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Embora bastante rica, a Administração por Objetivos foi muito criticada pela
falta de embasamento experimental e por desconsiderar que existe um conflito
fundamental entre os objetivos do trabalhador e os da organização.
Administração Contingencial
Surgiu como um aprofundamento dos estudos sobre a Teoria Sistêmica. A
palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou
não. A abordagem contingencial enfatiza que não é possível atingir a eficácia
organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja,
não existe uma forma única para alcançar os objetivos altamente variados das
organizações, inseridas em um ambiente também altamente variado.
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Teorias da Administração aplicadas à Gestão Escolar II
condições tecnológicas;
condições econômicas;
condições políticas;
condições legais;
condições demográficas;
condições ecológicas;
condições culturais.
fornecedores de entradas;
clientes ou usuários;
concorrentes;
entidades reguladoras.
Talvez o seu maior mérito seja tratar-se de uma abordagem eclética e integra-
tiva, absorvendo conceitos das diversas teorias administrativas, ampliando hori-
zontes e mostrando que nada é absoluto. Alguns a criticam por não ter atingido
um desenvolvimento que a diferencie verdadeiramente da Teoria Sistêmica.
Administração Estratégica
Quem de nós nunca ouviu falar em planejamento estratégico? Ele surgiu na
década de 1960, e tomou de assalto o cenário da administração na década de
1980. É um processo de planejamento de longo alcance, formalizado, próprio
para a definição e a consecução dos objetivos organizacionais.
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Princípios e Métodos de Gestão Escolar Integrada
análise do ambiente;
implantação da estratégia;
Administração Participativa
A participação dos trabalhadores nas decisões da empresa vem sendo um
ponto extremamente discutido nas últimas duas décadas. Este modelo de ad-
ministração consolidou-se como um catalisador da produtividade e do avanço
tecnológico de alguns países orientais.
Uma boa definição deste tipo de administração é dada por Maximiano (1995,
p. 19-20):
A Administração Participativa é uma filosofia ou política de administração de pessoas, que
valoriza sua capacidade de tomar decisões e resolver problemas. A Administração Participativa
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reduzir a alienação;
Administração Japonesa
Fortemente alicerçada na participação direta dos trabalhadores, esse modelo
tomou conta do cenário da administração na década de 1970. A preocupação com
a qualidade fez com que os programas e iniciativas que visavam à busca da “quali-
dade total” virassem moda, muitas vezes sem o cuidado da adaptação necessária,
pois haviam sido gerados em um contexto cultural bastante diferente do nosso.
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Princípios e Métodos de Gestão Escolar Integrada
a visão sistêmica;
a sofisticação tecnológica;
os resultados recessivos que vêm sendo obtidos pelos países orientais que
têm utilizado essa forma de administração.
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Reengenharia
A velocidade com que as tecnologias de informação se desenvolveram pro-
vocou a necessidade de adaptações aceleradas da empresa ao ambiente.
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Administração Virtual
Este modelo revolucionário está ligado à verdadeira “revolução da informa-
ção”, ocorrida nos anos 1990.
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a) Adm. Científica
a) Adm. por Objetivos
b) Teoria Clássica da Adminis-
b) Adm. Contingencial
tração a) Reengenharia
c) Adm. Estratégica
c) Escola de Relações Humanas b) Adm. Virtual
d) Adm. Participativa
d) Teorias X e Y
e) Adm. Japonesa
e) Teoria Sistêmica
Devido à sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência
(tanto positiva como negativa) sobre todos os setores e pessoas da escola.
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Princípios e Métodos de Gestão Escolar Integrada
Infelizmente, isso não tornou a Gestão Escolar mais dinâmica, eficaz e demo-
crática. Ao contrário, o diretor tornou-se mais impessoal e friamente técnico, às
vezes, perdido em uma infinidade de fluxogramas e papéis que pouco aprimo-
raram a qualidade da educação no Brasil.
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Silva (2001, p. 161), após constatar que “as teorias, com o passar do tempo, vão
cedendo lugar a novas teorias sempre que a realidade histórica exige...”, afirma:
Dentro desta tendência de mudança nos padrões gerenciais, situa-se o esforço generalizado
de adoção de técnicas oriundas do chamado “modelo japonês”, no Brasil, com ênfase nos
programas de gerência da qualidade total. [...] A tentativa de implantar formas de gerenciamento
mais flexíveis no Brasil e, por decorrência, a adoção de técnicas que favoreçam a participação
na gestão tem sido feita pelos chamados programas de qualidade total. (SILVA, 2001, p. 162)
Isso nos permite ver, portanto, um entrelaçamento entre as duas últimas mo-
dalidades emergentes de gestão – a Administração Participativa e a Japonesa.
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Princípios e Métodos de Gestão Escolar Integrada
Esperamos que você consiga agora detectar, na gestão das escolas que co-
nhecer até hoje, traços e características dos paradigmas de que falamos, assu-
mindo posicionamento crítico em relação a elas.
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Texto complementar
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Princípios e Métodos de Gestão Escolar Integrada
O dirigente, o líder dessa organização, tem seu perfil definido pelos prin-
cípios do poder, com autoridade e competência técnica, comprometendo-se
com a eficácia da organização, considerando-se o dono da verdade e das
vontades dos que dela participam.
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Princípios e Métodos de Gestão Escolar Integrada
Dicas de estudo
O Ponto de Mutação, de Fritjof Capra.
Atividades
1. Heloísa Lück, conhecida autora de textos sobre Gestão Escolar, fala sobre
as mudanças de paradigma ocorridas neste setor. No texto “Perspectivas da
Gestão Escolar e implicações quanto à formação de seus gestores1” a autora
destaca cinco aspectos dessa evolução:
Antes Depois
Ótica fragmentada. Ótica globalizadora.
Limitação de responsabilidade. Responsabilidade expandida.
Ação episódica. Processo contínuo.
Hierarquização e burocratização. Coordenação.
Ação individual. Ação coletiva.
1
LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e implicações quanto à formação de seus gestores. Revista Em Aberto. Brasília, v. 17, n. 72, p. 11-33,
fev./ jun. 2000.
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