O processo de formação de estratégia vem sendo definido, discutido e incrementado
há décadas, à medida que novas percepções são adicionadas às já existentes. Reformulado a partir dessas contribuições, hoje temos o processo composto por, de forma resumida, três etapas, sendo a observação da realidade, momento em que se percebe o ambiente da organização e demais variáveis para a etapa seguinte, a formação da estratégia, e finalmente a sua implementação. Esse não deve ser um processo linear e sequencial, assim como não deve ocorrer uma única vez. Muitas vezes, etapas andam lado a lado e de forma contínua, para que a estratégia esteja adequada à realidade da organização, mesmo com o passar do tempo e mudanças ocorridas. A formação da estratégia possui duas abordagens distintas: a prescritiva e a emergente. Na primeira, a formação da estratégia é tido como um processo formal, controlado e rígido. Com a sua natureza prescritiva, o processo de formação de estratégia acontece de forma planejada e deliberativa, após muitas análises. A segunda, de natureza descritiva, traz a formação de estratégia como um processo emergente, onde a estratégia não é planejada, mas sim emerge ao longo do tempo e a partir do aprendizado a partir da interação daqueles que concebem a estratégia com a organização. Neste processo, a estratégia não é elaborada de forma intencional, mas sim percebida ao longo do tempo. Há outro fator importante para a formação das estratégias, o pensamento estratégico, que pode ser dividido entre pensamento lógico, onde o foco está no pensamento racional através de métricas tangíveis e informações consolidadas, se aproximando da abordagem prescritiva, e o pensamento criativo, em que se prioriza a intuição, emoções e percepções dos indivíduos estrategistas para esse processo, se aproximando da abordagem emergente. Entretanto, é importante ressaltar, que o uso de uma abordagem não condiciona a um determinado pensamento, podendo por exemplo utilizar-se o pensamento criativo na formação de uma estratégia planejada. O pensamento estratégico também pode dividir-se em dez escolas distintas, por meio das quais se busca caracterizar diversos processos de formação da estratégia, de acordo com as suas características, e são classificadas segundo as duas abordagens apresentadas, sendo as escolas de design, de planejamento e de posicionamento, praticantes da abordagem prescritiva, e as escolas empreendedora, de cognição, do aprendizado, do poder, cultural, ambiental e de configuração, praticantes da abordagem emergente. Do ponto de vista de mudanças, a formação da estratégia pode ainda ser classificada como revolucionária evolucionária. Uma mudança revolucionária se caracteriza por grandes e rápidas mudanças ocorridas, geralmente ao se buscar uma liderança no mercado em que atua. As mudanças evolucionárias ocorrem ao longo do tempo, na forma de pequenas mudanças que surgem ao longo de toda a existência da empresa. Não há uma abordagem, pensamento ou processo de mudança tido como o correto para a formação de uma estratégia, de forma global. Por possuir diferentes fatores que a influenciam direta ou indiretamente, sejam internos ou externos, cada organização possui uma realidade distinta e processos que melhor se adequam a essas, cabendo-lhe as decisões acerca de como a sua estratégia será concebida, a própria combinação de diferentes abordagens e pensamentos já se mostrou útil de ser aplicada em diferentes organizações e contextos. Os autores do artigo buscaram compreender a formação da estratégia a partir da visão da escola de pensamento cognitiva, onde busca-se entender como esse processo ocorre dentro da mente do estrategista, através de suas percepções dos ambientes da organização, sob a perspectiva do indivíduo, entretanto, o processo parece aproximar-se também da escola empreendedora, pois é visto que, apesar de focar na perspectiva do indivíduo, o gestor, e sua visão sobre o presente e futuro da organização, possuindo traços de uma estratégia emergente com o foco no seu processo de aprendizagem, esta ocorre também de forma controlada ou semi-controlada, assumindo traços de prescrição.
Estratégia - Unindo Planejamento & Execução: um ciclo sistêmico de implementação, de execução e de retroalimentação da estratégia, que permite a gestores compreender causas e efeitos, e assim literalmente guiar a estratégia no ambiente empresarial
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)