a realização de concurso
público, não precisam de licitação para contratar com terceiros, mas devem respeitar os princípios que regem a
licitação;
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vi. são sujeitos ao controle do Tribunal de Contas;
vii. quando demandados, deve ser na justiça estadual comum, conforme Súmula 516 do STF;
viii. seus agentes públicos (funcionários), sendo agentes públicos, podem responder por improbidade
administrativa;
B. organizações sociais:
Características específicas:
i. são regidas, em âmbito federal, pela lei 9.637/98, que traz os requisitos necessários para serem organizações
sociais (artigo 2º da Lei);
ii. o vínculo do poder público com as entidades privadas que querem se tornar uma organização social é através do
contrato de gestão;
iii. é possível a sua desqualificação em razão do descumprimento dos requisitos;
Exemplo: santas Casas;
Características específicas:
i. são reguladas, na esfera federal, pela Lei 9790/99, que traz os requisitos necessários para serem OSCIPs;
ii. o vínculo é através do termo de parceria;
iii. não podem ser OSCIPs, as entidades do artigo 2º da Lei.
D. entidades de apoio (a sua existência é defendida pela minoria da doutrina), seriam entidades instituídas por
servidores públicos.
Exemplo: fundação de apoio à Universidade de São Paulo.
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AGENTES PÚBLICOS
“É toda e qualquer pessoa que, de forma definitiva ou transitória, remunerada ou não, serve ao poder
público como instrumento de sua vontade”
Teoria do Órgão:
Exemplo: Juiz representa o tribunal, que é um órgão, o agente público representa o Estado, representado pelo juiz.
Art. 37, III – Validade 2 anos, podendo ser prorrogado por mais 2 anos.
Art. 37, IV – Novo Concurso durante a vigência do concurso anterior. (direito subjetivo à nomeação)
Deve demostrar seu desempenho, pelo período de 3 (três) anos, por uma comissão, com relatórios e
acompanhamento, para que tenha a estabilidade.
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Remuneração:
A remuneração tem um teto remuneratório, nenhum servidor ganha mais que o Prefeito no Município, no
Estado ninguém ganha mais que o Governador, no âmbito federal ninguém ganha a mais que o STF.
Exceção: exigem alguns requisitos desde que não acumule remuneração acima do teto e que tenha compatibilidade
de horário.
a) 2 cargos de professor;
b) 1 de professor e técnico;
c) 2 cargos, empregos privativos de profissional da saúde.
Como serão apuradas as irregularidades, autoridade promove por sindicância ou PAD levando sempre em
consideração o contraditório e ampla defesa.
Fato narrado não foi evidenciada como infração disciplinar, ou ilícito penal, a denúncia será arquivada.
Afastamento preventivo, tomará a autoridade uma medida cautelar, se o agente atrapalhar o andamento
da apuração Art. 147, mantendo sua remuneração podendo esse prazo de até 60 dia ser prorrogado por uma única
vez.
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Modalidades de apuração:
Sindicância - apuração através da sindicância é um procedimento mais rápido, quando for aplicada a
advertência ou suspensão até 30 dias. Resulta na aplicação das penas, advertência ou suspensão, ou o
arquivamento. A punição vai ser aplicada, mais grave, Art. 127, resulta a instauração de um PAD.
PAD - não existe a obrigatoriedade de PAD, após a sindicância, pode ser instaurado antes. Será utilizado
para demissão, destituição de cargo em comissão ou a destituição de confiança, ou nas penas Cassação de
aposentadoria, cassação de disponibilidade, além de quando for uma pena de suspenção de mais de 30 dias. Prazo
de conclusão do PAD, é de até 60 dias prorrogável por igual período.
Segue 3 fases, a instauração, Inquérito administrativo e Julgamento no prazo de 20 dias. Art. 151, I, II e III.
Procedimento Sumário- Art. 133, procedimento mais rápido, conta com a materialidade já constituída, é
para penas mais graves, acumulação ilegal de cargos empregos ou funções, autoridade noticiará o servidor no prazo
de 10 dias para opção do cargo, se não se manifestar será instaurado o procedimento sumário, também tem 3
fases, instauração, instrução sumária e julgamento.
Art. 140, abandono de cargo ou inassiduidade, também será instaurado o procedimento sumário.
Art. 41, CF: São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.
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MODALIDADES DE APOSENTADORIA DOS AGENTES PÚBLICOS:
Seguridade social art. 194 da CF/88.
• Saúde
• Previdência social Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS)
• Assistência social
OBS.: nos cargos em comissão contribuem com o regime geral, empregados públicos que trabalham em empresa
de economia mista.
Existem vários regimes próprios, quais as regras trazidas para esse regime Art. 40 da CF a aposentadoria
poderá ser:
• Por incapacidade permanente;
• Compulsoriamente, na forma de lei complementar 75 anos de idade.
• Voluntária 65 anos se homem e 62 anos se mulher, observados os requisitos do tempo de
contribuição.
Art. 10 da EC 103, com 25 anos de contribuição, 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo, requisitos
para homens e mulheres.
