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GUIA DA
DISCIPLINA
2021
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
A disciplina aqui em questão faz parte de uma das formações mais relevantes de
qualquer curso, pois ela terá a oportunidade de mostrar a construção de uma pesquisa
acadêmica e científica.
Dessa forma, estaremos assim próximos nestas três semanas e fazendo uso e
incentivo a pesquisa científica como parte primordial para o enriquecimento dos conteúdos
e abordagens diferenciadas, levando aos nossos alunos aulas com qualidade e uma
perspectiva de melhoria contínua no processo de ensino e aprendizagem.
A Disciplina
A universidade, a pesquisa e o conhecimento
formam um todo que não se dissociam e a disciplina de
Projeto e Metodologia Científica é importantíssima, pois
fornece a fundamentação necessária ao
desenvolvimento de trabalhos científicos. Sejam bem-
vindos. Estarei sempre à disposição de vocês e não
tenham receio em escrever as dúvidas ou consultar o e-
mail.
Figura 1
“A universidade, em seu sentido mais profundo, deve ser entendida como uma
entidade que, funcionária do conhecimento, destina-se a prestar serviço a sociedade no
contexto na qual ela está inserida”. (SEVERINO, 2007, p.23).
À medida que o ser humano adquire conhecimento, suas ações se diferenciam das
de outras espécies e isso é irreversível em nossa sociedade, sendo assim podemos afirmar
que “o conhecimento é, pois, elemento específico fundamental na construção do destino da
humanidade” (SEVERINO, 2007, p.27).
área de interesse e que lhe outorga títulos de especialista a PHD (pós-doutorado), o mais
alto e respeitável nível acadêmico que um indivíduo pode alcançar em seus anos de
estudo.
Você sabia que numa universidade é preciso ter, além de mestres e doutores
como docentes, o desenvolvimento de pesquisa sociais? Por isso dizemos que
uma universidade é uma fonte inesgotável de saber.
• Apoio Institucional
• Apoio (Reuniões Científicas)
• Comitê de Ética (animais)
• Comitê de Ética (humanos)
• COBRIC
• Grupos de Pesquisa
• Iniciação Científica
• Periódicos Científicos
• Voluntários Figura 4
2. METODOLOGIA DE PESQUISA
Não há como não falar desta disciplina, que exige rigor e riqueza de detalhes, que
proporciona um trabalho maravilhoso por parte do aluno, no qual o estudante se torna um
pesquisador e total conhecedor do assunto que escolheu.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
A distinção entre sujeito e objeto é útil na pesquisa. Ser consciente, afetivo, social,
ter consciência econômica, cultural, religiosa, moral e conhecer a linguística faz parte de
qualquer pesquisa. É a inquietação pelo questionamento. É preciso ter a conscientização
de que é necessário vencer paradigmas do que está implícito em certas questões e
condições em busca de uma qualidade para aprimorar nossa vida acadêmica, profissional
e social por meio das pesquisas e a Universidade contempla essa vertente da educação.
Segundo Khun (2009), a trajetória da ciência é marcada por uma sucessão de paradigmas
que reverteram o modo de pensar e de agir na sociedade; veja a evolução dos relógios que
de corda, passaram a ponteiros até chegar ao digital e finalmente o uso atual para
verificação de hora por celulares; isso constitui uma mudança de paradigma.
O método científico lança mão de vários e diferentes meios para chegar às respostas
de forma contundente, assim podemos considerar que o método científico é a teoria da
investigação.
Hoje a ciência atingiu seu auge e, assim, seu rigor é maior; os cuidados com as
informações e os dados gerados em uma pesquisa são de essencial valor. O misticismo
deu lugar ao empirismo e as pesquisas constatadas por meio de fundamentação e muito
estudo.
No início o que havia era o medo, que surgiu da impossibilidade de explicação dos
fenômenos, pois por mais que observassem não conseguiam explicar, afinal não
desenvolveram nenhuma forma de comprovação.
Então, começam a eleger a religião como causa de
todo o mal sofrido pelo homem e que os terremotos,
maremotos, raios e trovões eram castigo dos
Deuses, sendo que as explicações para o que
ocorria eram atribuídas a forças sobrenaturais. Figura 5
Figura 6
2.2. A ciência
O tempo passou e conseguimos desenvolver ciência
e comprovar várias dúvidas e ainda desenvolver formas e
técnicas para essa evolução.
comunidade científica que só cresce até nossos dias e possibilitou grandes descobertas
como os antibióticos, a penicilina, etc.
