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Furto e roubo de celulares na cidade de São Paulo – Ênfase no aumento do


crime influenciado por novas tecnologias

Al Sgt PM 953206-4 Agnaldo TEOFANES da Silva 1


Al Sgt PM 107710-4 Edward da Silva FIGUEIREDO2
Al Sgt PM 146563-5 Erick Granville PAZETO 3
Al Sgt PM 944263-4 Everaldo RODRIGUES dos Santos 4

RESUMO
O roubo de celulares está entre um dos indicadores criminais definidos pela
Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, pois os índices de delitos
desta natureza crescem a cada dia, principalmente na Capital Paulista. Isso gera
preocupação entre as autoridades e a sociedade, devido a violência empregada
durante as ações criminosas, bem como o prejuízo financeiro gerado às vítimas. Os
celulares são os principais alvos dos bandidos, pois possuem diversas
possibilidades de angariar recursos financeiros, quer seja na modalidade estelionato
ou na subtração de informações diversas, pois esta prática de crime vem sendo
aperfeiçoada com a criatividade e os avanços da informática. Neste sentido, a
pesquisa buscou compreender o crime de roubo e furto, dando ênfase no crime de
roubo de celulares na cidade de São Paulo de 2020 a 2022. A metodologia utilizada
foi pesquisa bibliográfica, constituída principalmente de uma abordagem qualitativa
de caráter exploratório em artigos, livros, mídia e pesquisas realizada no site da
Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. A pesquisa tem por
objetivo analisar a quantidade de roubos de celulares na capital Paulista de 2020 a
2022 e o trabalho desempenhado pela segurança pública em tentar diminuir este
tipo de crime na cidade. O roubo de celulares vem crescendo a cada dia,
principalmente na cidade de São Paulo, sendo dessa forma um tema relevante e
atual para a população. A pesquisa constatou que há um crescimento considerável
de roubo de celulares e que a Segurança Pública do Estado está atuando de forma
a impedir ou diminuir este tipo de crime na cidade, garantindo a todos o direito
constitucional de ir e vir com segurança.
Palavras-chave: Polícia Militar, roubo, celular, São Paulo, vítima, internet.

Data da submissão: ___/___/___


Data da aprovação: ___/___/___

1 INTRODUÇÃO
A pesquisa parte do pressuposto que houve um aumento significativo de
roubo e furto de celulares durante a pandemia de Covid-19 na cidade de São Paulo,
1
Aluno Sargento do Curso de Formação de Sargentos da Escola Superior de Sargentos da Polícia Militar de São
Paulo, teofanes@policiamilitar.sp.gov.br.
2
Aluno Sargento do Curso de Formação de Sargentos da Escola Superior de Sargentos da Polícia Militar de São
Paulo, edwards@policiamilitar.sp.gov.br.
3
Aluno Sargento do Curso de Formação de Sargentos da Escola Superior de Sargentos da Polícia Militar de São
Paulo, erickgp@policiamilitar.sp.gov.br.
4
Aluno Sargento do Curso de Formação de Sargentos da Escola Superior de Sargentos da Polícia Militar de São
Paulo, everaldorodrigues@policiamilitar.sp.gov.br.
2

ou seja, nos anos de 2020, 2021 e 2022. Segundo a matéria veiculada pela Jovem
Pan, os casos de roubo de celulares aumentaram em média 10% comparado com o
ano de 2020 a 2021 e 11,5% no ano subsequente, totalizando uma diferença de
21,5% entre o período observado, os dados foram extraídos da Secretaria de
Segurança Pública pela emissora jornalística (Jovem Pan, 2022).
Atualmente os noticiários mostram a crescente onda de roubos e furtos de
celulares que ocorre principalmente na Capital.
Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho foi analisar a quantidade de
ocorrências com a natureza de roubos de celulares na cidade de São Paulo de 2020
a 2022 e o objetivo específico foi identificar o trabalho da Segurança Pública do
Estado de São Paulo na tentativa de diminuir este tipo de delito. Os dados foram
analisados por meio de planilhas de dados extraídas do site da Secretaria
Segurança Pública do Estado de São Paulo.
No primeiro tópico, a proposta foi conceituar o crime de roubo e furto, bem
como compreender a diferença de cada tipo de delito e destacar que a pesquisa
analisou somente o roubo de celulares.
No segundo tópico, a proposta foi demonstrar o crescimento acelerado da
telefonia móvel no Brasil, principalmente quanto ao número de celulares que é maior
que o dobro do número de telefones fixos (ITU, 2008).
No terceiro e último tópico, a proposta foi demonstrar a importância de
investigar a quantidade de roubos de celulares na Capital Paulista durante e após a
pandemia Covid-19, foi analisada a quantidade de roubos de celulares ocorrido na
cidade de São Paulo de 2020 a 2022 acerca dos registros de ocorrências desta
natureza que constam registrados no site da Secretaria da Segurança Pública do
Estado de São Paulo e qual a importância no papel da Segurança Pública Estadual
para prevenir estes tipos de delitos.
A presente pesquisa se mostra de extrema importância e relevância na
medida em que se percebeu que houve um crescimento significativo nos registros
de roubos de celulares na região da capital do estado de São Paulo.
Deste modo, como observado no gráfico 1 desta pesquisa, há indícios de
crescimento neste tipo de delito na cidade de São Paulo, pois através dos estudos,
foi possível observar que houve um aumento significativo de roubos de celulares de
2020 a 2022.
Assim, surge a temática de quantificar os registros e qual o período de maior
incidência e conhecer as áreas mais críticas com mais registros de roubos de
celulares e o trabalho que vem sendo realizado pela Segurança Pública do Estado
para reprimir estes atos.