Espécies de Provimento:
a) Nomeação: forma de provimento originário;
b) Posse: em regra, entre a nomeação e a posse, ocorrerá no prazo de 30 dias. A posse poderá dar-se mediante
procuração específica. Exercício após a posse: 15 dias.
c) Promoção: titularizada cargo superior, entre cargos da mesma carreira
d) Readaptação: servidor designado para titularizar cargo mais compatível com sua limitação física ou mental
e) Reversão: o aposentado volta a titularizar cargo público, por interesse da pessoa e a administração
concordar, para o mesmo cargo ou se o cargo não exista remanejado será.
f) Aproveitamento: aquele que estava em disponibilidade volta a titularizar cargo público, art. 41 §3º da
CF/88. Extinto o cargo ou declarado desnecessário o servidor ficará em disponibilidade.
g) Reintegração: volta a titularizar cargo aquele que demitido ilegalmente, o servidor poderá ser reintegrado,
efeito ex tunc, recebe retroativo art. 41 § 2º da CF.
h) Recondução: quando existe uma inabilitação no estágio probatório ou reintegrado art. 29 da lei 8.112
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
O artigo 37, §4º da Constituição determina as penas para a improbidade administrativa (perda da função
pública, ação penal cabível, ressarcimento ao erário, indisponibilidade bens e suspensão dos direitos políticos).
Outras penalidades estão previstas na Lei de Improbidade Administrativa (n° 8.429/92).
A nova Lei n° 14.230/2021 aplica-se aos atos de improbidade administrativa culposos, praticados na
vigência do texto anterior da lei, porém sem condenação transitada em julgado, em virtude da revogação expressa
do texto anterior, devendo o juízo competente analisar eventual dolo por parte do agente. Logo, não há mais a
previsão de modalidade culposa nos atos praticados que ensejam improbidade administrativa.
Os atos de improbidade administrativa estão previstos nos artigos 9°, 10° e 11 da Lei 8.429/92. São eles:
(i) Enriquecimento ilícito;
(ii) Lesão ao erário;
(iii) Atentar contra princípios (arts. 9º, 10 e 11 L. 8.429/92).
Conforme previsão elaborada pelo legislador na Lei 14.230/21, não mais existe a modalidade culposa dos
atos de improbidade; sendo assim, devem ser praticados com dolo. E ainda, não é qualquer dolo o utilizado para a
aplicação da improbidade, já que não basta a simples “voluntariedade” do agente; o dolo deve ocorrer com
“vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado” (§ 2º, do art. 1º L. 8.429/92). Este dolo especial
da L. 8.429/92 é reiterado diversas no sentido de que o mero exercício da função ou desempenho de competências
públicas, sem comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade
administrativa (§ 3º, do art. 1º, L. 8.429/92). Da mesma forma, a ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique
não configura ato de improbidade (§ 1º do art. 17-C, L. 8.429/92).
A Lei 8.429/92 também justifica o dolo especial fazendo referência à Convenção das Nações Unidas contra
a Corrupção, promulgada pelo Decreto n° 5.687 de 31 de janeiro de 2006, segundo o qual somente haverá
improbidade administrativa, na aplicação deste artigo, quando for comprovado na conduta funcional do agente
público o fim de obter proveito ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade (§ 1º e 2º, art. 11,
L. 8.429/92.
(i) Enriquecimento ilícito (Art. 9º): constitui ato de improbidade administrativa importando em
enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade.
A lei traz rol exemplificativo de hipóteses que dizem respeito às gratificações ou presente de quem tenha
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições
do agente público.
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Pena: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e
proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior
a 14 (catorze) anos (Arts. 9º e 12, I, L. 8.429/92).
(ii) Lesão ao erário: constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação
ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades. Como exemplo: doar à pessoa física ou jurídica,
bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores
do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º da lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie. perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer
esta circunstância.
Pena: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da
função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor
do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não
superior a 12 (doze) anos. (Arts. 10 e 12, II, L. 8.429/92);
(iii) Atentar contra os princípios: constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de
imparcialidade e de legalidade.
Pena: pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e
proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior
a 4 (quatro) anos. (Arts. 11 e 12, III, L. 8.429/92).
Acordo de não persecução civil (art. 17-B, L. 8.429/92): O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do
caso concreto, celebrar acordo de não persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes
resultados:
I. o integral ressarcimento do dano;
II. a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes
privados.
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2. de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público competente
para apreciar as promoções de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da ação;
Prescrição: art. 23 da LIA. Prazo prescricional é de 8 anos, contados a partir da ocorrência do fato, ou do dia que
cessou a permanência. STF: irretroativo os 8 anos, aplicado aos novos marcos temporais a partir da nova lei.
Repercussão nº 1199.
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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
O perfil atual da responsabilidade do estado varia conforme a natureza da atividade que causou o dano, podendo
ser tanto objetiva (somente necessário comprovar o nexo causal) ou subjetiva (devendo-se avaliar a culpa):
(i) dano experimentado pela vítima resulta da prestação de um serviço público: responsabilidade objetiva.
A vítima terá que comprovar apenas o nexo causal entre o dano que ela sofreu (a consequência) e a prestação de
um serviço público.;
(ii) Dano que resulta da exploração de atividades econômicas pelo estado: responsabilidade subjetiva.
Como regra geral, a exploração de atividade econômica no Brasil representa atividade típica da iniciativa privada,
que busca lucro. Sendo assim, somente em caráter excepcional, o poder público explora esse tipo de atividade.
