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Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
FICHA CATALOGRÁFICA Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
(44) 3045 9898
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Núcleo de Educação a Distância;
VAN DAL, Jorge Luiz Garcia. www.fatecie.edu.br
Sistema de Canais de Distribuição. Jorge Luiz Garcia. Van Dal.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2019. 113 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira da Silva. do site ShutterStock
AUTOR
UNIDADE I....................................................................................................... 6
Canais de Distribuição: Definição e Conceitos
UNIDADE II.................................................................................................... 25
Logística
UNIDADE III................................................................................................... 43
A Importância do Varejo para os Canais de Marketing
UNIDADE IV................................................................................................... 71
Trade Marketing e Canais de Distribuição Inovadores
UNIDADE I
Canais de Distribuição:
Definição e Conceitos
Professor Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Canais de Distribuição.
• Canais de Marketing.
• Tipos Intermediários.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conhecer os principais conceitos e definições sobre os Canais de Distribuição.
• Compreender as aplicações dos conceitos da logística empresarial por meio da
distribuição e das estratégias de marketing.
• Apresentar os principais tipos de intermediários de um canal de distribuição: Atacadista,
Distribuidor, Agente e Varejista.
6
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos tratar dos canais de distribuição, que são parte integrante da
concepção de logística empresarial e das estratégias de marketing de uma organização.
Veremos que as estratégias que envolvem os canais de distribuição estão relacionadas
ao planejamento, implementação e o controle do fluxo físico de materiais, produtos finais
e informações correlacionadas, desde os pontos de origem até os pontos de consumo, a
fim de atender às exigências dos clientes de maneira lucrativa. Em resumo, essa atividade
envolve levar o produto certo até o cliente certo, no lugar certo, na hora certa.
Segundo Ballou (2009) Distribuição Física como parte da logística empresarial tem
como função fornecer o nível de serviço necessário ao cliente, ao menor custo do sistema
como um todo. A distribuição física deve ser integrada, sinérgica e eficiente, lidando com as
relações entre as atividades logísticas. Ela é executada nos três níveis da administração,
no longo prazo, o planejamento estratégico de como a distribuição deve ser executada, na
utilização do sistema de distribuição, planejamento tático e execução diária das tarefas de
distribuição.
Distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimen-
tação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma.
Costuma ser a atividade mais importante em termos de custos para a maio-
ria das empresas, pois absorve cerca de dois terços dos custos logísticos
(BALLOU, 2009, p. 40).
De acordo com Kotler (2007) existem alguns tipos de intermediários que podem
surgir como as seguintes alternativas de canal:
Kotler (2007, p. 305) alerta que as decisões de canal de uma empresa afetam
diretamente todas as outras decisões de marketing. A determinação de preços da empresa
depende do fato de ela trabalhar com grandes redes de desconto nacionais, usar lojas
especializadas de alta qualidade ou vender diretamente aos consumidores pela Internet. A
força de vendas e as decisões de comunicação da empresa dependem do grau de persua-
são, treinamento, motivação e apoio de que seus parceiros de canal necessitam. A opção
da empresa pelo desenvolvimento ou pela aquisição de determinados novos produtos pode
depender de como esses produtos se ajustam à capacidade dos membros do canal.
Esses fluxos podem tornar muito complexo até mesmo canais que têm um único
nível ou poucos níveis.
Nesse sentido, uma empresa fabricante pode vender os seus produtos diretamente
aos consumidores finais, mas devido os desafios logísticos, armazenagem e até mesmo para
evitar custos com mão-de-obra contratada, a maioria dos fabricantes utiliza intermediários.
Para Basta (2006) ao tomar essa decisão, o fabricante sabe que a venda do seu produto
pode não ser realizada da maneira como ele gostaria. Além disso, assim ele também irá se
afastar um pouco do consumidor final.
Mas o fabricante também obtém algumas vantagens, tais como: o acesso ao
canal de distribuição / atacadistas para venda do produto; as economias de
escala – as vendas são realizadas em grandes quantidades; a possibilidade
de o produto estar presente em locais muito distantes da fábrica; e o conhe-
cimento da clientela loca (BASTA, 2006, p. 40).
Para Kotler (2007) canais de marketing são conjuntos de organizações que são
independentes, mas que estão ligadas por seu ramo de atividades e que dependem uma
da outras para poderem disponibilizar seus produtos ou serviços para uso ou consumo
fazendo com que cheguem a seus consumidores finais de acordo com suas exigências
(KOTLER, 2007).
Ainda de acordo com Kotler (2007), a maioria dos fabricantes não vende diretamen-
te seus produtos ou serviços a seus consumidores finais, eles necessitam de intermediários
para fazer sua distribuição de acordo com as exigências de mercado de cada região, facili-
tando a comercialização do produto, economizando tempo e dinheiro para seus fabricantes,
esses intermediários constituem um canal também conhecidos com canal comercial ou
canal de distribuição.
Para Kotler (2007, p. 312) a questão não é se essas funções precisam ser execu-
tadas – realmente precisam –, as quem vai executá-las. “Na medida em que é o fabricante
quem desempenha essas funções, seus custos sobem, e os preços ficam mais altos”.
Segundo o autor, quando algumas dessas funções são transferidas a intermediários, os
custos e preços do produto podem ser mais baixos, mas os intermediários tem de cobrar
um adicional para cobrir os custos de seu trabalho. “Na divisão do trabalho do canal, as
várias funções devem ser delegadas aos membros do canal que possam executá-las com
maior valor em relação ao custo”.
Contudo, para atingir a eficiência máxima, as análises e a tomada de decisões
sobre canais devem ter um propósito mais bem definido. Projetar um sistema de canal
exige analisar as necessidades dos clientes, estabelecer os objetivos do canal e identificar
e avaliar as principais alternativas dele.
SAIBA MAIS
GESTÃO DE ESTOQUES
Autores: Antônio De Pádua Salmeron Ayres, Cezar Sucupira, Fe-
lipe Accioly
Editora: FGV
Uma característica essencial da atividade do gestor de estoques
é o pragmatismo. Gerir estoques é uma atividade que exige re-
sultados efetivos, passíveis de mensuração e informe periódicos,
aliando teoria à prática. Este livro analisa a sequência de implanta-
ção de um processo de gestão de estoques. Iniciando pela classi-
ficação e codificação dos materiais, planejamento e gestão da de-
manda, inclui técnicas para dimensionamento de lotes e estoques
de segurança, medição de desempenho e técnicas de controle da
operação de estoques. Finaliza com o planejamento orçamentário
e a avaliação de desempenho da gestão.