2 CONTEXTO DO CRIME DO ROUBO DE CELULARES


Para se entender o contexto sobre a crescente onda de roubo de celulares na
cidade de São Paulo de 2020 a 2022, faz-se necessário, antes, conceituar o crime
de roubo e furto de celulares, o papel da segurança pública do estado de São Paulo
e dos cidadãos e a nova era da telefonia no Brasil.

2.1 Conceituação do Crime, Roubo e Furto de Celulares


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De forma resumida, considera-se como roubo o crime contra o patrimônio,


onde há a subtração de um bem móvel e necessariamente acontece violência ou
ameaça grave de violência à vítima que não possui condições de reagir.
Logo, o Decreto Lei 2.848/1940 denominado Código Penal Brasileiro no
artigo 157 caput descreve o que é roubo:

Art. 157 – Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer
meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena – reclusão, de quatro
a dez anos, e multa.” (BRASIL,1940).

Nessa esteira, o legislador descreveu que para que seja configurado o roubo
o indivíduo deve realizar a subtração de um bem móvel e ao mesmo tempo
empregar violência contra a vítima, impossibilitando-a de resistência.
Segundo o Código Penal Brasileiro, de 1940 no artigo 155, caput descreve o
furto, onde o indivíduo realiza a subtração de um bem móvel para si ou para outrem,
mas sem o emprego de violência ou grave ameaça a vítima e sem reduzir a
impossibilidade de resistência.

Art. 157 – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.


(BRASIL,1940).

Dessa forma, percebe-se que em ambos o indivíduo subtrai um bem móvel


para si ou para outrem, porém no furto não há o emprego de grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzindo a
impossibilidade de resistência da vítima, o que ocorre no roubo.
Pode-se notar que não existe no ordenamento jurídico brasileiro, o crime
específico de roubo ou furto de aparelho celular. Talvez pelo fato de o Código Penal
Brasileiro ser de 1940, época em que não tínhamos a rede móvel de telefones no
país e que desde sua criação não houve uma reforma em seus artigos, abarcando
novos conceitos e modalidade, principalmente no que tange ao crime de roubos de
celulares entre outros delitos que não existiam naquela época e que hoje é são
rotineirom no dia a dia da sociedade. Por não termos a reforma na legislação que é
vigente no país desde o século XX, não há em seu ordenamento nenhuma
agravante nos delitos, principalmente nos crimes de roubo de celulares.
Na seara dos argumentos apresentados na presente pesquisa e da
revolução global que o país e o mundo sofreram principalmente no século XIX com a
era da revolução tecnológica. Diante desta nova temática revolucionária em que o
país se teve principalmente com os inúmeros modelos de aparelhos celulares que o
mercado oferece, caberia aos nossos atuais legisladores a criação de um projeto
que de revisão e alteração do Código Penal Brasileiro, com a proposta de penalizar
o infrator exatamente pelo crime que cometeu, havendo assim, um artigo específico
do crime de roubo de celulares e suas modalidades, tendo em vista a lesividade que
esta modalidade causa a toda sociedade.
Logo ainda na atual vigência da lei penal brasileira, o indivíduo que comete
o crime de roubo de celular responde apenas pelo crime genérico, que é o roubo do
descrito no Art. 157 do Código penal, não responder especificamente pelo fato de ter
subtraído o celular de alguém, assim como não há agravante para os devidos fins
que este individuo iria fazer com o celular, seja receptação, furto de dados
bancários, uso indevido de imagens e vídeos, responde apenas pelo crime de roubo.
Neste sentindo ainda há um gargalo da justiça, pelo fato de a atual lei penal não
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possuir o crime específico de roubo de celulares e suas formas, que é o tema desta
pesquisa.
Portanto, a pesquisa abordou apenas o roubo de celulares na cidade de São
Paulo, realizando um levantamento quantitativo e qualitativo de 2020 a 2022 das
informações encontradas no portal da transparência no site da Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo.