Como essa é uma situação excepcional, só poderá ocorrer nas hipóteses permitidas na constituição. Essas hipóteses
excepcionais estão localizadas no caput do art. 173 da CF/88 e são: segurança nacional e relevante interesse
coletivo. Assim, ela passa a atuar em um setor que, antes, era ocupado exclusivamente pela iniciativa privada e
passa a atuar em regime de competição com ela. Assim o Estado submeter-se-á ao mesmo regime jurídico das
empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias e isso está
previsto no art. 173, § 1º, inciso II, da CF/88.
(iii) dano que resulta de omissão: responsabilidade subjetiva ou objetiva se houver risco criado: Teoria do
Risco Criado – existem situações em que o Estado cria uma situação de risco e desta situação decorre o dano. Nestes
casos a responsabilidade é objetiva mesmo que não haja conduta direta do agente. Como exemplo, cita-se um
preso que mata outro na prisão. Nesta hipótese não houve conduta de agente público, mas a situação do presídio
é uma situação de risco criada pelo Estado;
(iv) variante do risco integral: objetivo: A variante do risco integral significa que, acionado em juízo pela
vítima, o estado responde, ainda que não tenha sido o causador do dano, sendo assim, não poderá usar em sua
defesa caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da vítima. No Brasil, somente pela lei a administração responde
nessa variante do risco integral. Exemplo: a Lei 10.744/2003 autorizou a União, na forma e critérios estabelecidos
pelo Poder Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante terceiros na hipótese da ocorrência
de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados terroristas, atos de guerra ou eventos
correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas
brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo; Exemplo 2: Com relação aos danos
ambientais, o STJ já entendeu que a responsabilidade é objetiva e na variante do risco integral. A responsabilidade
civil do Estado por dano ambiental é objetiva, de acordo com o art. 14, §1º, da Lei n. 6.938/81. Caso haja omissão
do Estado quanto ao dano ambiental a sua responsabilidade será subsidiária, ou seja, primeiro deve-se cobrar o
poluidor direto para que depois se cobre o Estado.
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Requisitos para a responsabilidade civil do Estado:
(i) Dano real que pode ser material e moral. Não há que se falar em responsabilização do Estado por danos
que ainda não ocorreram, somente por danos reais/concretos; (ii) O segundo requisito é que o dano tenha sido
causado por um Agente público agindo nessa qualidade. A expressão agentes públicos abrange: agentes políticos;
servidores (funcionários, empregados, temporários) e os particulares em colaboração com o estado; O recado da
CF é que o estado só poderá ser acionado em juízo quando o agente tiver atuado e causado o dano lançando mão
das prerrogativas do seu cargo.
(ii) responsabilidade subjetiva (2ª fase): Exige-se a comprovação de culpa, mas é uma culpa anônima, que
recai sobre um serviço que não foi prestado quando deveria ter sido ou foi prestado de forma deficiente, causando
danos. A frase que marca esse período é “faute du service”. “Faute” significa “culpa”. Na França teve-se o primeiro
caso de responsabilidade civil do Estado no caso Blanco, A doutrina na época começou a defender que haveria
responsabilidade do Estado desde que houvesse previsão legal expressa (2ª fase da responsabilidade civil do
Estado), saindo-se da absoluta irresponsabilidade e admitindo-se a responsabilização civil do Estado, sendo uma
criação do Estado de Direito, ou seja, o Estado cria o Direito e se submete ao Direito que ele próprio criou.
(iii) responsabilidade objetiva: Nesta fase basta haver o nexo de causalidade para o estado ter a
responsabilidade civil. O nexo de causalidade demanda que a vítima comprove somente o dano que sofreu
(consequência) e que teve como fato gerador a prestação de um serviço público. Há duas formas da
responsabilidade objetiva se apresentar: (A) variante do risco integral ou (B) variante do risco administrativo.
(A) Pela variante do risco integral, é uma exacerbação da responsabilidade civil, o estado acionado pela
vítima responde por quaisquer danos experimentados por ela, ainda que não tenha sido o seu causador. Sendo
assim, ele não poderá invocar em sua defesa caso fortuito (danos causados por terceiros), força maior (danos
causados pela natureza) ou culpa da vítima para excluir ou atenuar a sua responsabilidade.
(B) Pela variante do risco administrativo, acionado em juízo pela vítima, o estado só responde pelos danos
que efetivamente tenha causado a ela. Sendo assim, poderá usar em sua defesa caso fortuito, força maior ou culpa
da vítima para excluir ou atenuar a sua responsabilidade.
Obs.: Não havia previsão de responsabilidade civil na CF de 1824, tampouco na de 1891. A previsão de
responsabilidade civil do Estado começou no Código Civil de 1916 tinha-se a responsabilidade civil subjetiva do
Estado baseado no dolo ou culpa do agente. No entanto, a responsabilidade objetiva nos moldes que temos hoje
existe no Brasil desde a Constituição Federal de 1948, portanto, desde essa época a responsabilidade civil do Estado
é objetiva, não sendo uma inovação da CF/88. A partir de 2005, o STF passou a entender que o Estado responde
também a terceiros, não usuários de serviço público.
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A lei 12.846/13 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de
atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades
empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou
modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades
estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito,
ainda que temporariamente. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos
administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou
não.
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira
pessoa a ele relacionada;
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos
ilícitos previstos nesta Lei;
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus
reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
IV - no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo
de procedimento licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar
contrato administrativo;
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de
contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública
ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a administração
pública;
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LICITAÇÕES – LEI 14.133/21
Licitação: é o processo administrativo para contratar obras, serviços, compras e alienações que assegura igualdade
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
A nova lei de licitações não trouxe os crimes que existiam na lei de licitações antiga (8.666/93).
