Planejando o Turismo Religioso

PLANEJANDO O
TURISMO RELIGIOSO
SIDNESIO MOURA
INTRODUÇÃO
• Como toda ciência o planejamento também possui uma infinidade de
conceitos. Veremos alguns deles: conforme Moreira, Perrotti e Duner
(2003, p.328), planejamento corresponde ao “ato ou efeito de planejar,
elaborar por etapas, como bases técnicas; planificações”. Para Correa
(2002, p.98), o planejamento é um “processo administrativo e
sistemático para atingir um objetivo proposto”. Outro pensamento,
conforme Pasquale (2012, p.98), tem o planejamento como “processo
de elaborar o plano, que é o documento escrito: portanto,
planejamento é a ação, enquanto o plano é o resultado”, ou seja, o
plano pode ser considerado como a expressão de uma ideia ou
pensamento em algo físico.
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INTRODUÇÃO
• Segundo Oliveira (2004), o planejamento consiste em
identificação, análises estruturação, coordenação de missão,
propósitos, objetivos, desafios, metas, estratégias, políticas
internas e externas, programas, projetos e atividades, a fim de
alcançar de modo mais eficiente, eficaz, efetivo o máximo do
desenvolvimento possível, com a melhor concentração de
esforços e recursos.
• Segundo Kotler (1992, p. 63) planejamento estratégico é
definido como o processo gerencial de desenvolver e manter
uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da
empresa e as mudanças e oportunidades de mercado
INTRODUÇÃO
• Fischmann e Almeida (2009) definem planejamento
estratégico como sendo uma técnica administrativa que utiliza a
análise do ambiente para definir a direção que deve ser seguida
pela empresa, de forma a fortalecer seus pontos fortes,
diminuindo os riscos, com ações de longo prazo.
• Ansofff e McDonnell (1993) também se preocupam com a
visão de longo prazo, definindo planejamento estratégico como
uma análise estratégica detalhada, voltada para o desempenho
futuro da organização. Tiffany e Peterson (1998) comentam
que o planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão
que analisa o ambiente e o futuro, permitindo que a empresa
aproveite oportunidades
MISSÃO, VISÃO E VALORES
• Antes de qualquer planejamento e definição de metas é necessário
ter bem definido os seguintes pontos:
Definição: MISSÃO, VISÃO E VALORES
• Antes de qualquer planejamento e definição de metas é necessário
ter bem definido os seguintes pontos:
• Missão é o próposito, o motivo pelo qual você existe e trabalha