2.2 O papel da segurança pública do estado de São Paulo e dos cidadãos.


Em que pese seja uma questão de Segurança Pública, não exime a
responsabilidade social, ou seja, a obrigação do cidadão de corroborar com as
instituições policiais acerca das informações através do Boletim de Ocorrência, que
por sua vez, subsidiarão as estatísticas dos principais locais afetados sujeitos às
ilicitudes.
Em relação aos episódios já ocorridos, podemos observar que, na sociedade
atual, devido às inúmeras mudanças tecnológicas, as relações sociais têm sofrido
amplas influências no campo digital, estreitando relações, modificando
comportamentos, surgindo novos desafios e problemáticas que fazem parte do
processo evolutivo historicamente do ser humano.
Contudo, o aparelho celular vêm ganhando destaque pelas suas
funcionalidades e capacidade de realizar diversas tarefas, comunicativas e
econômicas.
Diante das constantes alterações, o presente artigo, busca analisar e
demonstrar que as consequências da evolução dos meios de comunicação
associadas às novas tecnologias utilizadas que vêm gerando diversos problemas
sociais pelo aumento do espólio de aparelhos celulares para as mais variadas
formas de golpes.
O aparelho celular, por se tratar do equipamento eletrônico mais subtraído
atualmente, vem chamando a atenção não só das autoridades como também das
mídias de comunicações, sendo necessária a disseminação das medidas
preventivas junto à população em geral.
Diante da relevância do tema em análise da pesquisa, foi possível perceber
que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo criou um Manual de
Autoproteção do Cidadão que dá dicas de cuidados para os cidadãos como:
Mantenha todos seus objetos pessoais, como carteiras, pochetes, celulares,
sacolas e bolsas, à frente de seu corpo; Cuidado ao atender seu celular nas
ruas e grandes centros comerciais; verifique antes se não há ninguém ao
seu lado; mantenha seus objetos pessoais, como celulares, carteiras, bolsas
à frente de seu corpo. (PMESP, 2016).

Assim é fácil perceber que o órgão Estadual de Segurança Pública está


atento a esse tipo de delito, pois dá dicas para o cidadão guardar os pertences como
carteiras, pochetes, celulares, sacolas e bolsas à frente do corpo, assim como ter a
devida atenção ao atender o celular nas vias públicas e centros comerciais,
verificando se não há nenhum indivíduo suspeito dos lados.
Logo, no que tange a responsabilidade quanto a prevenção dos crimes de
roubo de celulares, é imperioso lembrar a dupla responsabilidade que é a do Estado
e a dos cidadãos, conforme mencionado no Artigo 144 da Constituição Brasileira de
1988.
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A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,


é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distritais. (BRASIL, 1988)

Deve-se deixar registrado que a Constituição Brasileira de 1988, deixa claro


no artigo 144 que a segurança pública é um dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, ou seja, os órgão de segurança tem o dever de agir
principalmente para prevenir tais delitos e os cidadãos tem a responsabilidade por
tais ato também, devendo atuar de maneira ímpar e com cuidado principalmente nos
grandes centros devendo guardar seus pertences pessoais de maneira que fique
quase imperceptível ao corpo para que não sofram tais delitos como o demonstrado
na pesquisa, que é o roubo de celulares onde os números mostra que está
crescendo a cada ano na cidade de São Paulo.
Segundo o site de notícias G1 nos traz também, uma reportagem do dia
09/09/21 que em 2021 de janeiro a julho cerca de 160 mil celulares haviam sido
roubados ou furtados no estado de São Paulo, e foi observado a quantidade de
roubos e furtos no estado, chegando a quase 87 mil roubos no período citado
anteriormente. (JORNAL G1, 2021).

“A polícia paulista registrou 86.962 mil roubos de celulares com agressão ou


uso de armas, uma média de 414 roubos por dia, cerca de 17 a cada hora
no estado. Além do valor dos aparelhos, os bandidos estão de olho nas
informações das vítimas para aplicar golpes. O centro da capital paulista é o
local que concentra a maior quantidade de casos. Para a polícia, os ladrões
se aproveitam da movimentação de pessoas para atacar as vítimas”.
(JORNAL G1, 2021).

No tocante ao tema percebe-se que a mídia está informando a população


que há um aumento de roubos de celulares na capital paulista e que os assaltantes
buscam não só o valor aquisitivo dos aparelhos, mas os dados que contêm,
principalmente as senhas de bancos.
Segundo a Revista Veja (2021), trouxe na matéria 05 (cinco) dicas para
proteger app de banco no smartphone para evitar que os criminosos acessem os
aplicativos dos celulares e tirem todo o dinheiro como:

 Bloqueie o celular com senha


 Desativar a opção “S.O.S. de emergência” em iPhones
 Acionar todos os mecanismos de segurança do celular;
 Criar senhas exclusivas para aplicativos de bancos. (Revista Veja,
2021)

Realizadas tais considerações na matéria elencada pela Revista Veja


(2021), menciona que a grande parcela da população não possui senhas nos
aparelhos celulares, o que facilita o acesso as informações. Sugeriu quanto ao
bloqueio do celular que seja realizado principalmente com senha e deve evitar
bloquear os aparelhos celulares com datas de aniversários ou senhas como 1234
que são fáceis de serem descobertas. Na segunda dica, mostrou da real
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necessidade de desativar a opção “S.O.S. de emergência” em iPhones, pois o


dispositivo para pedir socorro em caso de acidente, quando está ativado, mostra
dados pessoais do usuário, citando como exemplo a data de nascimento. A terceira
dica, foi para acionar todos os mecanismos de segurança do aparelho celular,
programando o bloqueio automático da tela no menor tempo possível, assim como
ativar as autenticações de dois fatores em todos os aplicativos que tenha esta opção
e colocar a senha PIN no chip do aparelho, evitando que o chip seja usado em
outros aparelhos. A quarta dica é de nunca deixar o aplicativo bancário aberto ou no
modo de espera no aparelho celular. A quinta e última dica foi para criar senhas
exclusivas para os aplicativos bancários, pois os criminosos descobrem com
facilidade chaves de acesso de outros aplicativos, e testam a mesma senha nos
aplicativos de bancos e não deixar salvo no bloco de notas do próprio aparelho as
senhas. (REVISTA VEJA, 2021).
Complementando a pesquisa, a Polícia Militar do Estado de São Paulo criou
um panfleto informativo que pode ser acessado pelo site da instituição por qualquer
cidadão. O informativo traz telefones de emergência caso o cidadão seja vítima ou
presencie crimes dessa natureza, devendo acionar a polícia pelo telefone 190,
bombeiros 193 e no disque-denúncia pelo 181. (PMESP, 2023).
Logo, o informativo também menciona todas as dicas elencadas
anteriormente, porém traz a dica do IMEI que é:

