Você está na página 1de 50

Aula 07

Gestão Pública p/ TRT-MG - Com Videoaulas


Professor: Rodrigo Rennó
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Aula 7: Planejamento Estratégico do Poder


Judiciário

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:
 Processo organizacional: planejamento; Gestão Estratégica:
gestão estratégica do Poder Judiciário brasileiro, ferramentas
de análise para gestão e planejamento estratégico, tático e
operacional.

Espero que gostem da aula!

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Sumário
Planejamento. ...................................................................................... 3
Níveis do Planejamento. ........................................................................ 6
Planejamento Estratégico ....................................................................... 9
Missão e Visão e Negócio. ................................................................... 12
Análise SWOT. ............................................................................... 19
Objetivos, Metas e Planos. ................................................................... 23
Planejamento por Cenários. ..................................................................... 24
Métodos para a Construção de Cenários ..................................................... 27
Planejamento Estratégico do Poder Judiciário brasileiro. ..................................... 28
Metas do CNJ ................................................................................. 31
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 39
Gabaritos. ........................................................................................ 47
Bibliografia ...................................................................................... 48

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Planejamento.

O planejamento é um dos mais importantes processos na


administração. Sem ele, nenhuma empresa ou organização consegue
desenvolver-se. O mesmo pode ser dito para nossas próprias vidas: sem
um processo de planejamento, teremos muito mais dificuldade para
atingirmos nossos objetivos.
Imagino que você, mesmo que nunca tenha estudado este assunto,
tenha alguma ideia do que trata o planejamento, não é mesmo? Mesmo
que de forma simplificada, todos nós já utilizamos o planejamento em
nossas vidas.
Para passar em um concurso, por exemplo, devemos planejar
quanto tempo teremos diariamente para estudar, devemos analisar nossa
situação atual, definir quais serão as matérias que iremos focar, quais são
os temas que ainda temos dificuldade, dentre outros aspectos, para que
tenhamos sucesso em nossos certames.
Em uma empresa, o processo é, basicamente, muito semelhante.
Só que o processo é um pouco mais complexo. Como estamos nos
referindo a grandes organizações, deveremos utilizar algumas
ferramentas que nos auxiliam.
Nesta aula, iremos abordar os principais pontos cobrados pelas
bancas e as principais “pegadinhas” das bancas.
O planejamento está inserido nos quatro principais processos
administrativos (os outros são: organização, direção e controle). De certa
forma, é o processo de planejamento que influencia os demais processos.
É através do planejamento, por exemplo, que definimos aonde a
organização quer chegar, em que prazo de tempo e como faremos para
atingir estes objetivos. E para quê planejamos?
Basicamente, o planejamento serve para que um gestor busque
reduzir as incertezas na gestão de uma empresa. Não conhecemos o
futuro, não é mesmo? Mas devemos estar preparados para os principais
desafios esperados e devemos estar sempre atentos para o ambiente que
nos cerca.
O planejamento proporciona, assim, aos gestores uma capacidade
de “pensar o todo”, e não somente ficar “apagando incêndios”. A ideia é
não ficar preso ao curto prazo e também analisar as possibilidades e
ameaças futuras1.
Além disso, o planejamento auxilia o gestor no direcionamento dos
esforços e recursos onde eles são mais necessários. Fica mais claro para

1
(Sobral & Peci, 2008)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Níveis do Planejamento.

O processo de planejamento acontece em todos os níveis da


instituição, mas cada nível apresenta certas diferenças. Quando falamos
de níveis do planejamento, estamos nos referindo aos tipos de
planejamento que são executados em cada nível da empresa.
E quais são estes níveis?
Quando pensamos em uma empresa, normalmente dividimos a sua
estrutura em três patamares: o estratégico, o tático e o operacional.
Para facilitar a compreensão, o nível estratégico envolveria os diretores e
dirigentes máximos da organização.
Já o nível tático envolveria a gerência média da organização (por
isso, algumas bancas chamam este nível de gerencial). Finalmente, o
nível operacional estaria relacionado com os supervisores e com os
executores diretos das tarefas, ou seja, com o pessoal que “mete a mão
na massa”.
Naturalmente, a preocupação de cada um destes “atores” é
diferente! Assim, o planejamento de cada nível também é feito de forma
diferente e com um foco distinto. As principais diferenças ocorrem em
relação ao prazo, à abrangência e ao seu conteúdo6.
A cúpula da organização, por exemplo, não está preocupada (ou
não deveria estar) com os detalhes de cada operação. Em uma empresa
ou órgão público grande, eles ficariam “doidos” se quisessem planejar
todas as suas operações, de cada atividade, não é mesmo?
Esta cúpula, que chamamos de nível estratégico, está sim
preocupada com os grandes assuntos da empresa. O foco é, portanto,
no “quadro global”, com as principais questões que podem gerar
oportunidades ou ameaças para estas organizações. Os objetivos não
são detalhados, específicos, mas sim gerais e abrangentes.
Além disso, este nível deve estar voltado não só para o “dia-a-dia”
da instituição, mas tente ter uma visão de mais longo prazo. São eles que
devem pensar o futuro da organização, como ele deve enfrentar seus
desafios em um prazo mais largo.
Assim, o foco do planejamento estratégico deve estar no
longo prazo7! Lembrem-se disso, pois cai “mais que o Neymar em jogo
decisivo” nas provas de concurso.

6
(Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010)
7
(Sobral & Peci, 2008)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Planejamento Estratégico

Dos níveis do planejamento, o planejamento estratégico é


“disparado” o mais cobrado em provas de concurso. Este tipo, como
vimos, refere-se à organização como um todo e abrange o longo prazo8.
Este planejamento está fortemente voltado para o ambiente
externo, apesar de considerar também o ambiente interno em suas
decisões.
O planejamento estratégico deve dar as diretrizes que permitirão os
seus membros tomar as decisões apropriadas na alocação de pessoas e
recursos de modo que os objetivos estratégicos sejam alcançados 9.
As principais etapas do planejamento estratégico são: a definição da
missão, valores, negócio e visão de futuro da organização; o diagnóstico
estratégico; a formulação da estratégia; a execução e a avaliação e
controle de todo o processo.
Desta maneira, devemos ter em mente quais são os valores e os
princípios norteadores da atuação da organização, como ela se vê no
futuro e qual é sua situação atual, para que possamos construir uma
estratégia para alcançar sua visão de futuro.
Já a estratégia é o modo como executaremos o planejado. É a
alternativa de atuação que facilitará o alcance dos objetivos
estratégicos10.
O planejamento estratégico normalmente tem uma abrangência de
dois a cinco anos de duração. Assim, deve estabelecer os passos
necessários para que os objetivos dentro desde período sejam atingidos 11.
O planejamento tem cinco características principais12:

 O planejamento estratégico está relacionado com a


adaptação da organização a um ambiente mutável – Ou seja,
devemos entender que estamos lidando com a incerteza. Portanto,
todo planejamento deve ser dinâmico – sendo constantemente
reavaliado e monitorado;

8
(Sobral & Peci, 2008)
9
(Daft, 2005)
10
(Kaplan & Norton, 2000)
11
(Daft, 2005)
12
(Matos e Chiavenato, 1999) apud (Barbosa & Brondani, 2004)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

 O planejamento estratégico é orientado para o futuro – o


planejamento é voltado ao longo prazo, e como as decisões atuais
poderão impactar a organização neste futuro;
 O planejamento estratégico é compreensivo – desta forma,
envolve a organização como um todo. Todos os recursos e pessoas
devem ser envolvidos neste processo para que a organização tenha
sucesso;
 O planejamento estratégico é um processo de construção de
consenso – naturalmente existem pensamentos diferentes e
conflitantes dentro de uma organização. Entretanto, o planejamento
deve buscar o melhor resultado para todos dentro da organização.
Uma das características de um planejamento de sucesso é o
envolvimento e o comprometimento de todas as áreas e pessoas
para que ele seja bem executado;
 O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem
organizacional – como a prática do planejamento, tanto a
organização passa a se conhecer melhor, como a conhecer melhor
seu ambiente externo e seus desafios.
Vamos ver como este tópico já foi cobrado?
1 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) O nível de
planejamento que tem como objetivo otimizar determinada área,
e não a organização como um todo, é o
(A) departamental.
(B) tático.
(C) setorial.
(D) operacional.
(E) estratégico.