LIVRO (OBRIGATÓRIO)
LOGÍSTICA,TRANSPORTE E INFRAESTRUTURA: Armazena-
gem, Operador Logístico, Gestão via TI e Multimodal
Autor: Marco Aurélio Dias
Editora: Atlas
Sinopse: Num mundo sem fronteiras, plugado pela internet, vi-
ciado em informação e velocidade, entregar o produto certo, na
hora certa e com o menor custo é vital para a sobrevivência de
qualquer negócio. Ganha muita importância em todo esse cenário
a logística de transportes, fundamental para a competitividade da
economia brasileira.
Nesta unidade vimos que os canais de marketing estão ligados ao tipo de produto
comercializado pela empresa, ligado ao público alvo (pessoa física ou jurídica) e é um
desafio descobrir, escolher, selecionar qual canal é mais eficaz para meu produto, para
atingir meu público alvo, por isso se faz necessário pesquisa, conhecimento interno, co-
nhecimento de mercado para poder escolher a maneira certa de disponibilizar e entregar o
produto desejado ao cliente.
Vimos também que os gestores precisam estar atentos para a integração dos mem-
bros do canal, pois a forma que os produtos são distribuídos irão afetar as relações com os
consumidores finais. O trabalho de planejar, transportar e disponibilizar um produto pode
envolver uma grande variedade de canais e intermediários.
Por isso, é importante utilizarmos e bem os canais para alcançarmos os nossos
consumidores onde quer que estejam e estabelecer parcerias com agentes de canais que
poderão beneficiar ambos com lucratividade.
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Conceito de Logística.
• Modais de Transporte.
• Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
• Logística como Vantagem Competitiva.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conhecer os principais conceitos e definições de Logística.
• Apresentar os principais Modais de Transporte: Rodoviário, Ferroviário, Hidroviário,
Aeroviário e Dutoviário.
• Compreender os processos de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
• Ressaltar a gestão Logística como Vantagem Competitiva.
25
INTRODUÇÃO
Para Fleury; Lavalle (2000, apud, Rocha, 2010), o que vem fazendo da logística
um dos conceitos gerenciais mais modernos são dois conjuntos de mudanças. O primeiro
é de ordem econômica. Dentre as principais, a globalização, o aumento das incertezas
nos mercados, a proliferação de produtos e as maiores exigências de serviços. Em seu
conjunto, esse grupo vem transformando a visão empresarial sobre logística, que passou a
ser vista não mais como uma simples atividade operacional, mas sim como uma atividade
estratégica, uma ferramenta gerencial, fonte potencial de vantagem competitiva.
Segundo Arbache (2011, p. 19) a logística é importante porque é capaz de auxiliar
empresas e organizações na agregação e criação de valor ao cliente. Ela pode ser a chave
para uma estratégia empresarial de sucesso, provendo uma multiplicidade de maneiras
para diferenciar a empresa da concorrência através de um serviço superior ou, ainda, por
meio de interessantes reduções de custo operacional.
Ainda de acordo Arbache (2011, p. 21) a logística envolve, cada vez em maior grau
de importância, a gestão das muitas informações relevantes ao processo de planejamen-
to, execução e controle do fluxo e armazenagem de produtos, além de todos os serviços
associados. “Assim, gerir informações sobre demanda de clientes, controlar o atendimento
de pedidos e manter o rastreamento das entregas sendo realizadas e dos correspondentes
pagamentos são atribuições da logística, ainda que executadas por profissionais de outras
áreas na empresa”.
UNIDADE II Logística 26
1 CONCEITO DE LOGÍSTICA
UNIDADE II Logística 27
objetivo de atender aos requisitos do consumidor.
Ballou (2009) cita ainda que as atividades primárias importantes para o atingimento
dos objetivos logísticos, de custo e nível de serviços são: transportes; manutenção de esto-
ques e processamento de pedidos. Nesse sentido, podemos dividir os processos logísticos
em parte, como demonstrado na figura a seguir:
UNIDADE II Logística 28
amplo e vai muito mais além da simples movimentação e armazenagem de produtos. Para
Arbache (2011, p. 21) pensar em logística apenas ligada a estoques e transportes tem suas
razões:
primeiro, porque estas são, em verdade, duas das atividades mais importan-
tes da logística, quanto ao dispêndio de recursos;
segundo, porque tradicionalmente essas atividades detinham maior atenção
pelo seu peso financeiro quando o enfoque sistêmico nas operações empre-
sariais não era tão difundido. A visão predominante era de que a otimização
das partes levava naturalmente á otimização do todo.
UNIDADE II Logística 29
receber mercadorias de diversos fabricantes e fornecedores, receber pedi-
dos, processá-los com eficiência e entregar os produtos aos clientes o mais
rapidamente possível (KOTLER, 2007, p. 320).
Como quase tudo nos dias de hoje, a armazenagem passou por drásticas mudanças
tecnológicas nos últimos anos. Os depósitos antigos de muitos andares que usam métodos
obsoletos de manuseio de matérias estão enfrentando a concorrência de depósitos auto-
matizados de um andar só com sistemas avançados de manuseio de mercadorias contro-
lados por um computador central, os quais requerem poucos funcionários. Computadores e
scanners lêem os pedidos e direcionam as empilhadeiras, esteiras rolantes ou robôs para
retirar os produtos e transportá-los até as estações de carga e também emitem as faturas.
UNIDADE II Logística 30
Transporte: a escolha dos transportadores afeta o preço dos produtos, a eficiência
da entrega e as condições em que as mercadorias chegam ao seu destino – e tudo isso
afetará a satisfação do cliente. Segundo Kotler (2007, p. 321) ao despachar produtos para
seus depósitos, revendedores e clientes, a empresa pode escolher entre cinco principais
meios de transporte: rodoviário, ferroviário, marítimo ou fluvial, por tubulações (dutos) e
aéreo, além do meio alternativo para produtos digitais – a Internet.
UNIDADE II Logística 31
2 MODAIS DE TRANSPORTE
Modal Características
1 Disponível em <http://www.fiesp.com.br/transporte-e-logistica/modais-de-transporte/>
UNIDADE II Logística 32
A malha ferroviária brasileira possui aproximadamente 29.000 km.