IMEI é uma espécie de RG do aparelho celular. É um número único, pois


cada aparelho existente no mundo tem o seu próprio código. Para obtê-lo,
digite *#06# ao adquirir o código, é importante que cada usuário guarde o
número, pois sem ele não será possível bloquear o aparelho, mas apenas o
“chip”. (PMESP, 2023).

Por fim, após ensina como se descobre o RG do aparelho celular, que pode
ser utilizado tanto para perda, furto ou roubo do aparelho, sendo que a pessoa
deverá registrar um boletim de ocorrência e com o número do celular e com o código
do IMEI em mãos, solicitar junto a operadora o bloqueio do aparelho.

2.3. A nova era da telefonia no Brasil

Este trabalho procurou discutir os crimes de roubo de celulares na cidade de


São Paulo de 2020 a 2022, porém antes de adentrar a este delito o autor buscou
entender a era da telefonia no Brasil, desde o surgimento do primeiro telefone fixo
no país. Sendo necessário descobrir quem inventou o telefone, o ano e em qual país
foi utilizado pela primeira vez.
Segundo Teixeira (Apud ROGÉRIO SILVA, 2003) da Revista Econômica do
Nordeste de Fortaleza – CE “o telefone foi inventado no final do século XIX nos
Estados Unidos, precisamente em 2 de junho de 1875, pelo Escocês Alexandre
Graham Bell. Logo depois, em 1877, a invenção já chegara ao Brasil. Por ordem de
D. Pedro II, as primeiras linhas telefônicas foram instaladas, interligando o Palácio
Imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, às casas de seus ministros. Este
fato ocorreu pouco depois de uma exposição ocorrida na Filadélfia, onde D. Pedro II
esteve presente”.
Para entender a nova era da telefonia no Brasil, o autor criou uma linha do
tempo, citando a temática da telefonia nas Constituições Brasileiras após 1877 ano
em que o telefone chegou no país.
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Quadro1: A temática da Telefonia nas Constituições Brasileira após 1877.

CONSTITUIÇÃO COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO


Art. 5º Compete à União:
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização
ou concessão, os serviços de telégrafos, de
radiocomunicação, de radiodifusão, de telefones
1946 União interestaduais e internacionais, de navegação
aérea e de vias férreas que liguem portos marítimos
a fronteiras nacionais ou transponham os limites de
um Estado. Grifo nosso (BRASIL, 1946)
1967 Da Constituição Art. 150 – A constituição assegura aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
dos direitos concernente à vida, a liberdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§9º - São invioláveis a correspondência e o sigilo das
comunicações telegráficas e telefônicas. grifo
nosso (BRASIL, 1967)
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
1988 Da Constituição comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal; (BRASIL, 1988).

Art. 136 – O Presidente da República pode, ouvidas


o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar
ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por graves e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de
grandes proporções na natureza.
1988 Do Presidente da §1º O decreto que instituir o estado de defesa
República determinará o tempo de sua duração, especificará as
áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e
limites da lei, as medidas coercitivas a vigoratem,
dentre as seguintes:
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica
(BRASIL, 1988).
Fonte: elaborado pelo autor (2023)

Seguindo o que preconizou as Constituições Brasileiras anteriores e da atual


Constituição a respeito da telefonia no país no Quadro 1 percebeu-se que em 1946
a União era a única que possuía competência para explorar, diretamente ou
mediante autorização ou concessão, os serviços de telefones interestaduais e
internacionais, ou seja, somente a União podia explorar o setor, ou conceder
autorização de exploração por terceiros.
Logo a Carta Magna de 1967, assegurava aos brasileiros e aos estrangeiros
que residiam no país a inviolabilidade dos direitos à vida, a liberdade, à segurança e
à propriedade, mencionava ainda sobre a inviolabilidade das correspondências e o
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sigilo das comunicações telegráficas e telefônicas. Com a mesma ideia a