Como vimos acima, existem três níveis no planejamento:


estratégico, tático e operacional. Estamos nos referindo ao nível
estratégico quando pensamos na organização como um todo.
Do mesmo modo, estamos no nível tático quando estamos
pensando um setor ou unidade. Assim sendo, estamos lidando com o
planejamento operacional quando focamos em uma tarefa em específico.
Neste caso, a questão pediu o planejamento que tem como objetivo
aperfeiçoar uma área. Portanto, refere-se ao planejamento tático, não é
mesmo? O gabarito é a letra B.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

2 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) Sobre o Planejamento


Estratégico, analise:
I. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase no aspecto de
longo prazo dos objetivos.
II. É o mesmo que planejamento, porém com ênfase no aspecto de
curto prazo dos objetivos.
III. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase na análise
global do cenário.
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) II e III.
(C) II.
(D) I e III.
(E) I e II.

A primeira frase está correta, pois o planejamento estratégico


realmente está focado nos objetivos de longo prazo. Já a segunda frase
está errada, pois o planejamento estratégico não está voltado para os
objetivos de curto prazo (seria o nível operacional).
Entretanto, a terceira frase também está correta. O planejamento
estratégico realmente deve analisar o cenário global da empresa
(economia, governos, consumidores, fornecedores, etc.). Nosso gabarito
é a letra D.

3 - (FCC – ARCE – ANALISTA REG. – 2006) A experiência


acumulada no mundo contemporâneo tem demonstrado que a
eficácia da gerência depende, em grande parte, da capacidade do
dirigente de desenvolver futuros alternativos para a sua
organização, estabelecendo transações ambientais que levem ao
alcance da missão organizacional. Essa é a capacidade de pensar
de forma
(A) operacional.
(B) tática.
(C) estratégica.
(D) holística.
(E) racional.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Esta pergunta é um pouco mais difícil, pois dá uma “camuflada” no


que ela está pedindo, não é mesmo? Entretanto, quando a questão fala
em “desenvolver futuros alternativos” e “alcance da missão
governamental”, está nos dando uma dica de que o assunto é
planejamento.
Desta forma, a alternativa que melhor se refere ao alcance da
missão organizacional é a capacidade estratégica de pensar. O gabarito é
a letra C.

4 - (CESPE – HEMOBRÁS/ ADMINISTRADOR – 2008) Os objetivos


de longo prazo, relacionados ao cumprimento da missão e alcance
da visão organizacional e que envolvem toda a organização são
definidos no planejamento estratégico.

Exato, O planejamento estratégico foca suas atenções no longo


prazo. Questão tranquila. Gabarito: Certo.

5 - (CESPE – HEMOBRÁS/ ADMINISTRADOR – 2008) Entre os tipos


de planejamento, o planejamento operacional é o que apresenta
menor alcance em termos de tempo e menor foco em termos de
atividades organizacionais.

Como comentei acima, o planejamento operacional é o


planejamento das tarefas, das atividades, da execução dos trabalhos.
Com isso ele geralmente é focado em um prazo mais curto (Como será
feita a manutenção de uma máquina, como organizarei um evento na
empresa, qual o planejamento de um treinamento no setor de vendas,
etc.). Gabarito: Certo.

Missão e Visão e Negócio.

Um dos assuntos mais pedidos pelas bancas quando abordam o


planejamento em suas provas é a diferença entre estes conceitos:
missão, visão e negócio de uma organização.
A missão de uma organização é, basicamente, o motivo pelo qual
esta instituição foi criada. Define e explicita qual é sua razão de ser. A
missão tem um objetivo: comunicar aos públicos internos e externos
quais são as intenções daquela empresa em relação à sociedade.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Vamos ver um caso prático? Todos nós conhecemos a Petrobrás,


não é verdade? Esta companhia nasceu como uma empresa no setor de
petróleo. Começou explorando e refinando petróleo. Atualmente, opera
em diversas áreas do setor de energia.
Vejam como a missão da Petrobrás está descrita em seu site na
Internet13:
“Atuar de forma segura e rentável, com
responsabilidade social e ambiental, nos mercados
nacional e internacional, fornecendo produtos e
serviços adequados às necessidades dos clientes e
contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e
dos países onde atua.”
Vamos ver outra situação? Uma universidade deve, basicamente,
gerar conhecimento na sociedade, não é verdade? Vejam como é a
missão da Universidade de Brasília14:
“Produzir, integrar e divulgar conhecimento,
formando cidadãos comprometidos com a ética, a
responsabilidade social e o desenvolvimento
sustentável.”
Portanto, a missão é uma declaração de intenções, apresentando
para a sociedade e seus trabalhadores qual será sua contribuição para o
bem da coletividade, ou seja, qual é sua “razão de ser”.
Isto serve como um norteamento para seus principais
colaboradores. Fica mais claro para todos quais deverão ser as principais
atividades e quais deverão ser as prioridades daquela instituição. Além
disso, serve como um instrumento para que seja fortalecido o
comprometimento dos empregados perante a empresa.
Outro conceito importante é o de negócio da organização. Este
negócio seria relacionado com as atividades principais da empresa
naquele momento específico, seu âmbito de atuação. Ao contrário da
missão, o negócio é mais focado um contexto específico.
Enquanto a missão é uma declaração de intenções, a definição do
negócio busca afirmar quais são as atividades atuais e os setores de
atuação em que a organização atua – qual é o âmbito atual de operações.
Vamos ver esta diferença na prática?
A missão das Lojas Renner é a seguinte15:

13
Fonte: http://www.petrobras.com.br/rs2010/pt/relatorio-de-sustentabilidade/missao-visao-atributos-da-
visao-e-valores/
14
Fonte: http://www.unb.br/unb/missao.php
15
Fonte: http://portal.lojasrenner.com.br/renner/front/institucionalMissao.jsp

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

“Comercializar produtos de moda com qualidade a


preços competitivos e excelência na prestação de
serviços, conquistando a liderança, sempre
orientado pelo mercado.”
Já o negócio da mesma empresa é o seguinte:
“Varejo de vestuário, artigos de beleza e serviços.”
Perceberam como a missão é muito mais “abstrata” do que o
negócio. Isto ocorre para que os membros da organização não confundam
as coisas. A empresa pode estar operando uma usina hidroelétrica no
momento (seria o negócio), mas sua missão seria a de gerar energia de
modo sustentável. Futuramente, o negócio da empresa poderia ser outro,
mas a missão manter-se a mesma. De acordo com Vasconcelos e
Pagnoncelli16,
“os benefícios advindos da definição do negócio
estão relacionados à determinação do seu âmbito
de atuação. Assim, a organização pode ajustar seu
foco no mercado e desenvolver seu diferencial
competitivo, orientando o posicionamento
estratégico da organização e evitando a miopia de
mercado exposta por Levitt.”
Entretanto, existem autores que utilizam dois tipos de definição de
negócio: um seria mais específico (descrevendo os setores de atuação) e
o outro seria mais amplo (descrevendo os benefícios oferecidos).
De acordo com Lobato, um exemplo seria o caso da Nokia17. Pelo
conceito restrito do negócio da empresa, ela seria uma fornecedora de
telefones celulares. Já de acordo com o conceito mais amplo, a empresa
“conectaria pessoas”18.
Infelizmente, esta definição mais “ampla” fica muito semelhante ao
conceito de missão e confunde muitos candidatos. Abaixo, podemos ver
um resumo do conceito de missão:

16
(Vasconcelos e Pagnoncelli, 2001) apud (Lobato, Filho, Torres, & Rodrigues, 2009)
17
(Lobato, Filho, Torres, & Rodrigues, 2009)
18
(Rennó, 2013)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

7 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) O elemento


organizacional que serve para clarificar e comunicar os objetivos e
os valores básicos e orientar as atividades da organização é
denominado
(A) política operacional.
(B) visão.
(C) estratégia.
(D) indicador.
(E) missão.