A transferência da operação das ferrovias para o setor privado foi
Ferroviário fundamental para que esse setor voltasse a operar. É mais barato
e adequado para longas distâncias e grandes quantidades e menor
flexibilidade no trajeto;
O modal rodoviário pode ser considerado mais adequado para o transporte de car-
gas em distâncias consideradas curtas, ou seja, para trajetos de até 300 quilômetros. Atuaria
assim, nas chamadas pontas - do local de origem, já os modais ferroviários e hidroviários
ficariam responsáveis pelo transporte a longas distâncias, dadas a maior capacidade de
carga e a possibilidade de reduzir custos e perdas. O Aeroviário transporta itens com pouco
volume e alto valor agregado e pouco se utiliza o modal dutoviário no Brasil (CORREIA;
RAMOS, 2010)2.
2 Disponivel em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20032010000200009&script=sci_arttext>
UNIDADE II Logística 33
3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
UNIDADE II Logística 34
De acordo com O’Brien (2004), outro conceito que pode ser abordado é que o
gerenciamento da cadeia de suprimentos engloba as relações entre empresas necessárias
para a fabricação de um produto e sua distribuição nos pontos de vendas, conforme apre-
sentado na figura a seguir:
UNIDADE II Logística 35
devem ser produzidos. Essas informações estão relacionadas com os demais
setores da organização como, por exemplo, o setor de vendas, o setor de almo-
xarifado, que passa a informação de estoque disponível, o setor de compras,
que passa a informação da quantidade que já foi comprada de matéria-prima,
possibilitando assim análises do setor produtivo.
● Controle das ordens de produção: essa etapa se faz necessária, pois para
que a indústria consiga entregar seus produtos no prazo prometido ao
cliente, deve ser acompanhada a movimentação da produção em cada
etapa produtiva, identificando possíveis problemas que podem afetar
nesse prazo de entrega. Empresas utilizam sistemas de informação para
fazer esse controle, e o acompanhamento dos processos também podem
ser feito de modo automatizado como, por exemplo, a leitura de código de
barras para identificar a etapa de produção em que o produto se encontra.
UNIDADE II Logística 36
4 LOGÍSTICA COMO VANTAGEM COMPETITIVA
UNIDADE II Logística 37
Rocha (2010) complementa citando que as atividades da função logística podem
ser decompostas em três grandes grupos:
UNIDADE II Logística 38
A Logística e o Marketing
De acordo com Kotler (2007, p. 309) algumas empresas definem seu objetivo de
logística como o fornecimento do máximo atendimento ao cliente com o mínimo custo.
Infelizmente, nenhum sistema de logística pode tanto maximizar o atendimento ao cliente
quanto minimizar o custo de distribuição.
Um atendimento máximo ao cliente implica entrega rápida, grandes estoques,
sortimentos flexíveis, políticas liberais de devolução e outros serviços – todos
provocando elevação dos custos de distribuição. Em comparação, custos mí-
nimos de distribuição implicam entrega mais demorada, estoques menores e
depósitos maiores – que representam um nível mais baixo de serviços totais
de atendimento ao cliente (KOTLER, 2007, p. 318).
UNIDADE II Logística 39
São muitos os fatores que influenciam nas estratégias de Marketing, uma das mais
importantes é o canal de marketing, suas estruturas voltadas a disponibilizar ao consumidor
um produto de maneira mais confortável, fazendo com que este chegue ao local o mais
rapidamente possível com a ajuda da logística, unindo os esforços e proporcionando muito
mais, para a empresa, do que levar seus produtos ao mercado.
Os modos como os profissionais de marketing tornam seus produtos disponíveis
envolvem a escolha dos canais de distribuição , sendo estes uma rede organizada de
órgãos e instituições, que, em combinação, executam todas as funções de logística e trans-
porte necessárias para ligar os produtores aos usuários finais a fim de realizar a tarefa de
marketing.
Os canais escolhidos afetam todas as outras decisões de marketing. O preço esta-
belecido pela empresa depende de ela utilizar as grandes redes de varejo ou lojas especia-
lizadas. Assim também na visão essas escolhas condicionam todas as demais variáveis de
marketing, desde os preços praticados até as decisões de propaganda e vendas.
Simplificando, quando abordamos o mix de marketing, levamos em consideração
o produto ou serviço que vai ser criado/disponibilizado, este deverá ter um preço e neste
preço poderá ou não estar incluso o custo da distribuição (frete), para que os consumidores
saibam da existência deste produto/serviço deve existir a promoção que se encarrega de
divulgar, de comunicar este produto e por fim, onde consumidor irá encontrar o produto,
seja em relação a região geográfica (cidade, bairros, ruas) ou em relação aos determinados
pontos de venda.
UNIDADE II Logística 40
SAIBA MAIS
Cadeias de suprimento e rede de entrega de valor
Gerar um produto ou serviço e disponibiliza-los aos compradores requer a
construção de relacionamentos não somente com os clientes, mas também com
fornecedores e revendedores na cadeia de suprimento da empresa. Essas cadeia de
suprimento consiste em parceiros “nos níveis acima” e “nos níveis abaixo”. A cadeia
para cima em relação à empresa é o conjunto de empresas que fornecem as matérias-
-primas, os componentes, as peças, as informações, as finanças e o conhecimento
especializado necessário para criar um produto ou serviço. As empresas, entretanto,
tradicionalmente se focam no lado “para baixo” da cadeia de suprimento – nos canais
de marketing ou canais de distribuição que se voltam para os clientes. Os parceiros
do marketing para baixo, como atacadistas e varejistas, compõem uma conexão vital
entre a empresa e seus clientes.
Tanto os parceiros localizados nos níveis acima quanto os localizados
nos níveis abaixo também podem participar das cadeias de suprimento de outras
empresas. Mas é o desenho único da cadeia de suprimento de cada empresa que lhe
permite entregar valor a sua cadeia de suprimento e todo o seu canal de distribuição
competem com os canais dos concorrentes.
O termo cadeia de suprimento pode ser limitado demais – ele assume
uma visão de produzir e vender do negócio. Ele sugere que matérias-primas, insumos
e capacidade de produção deveriam servir de ponto de partida para o planejamento.
Um termo melhor seria cadeia de demanda, pois sugere uma visão de sentir e reagir
sobre o mercado. Desse ponto de vista, o planejamento se inicia com as neces-
sidades dos clientes-alvo, às quais a empresa reage organizando uma cadeia de
recursos e atividades com o objetivo de criar valor para o cliente.
Mesmo uma visão de cadeia de demanda sobre um negócio pode ser
limitada demais, pois assume uma visão passo a passo e linear das atividades de
compra-produção-consumo. Com o advento da Internet e outras tecnologias, entre-
tanto, as empresas estão formando relacionamentos mais numerosos e complexos
com outras empresas. Por exemplo, a Ford administra várias cadeias de suprimento.