todos os dias.
• Segundo Chiavenato (2005), missão significa uma tarefa que é
recebida. É a razão da existência da organização.
• Segundo Oliveira (2005), a missão também deve satisfazer o
ambiente externo, ou seja, oferecer algo que responda a sua
ansiedade. Nesse sentido é fácil perceber que a estratégia deve
andar alinhada com missão, uma vez que a estratégia deve atingir
o objetivo da missão, ou seja, a estratégia tem como objetivo
realizar a missão (CHIAVENATO, 2005).
• Segundo Chiavenato (2005) a missão funciona como o proposito
para as atividades da organização. Serve par clarificar e comunicar
os objetivos da organização, seus valores básicos e estratégia
organizacional.
• Peter Drucker, grande especialista da área de administração, diria
que a missão é o que define uma empresa, e que não podemos
prever o futuro, mas podemos criá-lo
• Já a visão é a declaração de onde você quer chegar, um grande
objetivo a ser alcançado a longo prazo, e os valores são os
princípios a serem seguidos em todas as ações da organização,
devendo ser visíveis tanto interna quanto externamente.
• Segundo Chiavenato (2009) A visão “é a imagem que a
organização tem respeito de si mesma e do seu futuro[...] está
mais voltada para aquilo que pretende ser do que como ela
realmente é[...]representa o destino que a empresa pretende
transformar em realidade.
• Os valores são os princípios a serem seguidos em todas as ações da
organização, devendo ser visíveis tanto interna quanto externamente.
• Segundo Chiavenato (2008) os valores constituem crenças e atitudes que
ajudam a determinar o comportamento individual
• Segundo Oliveira (2010), os valores representam o conjunto dos princípios e
crenças fundamentais, que fornecem sustentação para todas suas decisões.
Tornam-se, dessa maneira, primordial para o autoconhecimento do Tribunal e
motivação aos servidores, difundindo e enraizando os preceitos éticos e
morais, interagindo e influenciando, dessa maneira, sobre as estratégias do
TCE/MS.
• Para Chiavenato e Sapiro (2009), os valores são o conjunto de conceitos,
filosofias e crenças gerais que a organização respeita e pratica, e estão acima
das práticas cotidianas para busca de ganhos em curto prazo.
• Neste caso os valores é a cultura organizacional, sendo o papel principal e
importante do líder na construção e sustento desta cultura.
TIPOS DE PLANEJAMENTO
• Planejamento Organizacional: é integrado, pois o mesmo envolve
os níveis hierárquicos do negócio interdependente de seu modelo
organizacional, facilitando e unificando as tomadas de decisão.
• Planejamento Estratégico: como exemplo aqui, no que diz
respeito ao marketing o planejamento estratégico auxilia a empresa
a reagir positivamente às alterações do ambiente (interno e externo)
e assim explorar de forma mais adequada as oportunidades de
mercado, por meio de um posicionamento de marketing coerente.
Ainda contempla as implantações de novas técnicas de
administração e um conjunto de ações que objetivem atingir as
metas em sintonia com a missão da empresa.
• Planejamento de Marketing: é um processo de intensos exercícios
racionais, coordenação de pessoas, recursos financeiros,
comunicação, mix (marketing) e materiais com o propósito central
de atender e satisfazer as verdadeiras necessidades e desejos dos
consumidores. Em outras palavras, é ajudar o consumidor a se
sentir um pouco mais próximo, feliz e satisfeito e em consequência,
gerar resultados positivos para a empresa e seus clientes.
• Planejamento de Comunicação: é um processo de nível tático
derivado do planejamento de marketing. Ele possui o método
administrativo, organizado, sistêmico cujo objetivo é coordenar os
objetivos, estratégias referentes às ações de comunicação, como
campanha de propaganda, promoção de vendas, relações públicas,
assessoria de imprensa etc.
• Planejamento de Campanha: é a forma de organizar as
informações e estratégias de maneira criativa e assim detectar e
solucionar problemas. Outro aspecto que deve ser previsto nesse
planejamento é a definição do público-alvo e qual mensagem que
será a ele dirigida, definindo ainda os meios pelos quais a
mensagem publicitária será transmitida, bem como definir como
serão aferidos os resultados alcançados.
FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO
• ANÁLISE SWOT:
• Indicada para organizações de todos os portes.
• É útil porque proporciona uma análise dos pontos fortes
(strenghts) e fracos (weaknesses), e as oportunidades
(opportunities) e ameaças (threats) de um negócio. Em seguida, o
empreendedor pode organizar um plano de ação para reduzir os
riscos e aumentar as chances de sucesso
• ANÁLISE SWOT:
• META SMART: Metas SMART é um método de definição de metas,
as quais se baseiam em 5 fatores: S (específica), M (mensurável), A
(atingível), R (relevante) e T (temporal).
• Metas servem como um direcionamento, você traça onde quer
chegar e inicia o seu planejamento, analisando e considerando as
ações que te levarão a obter os resultados desejados.
• META SMART:
O QUE SÃO AS METAS SMART
• O método de metas SMART é uma forma eficiente de criação de
metas. Funciona como uma espécie de checklist, na qual cada meta
é verificada e avaliada se possui os requisitos para atingir o
resultado.
• Na palavra SMART, cada sigla tem um significado. Vamos falar de
cada um:
• S — Specific, ou específica
• Para que se consiga alcançar o que foi proposto em uma meta,
é necessário que todos os envolvidos tenham claro
entendimento do que se trata. Para isso, ela deve ser específica.
• Usamos um exemplo que é interessante: aumentar o número de
Turistas. Se essa fosse uma meta, ela não seria específica.
• Os colaboradores que seriam os responsáveis por segui-la não
teriam o entendimento necessário para criar um plano de ação
eficiente. Da forma com que foi construída, se os Turistas
aumentassem 1%, mesmo que se para isso fosse necessário