Art. 173 §1º, III da CF/88: será estabelecido estatuto a dispor sobre licitação e contratos, empresas públicas
e sociedade de economia mista - Lei 13.303/2016.
Destinatários da licitação:
Entes da Administração direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios); Entidades da Administração
indireta (somente autarquias e fundações); Fundos Especiais – É objeto de direito, e não sujeito; e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pelo Estado. (art. 1º da Lei 14.133/21); Conselhos de Classe salvo OAB
(entidade sui generis);
Princípios da licitação:
Princípios: são 22 na nova lei de licitações em seu art. 5º: Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da
probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, art. 74 da lei 14.133, da eficácia, da
segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da
razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento
nacional sustentável.
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• Competitividade: proposta mais vantajosa para a Administração. O delito de fraude à
licitação nos termos do art. 337-F, do Código Penal, é classificado como crime formal, considerando que não precisa
da ocorrência de resultado naturalístico. Assim, para que se consuma, basta a demonstração de que a competição
foi frustrada, independentemente de demonstração de recebimento de vantagem indevida pelo agente ou de
comprovação de danos ao erário.
• Julgamento objetivo: O edital deve estabelecer, de forma precisa e clara, qual critério será
usado para seleção da proposta vencedora.
• Sigilo das propostas: as propostas apresentadas pelos licitantes são sigilosas até a data da
abertura dos envelopes, a ser feita em conjunto por todos os concorrentes, em sessão pública. “A publicidade será
diferida: I - quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura;” (art. 13, parágrafo único L. 14.133/21).
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• Segregação de funções: Visa evitar a concentração de atos, poderes e decisões em um só
agente e assim vedar “a designação do mesmo agente público para atuação simultânea em funções mais suscetíveis
a riscos, de modo a reduzir a possibilidade de ocultação de erros e de ocorrência de fraudes na respectiva
contratação” (art. 7º. § 1º L. 14.133)
Agente de contratação (art. 8º): é quem “toca” o processo. É o único que necessariamente deve ser
servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração Pública. Não é,
necessariamente, a autoridade que homologa. Poderá́ ser substituído por comissão de contratação formada de, no
mínimo, 3 (três) membros, que responderão solidariamente;
Pregoeiro: Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será́
designado pregoeiro (art.8º, § 5º);
Equipe de apoio: O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente
pelos atos que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe (art.8º, § 1º);
Assessor jurídico: A assessoria jurídica exerce controle prévio de legalidade análise da contratação (art.53);
Objeto da licitação:
• Obras e serviços de engenharia: A obra é “toda atividade estabelecida, por força de lei,
como privativa das profissões de arquiteto e engenheiro que implica intervenção no meio ambiente por meio de
um conjunto harmônico de ações que, agregadas, formam um todo que inova o espaço físico da natureza ou
acarreta alteração substancial das características originais de bem imóvel” (art. 6.º, XII, L. 14.133).
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• Serviços: Atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada utilidade,
intelectual ou material, de interesse da Administração”. (Art. 6.º, XI, L. 14.133);
Critérios de julgamento (substituiu nomenclatura passada “tipos de licitação”): O art. 33 da Lei 14.133/21 elenca
os critérios de julgamento:
• Menor Preço: Reservado às compras. Para produtos sem característica especial. Leva em
conta também o menor dispêndio, assim é necessário que se faça a averiguação da compatibilidade da oferta com
as especificações do edital. Segundo o art. 34, § 1º da Lei 14.133/21, os custos indiretos, relacionados com as
despesas de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto ambiental do objeto licitado, entre outros
fatores vinculados ao seu ciclo de vida, poderão ser considerados para a definição do menor dispêndio, sempre que
objetivamente mensuráveis, conforme disposto em regulamento.
• Maior Desconto: Vence o licitante que oferecer o maior desconto percentual a um valor
previamente fixado pela Administração Pública. Pode ser utilizado nas seguintes modalidades: concorrência;
pregão; diálogo competitivo. O julgamento por maior desconto terá como referência o preço global fixado no edital
de licitação, e o desconto será estendido aos eventuais termos aditivos.
• Melhor Técnica ou Conteúdo Artístico: Poderá ser utilizado para a contratação de projetos
e trabalhos de natureza técnica, científica ou artística. O edital deve prever a apresentação de duas propostas
(técnica e comercial) bem como o preço que a Administração se dispõe a pagar. Tanto neste tipo quanto no tipo
técnica e preço, a seleção da proposta vencedora é feita por uma avaliação conjunta de atributos de qualidade e
de preço. Nos termos do § 1º do art. 37, a banca julgadora terá no mínimo 3 (três) membros e poderá ser composta
de: servidores efetivos ou empregados públicos pertencentes aos quadros permanentes da Administração Pública;
ou profissionais contratados por conhecimento técnico, experiência ou renome na avaliação dos quesitos
especificados em edital, desde que supervisionados por agentes públicos.
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• Melhor Técnica e Preço: Será feita análise de preço e de qualidade do bem ou serviço a ser
prestado pelo vencedor (art. 37 L. 14.133/21). No julgamento por técnica e preço, deverão ser avaliadas e
ponderadas as propostas técnicas e, em seguida, as propostas de preço apresentadas pelos licitantes, na proporção
máxima de 70% (setenta por cento) de valoração para a proposta técnica.