Como vimos acima, o elemento do planejamento estratégico que


serve para clarificar e orientar às atividades de uma organização é a
missão. A política operacional não se refere a isso, e sim as atividades e
operações da organização. A visão é um estado futuro desejado.
A estratégia é o “como”, ou seja, qual será a maneira da empresa
atingir seus objetivos. Já os indicadores servem como ferramentas de
controle dos resultados e esforços empenhados. Nosso gabarito é mesmo
a letra E.

8 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2005) Planejamento


é um processo de
I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento
de planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV
d) I
e) V

A primeira frase está correta, pois o processo de planejamento


envolve realmente a definição dos objetivos que devem ser alcançados. Já
a segunda frase está incorreta, pois o processo de distribuição (ou

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

alocação) dos recursos se relaciona com o processo de organização, não o


do planejamento.
A terceira frase foi considerada incorreta pela ESAF. Entretanto,
acredito que o “pensar” o futuro está relacionado com o planejamento.
Quando, por exemplo, estamos analisando cenários possíveis (e as
premissas envolvidas) estamos “pensando” o futuro.
A meu ver, a ESAF considerou que o planejamento é “mais” do que
apenas pensar o futuro, mas a também a ação sobre estas premissas ou
previsões.
A quarta frase se relaciona com o processo de controle. Desta
forma, está equivocada. Da mesma forma, o planejamento é mais do que
a simples execução de tarefas. Portanto, o gabarito é a letra D.

9 - (CESPE – FINEP / ADM. DE MATERIAIS – 2009) O


administrador que define a missão da organização realiza a função
de organização.

A missão de uma empresa é a “razão dela existir”. Para quê ela foi
criada? Quais são suas funções fundamentais? Por exemplo, uma
faculdade pode ter como missão: gerar e transmitir conhecimento.
A definição da missão da empresa está englobada no Planejamento,
e não na função de organização! Gabarito: Errado.

10 - (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010) Em função das


constantes mudanças nos ambientes de negócios, o planejamento
estratégico possui caráter de curto prazo. Um claro exemplo disso
é a constante revisão que a alta gerência executa semestralmente
em algumas empresas.

O planejamento não tem uma abrangência de curto prazo, mas sim


de longo prazo. Isto não quer dizer, naturalmente, que ele não possa ser
revisto periodicamente.
O processo de planejamento deve ser dinâmico, sendo
constantemente revisado, mesmo que um planejamento seja feito com
uma visão de longo prazo. O gabarito é questão errada.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Análise SWOT.

Um dos passos fundamentais do planejamento estratégico é a que


“situamos” a organização frente a seu ambiente interno e externo. Muitos
autores chamam esta etapa de diagnóstico estratégico.
Em provas de concurso, o que você precisa lembrar é do nome da
ferramenta utilizada para fazer esse diagnóstico: análise SWOT (ou
FOFA).
Este nome SWOT é simplesmente a soma de siglas dos termos em
Inglês: “Strengths” (forças), “Weakness” (fraquezas), “Opportunities”
(oportunidades) e “Threats” (ameaças).
Assim, essa ferramenta nada mais é do que uma análise tanto do
ambiente interno, quanto do ambiente externo de uma instituição. O
objetivo é sabermos como ela está em comparação com seus
concorrentes e desafios.
A análise interna busca perceber quais são os pontos fortes e
pontos fracos da organização em comparação com seus pares. Mas e o
que podem ser estes pontos?
Ter pessoal treinado e motivado, por exemplo, pode ser considerado
um ponto forte. Já ter uma dívida financeira alta seria um caso de
fraqueza.
Lembre-se de uma coisa importante: o ambiente interno envolve
aspectos “controláveis”, ao contrário dos aspectos externos. Uma dívida
financeira pode ser paga com a venda de algum ativo, com a entrada de
um sócio, dentre outras medidas, não é mesmo? O mesmo poderíamos
dizer da falta de treinamento: isto pode ser corrigido pelo gestor.
No caso do ambiente externo, ele envolve ameaças e
oportunidades. Naturalmente, as ameaças são coisas negativas que
podem ocorrer, enquanto as oportunidades são fatores positivos que
podem ajudar a organização.
Uma crise econômica poderia ser uma ameaça para o
planejamento estratégico de uma instituição, reduzindo a demanda para
seus serviços, dificultando o acesso aos recursos financeiros, dentre
outros problemas.
Já a falência de um concorrente, por exemplo, seria um caso de
oportunidade, pois abriria o mercado para os produtos da empresa.
Vejam que estes fatores estão “fora” do controle da organização.
Exatamente por isso, são considerados fatores “não controláveis”.
Eles não podem ser alterados por alguma ação do gestor. Este só buscará
adaptar sua organização para “sofrer” pouco (no caso de uma ameaça) ou
aproveitar ao máximo a oportunidade que surgiu.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Figura 6 - Análise Swot

A maior parte das questões de concurso sobre este tema irá tentar
misturar os conceitos para confundir a cabeça de vocês.
Antes de responder a questão, faça sempre estas duas perguntas: é
fator controlável ou não? É fator positivo ou negativo? Isto ajudará na
resposta da questão.
Vamos ver como este tema já foi cobrado?
11 - (FCC – METRÔ – ADMINISTRAÇÃO – 2008) O diagnóstico
estratégico da organização apresenta componentes que
consideram o ambiente e suas variáveis relevantes no qual está
inserida. As oportunidades de negócios compõem esse ambiente
estratégico e constitui a variável
(A) externa e não controlável.
(B) interna e não controlável.
(C) interna e controlável.
(D) externa e controlável.
(E) interna híbrida.

O diagnóstico estratégico está relacionado com a análise interna e


externa. A primeira pergunta que você se deve fazer é: uma oportunidade
de negócio é um fator interno ou externo?
Bom, fatores internos devem estar relacionados a empregados,
máquinas, estrutura física, etc. Neste caso (oportunidades de negócios),
temos um fator externo, não é mesmo?
Assim sendo, já eliminamos as alternativas B, C e E. Agora só falta
sabermos se um fator externo é ou não controlável.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

As bancas de concurso têm aceitado a ideia de que os fatores


externos não são controláveis, ou seja, que só podemos nos adaptar a
eles e não alterá-los. Desta maneira, nosso gabarito é a letra A.

12 - (FCC – TRF 5° Região – ANAL ADM. – 2008) No planejamento


estratégico, a análise externa tem por finalidade estudar a relação
existente entre a empresa e seu ambiente em termos de
(A) oportunidades e ameaças.
(B) pontos fortes e pontos fracos.
(C) oportunidades e pontos fortes.
(D) ameaças e pontos fortes.
(E) pontos fracos e oportunidades.

Vejam como estas questões da FCC são tranquilas. Para você


acertar esta questão, basta saber quais são os fatores importantes na
análise externa: as oportunidades e as ameaças.
Pontos fortes e fracos relacionam-se com a analise interna. Nosso
gabarito é a letra A.

13 - (FCC – ALESP/SP – GESTÃO PROJETOS – 2010) Com


referência ao nível funcional, o planejamento estratégico tem
como objetivo
(A) determinar a missão da empresa, em termos de segmento de
mercado.
(B) definir as unidades de negócios geridas como centros de lucro.
(C) alocar os recursos segundo a lucratividade das unidades de
negócio.
(D) alinhar as ações setoriais com as estratégias de negócios e a
missão da organização.
(E) influir na tomada de decisões de longo prazo que a empresa
deva tomar.

