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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Neste texto são demonstratadas as noções básicas de como realizar um


planejamento estratégico. É um resumo simplificado e de fácil leitura.
Assim, para facilitar o entendimento, dividiu-se o planejamento estratégico em
fases.

1ª Fase - Diagnóstico estratégico


Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o
resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo,
para cada vitória, sofrerá uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo
nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...
A Arte da Guerra, Sun Tzu
O diagnóstico é a 1ª fase e de fundamental importância no processo de
planejamento. Nela é que se responde aos seguintes questionamentos: Como a
organização está? Onde ela está? Qual o desejo dos sócios? Quais são as expectativas
dos conselheiros e diretores? Como está o ambiente externo? A economia está
favorecendo os negócios?
Nesta fase é que se faz a análise externa (oportunidades e ameaças) e análise
interna (pontos fortes e pontos fracos).
Análise externa
É análise do ambiente no qual está inserida a organização. “Ambiente é o
conjunto de todos os fatores que, dentro de um limite específico, se possa conceber
como tendo alguma influência sobre a operação do sistema considerado” (OLIVEIRA,
1995, p.44).
Análise interna
Nessa análise a organização vai auto-avaliar-se. É aqui que o aspecto auditoria
mais influencia. Nessa análise os principais fatores a serem considerados são: produtos
e serviços; imagem institucional; sistema de informações; estrutura organizacional;
tecnologia; suprimentos; recursos humanos; estilo de administração; recursos
financeiros/finanças; controle e avaliação.
Análise das oportunidades e ameaças
Esta análise está intimamente ligada com o ambiente externo.
Oportunidades são forças ambientais incontroláveis pela empresa que podem
favorecer sua ação estratégica, desde que reconhecidas e aproveitadas
satisfatoriamente enquanto perduram.....Ameaças são forças ambientais
incontroláveis pela empresa que criam obstáculos a sua ação estratégica, mas
que poderão ou não ser evitadas, desde que reconhecidas em tempo hábil
(OLIVEIRA, 1995, p.44).
Análise dos pontos fracos e fortes
Esta análise está intimamente ligada com o ambiente interno.
Pontos fortes são vantagens estruturais controláveis pela empresa que a
favorecem perante oportunidades e ameaças do ambiente. ... Pontos fracos
são desvantagens estruturais controláveis pela empresa que a desfavorecem
perante oportunidades e ameaças do ambiente . .... Pontos neutros são
variáveis identificadas pela empresa, mas que, no momento, não existem
critérios e parâmetros de avaliação para sua classificação como ponto forte
ou ponto fraco (OLIVEIRA, 1995, p.47).
Nesta fase defini-se a visão da organização. É a etapa de identificação das
expectativas de pessoas representativas da empresa. São os limites que os dirigentes e
principais diretores conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e
uma abordagem mais ampla. Deve ser o resultado de um consenso de um grupo de
pessoas, não podendo expressar a vontade de somente uma pessoa.
A visão do TJ-TO para o Planejamento estratégico 2010-2014:

"Consolidar-se, até 2014, como Tribunal de Justiça comprometido com sua Gestão
Estratégica, mais moderno, eficaz e respeitado pela sociedade."

2ª Fase - A missão
A missão é a 2ª fase do planejamento estratégico. É fundamental que as
empresas estabeleçam uma missão ou propósito global. É a determinação de “onde a
empresa quer ir”. Somente após isso é que se deve estabelecer os objetivos, estratégias,
programas, políticas e planos específicos. A missão é “.... a determinação do motivo
central do planejamento estratégico, ou seja, a determinação de “onde a empresa quer
ir” e de sua “razão de ser”. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua
ou poderá atuar” (OLIVEIRA, 1995, p.48).
A missão da organização visa orientar a sua atuação futura, enquanto os
objetivos norteiam a evolução do seu desempenho competitivo.
A falta de missão demonstra a ausência de um sentido claro dos valores básicos
e do caráter de uma companhia. Sem a missão os administradores podem querer atuar
de forma oportunística: a busca de planos tentadores e esquemas que podem exigir
competências diferentes daqueles que a organização possui e que podem levar à
dissipação dos recursos e a outras conseqüências em detrimentos dos interesses das
organizações.
A missão do TJ-TO é:

"Garantir a cidadania através da distribuição de uma justiça célere, segura e


eficaz."