Constituição Cidadã de 1988 trouxe que todos os cidadãos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza e garante ao povo brasileiro e aos estrangeiros
que residem no território brasileiro a inviolabilidade da vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, traz consigo que é inviolável o sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo se houver ordem judicial. (BRASIL, 1967).
Da análise das Constituições Brasileira após a chegada do telefone no Brasil
em 1877, pode-se perceber que, no início, quem detinha o poder de explorar o setor
de telefones interestaduais e internacionais era da União, contudo a Constituição de
1967, ou seja, após a Ditadura Militar, assegura a todos os cidadãos mesmo que
estrangeiros, mas que residem no país, que são invioláveis a correspondência e o
sigilo das comunicações principalmente telefônicas. Por fim e a atual Carta Magna
de 1988, intitulada como Constituição Cidadã complementa o que trouxe a Carta
anterior, afirmando o conceito de que todos são iguais perante a lei, garantindo a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a
propriedade, menciona ainda que é inviolável o sigilo também das comunicações
telefônicas, salvo se for por ordem judicial. (REVISTA ECONÔMICA DO
NORDESTE, 2003).
Deste modo, o estudo mostra a chegada do telefone fixo no Brasil e quem
possuía o poder de explorar o setor de telecomunicações interestaduais e
intermunicipais era de competência da União, ocorre que passados um pouco mais
de um século a Constituição de 1967 já começou a dar aos cidadãos o direito da
inviolabilidade das correspondências e o sigilo das comunicações, sendo uma delas
a telefônica.
Com a dimensão dos serviços de telefonia no Brasil, principalmente após a
Ditadura Militar, o Congresso Nacional aprovou a emenda nº 8 à Constituição
Federal em 08 de agosto de 1995, onde permitiu que o Governo Federal outorgasse
concessões ao setor privado explorar serviços de telecomunicações, como está
descrito no portal da transparência do Banco Nacional de Desenvolvimento, que
menciona sobre a reforma que houve para regular o setor tornando possível sua
reestruturação das telecomunicações brasileiras. O marco central e fundamental da
reforma foi a transformação do monopólio público, ou seja, da União, de provedor de
serviços de telecomunicações, em um novo sistema de concessão pública a
empresas privadas do setor, embasado na competição e orientação para o
crescimento da universalização dos serviços. (BNDES, 2009).
Dessa forma, com a promulgação da emenda nº 8 da Constituição Federal
em 1995 o governo federal passou a conceder concessões as empresas privadas de
telefonia o que gerou uma reestruturação no setor de telecomunicações do país.
A Lei nº 9.295/96 permitiu a licitação de concessões de telefonia celular da
banda B , logo em seguida o governo aprovou a Lei Geral de Telecomunicações nº
9.472/97 para regular o setor de telecomunicações , que também havia diretrizes
para a privatização do Sistema Telebrás que ocorreu em 29 de julho de 1998,
seguidos de uma dúzia de leilões consecutivos na Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro e pela venda do controle das três holdings de telefonia fixa, sendo uma de
longa distância e oito de telefonia celular o que configurou a maior operação de
privatização de um bloco de controle já realizado no planeta. Contudo, após a venda
do Sistema Telebrás o governo conseguiu arrecadar cerca de R$ 22 bilhões
configurando 63% sobre o preço mínimo que foi ofertada. (BNDES, 2009)
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A partir do momento da chegada das empresas de telefonia móvel no país e


com o advento do avanço tecnológico e, principalmente, que o celular tornou-se item
essencial no dia a dia das pessoas, pois atualmente quase tudo se resolve pelo
aparelho celular.
Segundo estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística em 2022 por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua – PNAD investigou o módulo temático sobre Tecnologia da Informação no
quarto semestre de 2021 em alguns domicílios brasileiros. A pesquisa abordou
dentre os temas o acesso ao telefone móvel celular para as pessoas de 10 anos ou
mais de idade, fazendo um comparativo de 2019 e 2021. (IBGE, 2022)
A pesquisa realizada pelo IBGE, mostrou que da quantidade de domicílio
visitados em 2019 o levantamento realizado mostrou que 98,6% dos moradores
tinham ao menos um aparelho celular. Já em 2021 dos domicílios visitados 98,8%
dos moradores tinham ao menos um aparelho móvel. (IBGE, 2022).
Logo, dos resultados alcançados, a pesquisa, menciona que em 2021, em
3% dos domicílios particulares permanentes no País não havia telefone, cerca de
2,2 milhões de domicílios, tendo uma redução ponto percentual de 1,4 em relação a
2019. (IBGE, 2022).
Segundo a pesquisa do IBGE, na região Nordeste e Norte a ausência de
telefone manteve-se mais elevada chegando a 5,5% e 5,0% respectivamente e nas
demais regiões não ultrapassou a 2,0%. A pesquisa trouxe um dado interessante,
pois em 2021 a parcela de domicílios que tinha telefone móvel celular foi de 96,3%
enquanto que em 2019 foi de 94,4%. (IBGE, 2022).
Em 2021 o telefone móvel celular foi o equipamento mais utilizado para
acessar à internet nos domicílios brasileiros, ficando bem próximo de alcançar os
100%, pois chegou a 99,5% dos domicílios. Segundo a PNAD, em 2021, 155,2
milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para
uso pessoal, correspondendo a 84,4% da população dessa faixa etária, percentual
maior que o estimado em 2019 com 81,4%. (IBGE, 2022).
Logo, o acesso à internet é um meio mais fácil através do telefone móvel
celular sendo:

O acesso à Internet por meio da telefonia móvel celular é um recurso de


comunicação e de obtenção de informação que vem sendo visto cada vez
mais como integrante do cotidiano de um número crescente de pessoas.
(IBGE – PNDA, 2022)

Atenta-se que o mundo passou por uma grande revolução tecnológica no


século XIX e no Brasil mais da metade da população possui telefone móvel,
conforme mostra a pesquisa da PNAD realizada pelo IBGE que em 2021, segundo
dados apresentados na pesquisa o país possuí cerca de 155,2 milhões de pessoas
de 10 anos ou mais de idade que tinha telefone celular, correspondendo a quase
85% da população brasileira.