Ela também patrocina ou faz transações em muitos sites Web business-to-business
(B2B) e faz compras on-line à medida que surgem as necessidades. Como a Ford,
a maioria das grandes empresas hoje em dia está envolvida na construção e no
gerenciamento de uma rede de entrega de valor em constante evolução.
Fonte: Kotler (2007, p. 304).
UNIDADE II Logística 41
Material Complementar
UNIDADE II Logística 42
UNIDADE III
A Importância do Varejo para
os Canais de Marketing
Professor Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Papel e Funções do Varejo.
• Ciclo de Vida do Varejo.
• Tendências e Inovações no Varejo.
• O Novo Consumidor do Varejo.
Objetivos de Aprendizagem:
• Destacar o Papel e Funções do Varejo.
• Conhecer o Ciclo de Vida do Varejo.
• Apresentar algumas Tendências e Inovações do Varejo.
• Compreender o Comportamento do Novo Consumidor do Varejo.
43
INTRODUÇÃO
Kotler (2007, p. 56) explica que o ambiente de marketing é formando por um mi-
croambiente e um macroambiente:
O microambiente é constituído pelos agentes próximos a empresa que afe-
tam sua capacidade de atender seus clientes – a empresa, fornecedores,
intermediários, mercados de clientes, concorrentes e públicos.
O macroambiente é constituído pelas forças societais mais amplas que afe-
tam o microambiente – forças demográficas, econômicas, naturais, tecnoló-
gicas, políticas e culturais.
2.1.1 Produto
O nível de sucesso do empreendimento varejista está diretamente ligado a capaci-
dade de estudar o mercado, perceber e identificar necessidades e oportunidades, ofertando
produtos e serviços que atendam essas necessidades e claro que tenham valor para os
consumidores.
O Produto, no varejo, pode ser entendido como aquilo que se pretende oferecer ao
consumidor com o objetivo de venda, o que abrange o conceito de serviços. Para Bernardi-
no (2008, p. 80) com base no estudo do mercado-alvo pode-se determinar: o que oferecer,
com que amplitude, com que profundidade, com que marcas e modelos, em que níveis de
qualidade e de que forma apresentar e oferecer ao público. “Outro fator a ser avaliado é o
grau de sazonalidade de cada produto. O conhecimento dos hábitos de consumo de cada
cliente permite adequar ofertas personalizadas às necessidades especificas dos clientes”.
Portanto, a escolha e definição do mix de produtos e sua constante atualização
são vitais para o sucesso da operação, ou seja, é necessário um esforço permanente do
varejista para melhoria do seu processo de compra.
Com a concorrência cada vez mais acirrada no ramo varejista e com a imensa
variedade de produtos disponíveis em um número cada vez maior de pontos de vendas
tanto em lojas físicas como virtuais, o consumidor busca mais que o menor preço, daí surge
o esforço do varejo para gerar valor para o negócio por meio de: serviço, conveniência,
atendimento inovação, suporte, garantia e comunicação.
As principais políticas de preço de um estabelecimento varejista são (BERNARDI-
NO, et. al. 2008, p. 92-93):
2.1.3 Promoção
Quando falamos das estratégias de promoção utilizados pelos varejistas, vamos
muito além da promoção de vendas, muito utilizado pelo setor, pois acrescentamos aqui
um conceito mais amplo, o de comunicação. Nele enxergamos um outro composto ou mix
2.1.4 Praça/Localização
No comércio varejista tradicional (lojas físicas) a decisão quanto a localização do
ponto de venda é estratégica e está diretamente ligada a capacidade de atrair clientes. O
formato varejista escolhido, o espaço físico disponível e o canal de distribuição a ser utilizado
também são fatores determinantes para a adequação do estabelecimento as necessidades
do mercado alvo. Os temas abordados nesse tópico não se direcionam diretamente para as
Parente (2009) cita que a medida com que as empresas se aperfeiçoam, os consu-
midores se acostuma e passam a querer novos e melhores padrões, que atendam às suas
expectativas.
A tecnologia da informação desempenha papel nesse processo de evolução,
pois proporciona, para as organizações de varejo, a utilização de novos con-
ceitos de administração de compras, estoques e distribuição. Em uma segun-
da etapa, o varejo passou para a automatização das frentes das lojas. Tal eta-
pa culminou com a introdução de tecnologias como: código de barras, leitura
óptica (scanners), balanças eletrônicas, preenchimento de cheques, etique-
tas eletrônicas nas prateleiras, transferência eletrônica de fundos, smartcard
e outras tecnologias que objetivam otimizar a passagem dos clientes pelos
caixas (GOUVEIA et al 2009, p. 36).
Vejamos agora, algumas das inovações listadas por Las Casas (2007, p. 64-65):
4.7 Biométrica
É o uso de características físicas, específicas de cada consumidor, como, por exem-
plo, as digitais, retina, mãos e linhas do rosto como meio de identificação e autenticação
do usuário para acesso e liberação de compras, aumentando o nível de segurança contra
Influência de valor O valor que a marca oferece, seus ideais, valores e projetos são
decisores de compra e um dos principais motivos para a sua
visibilidade.
Se o seu produto/marca tem valor, a influência será propagada
pelos próprios consumidores, muito mais forte do que qualquer
mídia tradicional de propaganda.
Experiências agra- O consumidor é bem informado e não vai se contentar com pou-
dáveis co. Ele avalia a usabilidade, a comunicação, o preço, o valor, as
condições de pagamento, a segurança, a interatividade e tudo o
que diz respeito à sua experiência antes de fechar negócio. Por
isso, alinhe o que puder para oferecer uma experiência verda-
deiramente boa.
Inteligência artifi- O aumento de consumidores vai exigir das marcas o uso de tec-
cial nologias de inteligência artificial cada vez mais poderosa, para
que os seus produtos e serviços inteligentes estejam nos bol-
sos, casas e redes sociais dos novos consumidores.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Varejo no Brasil: gestão e estratégia
Autor: Juracy Parente
Editora: Editora Atlas
Sinopse: esse livro oferece conhecimentos que ajudam estudantes
e prossionais do varejo a entenderem a dinâmica do mercado e a
enfrentarem as mudanças dramáticas ocorridas no setor. De forma
didática, o autor oferece respostas e sugestões para questões da
estratégia e da tática varejista em áreas, tais como: estratégia
varejista, pesquisa de mercado, posicionamento e diferenciação,
preços e margens, variedade de produtos, gerenciamento de
categorias, compras e abastecimento, propaganda e promoções,
atendimento, serviços, localização de novas lojas e na eliminação
de desperdícios no varejo.