3ª Fase - Meios de execução


Diante do resultado das análises chegamos finalmente a hora de documentar os
objetivos e as estratégias a serem adotadas. São os instrumentos prescritivos e
quantitativos.

Instrumentos prescritivos
Os instrumentos prescritivos proporcionam a explicitação do que deve ser feito
para que se direcione ao alcance dos propósitos estabelecidos dentro de sua missão.
Nesta fase são definidos os objetivos estratégicos:
“Objetivo é o alvo ou situação que se pretende atingir. Aqui se determina
onde a empresa deve dirigir seus esforços” (OLIVEIRA, 2001, p.78).
Assim entende-se que objetivo é um resultado que se pretende alcançar. Os
objetivos funcionam como um potente motor que é capaz de impulsionar a organização
e as pessoas que nela trabalham. Sem sua força orientadora, dificilmente nos
moveremos na direção certa.
Para o alcance dos objetivos alguns desafios acontecem. Por isso há uma
distinção entre objetivo e desafio:
Objetivo é o alvo ou meta que se almeja atingir.
O desafio é a quantificação, com prazos definidos, do objetivo
estabelecido.
Para se estabelecer os objetivos a organização tem que ter claro quais os
produtos ou serviços que ela deseja expandir. Os funcionários também devem conhecer
bem os produtos e serviços da organização e terem consciência dos anseios de expansão
e crescimento.
É essencial que todos os funcionários da organização conheçam os objetivos
da empresa e os considere como seus também, ou seja, como seus próprios objetivos
pessoais.
Para se alcançar os objetivos há necesidade de executar projetos e planos de
ação.
Após o estabelecimento dos objetivos, desafios, estratégias e políticas, o
último passo do plano prescritivo do planejamento estratégico corresponde à
identificação, estruturação e posterior administração dos projetos necessários ao
desenvolvimento do planejamento estratégico proposto.
O projeto pode ser considerado um trabalho com datas de início e término
previamente estabelecidas, coordenador responsável, resultado final predeterminado e
no qual são alocados os recursos necessários ao seu desenvolvimento.
O estabelecimento dos projetos proporciona ao executivo, condições de
identificar e operacionalizar os planos de ação que a empresa irá desenvolver com o
objetivo de alcançar os resultados esperados e enfocados pelo planejamento estratégico.
Instrumentos quantitativos
Nessa etapa deve-se analisar quais são os recursos necessários e quais as
expectativas de retorno para atingir os objetivos, desafios e metas da organização.
É nesse momento que se evidencia quais as possibilidades da organmização.
Não se pode planejar realizar aquilo que não há como cumprir ou que os recursos
disponíveis não sejam suficientes.

4ª Fase - Meios de controle e avaliação


O papel das funções de controle e avaliação é acompanhar as atividades e
verificar se o desempenho real está possibilitando alcance dos padrões que foram
anteriormente estabelecidos.
Controle pode ser definido como uma função do processo administrativo
que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e
avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os
tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou
interferir em funções do processo administrativo, para assegurar que os resultados
satisfaçam às metas, aos desafios e aos objetivos estabelecidos.
É nesta fase que são definidos os indicadores e metas que permitam
mensurar o cumprimento dos objetivos.
Essa função envolve, em sentido amplo, os seguintes processos: avaliação de
desempenho; comparação do desempenho real com os objetivos, desafios, metas e
projetos estabelecidos; análise dos desvios dos objetivos, desafios, metas e projetos
estabelecidos; tomada de ação corretiva provocada pelas análises efetuadas;
acompanhamento para avaliar a eficiência de natureza corretiva; e adição de
informações ao processo de planejamento, para desenvolver os ciclos futuros de
atividade administrativa.
Entretanto, deve-se estar ciente de que existe dificuldade natural na
avaliação dos resultados efetivos do planejamento estratégico, ou seja, o que realmente
mudou e em que a empresa realmente melhorou a partir da adoção do planejamento
estratégico.

Bibliografia
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de, Excelência na administração estratégica:
a competitividade para administrar o futuro das empresas: com depoimentos de
executivos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1995.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de, Planejamento estratégico: conceitos,
metodologia e práticas. 16. ed. São Paulo : Atlas, 2001.

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