Agora vamos para próxima aula e verificar quais regras e acertos são necessários
para se desenvolver uma pesquisa de qualidade dentro dos padrões acadêmicos em vigor
hoje com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O site abaixo pode lhe ajudar a entender melhor as regras e normas da ABNT de
forma simples e sem prejuízo de sua aprendizagem.
3.1. Resumo
Segundo Aquino, 2007 o resumo é o cartão
de visitas de seu trabalho científico: deve ser
pequeno, objetivo e completo. Ele é uma pequena
amostra de todo trabalho desenvolvido. O resumo
deve ser escrito de forma impessoal (200-300
palavras), sem parágrafos. Figura 8
Segundo Severino, 2007 o resumo do texto é, na realidade, uma síntese das ideias
e não das palavras do texto. Não se trata de uma miniaturização do texto. Deve passar ao
leitor uma visão precisa sobre o conteúdo do trabalho científico destacando-se o assunto,
os objetivos, a ideia central, os principais passos do raciocínio do autor.
Citei dois autores bem conhecidos no mundo acadêmico sobre as orientações para
composição de trabalhos científicos e podemos afirmar que cada um explica a mesma coisa
de formas diferentes sobre um resumo.
O resumo costuma ser, o que chamamos de bloco fechado; não possui parágrafo e
nem espaço entre linhas. Dependendo de para onde iremos enviar o resumo será solicitado
um número “x” de palavras.
Leonardo Boff inicia o artigo 'A cultura da paz' apontando o fato de que vivemos em
uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso, o
autor levanta a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada ou
não. Inicialmente, ele apresenta argumentos que sustentam a tese de que seria
impossível, pois as próprias características psicológicas humanas e um conjunto de
forças naturais e sociais reforçariam essa cultura da violência, tornando difícil sua
superação. Mas, mesmo reconhecendo o poder dessas forças, Boff considera que,
nesse momento, é indispensável estabelecermos uma cultura de paz contra a
violência, pois essa estaria nos levando à extinção da vida humana no planeta.
Segundo o autor, seria possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres
humanos são providos de componentes genéticos que nos permitem sermos
sociais, cooperativos, criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de
que a essência do ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como sendo uma
relação amorosa com a realidade, que poderia levar à superação da violência. A
partir dessas constatações, o teólogo conclui, incitando-nos a despertar as
potencialidades humanas para a paz, como projeto pessoal e coletivo.
3.2. Introdução
Esta é uma parte delicada, pois aqui você se debruça sobre sua pesquisa e tema.
Vamos ver o que os autores descrevem. De acordo com Aquino, 2007 a introdução é uma
revisão da literatura enxuta (400-800 palavras) na qual, utilizando o formato de um cone
invertido, leva o leitor a entender o propósito de sua pesquisa.
É na introdução que o autor (você) deve despertar o interesse em uma pessoa leiga
ou especialista para ler sua pesquisa e todo seu trabalho. Evite parágrafos monótonos do
tipo Fulano disse.
De acordo com Castro, 2011 a introdução é a sua sala de visitas, é quase uma peça
de marketing, se não é atraente corre o risco de desanimar o leitor. Nela, a pesquisa ainda
não aconteceu; estamos apenas no seu anúncio, no seu trailer como um filme.
Imagine que sua pesquisa só tem validade dentro do mundo acadêmico quando se
torna pública e por isso publicações, bancas e congressos; sendo assim precisa ser
atraente e ao mesmo tempo ter um rigor acadêmico.
Dicas:
• Escreva o quanto sua pesquisa é interessante;
• Relate todos os questionamentos possíveis como um filme policial;
• Coloque o que houve de pesquisa que antecede ao seu trabalho;
• Quais as contribuições da sua pesquisa em relação ao que antecedeu a
pesquisa;
• Organize em uma sequência lógica os dados que pretende colocar na
introdução.
3.3. Objetivos
Normalmente o objetivo de um trabalho científico vem descrito na última frase da
introdução; porém o autor precisa ter esse(s) objetivo(s) preciso(s) para o bom
desenvolvimento da pesquisa.
De acordo com Aquino, 2007 uma vez que o objetivo é a especificidade do alvo de
seu trabalho e/ou pesquisa a ser testada, você deve ter o cuidado de mencionar, se for o
caso, com verbos no infinitivo como: desenvolver, explicar, enumerar, catalogar, etc.