3. ANÁLISE DOS ROUBOS DE CELULARES NA CIDADE DE SÃO PAULO


DURANTE E APÓS A PANDEMIA COVID-19.
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O mundo passou por um momento delicado e complicado com a pandemia


Covid-19 no período de 2020 a 2022, onde milhões de pessoas perderam a vida.
A pandemia mudou o comportamento das pessoas, pois a grande maioria
teve que ficar em isolamento em suas residências, realizavam o trabalho em home
office, ou seja, durante o período pandêmico a quantidade de pessoas circulando
pelas ruas da cidade foi menor do que em dias normais.
Ao levarmos em consideração a atual realidade e o tema do presente artigo,
foi realizado uma pesquisa qualitativa e quantitativa de ocorrências que foi registrada
na cidade de São Paulo de roubos de celulares de 2020 a 2022, em que os
principais pontos da pesquisa foi observar em qual período do dia que mais ocorreu
estes delitos.
Os dados foram coletados no site da Secretaria de Segurança Pública do
Estado de São Paulo, pelo link da transparência nos anos de 2020 a 2022 e
mostram que no período houve o registro de 349326 de roubo de celulares na
cidade de São Paulo.
Desta forma, percebeu que mesmo durante o período da pandemia de
Covid-19, onde a circulação de pessoas nas ruas foi menor, porém houve o registro
considerável de roubos de celulares.
Realizadas tais considerações, a pesquisa demonstra através dos dados
coletados que o número de roubos de celulares no período estudado foi em média
de 116442 por ano, podendo considerar que mesmo durante o período da pandemia
os roubos de celulares cresceram na Capital Paulista.
Atenta-se que no período de 2020 a 2022 houve um crescimento
significativo de roubos de celulares na cidade de São Paulo como demonstrado no
gráfico 1.

Gráfico 1: Registro de Ocorrência de Roubo de Celulares na cidade de São Paulo de 2020


a 2022.

Registro de Ocorrências de Roubo de


Celulares na cidade de São Paulo de 2020 a
2022
140000 130891
120000 110370 108065
100000
80000
60000
40000
20000
0
2020 2021 2022

Fonte: elaborado pelo autor (Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo, 2023).

O gráfico 1 mostra que, houve uma tendência no crescimento de roubo de


celulares na capital Paulista, sendo que em 2020 houve o registro de 110370 e em
2021 teve o registro de 108065 e em 2022 foi de 130891 registros.

Gráfico 2: Registro de Ocorrências de Roubo de Celulares na cidade de São Paulo em


2020.
11

Registro de Ocorrências de Roubo de Celu-


lares na cidade de São Paulo em 2020.
16000 12666 13652
10687
12000 9767 9279 10029
6752 6161 7485 7509 7776 8607
8000
4000
0
i ro iro arço ril ai
o
nh
o
lh
o to br
o ro br
o
br
o
ne e re Ab M Ju Ju g os m tub m m
Ja ev
M A te Ou ve ze
F Se No De

Fonte: elaborado pelo autor (Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo, 2023)

O gráfico 2, mostra que a pesquisa identificou através da análise dos 110370


registro de roubos de celulares, sendo no mês de janeiro 12666 e em fevereiro foi o
mês com mais ocorrências registradas no total de 13652 e março 10687 nos meses
de abril e maio foi de 6752 e 6161 respectivamente mostrando que houve uma
queda, podendo considerar que a população estava em lockdown. Já em junho
houve um aumento significativo com o registro de 9767 casos. No mês de julho,
agosto e setembro manteve uma média de 7000 registros. Nos meses de outubro,
novembro e dezembro o estudo mostra que houve uma tendência no aumento de
roubos de celulares.
Deve-se deixar registrado que, infelizmente, em 2020 as ocorrências
registradas mostraram que os períodos do dia em que houve mais registros de
roubo de celulares na Capital, foi no período da noite com 48450 e de madrugada
com 16600 registros.
Logo no período da manhã teve 21359 registros e no período da tarde foi de
23134 e os casos registrados como hora incerta foi de 427 registros.

Gráfico 3: Registro de Ocorrências de Roubo de Celulares na cidade de São Paulo em


2021.

Registro de Ocorrências de Roubo de Celu-


lares na cidade de São Paulo em 2021
12000
9539 9055 9333 9359 9536 9265 9931
10000 8108 7814 8637 8579 8909
8000
6000
4000
2000
0
ro ro o il o o o o o o o o
ei ei a rç br ai nh Julh st br br br br
Ja
n
ve r M A M Ju A go e m utu e m e m
t O v z
Fe Se No De

Fonte: elaborado pelo autor (Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo, 2023)

O gráfico 3, mostra que a pesquisa identificou o registro de 108065 roubos


de celulares em 2021, tendo como média mensal de 9197 registros roubos de
celulares.
Por fim, percebe-se que mesmo na pior fase da pandemia de Covid-19, os
casos de roubos na Capital Paulista permaneceram com quase 10 mil casos ao
12

mês, podendo ser considerado um índice alto, pois a grande parcela da população
encontrava-se em lockdown.