Nesta questão, a banca fala de nível funcional. Este nível é o tático,


ou seja, o desdobramento do plano estratégico para o nível tático. Desta
forma, se você analisar a alternativa D, verá que ela se relaciona com as
ações a nível tático que devem ser feitas para que o planejamento
estratégico aconteça.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Entretanto, todas as demais alternativas tocam em aspectos ou


decisões do nível estratégico, estando desta forma incorretas. O gabarito
é a letra D.

14 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA ADM – 2010) A análise


estratégica da organização envolve
I. a análise do ambiente externo, que amplia a sensibilidade do
conjunto de pessoas, tornando-as aptas a implementar
estratégias antecipatórias alinhadas com as principais tendências
e demandas.
II. a análise do ambiente externo, que possibilita a alavancagem e
oportunidades, pontos fortes e fracos e a prevenção contra as
ameaças emergentes.
III. a análise do ambiente interno, baseado na avaliação do
desempenho da organização frente à sua missão e objetivos,
forças e fraquezas, políticas governamentais e concorrência.
IV. a análise das características internas da organização,
identificando e hierarquizando os seus pontos fortes e fracos.
V. a análise do ambiente interno segundo uma avaliação de
caráter organizacional, baseando-se nos conceitos de desempenho
da instituição em relação ao cumprimento da missão, efetividade,
eficácia, eficiência e humanização.
É correto o que consta APENAS em
(A) II e V.
(B) I, II e III.
(C) III, IV e V.
(D) III e IV.
(E) I, IV e V.

Na questão acima, a frase II está errada, pois a análise dos pontos


fortes e fracos se relaciona com a análise interna, e não a externa, ok?
Já na frase seguinte, a política governamental e a concorrência
estão ligadas à análise externa. Portanto, estas duas frases estão
incorretas. As outras estão OK! O gabarito é a letra E.

15 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Ultrapassada a fase do


planejamento estratégico, impõe-se a execução dos planos,
oportunidade em que caberão, ao coordenador, as seguintes
incumbências, exceto:

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.


b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas.
c) controlar e adequar prazos.
d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada.
e) prever e prover soluções.

Para poder responder esta questão, é importante a compreensão de


que os planos de ação se relacionam com a execução do planejamento
estratégico, não a revisão deste planejamento.
Ou seja, nesta fase o importante é como faremos para implementar
o que foi planejado, não em trabalharmos em sua revisão. Desta maneira,
o gabarito da questão é a letra D.

16 - (CESPE – CEF / ENGENHEIRO – 2006) No planejamento


estratégico, a análise ambiental interna é a que avalia as
oportunidades e ameaças do mercado e o comportamento de seus
agentes, entre eles os concorrentes, o governo e os consumidores.

Mais uma vez aparece esta “pegadinha” básica do Cespe! A análise


ambiental externa é a que busca identificar as ameaças e
oportunidades! Não caia mais nessa, ok? O gabarito é questão errada.

Objetivos, Metas e Planos.

Um objetivo é uma situação desejada pela organização. Algo que é


desejado pela empresa, onde queremos chegar. Estes objetivos podem
ser abrangentes ou específicos.
Um objetivo pode ser o de conseguir reduzir em 15% os gastos com
material de escritório, por exemplo. Ou contratar duzentos servidores. Só
que o objetivo não especifica “quando” chegaremos lá.
Quando especificamos um número e uma data que este objetivo
deve ser alcançado, geramos uma meta. Assim, a contratação de
duzentos servidores até o final do ano é uma meta!
Desta maneira, as metas são desdobramentos dos objetivos. Um
objetivo pode ter diversas metas intermediárias, de modo que estas
somadas levariam a empresa a alcançar o objetivo.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Já um plano de ação seria uma relação de ações e passos


necessários para que os objetivos sejam atingidos20. Um plano é o
resultado concreto de um processo de planejamento – uma descrição de
como o planejamento deve ser executado, com prazos e responsáveis por
cada etapa.

Planejamento por Cenários.

Diante de um contexto de mudanças constantes, as empresas e


órgãos públicos precisam de ferramentas para que possam estar melhor
preparadas paras os desafios que podem aparecer.
A ideia por trás do planejamento por cenários é a de que devemos
estar preparados para repensar sempre nosso ambiente. Não devemos
confiar em uma projeção das tendências atuais. Coisas que tomamos
como “certas” podem não existir futuramente.
Quando falamos de cenários, estamos nos referindo a situações
futuras, condições, em que a organização pode se ver. Pense no termo
original – “cenário”. Um cenário não deixa de ser uma representação de
algum local, não é mesmo?
O mesmo ocorre quando fazemos cenários futuros de uma empresa.
Como estará seu mercado? Que hábitos terão seus consumidores? Como
estará a economia como um todo? Que concorrentes teremos? Todos
estes aspectos estariam descritos em um cenário de futuro.
Os cenários são, portanto, estórias construídas para futuros
possíveis21. O objetivo é montarmos alguns cenários, mesmo que alguns
sejam improváveis, de modo a podermos pensar quais decisões atuais
nos preparariam melhor para cada contingência. Desta maneira, teríamos
como pensar em como nos comportaríamos se algumas destas “estórias”
se tornarem realidade22.
O planejamento por cenários tem como objetivo analisar como
nossas decisões atuais poderiam impactar nossa organização no futuro.
O planejamento por cenários é uma ferramenta nova, que veio
tentar suplantar a maneira tradicional de construir o planejamento –
através de projeções e extrapolações da situação presente.

20
(Schemerhorn Jr., 2008)
21
(Rennó, 2013)
22
(Schwartz, 1996)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Métodos para a Construção de Cenários

Existem diversos métodos para a construção dos cenários


atualmente no mercado. Os principais são os seguintes24:

 Lógica Intuitiva – foi desenvolvida em paralelo pela Strategic


Research Institute International (SRI) e pela Shell a partir da
década de 1970, a técnica admite que as decisões são
fundamentadas em um conjunto de inter-relações e
interdependências que envolvem diversos fatores, quase totalmente
fora da influência direta da organização;
 Análise Prospectiva: método desenvolvido por Godet que engloba
formas estruturadas de identificar a chance de que um evento
ocorra. O método tem basicamente seis etapas: delimitação do
sistema e do ambiente; análise estrutural do sistema e do
ambiente; listagem dos condicionantes do futuro; análise
morfológica; testes de consistência, ajuste e disseminação; e
revisão e disseminação;
 Análise de impactos de tendências probabilísticas -
fundamenta-se em uma previsão isolada sobre a variável
dependente principal, que depois é ajustada pela concorrência dos
possíveis eventos e seus impactos. A técnica alia modelos
econométricos e probabilísticos a análises qualitativas, com a
presença de especialistas nos temas envolvidos;
Vamos analisar agora mais algumas questões sobre este tema?
17 - (CESPE – SERPRO / GESTÃO EMPRESARIAL – 2008) A análise
de séries temporais na elaboração de cenários pressupõe que
situações passadas se repetirão no futuro.

A análise de dados passados é relacionada a uma crença de que


existiria um “padrão”, que certos contextos levariam a certos resultados.
Portanto, quando estamos analisando linhas de tendências, acreditamos
que esta tendência se repetirá no futuro, nos facilitando a construção de
um cenário. A questão está certa.

24
(Kato, 2007)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

18 - (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010) São as abordagens


prospectiva e projetiva consideradas as principais formas básicas
de desenvolvimento de cenários.

Esta frase descreve uma classificação ou definição correta das


abordagens de planejamento por cenários. A abordagem projetiva gera
apenas um cenário, enquanto a abordagem prospectiva gera vários
cenários. O gabarito é questão correta.

Planejamento Estratégico do Poder Judiciário brasileiro.