INDICAÇÃO DE FILME
Fome de Poder: Filme sobre a história do McDonald’s – 2016
Sinopse: dirigido por John Lee Hancock (Um Sonho Possível, O
Álamo), o lme narra a trajetória de Ray Kroc (Michael Keaton),
um homem de negócios de Illinois que conheceu Mac e Dick Mc-
Donald, os quais comandavam uma hamburgueria em 1950, no
sudeste da Califórnia. Impressionado pelo sistema de rapidez dos
irmãos McDonald, Kroc manuseou a sua própria função e conse-
guiu arrancar a companhia para si e construir a própria fortuna.
Comentário: o filme revela a criação da maior rede de fast-food do
mundo
Plano de Estudo:
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Trade Marketing.
• Trade Marketing Mix.
• O Trade Marketing e Interação com o Consumidor no PDV.
• Shopper Marketing.
• Novas Tecnologias aplicadas no PDV.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conhecer os principais conceitos e definições de Trade Marketing.
• Apresentar o composto do Trade Marketing Mix.
• Compreender o Trade Marketing como ferramenta de Interação com o Consumidor no
PDV.
• Entender o conceito de Shopper Marketing.
• Elencar algumas Novas Tecnologias aplicadas no PDV.
71
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos tratar de uma abordagem relativamente nova sobre a relação
entre os membros dos canais de distribuição. Para isso, vamos apresentar o conceito de
Trade Marketing que conforme resumo da obra de Alvarez (2006) considera a interação com
o consumidor final no ponto de venda, estudando e interagindo no seu papel de shopper
(comprador).
Vamos observar que as estratégias de trade marketing estão ganhando cada vez
mais importância, principalmente para as empresas de produtos de consumo que traba-
lham com canais de distribuição independentes, a partir das mudanças de: comportamento
do consumidor que é fortemente influenciado pelo ponto de venda, da concentração do
varejo, onde grandes redes concentram cada vez mais poder econômico, da própria ação
de marketing destas redes que procuram solidificar sua imagem de marca na mente do con-
sumidor e da própria indústria que aumenta significativamente a quantidade e variabilidade
de produtos e marcas.
Nas unidades anteriores vimos que a logística e seu componente de ligação física
entre a empresa e seus clientes são fundamentais para o sucesso de qualquer negócios.
Pensando nos processos dos canais de distribuição de uma forma mais global e interde-
pendente, surge um novo e importante conceito para empresas de varejo, o trade marke-
ting, que complementa a logística e os canais de distribuição de marketing por meio do
gerenciamento da demanda e também com ações de comunicação de marcas e ações
promocionais no ponto de venda.
De acordo com Arbache (2011, p. 145) o processo contínuo de fragmentação das
mídias, somado à maior especialização dos canais de venda e em um contexto no qual
o consumidor está cada vez mais difícil de ser conquistado, criou um cenário de competi-
ção acirrada no qual as empresa lutam pela sua participação de mercado. Nesse cenário,
“continua sendo fundamental desenvolver marcas fortes que estabeleçam condições de
enfrentamento da concorrência, interesse dos canais de vendas pela sua comercialização
e, o mais importante, o share de preferência dos seus consumidores-alvo”.
Nesse contexto, dentro da destão mercadológica surge o trade marketing, que
amplia o conceito de estratégias de comunicação no Ponto de Venda para algo muito mais
amplo. Para compreendermos melhor, podemos observar a origem do termo “trade”. Se
traduzirmos a palavavra da língua inglesa encontraremos entre seus significados o “co-
mércio”. Esse termo sempre foi bastante utilizado na área do comércio exterior e está cada
Podemos considerar Trade Marketing, como sendo o marketing feito junto aos
canais de distribuição com o objetivo de estreitar a parceria e relacionamento junto a estes
canais de distribuição. Nesse aspecto, o Trade Marketing não é no varejo e sim o Marketing
realizado através do varejo. Conforme Campos (2011, p. 1):
O Trade Marketing é o marketing feito junto aos canais de distribuição com
o objetivo de estreitar a parceria e relacionamento junto a estes canais de
distribuição. O Trade Marketing é uma das áreas do Marketing com foco no
desenvolvimento do relacionamento entre indústrias e canais de venda, após
identificação das necessidades entre marcas dos produtos, pontos-de-venda
e consumidores.
São exemplos de ações que ocorrem via cooperação entre os fabricantes e in-
termediários, isto é, atacadistas, distribuidores e varejistas: os treinamentos da força de
vendas dos canais de distribuição conforme especificações dos produtos que o fabricante
comercializa e a elaboração e veiculação de comunicações voltadas ao consumidor final
em parceria (YANAZE, 2011).
O primeiro grupo de fabricantes faz, cada ves menos, poarte do cenário atual.
Com a profissionalização do ponto de venda (de forma acelerada nos últimos
10 anos) e o aumento da competitividade no mercado com novos entrantes,
diminui progressivamente o núero de empresas que adotam uma atitude ar-
rogante em relação aos canais de vendas com os quais operam (ARBACHE,
2011, p. 147).
O terceiro grupo sabe que parcerias e ações cooperativas fazem parte do modelo
de negócios, mas são circunstanciais.
No longo prazo, não sustentam a vantagem competitiva da empresa. Além
disso, as parcerias são, normalmente, resultado de uma comparação de van-
tagens entre parceiros ou concorrentes, cujo resultado dá a vitória – mesmo
que momentânea – àquele que ofereceu mais valor. Essas empresas reco-
nhecem a capacidade do ponto de venda em comprar produtos de forma
cada vez mais profissional, analisando concorrentes, marcas, mercados e
consumidores (ARBACHE, 2011, p. 148).
Segundo Alvarez (2006) uma boa estratégia de Trade Marketing deve conter, funda-
mentalmente, os seguintes itens:
● Relações comerciais: é preciso que os fabricantes dediquem um grande esfor-
ço nas relações com os canais distribuidores. Não falo de descontos em venda
de grandes quantidades, ou brindes, mas é preciso desenvolver uma estratégia
de CRM B2B para estes canais. O relacionamento deve ser exclusivo, e não
deve ser tratado apenas como mais uma negociação.
● Esfoço logístico do fabricante: é essencial que a empresa se preocupe, e
MUITO, com a presença do seu produto no PDV. Afinal, de nada valerá um
super esforço de Trade, de vendas, de Merchandising, seja do que for, se o
produto não estiver disponível para venda. Muitas vezes já fomos seduzidos por
propagandas, por anúncios no encarte do distribuidor, e ao chegar na loja, não
encontramos o produto. Assim não há encantamento que resista, e lá vamos
nós comprar o concorrente.