Gráfico 4: Registro de Ocorrências de Roubo de Celulares na cidade de São Paulo em


2022.

Registro de Ocorrências de Roubo de Celu-


lares na cidade de São Paulo em 2022

15000 10470 11386 11234 10902 11382 11998 13300 13319 13253
8884 7902
10000 6861
5000
0
ro ro ço il o o ho to o ro o o
ei rei ar A br ai nh ul os br ub br br
n e M M J u J g m t m m
Ja v A te Ou ve ze
Fe Se No De

Fonte: elaborado pelo autor (Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo, 2023)

O gráfico 4, mostra que a pesquisa identificou que, após o período crítico da


pandemia Covid-19, os casos de roubo de celulares estão aumentando a cada mês.
Em 2022 teve 130891 registros de roubo de celulares na cidade de São Paulo,
sendo que de outubro a dezembro os casos ultrapassou os 13 mil por mês.
Nessa seara, o roubo de celulares na cidade de São Paulo registrado nos
anos de 2020 a 2022 foi de 349326, no entanto a pesquisa buscou identificar quais
os períodos em que houve as maiores incidências dessa natureza na capital.
Diante dos dados analisados em 2020, pode-se perceber que o período do
dia que houve maior quantidade de casos de roubos de celulares na Capital Paulista
foi durante a noite, ou seja, das 18:00 às 00:00 horas com 48450 registros. Em
segundo lugar foi o período da tarde com 23134 registro em seguida o período da
manha com 21359, ou seja, das 06:00 as 12:00 horas e em penúltimo com 16600
registros durante a madrugada, ou seja, das 00:01 as 05:59 horas. Dos dados
analisados há nos boletins de ocorrências registros de hora incerta que foi de 427 o
que foi considerado na pesquisa.
Complementando a pesquisa, em 2021 foi o ano considerado mais crítico da
Pandemia Covid-19, onde a população teve que ficar em lockdown em suas
residências e a grande maioria trabalhou em home office.
Logo, nesse ano a pesquisa percebeu que durante a noite, ou seja, das
18:00 às 24:00 horas, foi o período com mais registros de roubos de celulares na
cidade de São Paulo com 46033. Em seguida foi o período da manhã, ou seja, das
06:00 às 18:00 horas e durante a tarde os registros foi de 19640 e de madrugada foi
de 16516 e dos registros denominados com hora incerta foi de 4779 que foi
considerado.
A referida pesquisa analisou no ano de 2022, onde o cenário global da
Pandemia de Covid-19 já estava melhor em relação a 2021, pois a maioria da
população já havia tomado a vacina.
Portanto o que pode perceber foi um crescimento nos registros de roubos de
celulares na cidade de São Paulo, onde foram registrados 130891 casos de roubo
de celulares na Capital Paulista em 2022.
No tocante ao tema, a pesquisa identificou que no cenário atual, ou seja, pós
pandemia, a quantidade de roubo de celulares na cidade de São Paulo está
aumentando.
13

Atenta-se neste momento que no período da noite, ou seja, das 18:00 às 24:
horas em 2022 teve o maior registro, sendo 55045 roubos de celulares na capital.
Em seguida o período da manhã, considerado das 06:00 às 12 horas com o registro
de 25592 e o período da tarde com o registro de 25354 e o período da madrugada,
ou seja, da 00:01 as 05:59 horas com o registro de 22366 casos e os casos
registrados com hora incerta foi de 2534 o que foi considerado na pesquisa.
Diante dos argumentos apresentados pode-se perceber que houve um
aumento considerado de roubos de celulares no último ano na cidade de São Paulo,
com isso a pesquisa buscou quantificar qual o sexo mais vulnerável, assim como
idade e raça diante desse tipo de delito, porém o Banco de Dados da Secretaria da
Segurança Pública do Estado de São Paulo é omisso nestas informações, pois não
foi possível mensurar a quantidade de vítimas do sexo masculino e feminino, idade e
raça nos registros de boletim de ocorrências.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa trouxe uma análise informativa da quantidade de roubos de


celulares ocorridos na cidade de São Paulo de 2020 a 2022, fazendo uma
investigação principalmente do momento mais crítico da pandemia Covid-19 que foi
em 2021.
A partir dos dados coletados de 2020 a 2022 realizado pelo portal da
transparência no site da Segurança Pública do Estado de São Paulo, observou-se
que em 2022 foi o período com mais registro de roubos de celulares na Capital
Paulista totalizando 130891 e em 2021 o índice de registros foi menor com 108065 e
em 2020 foi registrado 110370 roubos de celulares. Da análise dos dados foi
realizado um trabalho qualitativo e quantitativo mês a mês dos registros de roubos
de celulares registrados de 2020 a 2022 na cidade de São Paulo.
A pesquisa buscou identificar qual o período do dia com a maior quantidade
de registros de roubos de celulares, mostrando através da análise realizada que o
período da noite, ou seja, considerado pela Secretaria de Segurança Pública das
18:00 às 00:00hs foi o que teve mais registros no período estudado, sendo
registrado 48450 casos.
O objetivo geral deste trabalho foi analisar a quantidade de ocorrências com
a natureza roubos de celulares na cidade de São Paulo de 2020 a 2022, assim como
o objetivo específico foi identificar o trabalho da Segurança Pública do Estado de
São Paulo na tentativa de diminuir este tipo de delito.
Desta forma foi possível verificar que do período estudado de 2020 a 2022 a
média de roubo de celulares na cidade de São Paulo foi de 116442 ano, ou seja,
pelo que os dados estão indicando há um crescimento considerável ano a ano neste
tipo de crime, percebeu-se que a mídia está informando, pela TV, jornais, mídias
com clareza que o problema existe, mostrando alguns lugares com maiores índices
de roubos, desta forma estão tentando informar e conscientizar a população para
tomar os cuidados necessários quanto aos seus pertences principalmente com o
celular, já a Polícia Militar do Estado de São Paulo, além de executar o trabalho de
forma ostensiva e de preservação da ordem pública pelas ruas da cidade, vem
abordando indivíduos com atitudes suspeitas e desenvolveu um folder informativo
que pode ser acessado pelo site da instituição, ilustrando através de imagens e
textos o que a pessoa deve fazer quando tiver seu aparelho celular roubado.
Logrou-se êxito em concluir que, a Segurança Pública do Estado de São
Paulo tem atuado de maneira ímpar para orientar e conscientizar a população
14