• Maior Lance: ocorre para na alienação pela Administração Pública de bens e direitos, sendo
apropriada para o leilão. Intervalo mínimo de 15 dias úteis entre divulgação do edital e apresentação de propostas.
Modalidades de licitação:
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• Diálogo competitivo: é a “modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e
compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante
critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades,
devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos” (art. 6º, XLII L. 14.133/21).
Condições para a contratação mediante diálogo competitivo (art. 32 L. 14.133/21): A modalidade diálogo
competitivo é restrita a contratações em que a Administração: - I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes
condições: a) inovação tecnológica ou técnica; b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade
satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado; e c) impossibilidade de as especificações técnicas
serem definidas com precisão suficiente pela Administração; - II verifique a necessidade de definir e identificar os
meios e as alternativas que possam satisfazer suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos: a) a
solução técnica mais adequada; b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida; c) a estrutura
jurídica ou financeira do contrato;
Contratações Diretas:
A nova Lei discrimina os documentos que devem instruir o processo de contratação direta (artigo 72 da
Lei), em rol bem mais extenso do que o previsto na Lei anterior.
Inclui: documento de formalização de demanda, estudo técnico preliminar, análise de riscos, parecer jurídico e
pareceres técnico, demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários com o compromisso
a ser assumido, comprovação de que o contratado preenche os requisitos de habilitação e qualificação mínima
necessária.
Alteração dos limites da dispensa em função do valor de R$ 100 mil, no caso de obras e serviços de
engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores, e R$ 50 mil no caso de outros serviços e
compras.
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Exemplo: uma locação com a administração pública, será analisado alguns itens, se o valor está de acordo com o
mercado, para a região, se o locador está de acordo em contratar com a administração pública.
Deverá ser penalizado no caso de não assinatura o vencedor da licitação e perderá a vez e o próximo melhor
colocado assinará o contrato.
É nulo e de nenhum efeito contrato verbal, somente os de pequenos valores de valores não superior de R$
10.000,00 art. 95 §2º da Nova lei de licitações.
“macete”
F iscalização do Contrato
A lteração unilateral
R escição unilateral
A plicação de sanções
O cupação provisória
Contratado fica obrigado a aceitar nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se
fizerem nas obras, serviços ou compras até 25% do valor inicial, e nos casos de reformas de edifícios ou de
equipamentos particulares até 50% para o acréscimo.
Havendo alteração que aumente os encargos a administração deverá restabelecer o equilíbrio econômico-
financeiro inicial.
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Características costumam variar conforme a doutrina, que aponta geralmente as seguintes:
a) Formalismo moderado: O art. 92 da Lei 14.133 prevê a forma do contrato como “instrumento de
contrato” ou “termo de contrato”. Há exceções como compras de valores mais baixos que podem ser substituídas
por carta contrato, ordem de serviço, nota de empenho ou autorização de compra. Ainda, as alterações urgentes
podem ter início sem a necessidade de aditivação, conforme prevê o art. 132 prevê que: A formalização do termo
aditivo é condição para a execução, pelo contratado, das prestações determinadas pela Administração no curso da
execução do contrato, salvo nos casos de justificada necessidade de antecipação de seus efeitos, hipótese em que
a formalização deverá ocorrer no prazo máximo de 1 (um) mês. Ainda, os contratos urgentes podem ter eficácia
imediata mesmo sem publicação (art. 94, §1º).
c) onerosos. No entanto, parte da doutrina entende que contratos gratuitos também estariam no
tratamento.
e) Comutatividade: direitos e deveres previamente estabelecidos, diferente do que ocorre no direito civil,
em que se permite contratos aleatórios, ou seja, no Direito Administrativo não há contratos sujeitos a risco.
d) Personalíssimo (intuitu personae): os contratos devem ser celebrados com quem venceu a licitação. Há
previsão de subcontratação (art. 122 L.14.133) desde que haja previsão no edital e concordância da Administração.
e) Adesão: Como regra, não há possibilidade de o particular discutir o disposto no contrato, pois ele
somente pode aderir à relação com a Administração. A Adesão é mitigada pela lei 14.133/21 por exemplo, com o
diálogo competitivo.
Cláusula de Exceção do contrato não cumprido (adimplido): O atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos
pela administração, decorrentes de obras, serviços. Assegurado ao contrato o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação. E na lei 14.133/21 atrasos superior a 2 meses
nos pagamentos.
Fato príncipe – trata-se de um fato geral, não direcionado ao contrato, mas que causa o seu desequilíbrio,
exemplo a alta do dólar.
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Equilíbrio Econômico-Financeiro dos Contratos:
É garantia do particular contratado a manutenção da margem de lucro inicialmente pactuada. Para tanto,
ocorrem os seguintes instrumentos:
Reajuste: cláusulas preestabelecidas que retratam automaticamente a variação efetiva do custo de produção, ou
seja, atualizar os custos dos insumos, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais. A periodicidade anual
do reajuste deve levar em consideração a data da apresentação da proposta ou do orçamento a que a proposta se
referir. Logo, é possível que o reajuste ocorra antes mesmo da assinatura do contrato, desde que ultrapassado o
prazo de 12 meses da apresentação da proposta. Se o edital e o contrato não estabelecerem a cláusula do reajuste,
considera-se irreajustável o valor da proposta: A matéria se insere nos direitos disponíveis das partes e a inflação
NÃO é fato imprevisível, razão pela qual seria vedada a invocação da teoria da imprevisão para atualizar o valor do
contrato. A teoria da imprevisão permite a revisão das cláusulas contratuais, quando deflagrada circunstância
superveniente imprevisível e imprevista pelo homem médio, que altere a situação anterior existente entre as partes
contratantes, provocando, para uma delas, onerosidade em excesso.