investir bastante dinheiro, a meta teria sido alcançada, não é
mesmo?
• Para ser específica, uma meta deve responder as seguintes
perguntas:
• o que eu quero alcançar com essa meta?
• quem será ou quem serão os responsáveis por ela?
• onde ela será realizada?
• como ela será conquistada?
• por que ela deve ser seguida?
• Portanto, fica claro que qualquer meta traçada deve ser específica.
• Para melhor entendimento das metas SMART, vamos trabalhar na
construção de um caso, usando o exemplo anterior, de aumentar as
vendas.
• M — Measurable, ou mensurável
• Como criar uma meta se ela não pode ser medida? Isso não
faria nenhum sentido.
• Imagine que você quer aumentar a satisfação dos
Turistas Religiosos ( Romeiros e Peregrinos). Porém, você não faz
essa avaliação, não tem uma pesquisa de satisfação. Então, você
não conseguiria acompanhar o desempenho das ações e dizer que
a meta foi alcançada.
• Poderia estar investindo dinheiro e tempo em ações sem resultado
e deixando grandes oportunidades de lado.
• Na meta que estamos criando, estabelecemos 10% de aumento.
• Portanto, para avaliar o desempenho das estratégias, precisamos
acompanhar os números.
• Para uma meta ser mensurável, ela deve responder as questões:
• qual é o resultado esperado?
• quanto tempo será necessário para a equipe alcançar a meta?
• A — Attainable ou atingível
• Do que adianta criar uma meta se ela não pode ser atingida?
Apesar de parecer óbvio, pessoas, empresas, empreendedores e
até Igrejas pecam nesse ponto.
• Esse erro é muito prejudicial, pois pode desmotivar a equipe e
gerar uma enorme frustração. Estratégias e ações serão
desenhadas, mas os resultados esperados não serão alcançados.
• Portanto, antes de criar uma meta, é fundamental avaliar os
seguintes pontos:
• com base no histórico, é possível atingir o objetivo traçado?
• qual a opinião dos colaboradores. Eles acreditam que é possível?
• R — Relevant, ou relevante
• Quando você cria uma meta e designa responsáveis, serão elaboradas
estratégias para que os resultados sejam alcançados. Porém, quanto mais
relevante for a meta, mais motivados estarão os envolvidos. Claro,
considerando que sejam metas alcançáveis.
• Uma meta que não gera efeito sobre o negócio fatalmente não será tratada
como prioridade. Para criar uma meta relevante é importante olhar os
principais números da organização, como o faturamento, número de
clientes e lucro. Assim, uma meta relevante terá impacto direto
nesses indicadores.
• Em nosso caso, uma meta referente ao Turismo Religioso, que não gera
em primeiro lugar a mudança de vida do homo viator, e o seu crescimento
espiritual
• T — Time based, ou temporal
• O último ponto das metas SMART é extremamente importante. Qualquer
meta traçada deve ter prazo. Se você cria uma e não estabelece um
tempo para a sua realização, ele pode ser alcançado em 1 dia, 1 mês,
1 ano.
• “Uma equipe de marketing é bastante importante para realizar o estudo de
mercado, o perfil dos Turistas que visitam o Espaço Sagrado. Fazendo uma
estratégia adotada com base em marketing de conteúdo, acolhimento, marketing
online e offline....”
• Percebeu que essa meta atende todos os requisitos que listamos? Ela é específica,
mensurável, atingível, relevante e temporal. Toda a equipe envolvida estará
empenhada em conquistar os números estabelecidos e todos têm a ganhar
(Fonte: site https://rockcontent.com/br/blog/metas-smart/ )
Os principais pontos para se colocar na Análise Swot e na Meta
SMART no Espaço Sagrado
• 1 – Estrutura do Espaço Sagrado (Banheiros, loja de souvenir,
equipe de Acolhida, monitor local, presença do sacerdote, ou
líder religioso....;
• 2 – Espiritualidade, deve-se ter a certeza e a vivência da
Espiritualidade do Espaço Sagrado, para que principalmente o
peregrino, aquele que busca o seu sentido interior, possa
encontrar um verdadeiro local de Oração e Evangelização;
• 3 – Formação dos envolvidos para acolher o peregrino/romeiro,
(sacerdotes, lideranças religiosas, todos os funcionários...), é
necessário não deixar ninguém de fora que atua no espaço
sagrado todos são importantes neste processo.
CONCLUSÃO
• Quando iniciamos o nosso curso, falei que o Turismo Religioso,
não é diferente de qualquer outro segmento do Turismo, no que se
refere ao planejamento e organização.
• Para alcançarmos as nossas metas devemos ter o Espaço
Sagrado bem organizado, planejado e com suas metas definidas.
• Em uma forma ampla, ainda existe a necessidade de descobrir
dentro do Espaço Sagrado quando realmente acontece o Turismo
Religioso. Reforçando o Cardeal Véglio, na revista Povos em
Movimento nº121 ano 2014, ainda é difícil verbalizar o segmento, e
saber quando existe o Turismo Religioso, Cultural, Histórico, os
curiosos entre outros....Continuemos os nossos estudos para
podermos construir uma base sólida no segmento.
Sobre Sidnesio Moura
Breve Biografia: Manoel Sidnesio Gomes de Moura,

nasceu no ano de 1974, casado, pai de três filhos.
Graduado em Secretariado Executivo, Bacharel em
Teologia, graduando Bacharel em Turismo e pós-graduado
em Mba em liderança e coaching na gestão de pessoas
Pós-graduando em Turismo Religioso, pela Faculdade
Dom Alberto, pertencente ao Grupo FAVENI; Membro
atuante da Renovação Carismática Católica desde 1982;
Coordenador do Fórum Nacional e Regionais de Turismo
Religioso. O Fórum Nacional de Turismo Religioso, onde
aconteceu de forma online e gratuita, em sua 4ª Edição no
mês de Junho/2020, conseguiu atrair um público de mais
de 5.200 pessoas de forma orgânica. Um evento de
grande importância para o Turismo Religioso no Brasil,
que tem a frente este grande lutador da causa.
Autor do livro: A Santa Missa Lugar Perene e Pleno de

Curas e Milagres – Editora COMDEUS

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Autor do livro: A Santa Missa Lugar Perene e Pleno de

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