A gestão estratégica de todo o poder Judiciário brasileiro está a


cargo do Conselho Nacional de Justiça – CNJ. Este projeto foi iniciado
efetivamente com a publicação da Resolução n° 49/07, que impôs aos
demais órgãos do Poder Judiciário a criação de núcleos de estatística e
de gestão estratégica25. Estes núcleos terão caráter permanente e
deverão assessorar os tribunais na tarefa de modernização institucional.
Além disso, estes núcleos terão a supervisão da Comissão de
Estatística e Gestão Estratégica do Conselho Nacional de Justiça.
Portanto, esta comissão supervisiona o Sistema de Estatística do Poder
Judiciário.
Esta resolução foi importante, pois sem dados e informações é difícil
fazer um diagnóstico das forças e fraquezas na gestão de qualquer
organização. E sem um diagnóstico da situação ambiental não teríamos
como saber quais problemas deveriam ser ou não atacados.
Após esta fase, foi efetivamente instituído pela Resolução n° 70,
de 18 de Março de 2009, o planejamento estratégico do Poder Judiciário.
Nesta resolução, temos a definição da missão, da visão, dos valores e dos
quinze objetivos estratégicos do Poder Judiciário. De acordo com seu
primeiro artigo:
Art. 1° Fica instituído o Planejamento Estratégico do Poder
Judiciário, consolidado no Plano Estratégico Nacional
consoante do Anexo
I desta Resolução, sintetizado nos seguintes componentes:
I - Missão: realizar justiça.
II - Visão: ser reconhecido pela Sociedade como
instrumento efetivo de justiça, equidade e paz social.

25
(Chaer, Azevedo, & Bonifácio, 2009)

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

III - Atributos de Valor Judiciário para a Sociedade:


a) credibilidade;
b) acessibilidade;
c) celeridade;
d) ética;
e) imparcialidade;
f) modernidade;
g) probidade:
h) responsabilidade Social e Ambiental;
i) transparência
Além disso, o normativo estabeleceu os quinze objetivos
estratégicos que devem ser buscados pelo Poder Judiciário:
IV - 15 (quinze) objetivos estratégicos, distribuídos em
8 (oito) temas:
a) Eficiência Operacional:
Objetivo 1. Garantir a agilidade nos trâmites judiciais e
administrativos;
Objetivo 2. Buscar a excelência na gestão de custos
operacionais;
b) Acesso ao Sistema de Justiça:
Objetivo 3. Facilitar o acesso à Justiça;
Objetivo 4. Promover a efetividade no cumprimento das
decisões;
c) Responsabilidade Social:
Objetivo 5. Promover a cidadania;
d) Alinhamento e Integração:
Objetivo 6. Garantir o alinhamento estratégico em todas as
unidades do Judiciário;
Objetivo 7. Fomentar a interação e a troca de experiências
entre Tribunais nos planos nacional e internacional;
e) Atuação Institucional:
Objetivo 8. Fortalecer e harmonizar as relações entre os
Poderes, setores e instituições;
Objetivo 9. Disseminar valores éticos e morais por meio de
atuação institucional efetiva;

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Objetivo 10. Aprimorar a comunicação com públicos


externos;
f) Gestão de Pessoas:
Objetivo 11. Desenvolver conhecimentos, habilidades e
atitudes dos magistrados e servidores;
Objetivo 12. Motivar e comprometer magistrados e
servidores com a execução da Estratégia;
g) Infraestrutura e Tecnologia:
Objetivo 13. Garantir a infraestrutura apropriada às
atividades administrativas e judiciais;
Objetivo 14. Garantir a disponibilidade de sistemas
essenciais de tecnologia de informação;
h) Orçamento:
Objetivo 15. Assegurar recursos orçamentários necessários
à execução da estratégia;
De acordo com este normativo, o CNJ e os tribunais indicados nos
incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal elaborarão os seus
respectivos planejamentos estratégicos, alinhados ao Plano Estratégico
Nacional, com abrangência mínima de 5 anos. Ou seja, o
planejamento deve ter um “horizonte” tempo de no mínimo cinco anos
(ex: planejamento 2010-2020).
Vamos ver como isso já foi cobrado?
19 - (FCC – TRT 12°/SC – TEC ADM – 2010) De acordo com a
Resolução no 70/2009, o Conselho Nacional de Justiça e os
tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição
Federal elaborarão os seus respectivos planejamentos
estratégicos, alinhados ao Plano Estratégico Nacional, com
abrangência mínima de
(A) 10 anos.
(B) 3 anos.
(C) 5 anos.
(D) 2 anos.
(E) 4 anos.

Como vimos acima, a abrangência dos respectivos planejamentos


do CNJ e dos tribunais deve ser de no mínimo 5 anos! Vejam que a FCC
ainda está cobrando apenas a literalidade da lei. Nosso gabarito é a letra
C.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Metas do CNJ

Outro ponto importante se relaciona com o conteúdo dos


planejamentos. De acordo com o artigo n°2 da resolução 7026:
Art. 2º O Conselho Nacional de Justiça e os
tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92
da Constituição Federal elaborarão os seus
respectivos planejamentos estratégicos, alinhados
ao Plano Estratégico Nacional, com abrangência
mínima de 5 (cinco) anos, bem como os aprovarão
nos seus órgãos plenários ou especiais até 31 de
dezembro de 2009.
§ 1º Os planejamentos estratégicos de que trata o
caput conterão:
I - pelo menos um indicador de resultado
para cada objetivo estratégico;
II - metas de curto, médio e longo prazos,
associadas aos indicadores de resultado;
III - projetos e ações julgados suficientes e
necessários para o atingimento das metas
fixadas.
Ou seja, cada objetivo deve ter, no mínimo, um indicador de
resultado. Desta forma, se poderá avaliar o alcance ou não das metas de
curto, médio e longo prazos. Além disso, é solicitado dos tribunais o
detalhamento das respectivas ações que farão os órgãos atingirem as
metas!
Desta maneira, temos o processo abaixo:

26
http://www.cnj.jus.br/gestao-e-planejamento/gestao-e-planejamento-do-judiciario/resolucao-n-70

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

da participação efetiva de ministros e


serventuários na elaboração e na execução de
suas estratégias.”
Para a gestão do conhecimento, o CNJ manterá um banco de
boas práticas e idéias de gestão do Poder Judiciário em seu portal
na Internet, de modo a organizar e facilitar o acesso a estes materiais
por parte dos tribunais interessados em sua implementação.
Para o acompanhamento dos resultados e metas fixadas, a
resolução estipula em seu artigo quinto:
CAPÍTULO IV
DO ACOMPANHAMENTO DOS RESULTADOS
“Art. 5º Os tribunais promoverão Reuniões de
Análise da Estratégia - RAE trimestrais para
acompanhamento dos resultados das metas
fixadas, oportunidade em que poderão promover
ajustes e outras medidas necessárias à melhoria
do desempenho.”
Desta maneira, a cada trimestre serão avaliados os resultados.
Cada indicador será avaliado para sabermos se as metas de curto, médio
e longo prazo estão sendo atendidas. Esta avaliação será utilizada para
que se possa corrigir alguma ação que não esteja surtindo o efeito
desejado ou acelerar alguma atividade que esteja atrasada.
Vamos ver como isso já foi cobrado?
20 - (FCC – TRT 12°/SC – TEC ADM – 2010) Os tribunais
promoverão Reuniões de Análise da Estratégia − RAE trimestrais,
oportunidade em que poderão promover ajustes e outras medidas
necessárias à melhoria do desempenho, com a finalidade de,
dentre outras,
(A) preceder reuniões preparatórias com representantes dos
tribunais com as associações nacionais.
(B) sugerir a estruturação das atividades dos Núcleos de Gestão
Estratégica.
(C) acompanhar os resultados das metas fixadas.
(D) coordenar as atividades de planejamento e gestão estratégica
do Poder Judiciário.
(E) regulamentar o Comitê Gestor Nacional no auxílio do
planejamento da gestão estratégica do Poder Judiciário.