Recomposição de preços ou revisão de preços: Tem como base a teoria da imprevisão, e decorre da cláusula
“rebus sic standibus”, incide sobre qualquer cláusula contratual (cláusulas regulamentares ou econômicas) e se
refere os fatos imprevisíveis ou previsíveis, mas de consequências incalculáveis. “restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro inicial do contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em
decorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do
contrato tal como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no contrato.”
(Art. 124, II, d, L. 14.133/21).
(i) Caso Fortuito e Força Maior: imprevisíveis e inevitáveis que alteram a relação contratual, podendo
decorrer de fatos humanos – não provocados por nenhuma das partes do acordo – ou por fatos da natureza;
(ii) Interferências (sujeições) imprevistas: Situações preexistentes à celebração e descobertas durante a sua
execução;
(iii) Fato da Administração: O desequilíbrio contratual é causado por uma atuação específica da
administração que incide sobre o contrato e impede a sua execução, no bojo da relação contratual;
(iv) Fato do Príncipe: Desequilíbrio do contrato causado pelo Poder Público através de atuação
extracontratual (geral e abstrata) do ente estatal que atinge indiretamente a relação contratual. Para que a situação
se caracterize como fato do príncipe, o agente que pratica a conduta deve ser da mesma esfera de governo daquele
que celebrou o contrato atingido, caso contrário, será caso fortuito, ante a independência dos entes da federação.
Atualização monetária: justificada pela inflação e deve ser garantida a manutenção do real valor acordado.
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Repactuação: ocorre nos casos em que não é possível utilizar índices pré-estabelecidos, como exemplo a mão de
obra, tendo em visto, por exemplo novas Convenções Coletivas de Trabalho. Deve ser respeitado o prazo mínimo
de 1 ano para repactuação. A repactuação é “forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contrato
utilizada para serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou predominância de mão de
obra, por meio da análise da variação dos custos contratuais, devendo estar prevista no edital com data vinculada
à apresentação das propostas, para os custos decorrentes do mercado, e com data vinculada ao acordo, à
convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual o orçamento esteja vinculado, para os custos decorrentes da
mão de obra.” art. 6º LIX 14.133/21.
Fato da administração – trata-se de uma ação ou omissão causada pela administração, direcionada ao
contrato, causando o seu desiquilíbrio.
Intervenção ou sujeições impostas - trata-se de óbice natural que causa o desequilíbrio do contrato.
Pela inexecução total ou parcial do contrato a administração pode aplicar sanções - art. 87 lei 8666.
Formas de extinção do contrato: art. 79 e art. 138: unilateralmente, consensual amigável ou judicial.
Espécies de contratos:
Contratos de concessão - lei. 8.987/95
Parceria público-privada - lei 11.079/04
Consórcios públicos - lei 11.107/2005
O contrato deve ter objeto definido, preço e as condições de pagamento, os direitos e as responsabilidades
das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; além disso, o contrato precisa prever os casos de
rescisão.
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SERVIÇO PÚBLICO
Desconcentração – órgão não tem personalidade jurídica: por outorga, não transfere a titularização, direito
privado, através de contrato.
Conceito de serviço público: toda atividade prestada pelo estado ou por seus delegados, basicamente sob regime
de direito público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade.
Os serviços não podem ter paradas somente com aviso prévio, da parada.
Princípio da eficiência: Prestado de forma satisfatória, quantitativa e qualificativa. Segurança, saúde, metrô, ônibus.
Atualidade de equipamentos.
Cortesia dos serviços públicos: os usuários devem ser tratados com respeito, organização.
Modicidade: valores a serem cobrados pela prestação de serviço público devem ser razoáveis.
Classificação:
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Permissão;
Concessão; lei 8987/95
Parceria Público privada lei 11079/2004
Concessão
Contrato, com licitação modalidade concorrência ou diálogo competitivo, com prazo determinado, não
precário, celebrado com pessoa jurídica ou consórcio de empresas, delegação feita pela concedente.
AUTORIZAÇÃO E PERMISSÃO:
Art. 175 CF - Incumbe ao poder público na forma da lei, diretamente ou por concessão ou permissão,
sempre através de licitação a prestação de serviços públicos.
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A titularidade é intransferível, o particular recebe a execução de serviço com regras estabelecidas pela
administração pública.
Instrumentos através do quais a administração transfere através de licitação à execução de serviços e obras
públicas para particulares, com objetivo de lucro.
Concessões e permissão Lei 8.987/95 art. 2º, II e IV, concessão espécie de contratos celebrado na forma
bilateral com prazos determinados, não poderá se extinguir a qualquer momento, sem pagamento de indenização.
Já a permissão ato administrativo precário, forma da celebração unilateral, não tem prazo determinado
podendo ser extinta a qualquer momento e sem pagamento de indenização.
A autorização de serviços não tem lei específica, art. 21, XII da CF, onde traz a autorização ato administrativo
precário, é que o nível é muito maior de insegurança para o particular pode lhe ser retirada a qualquer momento.