● Ações no PDV: Sem a correta exposição no PDV, as ações de Merchandising,
o treinamento dos promotores e vendedores, as ações de degustação, de nada
valerá o ótimo relacionamento com o distribuidor nem a presença do produto na
loja. Neste item, o foco é no consumidor final, pois ele terá a oportunidade de
conhecer o produto, saber mais sobre suas características, etc. Este conjunto
de ações é fundamental para o processo decisório do cliente.
Arbache (2011, p. 163) ressalta que os planos por canal devem sempre levar em
conta a distribuição do mix de marcas, sua exposição no PDV e estratégias promocionais
que ampliem o giro na loja. “Para isso trade marketing deve suportar a construção destes
planos com base em estudos, pesquisas de PDV e visitação constante aos canais”. Ainda
segundo o autor, deter o conhecimento do canal significa ter o conhecimento das melhores
práticas, tendências e dados atualizados sobre o comportamento dos consumidores, bem
como dos materiais que melhor funcionam em cada canal.
Como vimos até aqui, a atividade de Trade marketing pode ser o elo estratégico
entre fabricantes, distribuidores e varejistas por meio de ações de marketing e vendas que
resultem na ligação entre as marcas e os consumidores finais no PDV. Para que trade
marketing, como área, possa assumir o seu papel, torna-se necessária a reformulação de
processos, responsabilidades da área e, finalmente, da estrutura.
Segundo Arbache (2011, p. 162) o trade marketing deve atuar nas rotinas de “pla-
nejamento, execução e controle das atividades de marketing no ponto de venda – planeja-
mento de todas as atividades da marca nos canais de vendas, execução das atividades de
comunicação e promocionais, controles ligados a monitoramento de resultados e efetividade
das ações no campo”.
Os processos devem ser reformulados para garantir o equilíbrio da participa-
ção de trade marketing tanto na área de marketing quanto na área de ven-
das. É bom lembrar que, no rol das responsabilidades de trade marketing,
a independência da área se faz necessária, de forma a evitarmos a criação
de feudos ou a percepção de que existem “privilégios” na relação de trade
marketing, seja com marketing, seja com vendas (ARBACHE, 2011, p. 163).
Randall (1994) ressalta que as ações e a operacionalização do conceito de Trade
Marketing não se contrapõem às ações de vendas e marketing tradicionais, a sua dife-
renciação está no fato de tratar o mercado de consumidores finais por meio das ações
comerciais desenvolvidas junto ao canal de distribuição em geral e aos principais clientes
Fazendo uma analogia com o marketing voltado para o consumidor final, o Trade
Marketing também têm seu composto ou mix de elementos que devem ser administrados
em conjunto para atingiros objetivos propostos. Conforme Alvarez (2006, p. 10) os elemen-
tos que compõem o Trade Marketing mix são os seguintes:
Produto: procurar diferenciação por meio da inovação ou de produtos dedi-
cados ou exclusivos que ajudem o varejista a manter seu nível de competiti-
vidade.
Preço: a concentração neste item como o principal ponto de negociação
deve ser evitado, buscando ampliar o conceito para o valor dos produtos e
serviços oferecidos.
Presença de Mercado: buscar a otimização da presença no ponto de ven-
da destinando recursos em função das necessidades demandadas por cada
cliente.
Promoção: o principal objetivo é conseguir o balanceamento entre a promo-
ção do produto no ponto de venda e as promoções gerais de preço, buscando
ainda o equilíbrio com a propaganda dirigida ao consumidor final, para cons-
truir a imagem da marca e do produto.
Vendas: substituição dos vendedores por Trade Marketers nos principais
clientes, que têm uma alta participação no faturamento.
Serviço: é o principal elemento de negociação e atendimento, normalmente
existirão diferenças entre o que o varejista deseja e demanda e o que o pro-
dutor pode efetivamente fornecer.
Resultados e Rentabilidade: o resultado total da empresa é obtido pela so-
matória dos resultados individuais, e, portanto o custo de atendimento e as
margens obtidas em cada cliente devem ser apurados; devendo ainda ser
estabelecido objetivo individual de margem e rentabilidade para cada cliente
e não apenas de volumes de vendas.
De acordo com Randall (1994) o Trade Marketing considera cada cliente como um
mercado e a aplicação dos elementos de seu composto serão utilizados para maximizar
a participação e a lucratividade em cada cliente individualmente. Para Alvarez (2006, p.
10-11) nessa mesma linha de desenvolvimento conceitual, utiliza os 4P’s (Produto, Preço,
Promoção e Ponto de Venda) do marketing mix e os aplica ao Trade Marketing:
Produto: deve ser considerado com uma visão ampliada da Marca, uma vez
que a importância desta junto ao consumidor final é que determinará o nível
de influência do produtor sobre o varejista.
Preço: o preço continuará a ser um ponto crítico da negociação, e somente
a importância da marca junto ao consumidor final, é que poderá diminuir um
pouco a influência deste item no processo de negociação.
Promoção: a avaliação dos gastos de comunicação e promoção deve consi-
derar as demandas e necessidades do ponto de venda.
Ponto De Venda: a relação e o posicionamento junto ao mercado varejis-
ta deve ser entendido em seus aspectos mais amplos; a inter-relação en-
tre marketing, vendas, logística, manufatura, compras e desenvolvimento
de fornecedores, deve ser entendida e assimilada por toda organização.
O trade marketing deve dar suporte à área de marketing nas estratégias e planos
das marcas, além de planejar e viabilizar sua execução no PDV. Segundo Arbache (2011, p.
162) essa integração só irá ocorrer por meio do conhecimento do que está acontecendo no
ponto de venda, “seja pelo acompanhamento das ações da empresa, como também pelo
monitoramento da concorrência, entendimento dos hábitos de compra dos consumidores e
das características de negócio dos clientes (canais)”.
Os pontos de venda devem ser agrupados em canais, de acordo com a estra-
tégia da empresa. Esta especialização por canal permitirá à área estabelecer
prioridades nos canais, sempre respeitando as realidades regionais e as ca-
racterísticas de compra dos consumidores (ARBACHE, 2011, p. 163).
Para Arbache (2011, p. 24) o conhecimento dos hábitos e preferências dos consu-
midores é também, cada vez mais, a chave para o sucesso das estratégias de marketing
e vendas. “Para definir quais canais de comunicação deverão ser utilizados, que produtos
devem ser desenvolvidos e quais os canais de comercialização mais críticos para atender
às preferências de consumo do público”.