As reuniões de análise da estratégia servem para acompanhar os


resultados das metas fixadas. A banca nada mais fez do que copiar o
trecho da lei que estipula o objetivo e a periodicidade das RAE´s. A

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

alternativa C faz referência direta ao capítulo em que o artigo está


inserido. O gabarito é mesmo a letra C.
O CNJ está também encarregado de coordenar a instituição de
indicadores de resultado, metas, projetos e ações de âmbito
nacional, comuns a todos os tribunais. Ou seja, serão metas gerais
que todos os tribunais terão de atender.
Além disso, o CNJ coordenará a realização de Encontros Anuais
do Poder Judiciário, preferencialmente em fevereiro, para:
 Avaliar a Estratégia Nacional;
 Divulgar o desempenho dos tribunais no cumprimento das
ações, projetos e metas nacionais no ano findo;
 Definir as novas ações, projetos e metas nacionais
prioritárias.
Caberá ao CNJ, portanto, a definição da sede de cada Encontro
Anual, de acordo com as candidaturas dos tribunais interessados.
Entretanto, deverá ser feito de forma alternada entre os diversos estados.
A organização de cada Encontro Anual será feita conjuntamente entre o
CNJ e tribunal-sede do evento.
Como este tema é bastante recente, só encontrei duas questões
deste tópico nas provas anteriores da FCC. Desta maneira, como até
hoje a banca só cobrou a literalidade da lei, recomendo uma leitura
das duas resoluções (que são pequenas). Vocês podem encontrá-las nos
links abaixo:
Resolução n° 49/07:
http://bdjur.stj.gov.br/dspace/handle/2011/16139
Resolução n° 70/09:
https://www.cnj.jus.br/gestao-e-planejamento/gestao-e-planejamento-do-
judiciario/resolucao-n-70
Vamos ver algumas questões agora?
21 - (FCC – TRT 23°/MT – ANALISTA – 2011) De acordo com a
Resolução 49 do Conselho Nacional de Justiça, as informações
estatísticas produzidas pelos Tribunais devem ser reunidas e
supervisionadas
(A) pela Comissão de Estatística e Gestão Estratégica.
(B) pelo Superior Tribunal de Justiça.
(C) pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias.
(D) pelo Sistema de Estatística do Poder Judiciário.
(E) pelo Supremo Tribunal Federal.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Questão tranquila, mas com uma “pegadinha básica” da banca. De


acordo com a Resolução 49 do CNJ,
“Art. 3º A Comissão de Estatística e Gestão
Estratégica do Conselho Nacional de Justiça
supervisiona o Sistema de Estatística do
Poder Judiciário.
Parágrafo Único. Compete à Comissão de
Estatística e Gestão Estratégica, assessorada pelo
Departamento de Pesquisas Judiciárias, agregar
dados estatísticos enviados pelos núcleos de
estatística e gestão estratégica dos Tribunais.”
Portanto, a Comissão de Estatística e Gestão Estratégica é a que
reúne as informações e supervisiona o Sistema de Estatística do Poder
Judiciário – SEPJ. Assim, não é o Sistema que supervisiona a si mesmo!
Desse modo, a letra A é o nosso gabarito.

22 - (FCC – TRT 23°/MT – ANALISTA – 2011) O principal


instrumento para a implantação do Planejamento Estratégico no
âmbito do Poder Judiciário, ao qual se refere a Resolução 70 do
Conselho Nacional da Justiça, é a
(A) motivação dos magistrados a implantar os objetivos centrais
do Poder Judiciário, segundo a definição do Poder Executivo.
(B) definição da visão do Poder Judiciário segundo o Plano
Estratégico Estadual.
(C) agilização dos trâmites judiciais e administrativos.
(D) definição de pelo menos um indicador de resultado para cada
objetivo estratégico.
(E) definição de metas de longo prazo associadas à missão do
Poder Judiciário, segundo o Plano Estratégico Nacional.

De acordo com a Resolução 70 do CNJ, os planejamentos do Poder


Judiciário conterão:
Art. 2º O Conselho Nacional de Justiça e os
tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92
da Constituição Federal elaborarão os seus
respectivos planejamentos estratégicos, alinhados
ao Plano Estratégico Nacional, com abrangência
mínima de 5 (cinco) anos, bem como os aprovarão
nos seus órgãos plenários ou especiais até 31 de
dezembro de 2009.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

§ 1º Os planejamentos estratégicos de que trata o


caput conterão:
I - pelo menos um indicador de resultado
para cada objetivo estratégico;
II - metas de curto, médio e longo prazos,
associadas aos indicadores de resultado;
III - projetos e ações julgados suficientes e
necessários para o atingimento das metas
fixadas.
Assim, a única alternativa correta é a letra D, que é o gabarito da
banca.

23 - (FCC – TRT 23°/MT – TÉCNICO – 2011) De acordo com a


Resolução 70 do Conselho Nacional de Justiça, para garantir os
recursos necessários à execução dos planejamentos estratégicos
dos tribunais é preciso
(A) utilizar os fundos de reserva de contingência para
complementar o orçamento estratégico.
(B) solicitar recursos extraorçamentários ao Comitê do Plano
Nacional Estratégico.
(C) alinhar as propostas orçamentárias dos tribunais aos objetivos
definidos nos planos.
(D) hierarquizar prioridades por meio da definição de objetivos
estratégicos de acordo com a visão do Poder Judiciário.
(E) concentrar os recursos orçamentários, inclusive os da folha de
pagamento, na execução dos planejamentos estratégicos.

De acordo com a Resolução 70 do CNJ, em seu artigo n°2, inciso 3,


“§ 3º As propostas orçamentárias dos tribunais
devem ser alinhadas aos seus respectivos
planejamentos estratégicos, de forma a garantir
os recursos necessários à sua execução.”
Dessa maneira, os recursos orçamentários estarão programados
para atender aos objetivos estratégicos dos tribunais. O gabarito é,
assim, a letra C.

24 - (FCC – TRT 12° REGIÃO – ANALISTA – 2013) A Resolução


no 70, de 18 de março de 2009, estabelece quinze objetivos
estratégicos, distribuídos em 8 temas: eficiência operacional,
acesso ao sistema de justiça, responsabilidade social, alinhamento

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

e integração, infraestrutura e tecnologia, atuação institucional,


gestão de pessoas e
a) informações estatísticas.
b) atendimento ao cliente.
c) criação de sistemas.
d) ética.
e) orçamento.

A Resolução n°70 de 2009n estabeleceu os quinze objetivos


estratégicos que devem ser buscados pelo Poder Judiciário:
“IV - 15 (quinze) objetivos estratégicos, distribuídos em 8
(oito) temas:
a) Eficiência Operacional:
Objetivo 1. Garantir a agilidade nos trâmites judiciais e
administrativos;
Objetivo 2. Buscar a excelência na gestão de custos
operacionais;
b) Acesso ao Sistema de Justiça:
Objetivo 3. Facilitar o acesso à Justiça;
Objetivo 4. Promover a efetividade no cumprimento das
decisões;
c) Responsabilidade Social:
Objetivo 5. Promover a cidadania;
d) Alinhamento e Integração:
Objetivo 6. Garantir o alinhamento estratégico em todas as
unidades do Judiciário;
Objetivo 7. Fomentar a interação e a troca de experiências
entre Tribunais nos planos nacional e internacional;
e) Atuação Institucional:
Objetivo 8. Fortalecer e harmonizar as relações entre os
Poderes, setores e instituições;
Objetivo 9. Disseminar valores éticos e morais por meio de
atuação institucional efetiva;
Objetivo 10. Aprimorar a comunicação com públicos
externos;
f) Gestão de Pessoas:
Prof. Rodrigo Rennó
www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Objetivo 11. Desenvolver conhecimentos, habilidades e


atitudes dos magistrados e servidores;
Objetivo 12. Motivar e comprometer magistrados e
servidores com a execução da Estratégia;
g) Infraestrutura e Tecnologia:
Objetivo 13. Garantir a infraestrutura apropriada às
atividades administrativas e judiciais;
Objetivo 14. Garantir a disponibilidade de sistemas
essenciais de tecnologia de informação;
h) Orçamento:
Objetivo 15. Assegurar recursos orçamentários
necessários à execução da estratégia;”
Deste modo, podemos ver que o gabarito da questão só pode
mesmo ser a letra E.

