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DE PRODUTOS
Lígia Affonso
Revisão técnica:
ISBN 978-85-9502-289-8
CDU 658.5
Definir planejamento.
Explicar o que é gestão de projetos e suas áreas de conhecimento.
Identificar as atividades realizadas na fase de planejamento do projeto.
Introdução
O sucesso de uma empresa no mercado competitivo se relaciona com
a capacidade de introduzir no mercado produtos com qualidade e que
atraiam o consumidor. Mas para que isso ocorra, a empresa deve ter como
base um bom planejamento de desenvolvimento de produto, contendo
metodologias e técnicas eficazes.
Neste texto, você vai estudar o conceito de planejamento, a gestão
de projetos e suas áreas de conhecimento, além do planejamento do
projeto de produto e as atividades que o compõem.
Planejamento
A vantagem competitiva de uma empresa, na economia globalizada, está di-
retamente relacionada à capacidade de introduzir no mercado novos produtos
que sejam capazes de atrair a atenção dos clientes, os quais remuneram os
investimentos feitos pela empresa. Para ser fonte de competitividade, o processo
de desenvolvimento de produtos precisa ser eficiente e eficaz, necessitando de
metodologias e técnicas capazes de proporcionar tais atributos. A estratégia do
produto de uma empresa, além de como ela se organiza e gerencia o desenvolvi-
mento, é que determinará a competitividade do produto (CLARK; FUJIMOTO,
1991; SILVA, 2001). Dessa forma, o processo de desenvolvimento de novos
2 Métodos para o planejamento do produto
Objetivos são os fins que a organização deseja alcançar. Devem ser específicos,
desafiadores e factíveis.
Planos são as ações ou os meios que levarão ao alcance dos objetivos, considerando
os recursos necessários e obstáculos que possam surgir (BATEMAN; SNELL, 1998).
Estratégia pode ser entendida como o curso de ação, uma forma de enfrentar um
problema ou realizar objetivos, que as empresas adotam para assegurar o seu desem-
penho e a sua sobrevivência (MAXIMIANO, 2011).
Gestão de projetos
Pode-se definir projeto como um empreendimento único com início, meio e fim,
em um espaço de tempo previsto e com mobilização de recursos previamente
Métodos para o planejamento do produto 5
Após a identificação das atividades, tem-se como resultado uma lista com
todas as atividades que serão executadas no projeto, descritas e lançadas no
sistema de gestão de projetos adotado pela empresa.
Cabe destacar que parte das atividades identificadas possui uma sequência
natural entre si, ou seja, possui uma relação de precedência: umas com restrições,
outras independentes. Dessa forma, essa fase é importante, pois, o gerente deve
definir o relacionamento entre as atividades, garantindo uma sequência correta,
contando com software de gestão de projetos. O diagrama de rede do projeto
permite a visualização das atividades e das relações de sequência entre elas,
auxiliando o gerente na análise e otimização do projeto (diagrama de precedência;
diagrama de flecha; diagrama condicional). Se não houver falhas, inconsistências
ou restrições de sequência, é hora de passar para a próxima atividade.
A preparação do cronograma consiste na definição de uma programação
de datas de início e fim das atividades. A estimativa de prazos depende do
esforço necessário para realizar as atividades e da quantidade de recursos
disponíveis, que também deve ser detalhada nesta fase. Serão consideradas
as possíveis restrições e premissas que podem afetar o tempo de execução
das atividades. Também é usual na preparação do cronograma, vincular as
atividades ao responsável pela sua execução.
Dessa forma, a primeira tarefa do gerente na previsão do cronograma é
estimar o esforço, a quantidade de homens-hora para cada tarefa, considerando
a natureza da atividade e a sua complexidade. Em seguida, o gerente deve alocar
os recursos necessários tendo em mãos a EDT, a rede do projeto, a quantidade
de esforços e os recursos disponíveis, que podem ser verificados nos softwares
de gestão de projetos, evitando que estes recursos sejam alocados por mais
de um gerente. No entanto, apesar de importante, o software sozinho não é
suficiente para alcançar o sucesso no planejamento. Por isso, é fundamental
que a empresa adquira um alto nível de maturidade em gestão de projetos,
fazendo com que, independentemente, de utilizar ou não um software, o
gerente do projeto consiga obter informações confiáveis para a elaboração
do cronograma. Alocados os recursos, o gerente já possui a primeira versão
do cronograma contendo as informações completas sobre as atividades e os
esforços necessários em cada uma (ROZENFELD et al., 2006).
14 Métodos para o planejamento do produto
Os riscos maiores devem ter mais de um tipo diferente de ação. Apesar de incorrer em
aumento de custo no projeto, é mais seguro, pois, o barato pode sair caro no caso de
imprevistos (ROZENFELD et al., 2006).
Estimativa por analogia ou top-down (de cima para baixo): toma como base,
para chegar aos custos previstos do projeto atual, os custos de projetos similares
anteriores. É um procedimento mais rápido e simples do que os demais procedimentos.
Estimativa de custos por modelos paramétricos: modelos matemáticos são
utilizados e alimentados por dados e informações do projeto. Possuem melhor de-
sempenho à medida que utilizam modelos mais próximos da realidade do projeto
de DP da empresa.
Estimativa bottom-up (de baixo para cima): parte de custos estimados e recursos a
serem empregados. Permite resultados precisos, mas pode ser dispendioso e demorado
(ROZENFELD et al., 2006).
Cabe destacar que existem três parâmetros básicos para medir o desem-
penho em projetos de DP: custo (quantidade de recursos requeridos para a
condução do projeto, desde a concepção até a comercialização); qualidade
(adequação e durabilidade em uso, atualidade de estilo, confiabilidade etc.);
tempo (intervalo de tempo total do DP, execução das fases, atividade e tarefas
ao longo do projeto). Os indicadores elaborados nessa fase de planejamento são
o ponto de partida para a formulação de indicadores mais detalhados ainda,
dentro do PDP. O importante é que, além da definição desses indicadores,
é necessário classificá-los para serem utilizados em todos os momentos de
avaliação da fase de projeto de DP.
Leituras recomendadas
MATTAR, F. N. Gerência de produtos: como tornar seu produto um sucesso. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
TZU, S. A Arte da Guerra: os treze capítulos originais. São Paulo: Jardim dos Livros, 2007.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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