O conhecimento dos hábitos e preferências dos consumidores é também, e
cada vez mais, peça-chave para o sucesso das estratégias de marketing e
vendas, definindo quais canais de mídia serão utilizados, que produtos devem
ser desenvolvidos e que canais de comercialização são críticos para atender
às preferências de consumo desse público. Trade marketing é uma ciência
que investiga e discute o desenvolvimento das relações entre fabricantes e
canais de venda, pelo entendimento da relação entre marcas, pontos de ven-
Segundo Arbache (2011, p. 148) tivemos, nas últimas duas décadas, grandes
transformações ocorridas no consumo, ocorrências estas que mudaram a forma de ofertar
produtos e serviços aos clientes finais.
Neste novo cenário, o valor de um produto ou serviço equivale cada vez mais
à qualidade, à longevidade, à sustentabilidade e ao seu significado para o
consumidor. Cada vez mais os consumidores vão premiar suas marcas fa-
voritas com lealdade e repetição de compra, mas tendo em mente a relação
custo-benefício (ARBACHE, 2011, p. 148).
Por esses motivos, as estratégias de trade marketing também devem ser realizadas
a partir de estudo e identificação de novos comportamentos do consumidor, que como sa-
bemos podem ter várias origens como: a economia, a tecnologia, a cultura, a demografia, o
ambiente natural, etc. Esse comportamento que muda a partir dessas variáveis e da relação
entre elas é extremamente complexo e também recebe influência das ações de fabricantes
e varejistas que criam novos estímulos no ponto de venda e novas experiências de compra
para se diferenciar da concorrência, por uma via de mão dupla ou de várias mãos.
No que diz respeito as novas tecnologias do ponto de venda, assunto central desta
unidade, o que vemos é uma intensa integração do PDV físico e dos produtos com a TI
(tecnologia da Informação).
Se antes o PDV se resumia a uma vitrine, display estático, sendo apenas
uma via de mão única, onde o consumidor atuava como receptor das infor-
mações, com a tecnologia o ambiente ganhou interatividade e movimento,
criando novas experiências de compra para o consumidor e fazendo com que
ele se identifique com a marca, com o produto e o serviço (PEACH JR, 2012,
online).
É nesse ambiente que surge e ganha força o marketing sensorial, uma vertente do
marketing tradicional aplicada à experiência sensorial do consumidor no ponto de venda
e também com o produto e a marca. “O Marketing Sensorial é a exploração dos sentidos
– visão, audição, olfato, tato e paladar, como parte de estratégia de diferenciação e posicio-
namento, capazes de trabalhar no consumidor todo o potencial mental e assim, comunicar
de forma mais clara e natural a mensagem do marketing”. (MELO, 2015, p. 1)
Além de melhorar a experiência do consumidor no processo de compra, as técnicas
de Marketing Sensorial, por estar diretamente ligado às emoções, podem contribuir signi-
ficativamente para o aumento das vendas. O objetivo da estratégia de utilizar os sentidos
dos consumidores é de atingir o subconsciente deles influenciando em seu comportamento
de compra e enviando mensagens que vão além das palavras e das imagens. Pois, “uma
simples estratégia de Marketing Sensorial em uma loja de varejo pode apresentar impacto
extremamente positivo, especialmente no humor dos consumidores e com isso, impulsionar
as vendas” (MELO, 2015, p. 1).
Para Fairbanks (2017, p. 8) “as estratégias de marketing sensorial enxergam o
consumo como um todo, uma vez que ele verifica a adequação de um produto ou serviço de
acordo com as vontades dos consumidores, seja ela cognitiva, emocional ou propriamente
sensorial”.
Sendo assim, é possível verificar que, cada vez mais, a sensação de bem-
-estar e de prazer se tornaram importantes para os consumidores, o que
representa uma oportunidade para as empresas apresentarem estratégias
que visem suprir essa demanda, tratando de remeter o cliente a uma percep-
ção de valor único, oferecendo uma experiência memorável e agradável, que
pode estimular diretamente a compra de um produto, de forma mais eficaz.
(FAIRBANKS, 2017, p. 8-12).
Segundo Melo (2015), os clientes, quando estão com fome, não conseguem focar
no produto a ponto de comprá-lo, e não respondem a outros estímulos, como audição e
olfato, tão rapidamente como aconteceria se estivessem saciados. Essa necessidade física
deve ser satisfeita antes que se sobreponha às outras. Nesse sentido, podemos compreen-
Com isso, podemos concluir que o novo foco das estratégias de marketing de gran-
de empresas de varejo é justamente o shopper, ou seja, o indivíduo que, efetivamente,
realiza a compra, seja no ponto de venda físico quanto virtual. Buscamos diferenciar o
papel do consumidor, – quem realmente consome o produto – e o do shopper, aquele que
exerce o ato de comprar algo.
Nesse mesmo sentindo Peach Jr (2012) diz que a era da interatividade no ponto
de venda chegou. “Os totens touch screen se proliferam em lojas, mostrando réplicas de
produtos e emulando suas telas, onde consumidores podem “sentir o produto”. O autor
ressalta ainda que estamos entrando no “auto-serviço da informação”, o que chama de “era
da interatividade”. Onde o consumidor tem tudo o que precisa ao alcance das mãos para
que a experiência de compra seja a mais eficiente e prazerosa possível.
Esse consumidor não tem tempo nem paciência para filas, tempo de espera, muito
esforço físico e intelectual e qualquer outro inconveniente que possa “atrasar” sua compra
Carvalho (2015) lembra que embora raro no varejo brasileiro, o próprio caixa em
alguns segmentos está passando por uma revolução ao permitir que cliente realize o paga-
mento. Também ocorre de um consultor de vendas ajudar nessa tarefa com um dispositivo
como o celular ou um tablet em pontos específicos da loja “tudo para evitar a síndrome do
carrinho abandonado no meio da loja pelo consumidor que desistiu de enfrentar filas ou
uma dolorosa burocracia”.
Outro desafio é a integração das plataformas de venda. A tendência cada vez
mais evidente é a da multicanalidade — o omnichannel —, em que os canais
de venda físico e digital usam suas forças combinadas para turbinar os ne-
gócios. Varejistas mais antigos precisam ter cuidado redobrado. O problema
é maior no caso das grandes redes de lojas. Já para os novos no mercado,
desenvolver uma operação virtual é mais fácil. Para complicar, em vários ca-
sos, os varejistas operam no comércio físico e na internet com empresas
diferentes, o que geralmente contribui para estimular uma competição entre
os dois canais e não a cooperação (CARVALHO, 2015, online).