25 - (FCC – TRT 6° REGIÃO – TÉCNICO – 2012) Ser reconhecido


pela sociedade como instrumento efetivo de justiça, equidade e
paz social está nas disposições gerais, Artigo 1º , da resolução 70
do CNJ, que institui o planejamento estratégico do poder
Judiciário. Essa frase está relacionada à
a) missão.
b) imparcialidade.
c) visão.
d) credibilidade.
e) ética pública.

De acordo com o normativo, temos que a missão e a visão são:


“I - Missão: realizar justiça.
II - Visão: ser reconhecido pela Sociedade
como instrumento efetivo de justiça,
equidade e paz social.”
Assim, nosso gabarito é mesmo a letra C.

26 - (FCC – TRT 6° REGIÃO – TÉCNICO – 2012) Fortalecer e


harmonizar as relações entre os Poderes, Setores e Instituição é
um dos quinze (15) objetivos estratégicos apontados na
Resolução 70 do CNJ. Esse objetivo pertence à
a) eficiência operacional.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

b) responsabilidade social.
c) alinhamento e integração.
d) infraestrutura e tecnologia.
e) atuação institucional.

Este é um dos objetivos apontados na Resolução n°70/2009. De


acordo com o normativo:
“...e) Atuação Institucional:
Objetivo 8. Fortalecer e harmonizar as relações
entre os Poderes, setores e instituições;“
Assim, o gabarito é a letra E.

27 - (FCC – TRT 6° REGIÃO – TÉCNICO – 2012) Os tribunais


promoverão Reuniões de Análise da Estratégia - RAE para
acompanhamento dos resultados das metas fixadas, oportunidade
em que poderão promover ajustes e outras medidas necessárias à
melhoria do desempenho. Essas reuniões deverão ocorrer
a) diariamente.
b) mensalmente.
c) trimestralmente.
d) anualmente.
e) a cada quatro anos.

As Reuniões de Análise da Estratégia são momentos em que a


cúpula da organização revê os resultados alcançados com o planejamento
estratégico.
Naturalmente, eles não farão isso todo o dia ou toda semana, pois
do contrário não fariam outra coisa da vida. A Resolução estipula um
prazo de 3 meses para as RAE´s. O gabarito é letra C.

Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) O nível de planejamento que


tem como objetivo otimizar determinada área, e não a organização como
um todo, é o

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

(A) departamental.
(B) tático.
(C) setorial.
(D) operacional.
(E) estratégico.

2 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) Sobre o Planejamento


Estratégico, analise:
I. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase no aspecto de longo
prazo dos objetivos.
II. É o mesmo que planejamento, porém com ênfase no aspecto de curto
prazo dos objetivos.
III. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase na análise global do
cenário.
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) II e III.
(C) II.
(D) I e III.
(E) I e II.

3 - (FCC – ARCE – ANALISTA REG. – 2006) A experiência acumulada no


mundo contemporâneo tem demonstrado que a eficácia da gerência
depende, em grande parte, da capacidade do dirigente de desenvolver
futuros alternativos para a sua organização, estabelecendo transações
ambientais que levem ao alcance da missão organizacional. Essa é a
capacidade de pensar de forma
(A) operacional.
(B) tática.
(C) estratégica.
(D) holística.
(E) racional.

4 - (CESPE – HEMOBRÁS/ ADMINISTRADOR – 2008) Os objetivos de


longo prazo, relacionados ao cumprimento da missão e alcance da visão
organizacional e que envolvem toda a organização são definidos no
planejamento estratégico.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

5 - (CESPE – HEMOBRÁS/ ADMINISTRADOR – 2008) Entre os tipos de


planejamento, o planejamento operacional é o que apresenta menor
alcance em termos de tempo e menor foco em termos de atividades
organizacionais.

6 - (FCC – TRT 23°/MT – ANALISTA – 2011) A definição da visão da


organização no planejamento estratégico
(A) é um instrumento da reengenharia organizacional.
(B) só vale para o curto prazo da organização.
(C) configura uma etapa desvinculada da definição da missão da
organização.
(D) implica necessariamente uma crítica da situação atual da organização.
(E) representa aquilo que a organização quer ser num futuro previsível.

7 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) O elemento organizacional


que serve para clarificar e comunicar os objetivos e os valores básicos e
orientar as atividades da organização é denominado
(A) política operacional.
(B) visão.
(C) estratégia.
(D) indicador.
(E) missão.

8 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2005) Planejamento é um


processo de
I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento
de planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

d) I
e) V

9 - (CESPE – FINEP / ADM. DE MATERIAIS – 2009) O administrador que


define a missão da organização realiza a função de organização.

10 - (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010) Em função das constantes


mudanças nos ambientes de negócios, o planejamento estratégico possui
caráter de curto prazo. Um claro exemplo disso é a constante revisão que
a alta gerência executa semestralmente em algumas empresas.

11 - (FCC – METRÔ – ADMINISTRAÇÃO – 2008) O diagnóstico estratégico


da organização apresenta componentes que consideram o ambiente e
suas variáveis relevantes no qual está inserida. As oportunidades de
negócios compõem esse ambiente estratégico e constitui a variável
(A) externa e não controlável.
(B) interna e não controlável.
(C) interna e controlável.
(D) externa e controlável.
(E) interna híbrida.

12 - (FCC – TRF 5° Região – ANAL ADM. – 2008) No planejamento


estratégico, a análise externa tem por finalidade estudar a relação
existente entre a empresa e seu ambiente em termos de
(A) oportunidades e ameaças.
(B) pontos fortes e pontos fracos.
(C) oportunidades e pontos fortes.
(D) ameaças e pontos fortes.
(E) pontos fracos e oportunidades.

13 - (FCC – ALESP/SP – GESTÃO PROJETOS – 2010) Com referência ao


nível funcional, o planejamento estratégico tem como objetivo
(A) determinar a missão da empresa, em termos de segmento de
mercado.
(B) definir as unidades de negócios geridas como centros de lucro.
(C) alocar os recursos segundo a lucratividade das unidades de negócio.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

(D) alinhar as ações setoriais com as estratégias de negócios e a missão


da organização.
(E) influir na tomada de decisões de longo prazo que a empresa deva
tomar.

14 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA ADM – 2010) A análise estratégica da


organização envolve
I. a análise do ambiente externo, que amplia a sensibilidade do conjunto
de pessoas, tornando-as aptas a implementar estratégias antecipatórias
alinhadas com as principais tendências e demandas.
II. a análise do ambiente externo, que possibilita a alavancagem e
oportunidades, pontos fortes e fracos e a prevenção contra as ameaças
emergentes.
III. a análise do ambiente interno, baseado na avaliação do desempenho
da organização frente à sua missão e objetivos, forças e fraquezas,
políticas governamentais e concorrência.
IV. a análise das características internas da organização, identificando e
hierarquizando os seus pontos fortes e fracos.
V. a análise do ambiente interno segundo uma avaliação de caráter
organizacional, baseando-se nos conceitos de desempenho da instituição
em relação ao cumprimento da missão, efetividade, eficácia, eficiência e
humanização.
É correto o que consta APENAS em
(A) II e V.
(B) I, II e III.
(C) III, IV e V.
(D) III e IV.
(E) I, IV e V.

15 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Ultrapassada a fase do


planejamento estratégico, impõe-se a execução dos planos, oportunidade
em que caberão, ao coordenador, as seguintes incumbências, exceto:
a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.
b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas.
c) controlar e adequar prazos.
d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada.
e) prever e prover soluções.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

16 - (CESPE – CEF / ENGENHEIRO – 2006) No planejamento estratégico,


a análise ambiental interna é a que avalia as oportunidades e ameaças do
mercado e o comportamento de seus agentes, entre eles os concorrentes,
o governo e os consumidores.

17 - (CESPE – SERPRO / GESTÃO EMPRESARIAL – 2008) A análise de


séries temporais na elaboração de cenários pressupõe que situações
passadas se repetirão no futuro.