A administração quem elabora as regras, sanções e define de que forma será executada a forma de serviço.
Consórcios Públicos de Prestação de serviços, entre as diversas esferas de governo para a execução de
serviços públicos de interesse comum.
Importância dos consórcios públicos, fundamento no nível constitucional art. 241 da CF, incluída pela
EC nº 19/98.
Ex.: Para que o consórcio seja celebrado entre municípios de SP, deverá o Estado entrar junto.
Protocolos de intenções, para ingresso ao consórcio, para ratificação atender a lei, contrato entre as partes
para atender o consórcio, aprovação dos estatutos do consórcio através de assembleia geral extraordinária, de
acordo de vontades, dotadas de obrigações.
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Associação pública atribuída personalidade de direito público, por toda a vigência enquanto durar o
consórcio, passará integrar a administração indireta, conforme o art. 41 do CC.
Verbas e responsabilidades, através de contrato programa, têm previsão no art. 13 da lei 11.107, que
determinaram as atribuições e esferas de governo, quanto cada irá investir.
Contrato Rateio art. 8, ratear as despesas que justificaram a celebração do consórcio, sairá do orçamento
de cada esfera, anualmente, atualizado com periodicidade.
Objeto de fiscalização
Com auxílio do tribunal de contas, art. 9 combinado e 71 da CF.
Retirada - art. 11: falta de permanência no consórcio, saída de uma esfera de governo, por assembleia
extraordinária.
Exclusão de uma ou de algumas esferas de governo art. 8 §5º da lei 11.107, depende de processo
administrativo assegurando o contraditório e ampla defesa.
Se descumprido o contrato gerará Improbidade administrativa ou danos e lesão aos cofres públicos
8.429/92 com dolo comprovado.
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LEI Nº 13.460 – DIREITOS DOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS
A Lei n° 13.460 dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos
da administração pública.
Consideram-se:
I - usuário - pessoa física ou jurídica que se beneficia ou utiliza, efetiva ou potencialmente, de serviço
público;
III - administração pública - órgão ou entidade integrante da administração pública de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública;
IV - agente público - quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração; e
Com periodicidade mínima anual, cada Poder e esfera de Governo publicará quadro geral dos serviços
públicos prestados, que especificará os órgãos ou entidades responsáveis por sua realização e a autoridade
administrativa a quem estão subordinados ou vinculados.
Diretrizes:
O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os agentes públicos e
prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
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III - atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos idosos, às
gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
IV - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de exigências, obrigações, restrições e sanções não
previstas na legislação;
VII - definição, publicidade e observância de horários e normas compatíveis com o bom atendimento ao
usuário;
IX - autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
XI - eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao risco
envolvido;
XII - observância dos códigos de ética ou de conduta aplicáveis às várias categorias de agentes públicos;
XIII - aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de atendimento
ao usuário e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações;
XIV - utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estrangeirismos;
e
XV - vedação da exigência de nova prova sobre fato já comprovado em documentação válida apresentada.
XVI – comunicação prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de inadimplemento,
bem como do dia a partir do qual será realizado o desligamento, necessariamente durante horário comercial.
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PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP)
Criada pela Lei 11.079/2004, trata-se de contrato administrativo de concessão especial na modalidade
patrocinada ou administrativa, que será utilizado por ocasião das concessões de serviços públicos ou de obras
públicas que envolvam investimentos pecuniários pelo poder concedente.
OBS.: A Administração pública nas PPPs não pode ser sócia majoritária.
Modalidades:
Concessão patrocinada: o Estado arca parte do investimento. Assim, tem-se a tarifa do usuário e o recurso público.
OBS.: As concessões patrocinadas em que mais de 70% da remuneração do parceiro privado for paga pela
administração pública dependerão de autorização legislativa específica.
Exemplo: presídio construído pelo particular, mas o Estado é o responsável pela preservação e pelo usuário.
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INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
Art. 5º, XXII e XXIII da CF/88: garantia do direito à propriedade, junto com a necessidade de atender à função
social.
Modalidades de intervenção:
• Intervenção supressiva ou drástica: o Estado retira a propriedade do domínio particular.
• Intervenção Repressiva ou Branda: o Estado impõe limites ou condições ao exercício do
direito.
• Servidão: direito real que permite a utilização de propriedade privada, em obras ou
serviços de interesse coletivo.
• Servidão administrativa: passagem de serviços públicos em propriedade particulares, com
instalações e placas etc.
• Servidão Real: regida pelo direito privado, interesse particular, um prédio privado serve
para prédio público.
• Requisição administrativa: recai sobre bens imóveis privados, com finalidade de perigo
iminente.
• Ocupação temporária: é a utilização por prazo determinado e em situação de obras
públicas e serviços públicos, alojamentos.
• Tombamento: modalidade de intervenção que busca proteger o meio ambiente e aqueles
relacionados pelo patrimônio histórico, artístico e cultural, limitando o exercício de direito
à propriedade. Art. 216 da CF.
• Desapropriação: é a intervenção drástica do Estado na propriedade alheia, retirando um
bem privado de forma compulsória e assim transferindo o bem ao patrimônio estadual,
mediante indenização que deve ser justa.
• Desapropriação ordinária: se dá por necessidade pública.
• Desapropriação por interesse social: Lei 4.132/62.
• Desapropriação urbanística: art. 182, §4º CF e Estatuto da Cidade (lei 10.257/2001).