Peach Jr (2012) fala da sinalização digital que já está integrada a inúmeros pontos
de venda e locais de grande fluxo de pessoas como supermercados, lojas de departamento,
lanchonetes, shoppings centers, aeroportos, etc. Sendo os conteúdos digitais essências nos
novos formatos de ponto de venda, pois enriquecem a experiência de compra com vídeos,
fotos e mensagens de texto. Todo um novo layout de loja com novos dispositivos eletrônicos
integrados ou não com sistemas de informação automatizados criam não apenas um visual
moderno e chamativo, mas influenciam diretamente nos resultados de vendas.
● Gondolas de supermercados possuem telas promovendo produtos no momento
da decisão de compra, orientando o consumidor e alavancando vendas.
● Lojas de moda veiculam seus desfiles e coleções, mostrando sapatos e bolsas,
de uma maneira muito mais dinâmica e glamorosa. Cartazes e banners que
antes eram feitos em papel ou vinil, estão sendo gradativamente substituídos
por telas com animações dinâmicas, melhorando a visibilidade e atratividade.
São os banner digitais (PEACH JR, 2012, online).
O texto fala ainda que a partir da convergência entre varejo e tecnologia está sur-
gindo o “PDV IMERSIVO”. Nesse novo ambiente de compra a tecnologia 3D, holografia e
outros recursos transformam desde a experiência do provador até a própria gestão da loja.
“Já avanços com o RFID, a multiplicação de telas no ponto de venda, a interação com os
celulares e as redes sociais são inovações para agora”.
Romano (2011, p. 62) apresenta essa evolução em duas fases. Sendo primeiro a
fase da automação dos “serviços administrativos” (contabilidade, estoques, compras/ven-
das, folhas de pagamento, etc.), que tinham pouco reflexo no atendimento ao consumidor.
Em seguida, o surgimento das redes locais e dos microcomputadores. Esta infor-
matização chegou à frente de loja e as lojas passaram a fazer uso nos PDVs, com o uso
de leitores ópticos, código de barras, displays com ofertas especiais e informações sobre
preços, pagamentos por cartões.
Essa fase contribui para a redução de filas, a comodidade para os clientes, confia-
bilidade para o pagamento e o registro dos dados das vendas, em resumo, na melhoria do
serviço, na busca da satisfação maior do cliente.
Nesse sentido, podemos perceber que a tecnologia da informação permitiu as
organizações melhorar sua competitividade e customizar seus produtos e serviços, agre-
gando valor aos seus clientes. Também no ambiente varejista, ocorre o que se chama de
informatização, que se dá através de um processo constante e crescente de implementação
da TI em todas as funções da organização.
A partir dessa perspectiva que nos aponta diversas soluções de automação e infor-
matização comercial por meio de sistemas de gestão da informação, fica claro que buscar
integração das várias aplicações se torna necessário.
Por isso surgem sistemas interfuncionais empresariais, que integram o ERP (plane-
jamento de recursos empresariais), o CRM (gestão do relacionamento com o cliente), o EAI
(integradores de aplicações empresariais), bem como os sistemas de suporte à decisão e
gestão administrativa, financeira, contábil e administrativa que serão aqui apresentados por
Romano (2011, p. 66) que compila a ideia de diversos autores citados nos tópicos a seguir:
INDICAÇÃO DE LIVRO
O Poder do Marketing no Ponto de Venda
Autor: Robert Liljenwall
Editora: Topbooks
Sinopse: esta edição do livro O Poder do Marketing no Ponto
de Venda, da co-autoria de Robert Liljenwall, apresenta uma das
obras mais importantes publicadas na área do marketing aplica-
do no ponto de venda. Esse manual para vender mais e melhor
cobre todos os aspectos do marketing no setor do retalho, tanto
teóricos como práticos, desde o planeamento até a avaliação de
campanhas de publicidade no local de venda (PLV), passando pela
fase criativa e pela fase de produção e de implementação, não
deixando de lado temas tão importantes, como o comportamento
do consumidor no ponto de venda, as novas tecnologias no retalho
e a sinalética digital.
INDICAÇÃO DE FILME
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom – 2009
Sinopse: Nova York. Rebecca Bloomwood (Isla Fisher) é uma
garota que adora fazer compras e seu vício a leva à falência. Seu
grande sonho é um dia trabalhar em sua revista de moda preferida,
mas o máximo que ela consegue é um emprego como colunista na
revista de finanças, publicada pela mesma editora. Quando, seu
sonho está prestes a ser realizado, ela repensa suas ambições.
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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
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ZANON, Edemar José. Administração de material no setor público. Rio Grande do Sul
– 2008.
Prezado(a) aluno(a),
Nossa missão com esse material foi trazer a você conhecimentos e observações
importantes sobre os sistemas de canais de distribuição de produtos e serviços. Além disso,
procuramos estimulá-lo(a) a se aprofundar e explorar as mais diversas aplicações dessa
importante e estratégica área da logística empresarial.
Para tanto abordamos as definições teóricas e, neste aspecto acreditamos que
tenha ficado claro para você o quanto é estratégico para gestores de todas as áreas de
uma organização compreenderem os sistemas e processos de distribuição de produtos
e serviços que atendam as expectativas dos consumidores e que estejam integrados de
forma sinergica com todos os integrantes de uma cadeia de suprimentos.
Levantamos também aspectos práticos e exemplos que nos levaram contextualizar
os processos e técnicas aqui apresentados e enxergar sua aplicação para obter mais eficiên-
cia e eficácia na gestão organizacional e suas interações com os mercados consumidores.
Na unidade I, começamos a nossa jornada buscando compreender a importância
estratégica dos canais de distribuição que têm entre as mais variadas funções: ofertar e
entregar produtos ou serviços ao mercado, tornando-os acessíveis para o consumidor final.
Na sequência, ao chegarmos na unidade II, vimos que a gestão da logística e seu compo-
nente de ligação física entre a empresa e seus clientes é fundamental para o sucesso de
qualquer negócio.
Já na unidade III, destacamos o varejo como parte fundamental do canal de dis-
tribuição de marketing e vimos que esse é muito mais que apenas um dos elos de ligação
entre fabricantes e consumidores. Ressaltamos o varejo como uma das principais fontes
para o atendimento das necessidades e desejos dos consumidores.
Para finalizar, na unidade IV tratamos sobre o trade marketing, uma abordagem
relativamente nova sobre a relação estratégica entre os membros dos canais de distribui-
ção de marketing. Vimos também que as estratégias organizacionais baseadas no trade
marketing, além de complementar as funções da logística e estreteitar as relações comer-
ciais entre os membros dos canais de distribuição contribuem para a realização de ações
de comunicação de marcas e ações promocionais no ponto de venda.