quanto aos roubos de celulares na cidade de São Paulo, garantindo a todos o direito
de ir e vir com total segurança, assim como registrando os casos que servirão para
futuros estudos dos locais com maior índice de roubos de celulares, porém precisa
melhorar na inserção de dados, pois na maioria faltou dados importantes como sexo,
idade das vítimas.
Segundo a reportagem de 04/02/2023 pelo site de notícias uol, o atual
Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo prioriza o combate ao
roubo de celular, o sequestro na modalidade de PIX e o tráfico de drogas, menciona
que enfrentar os delitos no Estado é a primeira medida para aumentar a sensação
de segurança da população. (UOL, 2023).
O secretário citou em seu discurso medidas para enfrentar esses delitos,
onde pretende firmar parcerias com as guardas municipais no combate desses
crimes. Logo o atual delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo que
acompanhava o secretario, disse que o estado fornecerá treinamentos as guardas
municipais com cursos oferecidos pelas Polícias Civil e Militar. Ademais, percebe-se
que a Secretaria de Segurança Pública do Estado possuí um planejamento
estratégico que prevê os locais com maior registro desses delitos principalmente na
Capital Paulista e que devem ser enfrentados pelas três corporações, sendo Polícia
Militar, Civil e guarda municipal. A ideia principal desse projeto da secretaria de
segurança é que as polícias se beneficiem do conhecimento territorial que as
guardas municipais possuem. Por fim o secretário destacou que é preciso recompor
o efetivo das polícias para enfrentar esses delitos. (UOL, 2023).
No tocante ao tema desta pesquisa, outra matéria foi veiculada na internet
em 15 de abril de 2023 no site da revista Oeste, onde mencionou as operações
realizadas pelas polícias do Estado de São Paulo neste ano que resultaram na
prisão de 30 mil criminosos. A reportagem destacou que, no Estado de São Paulo,
entre os meses de janeiro e fevereiro de 2023 teve uma queda de 30% nos roubos
de celulares, tendo como referência o mesmo período do ano passado . Informou
que cerca de 28 mil roubos de celulares foram verificados em janeiro e fevereiro do
ano passado e enquanto neste ano foi de 18,5 mil. A reportagem trouxe uma
menção que foi publicada no perfil do atual Secretário de Segurança Pública na rede
social Twitter, parabenizando as polícias do estado, mencionando a redução em
33% no roubo de celulares, por fim finalizou em seu perfil que tem um trabalho
extenso no enfrentamento desse delito, principalmente na região central da Capital.
Outro dado importante da matéria, principalmente para o objetivo deste estudo foi a
menção na redução de 35% nos roubos de celulares na cidade de São Paulo,
destacou ainda que a Polícia Militar do Estado realizou no início do ano a Operação
Mobile para combater esses tipos de crimes. (REVISTA OESTE, 2023).
Segundo a reportagem os agentes policiais vistoriaram mais de 230
estabelecimentos no primeiro trimestre do ano, destaca ainda que o principal
objetivo era coibir o crime de receptação, ou seja, os indivíduos que recebem
produtos oriundos de roubo e furto. O efeito da Operação Mobile teve a recuperação
de cerca de 900 celulares e na prisão de 93 suspeitos. O destaque na redução
destes delitos e na recuperação de celulares e na prisão dos criminosos, também se
deu pela Operação Adaga que foi realizada pela Polícia Militar do Estado entre o dia
2 e 10 de fevereiro deste ano, resultando na prisão de mais de mil criminosos
procurados pela justiça. (REVISTA OESTE, 2023).
Os dados analisados na presente pesquisa, mostram a realidade desta
problemática, e orientam as vítimas que elas podem buscar apoio da segurança
pública para evitar e/ou reaver o bem que foi furtado.
15

A pesquisa demonstrou que a atuação da mídia acerca da informação e


conscientização da população frente aos roubos de celulares na capital e da
Segurança Pública, está ocorrendo de modo satisfatório, garantindo aos cidadãos o
conhecimento dos fatos atuais, bem como, vem buscando garantir o direito
constitucional de ir e vir com segurança a todos os cidadãos.

REFERÊNCIAS

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Sítios Visitados

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