• Desapropriação rural: art. 184 da CF para fins de reforma agrária, LC 76/93.
• Desapropriação confisco: se terras ou propriedades forem usadas para fins ilícitos.
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É vedada a desapropriação nos seguintes casos:
• Direitos personalíssimos;
• Pessoa;
• Moeda corrente do país.
Desistência da desapropriação, preço ainda não foi pago, possibilidade de devolução e expropriante o
recebeu.
Retrocessão: para se entender a retrocessão, faz-se necessário primeiro definir o que significa
tredestinação. A tredestinação pode ser traduzida como o desvio de finalidade na desapropriação, ou seja, ela
ocorre quando há um desvio de finalidade quanto ao bem desapropriado (após publicado o decreto contendo a
destinação inicial do bem, esta é alterada). Exemplo: Administração desapropriou terreno para construir uma
escola, mas foi construído um hospital. Neste caso, portanto, há desvio de finalidade no ato administrativo
(tredestinação). Se houve alteração de destinação na desapropriação somente da finalidade específica, mantendo-
se a busca pelo interesse público, estar-se-á diante de um desvio de finalidade autorizado pela lei, também
denominada de tredestinação lícita.
A tredestinação lícita não poderá ocorrer nas hipóteses abaixo, pois as finalidades destas não podem ser
alteradas:
(i) na desapropriação especial rural – pois esta não pode mudar a finalidade da reforma agrária, pois na
reforma agrária a finalidade é o interesse social e não a utilidade pública;
(ii) na expropriação confisco;
(iii) no caso de desapropriação comum para fins de parcelamento popular e programas de habitação
popular – pois esta não pode mudar a finalidade.
Art. 5º, §3º, Decreto-Lei n. 3.365 – Ao imóvel desapropriado para implantação de parcelamento popular,
destinado às classes de menor renda, não se dará outra utilização nem haverá retrocessão.
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ESTATAIS - LEI 13.303/16
O Artigo 173 da Constituição Federal afirma que: "Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei".
Os entes federativos (União; Distrito Federal; Estados; Municípios) podem criar autarquias e fundações e
autorizar a criação de sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações, que serão os chamados entes
da administração pública indireta.
Quando a lei cria, ela cria uma pessoa jurídica de direito público, quando autoriza, ela autoriza a instituição
de pessoas jurídicas de direito privado.
1. EMPRESA PÚBLICA
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo
da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força
de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em
direito (100% capital público).
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União
ou a entidade da Administração Indireta.
OBS.: quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União,
em caráter permanente.
A Lei, portanto, não faz distinção em relação a estatais exploradoras de atividades econômica (exemplo:
Petrobras e Banco do Brasil) e prestadoras de serviços públicos (exemplo: Infraero e Correios): todas,
indistintamente, devem observar os ditames da Lei.
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Administradores: são os membros do Conselho de Administração e da Diretoria. São cidadãos de reputação
ilibada e notório conhecimento, com tempo mínimo de experiência, a saber:
A. 10 anos, na área de atuação da EP/SEM ou em área conexa com a função de direção (setor público ou
privado);
COMPARANDO A LEI 14.133/21 COM A LEI 8.666/93; LEI 10.520/02; LEI 12.462/11 E SEUS PRINCIPAIS ASPECTOS:
A partir de 01 de abril de 2023 a Lei 8.666/93 e a Lei 10.520/02 (Lei do Pregão) deixarão de existir, passando
a Lei 14.133/21 a substituí-la. Quanto a Lei 12.462/11, a nova lei apenas a revoga parcialmente (artigos 1º a 47).
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ESTATUTO DA CIDADE - LEI 10.257/01 E CF ART. 182 E 183
Política urbana: Cabe à União editar diretrizes para o desenvolvimento urbano, nos termos do art. 21, XX da CF.
Essas diretrizes estão no Estatuto da Cidade (Lei 10.257, art. 2º I a XVIX).
Compete aos Municípios efetuar o adequado ordenamento territorial, seja por Plano Diretor nos casos
obrigatórios, seja quando não for obrigatório ter esse plano (vide art. 4º, III do Estatuto da Cidade). A política de
desenvolvimento urbano é executada pelo Poder Público municipal, nos termos do art. 182 da CF.
Conclui-se, portanto, que para uma cidade cumprir sua função social e ambiental, ela deve respeitar todas
as diretrizes do art. 2º do Estatuto da Cidade.
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende ao Plano Diretor.
Ler: artigo 170, caput, inciso II (propriedade privada), III (função social da propriedade, VI (defesa do meio
ambiente) da CF.
A Administração Pública, tendo um imóvel sem função social, poderá obrigar o proprietário a edificar a
propriedade ou zonear, alíquota de ITPU progressivo por 5 anos.
Desapropriação será por pagamento precatório, não imediato como na desapropriação com interesse
público.
Ordem urbanística constitucional: É previsto como meio ambiente artificial ou urbano nos termos do art. 225,
“caput” da CF. O ordenamento urbano é considerado meio ambiente pela própria lei (ex.: “Dos Crimes contra o
Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural” na Lei de Crimes Ambientais, arts. 62 a 65) Artigo 225, caput, da
Constituição Federal – Meio ambiente artificial, urbano ou construído.
Art. 225: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações.
OBS.: LER - Meios de intervenção na propriedade regulados pela Lei 10.257/01 art. 9º, 10, 21,25,28 e 32.
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