Aqui você já começou a elaborar o que poderia ser sua pesquisa ou ainda sua dúvida
e como chamamos; o seu projeto de pesquisa. Da dúvida, nasce a pergunta e assim nasce
uma pesquisa para responder a dúvida. A questão do objetivo é bastante discutida nos
trabalhos, pois os verbos devem ser usados no infinitivo, porém, os verbos precisam ser
observáveis, isto significa que devem ter um único sentido e não dar margem a duplo
sentido ou a fatores pessoais, um exemplo é o verbo conscientizar. Ele propõe muitas
formas de entendimento e para cada um tem um significado e uma ação e desta forma
deixa o trabalho confuso.
Severino, 2007 explica que a ciência se utiliza do método que lhe é próprio, o método
científico, que nada mais é do que um elemento fundamental do processo do conhecimento
realizado pela própria ciência e que a diferencia do senso comum.
Método dedutivo:
• Método racionalista, que pressupõe a razão como a única forma de se chegar
ao conhecimento verdadeiro;
• Utiliza uma cadeia de raciocínio descendente, da análise geral para a particular,
até a conclusão;
• Utiliza o silogismo: de duas premissas retira‐se uma terceira logicamente
decorrente.
− Todo homem é mortal (premissa maior);
− Pedro é homem (premissa menor);
− Logo, Pedro é mortal. (conclusão).
Método indutivo:
• Método empirista, o qual considera o conhecimento como baseado na
experiência;
• A generalização deriva de observações de casos da realidade concreta e são
elaboradas a partir de constatações particulares.
dados indutivamente.
de argumentação do autor.
Resultados é a parte onde você deve mostrar o que obteve em sua pesquisa; é nos
resultados que você pode ilustrar com tabelas, gráficos e demonstrativos de cálculos.
Mesmo que tenha encontrado o resultado mais fascinante, guarde seu ímpeto e continue
com uma escrita simples e direta. Escreva no tempo passado e frases curtas e diretas sobre
o que se vê no gráfico ou na tabela.
Na discussão você deve fazer ponderações sobre seus resultados e ter argumentos
que demonstrem isso. Se houver algo relevante argumente, discuta e obedeça a sequência
dos resultados apresentados. Se preferir unir os resultados a sua discussão, faça isso
passo a passo de acordo com o encontrado.
A conclusão, a próxima etapa descrita por Castro, 2011, retoma a visão ampla que
foi descrita na introdução e responde aos seus objetivos mostrando que a escolha da
metodologia foi a mais adequada. A conclusão deve fazer sentido para quem não leu o
resto do trabalho e ficamos com o que há de mais importante na pesquisa, retoma sem
repetir a introdução e completa o seu trabalho, dando um final feliz.
Aqui você chega quase ao final de sua jornada para escrever um trabalho
acadêmico, mas ainda temos um longo caminho pela frente.
Vejam a figura:
Será que a afirmação é fruto de uma pesquisa? Tem fundamentação?
Figura 17
• Paradigma da modernidade;
• Crise do paradigma dominante;
• Paradigma emergente.
Figura 18
Santos (2007) afirma, ainda, que a crise do paradigma dominante tem como
referências as ideias de Einstein e os conceitos de relatividade e simultaneidade, que
colocaram o tempo e o espaço absolutos de Newton em debate; Heisenberg e Bohr, cujos
conceitos de incerteza abalaram o rigor da medição; Gödel, que provou a impossibilidade
da completa medição e defendeu que o rigor da matemática carece ele próprio de
fundamento; Ilya Prigogine, que propôs uma nova visão de matéria e natureza.
É importante expor os argumentos de forma clara como uma aula explicativa, por
meio de um desenvolvimento que encadeia um raciocínio lógico que o leitor compreenda.
Figura 20
Segundo a ABNT (NBR 6022, 2003, p. 2), o artigo científico pode ser definido como
a “publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas,
processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”.
Figura 19
O artigo científico, como o próprio nome já diz, caracteriza-se por um texto científico
que descreve os resultados, sendo esses provenientes de uma pesquisa. Dessa maneira,
é um relato acerca dos resultados de um estudo realizado, torna-se publicamente
conhecido por meio de revistas científicas, as quais possuem uma seção destinada a esse
fim.