18 - (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010) São as abordagens


prospectiva e projetiva consideradas as principais formas básicas de
desenvolvimento de cenários.

19 - (FCC – TRT 12°/SC – TEC ADM – 2010) De acordo com a Resolução


no 70/2009, o Conselho Nacional de Justiça e os tribunais indicados nos
incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal elaborarão os seus
respectivos planejamentos estratégicos, alinhados ao Plano Estratégico
Nacional, com abrangência mínima de
(A) 10 anos.
(B) 3 anos.
(C) 5 anos.
(D) 2 anos.
(E) 4 anos.

20 - (FCC – TRT 12°/SC – TEC ADM – 2010) Os tribunais promoverão


Reuniões de Análise da Estratégia − RAE trimestrais, oportunidade em
que poderão promover ajustes e outras medidas necessárias à melhoria
do desempenho, com a finalidade de, dentre outras,
(A) preceder reuniões preparatórias com representantes dos tribunais
com as associações nacionais.
(B) sugerir a estruturação das atividades dos Núcleos de Gestão
Estratégica.
(C) acompanhar os resultados das metas fixadas.
(D) coordenar as atividades de planejamento e gestão estratégica do
Poder Judiciário.
(E) regulamentar o Comitê Gestor Nacional no auxílio do planejamento da
gestão estratégica do Poder Judiciário.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

21 - (FCC – TRT 23°/MT – ANALISTA – 2011) De acordo com a Resolução


49 do Conselho Nacional de Justiça, as informações estatísticas
produzidas pelos Tribunais devem ser reunidas e supervisionadas
(A) pela Comissão de Estatística e Gestão Estratégica.
(B) pelo Superior Tribunal de Justiça.
(C) pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias.
(D) pelo Sistema de Estatística do Poder Judiciário.
(E) pelo Supremo Tribunal Federal.

22 - (FCC – TRT 23°/MT – ANALISTA – 2011) O principal instrumento


para a implantação do Planejamento Estratégico no âmbito do Poder
Judiciário, ao qual se refere a Resolução 70 do Conselho Nacional da
Justiça, é a
(A) motivação dos magistrados a implantar os objetivos centrais do Poder
Judiciário, segundo a definição do Poder Executivo.
(B) definição da visão do Poder Judiciário segundo o Plano Estratégico
Estadual.
(C) agilização dos trâmites judiciais e administrativos.
(D) definição de pelo menos um indicador de resultado para cada objetivo
estratégico.
(E) definição de metas de longo prazo associadas à missão do Poder
Judiciário, segundo o Plano Estratégico Nacional.

23 - (FCC – TRT 23°/MT – TÉCNICO – 2011) De acordo com a Resolução


70 do Conselho Nacional de Justiça, para garantir os recursos necessários
à execução dos planejamentos estratégicos dos tribunais é preciso
(A) utilizar os fundos de reserva de contingência para complementar o
orçamento estratégico.
(B) solicitar recursos extraorçamentários ao Comitê do Plano Nacional
Estratégico.
(C) alinhar as propostas orçamentárias dos tribunais aos objetivos
definidos nos planos.
(D) hierarquizar prioridades por meio da definição de objetivos
estratégicos de acordo com a visão do Poder Judiciário.
(E) concentrar os recursos orçamentários, inclusive os da folha de
pagamento, na execução dos planejamentos estratégicos.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

24 - (FCC – TRT 12° REGIÃO – ANALISTA – 2013) A Resolução no 70, de


18 de março de 2009, estabelece quinze objetivos estratégicos,
distribuídos em 8 temas: eficiência operacional, acesso ao sistema de
justiça, responsabilidade social, alinhamento e integração, infraestrutura
e tecnologia, atuação institucional, gestão de pessoas e
a) informações estatísticas.
b) atendimento ao cliente.
c) criação de sistemas.
d) ética.
e) orçamento.

25 - (FCC – TRT 6° REGIÃO – TÉCNICO – 2012) Ser reconhecido pela


sociedade como instrumento efetivo de justiça, equidade e paz social está
nas disposições gerais, Artigo 1º , da resolução 70 do CNJ, que institui o
planejamento estratégico do poder Judiciário. Essa frase está relacionada
à
a) missão.
b) imparcialidade.
c) visão.
d) credibilidade.
e) ética pública.

26 - (FCC – TRT 6° REGIÃO – TÉCNICO – 2012) Fortalecer e harmonizar


as relações entre os Poderes, Setores e Instituição é um dos quinze (15)
objetivos estratégicos apontados na Resolução 70 do CNJ. Esse objetivo
pertence à
a) eficiência operacional.
b) responsabilidade social.
c) alinhamento e integração.
d) infraestrutura e tecnologia.
e) atuação institucional.

27 - (FCC – TRT 6° REGIÃO – TÉCNICO – 2012) Os tribunais promoverão


Reuniões de Análise da Estratégia - RAE para acompanhamento dos
resultados das metas fixadas, oportunidade em que poderão promover
ajustes e outras medidas necessárias à melhoria do desempenho. Essas
reuniões deverão ocorrer
a) diariamente.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

b) mensalmente.
c) trimestralmente.
d) anualmente.
e) a cada quatro anos.

Gabaritos.
1. B 5. C 9. E
2. D 6. E 10. E
3. C 7. E 11. A
4. C 8. D 12. A

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

13. D 18. C 23. C


14. E 19. C 24. E
15. D 20. C 25. C
16. E 21. A 26. E
17. C 22. D 27. C

Bibliografia
Barbosa, E. R., & Brondani, G. (Dez-Fev de 2004). Planejamento
Estratégico Organizacional. Revista Eletrônica de Contabilidade -
UFSM, V.1(2).
Chaer, A. C., Azevedo, J. S., & Bonifácio, I. G. (2009). Projeto de Gestão
Estratégica do Poder Judiciário do Brasil. Congresso Consad de
Gestão Pública, (p. 16). Brasília.
Chiavenato, I. (2008). Administração Geral e Pública (2° ed.). São Paulo:
Elsevier.
Chiavenato, I. (2010). Administração nos novos tempos (2° ed.). Rio de
Janeiro: Elsevier.
Daft, R. L. (2005). Management. Mason: Thomson.
Junior, I. M., Cierco, A. A., Rocha, A. V., Mota, E. B., & Leusin, S. (2008).
Gestão da qualidade (9° Ed. ed.). Rio de Janeiro: FGV.
Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (Sep-Oct de 2000). Having trouble with
your strategy? Than map it. Harvard Business Review.
Kato, J. (Jul-dez de 2007). Um modelo para a construção de cenários
aplicado à Indústria de Transportes Rodoviários de Cargas no Brasil.
Revista da FAE, 179-197.
Lobato, D. M., Filho, J. M., Torres, M. C., & Rodrigues, M. R. (2009).
Estratégia de Empresas. Rio de Janeiro: FGV.
Oliveira, D. d. (2007). Planejamento Estratégico - conceitos, metodologias
e práticas (24° ed.). São Paulo: Atlas.
Rennó, R. (2013). Administração Geral para Concursos. Rio de Janeiro:
Campus Elsevier.
Schemerhorn Jr., J. R. (2008). Management (9° ed.). Hoboken: Wiley &
Sons.
Schwartz, P. (1996). The Art of the Long View - planning for the future in
an uncertain world (1° ed.). New York: Doubleday.
Sobral, F., & Peci, A. (2008). Administração: teoria e prática no contexto
brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 49
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 07

Por hoje é só pessoal! Estarei disponível no e-mail abaixo para qualquer


dúvida.
Bons estudos e sucesso!

Rodrigo Rennó
rodrigorenno@estrategiaconcursos.com.br
http://www.facebook.com/rodrigorenno99
http://twitter.com/rrenno99
https://www.youtube.com/user/rodrigorenno99/

Conheça meus outros cursos atualmente no site!

Acesse http://estrategiaconcursos.com.br/cursos-professor/2800/rodrigo-renno

Prof. Rodrigo Rennó


www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 49

Você também pode gostar