Caso você queira saber como os autores fazem para publicar veja a nossa Revista
Ceciliana e as regras que a compõem, que estão contidas na ABNT. Quanto a escolha do
tema é de cunho bem pessoal e deve significar algo para quem o escreve, bem como fazer
parte da história do autor tanto no âmbito pessoal, como no profissional e no afetivo.
Quando realizamos um trabalho com prazer tudo fica melhor.
Procure conversar com seus professores e ver o Curriculum Lattes de cada um, lá
estará as áreas de atuação e as pesquisas dos professores. Essa troca de ideias e consulta
pode contribuir para escolher o orientador também.
A primeira escolha do tema é a mais difícil, pois é a primeira vez que você irá se
deparar com algo que vai estudar mediante sua opção.
Se não gostou do que escolheu mude de tema, mas se gostou continue a saber tudo
que tem de publicação sobre o assunto; não se acanhe em conversar com um professor,
pois ele já passou por essa experiência de escrever um artigo.
Figura 23
Para começar é preciso entender que na monografia há
a possibilidade de pesquisar um certo assunto expandindo-o
em vários capítulos e no artigo científico essa possibilidade não
acontece.
Não podemos esquecer que a elaboração de um artigo pode começar por um projeto
de pesquisa, de forma provisória, mas balizará as bases de fundamentação do trabalho que
será elaborado.
Figura 25
Figura 26
Já a Tese, é um trabalho acadêmico Stricto
sensu que importa em contribuição inédita para o
conhecimento e visa à obtenção do grau acadêmico de
doutor (Barros e Lehfeld, 2007).
Outra diferença reside no tempo de duração de cada stricto sensu; o mestrado dura
hoje em média dois anos e o doutorado em média quatro anos devido ao seu grau de
exigência ser maior. Não há hoje uma regulação e uma sequência lógica para se chegar ao
doutorado, você pode fazer direto um doutorado ao sair da graduação e para tanto basta
ser aceito em alguma linha de pesquisa de alguma universidade reconhecidamente
conceituada na área.
9. AS CAPACITAÇÕES E OS AUTORES
Estamos chegando ao fim do nosso curso e ainda temos muito o que conversar e
trocar informações, mas a educação é bastante dinâmica e por isso estaremos em
constante aprendizado, tenham a certeza.
Costumo afirmar que quando lemos um livro, artigo, dissertação, tese, etc. temos a
pesquisa e a opinião do autor e não necessariamente precisamos concordar com ela.
São muitos os termos utilizados pelas normas da ABNT e um que ainda continua
trazendo muitas dúvidas é quanto à Citação Direta e Indireta, pois muitos ainda não
sabem o que é esta citação e nem quando uma ou outra deverá ser utilizada, de qualquer
forma é uma maneira de citar o autor.
Para usar este tipo de citação deve-se citar o último nome do autor do texto e o
ano da publicação da obra. Você pode colocar o número da página se desejar e não deve
usar nem aspas e nem recuo.
Exemplos:
De acordo com Mattar (1996), a pesquisa bibliográfica é apropriada para os primeiros
estágios da investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do
fenômeno por parte do pesquisador são geralmente pouco ou inexistentes.
Citações de até três linhas devem estar contidas entre aspas duplas. Veja o exemplo:
Segundo Rónai (2012, p. 21), “pensa-se geralmente que a tradução fiel é a tradução
literal, e que, portanto, qualquer tradução que não seja literal é livre”.
Já as citações diretas com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de
4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto, sem as aspas e com
espaçamento simples entre linhas. Confira no exemplo.
Há outras formas de citação, mas essas são importantes e serão as que mais vai
utilizar, além de colocar a bibliografia em ordem crescente de autores e por isso você deve
sempre consultar as normas.
Veja o exemplo:
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção magistério. 2º
grau. Série formação do professor). 104 p.
Note: toda obra deve ser colocada em NEGRITO! E se houver título com dois
pontos (como em dois casos acima), o que vier após é SEM NEGRITO!
Não fique com dúvida, perguntem sempre, caso o professor não saiba, iremos
procurar juntos!
Até breve!
REFERÊNCIAS:
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução a metodologia do trabalho científico.
São Paulo: Atlas, 2014.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Disponível em:
https://professores.faccat.br/moodle/pluginfile.php/13410/mod_resource/c
ontent/1/como_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf.
Acesso em: 24 mar 2020