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Provas Comentadas – Professor Rodrigo Vieira

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ADMINISTRAÇÃO GERAL

FAB 14/15

(QUESTÃO 43 – PROVA A) Uma decisão é uma escolha entre alternativas ou possibilidades. As decisões são
tomadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. São funções integrantes do processo de tomada de
decisões, exceto:
(A) diagnóstico.
(B) avaliação da decisão.
(C) palavra final da alta direção.
(D) identificação do problema ou oportunidade.

Quando se fala em Tomada de Decisão, dentro de TGA, temos que saber que há, pelo menos, duas abordagens em
relação a esse assunto: Abordagem Comportamental (Homem Administrativo como tomador de decisões) e
Abordagem Sistêmica (Pesquisa Operacional – Teoria das Decisões Programadas). Dessa forma, veremos essas duas
vertentes.

Processo Decisório
A Teoria das Decisões nasceu com Herbert Simon, que a utilizou como base para explicar o comportamento
humano nas organizações. A Teoria Comportamental concebe a organização como um sistema de decisões. Nesse
sistema, cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de
alternativas racionais de comportamento. Assim, a organização está permeada de decisões e de ações.
Para a Teoria Comportamental não é somente o administrador quem toma as decisões.
Todas as pessoas na organização, em todas as áreas de atividades e níveis hierárquicos e em todas as situações
estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não com o seu trabalho. A organização é um complexo sistema
de decisões.

Teoria das decisões (TOPSER)


Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá
seguir. Toda decisão envolve seis elementos:
1. Tomador de decisão. É a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas futuras de ação.
2. Objetivos. São os objetivos que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações.
3. Preferências. São os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha.

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4. Estratégia. É o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objetivos.
O curso de ação é o caminho escolhido e depende dos recursos de que pode dispor.
5. Situação. São os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle,
conhecimento ou compreensão e que afetam sua escolha.
6. Resultado. É a consequência ou resultante de uma dada estratégia.

Etapas do Processo Decisorial


O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões, da situação em
que está envolvido e da maneira como percebe a situação. O processo decisorial exige sete etapas, a saber:
1. Percepção da situação que envolve algum problema.
2. Análise e definição do problema.
3. Definição dos objetivos.
4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação.
5. Escolha (seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos.
6. Avaliação e comparação das alternativas.
7. Implementação da alternativa escolhida.

Processo Decisório – Teoria da Matemática


A Teoria Matemática desloca a ênfase na ação para a ênfase na decisão que a antecede. O processo decisório é o
seu fundamento básico. Constitui o campo de estudo da Teoria da Decisão que é aqui considerada um desdobramento
da Teoria Matemática.
A tomada de decisão é o ponto focal da abordagem quantitativa, isto é, da Teoria Matemática. A tomada de
decisão é estudada sob duas perspectivas: a do processo e a do problema.

1. Perspectiva do processo. Concentra-se nas etapas da tomada de decisão. Dentro dessa perspectiva, o objetivo é
selecionar a melhor alternativa de decisão. Focaliza o processo decisório como uma sequência de três etapas simples:
a. Definição do problema.
b. Quais as alternativas possíveis de solução do problema.
c. Qual é a melhor alternativa de solução (escolha).

A perspectiva do processo concentra-se na escolha dentre as possíveis alternativas de solução daquela que produza
melhor eficiência. Sua ênfase está na busca dos meios alternativos. É uma abordagem criticada por se preocupar com o
procedimento e não com o conteúdo da decisão.

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2. Perspectiva do problema. Está orientada para a resolução de problemas. Sua ênfase está na solução final do
problema. Essa perspectiva é criticada pelo fato de não indicar alternativas e pela sua deficiência quando as situações
demandam vários modelos de implementação.
Na perspectiva do problema, o tomador de decisão aplica métodos quantitativos para tornar o processo decisório o
mais racional possível concentrando-se na definição e no equacionamento do problema a ser resolvido. Preocupa-se
com a eficácia da decisão.

Novas Abordagens - Chiavenato

PROCESSO DECISORIO
A tomada de decisão segue um processo. O processo decisório é complexo e desenvolve-se ao longo de seis etapas,
a saber:
1. Identificar a situação: este primeiro estágio de investigação procura mapear e identificar a situação, o problema
ou a oportunidade. Apresenta três aspectos: definição do problema, diagnóstico e identificação de objetivos da decisão.
2. Obter informação sobre a situação: este segundo estágio, também de investigação, é a busca de informação
sobre a situação, problema ou oportunidade. O administrador ouve pessoas, pede relatórios, observa pessoalmente, lê
sobre o assunto, busca antecedentes e fatos passados. O levantamento de dados e informações é fundamental para
reduzir a incerteza a respeito da situação ou do problema.
3. Gerar soluções ou cursos alternativos de ação: é o estágio de desenvolver alternativas de solução, mas, ainda,
sem avaliá-las ou verificar sua viabilidade.

Resposta: C

(QUESTÃO 51 – PROVA A) As pessoas que administram organizações, independentemente de seu porte, têm a
responsabilidade de atingir os objetivos e metas que são estabelecidos pela organização. No entanto, é necessário que
recursos sejam disponibilizados e gastos, de forma a propiciar o alcance destes objetivos. Nesse sentido, gerenciar bem
a maneira como estes recursos são alocados é essencial para o desempenho das organizações. Com relação ao conceito
de “eficiência organizacional” é correto afirmar que se deve realizar tarefas:
(A) sem o devido cuidado.
(B) com o mínimo de esforço possível, visando somente o fator “tempo”.
(C) de forma correta, mesmo que para isso grandes recursos sejam gastos.
(D) de maneira inteligente, com o mínimo esforço possível e com o melhor aproveitamento possível dos recursos.

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Eficiência e eficácia
Cada organização deve ser considerada sob o ponto de vista de eficácia e de eficiência, simultaneamente.
Eficácia é uma medida do alcance de resultados, enquanto a eficiência é uma medida da utilização dos recursos
nesse processo. Em termos econômicos, a eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer uma
necessidade da sociedade por meio do suprimento de seus produtos (bens ou serviços), enquanto a eficiência é uma
relação técnica entre entradas e saídas.

Nesses termos, a eficiência é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados
e o produto final obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício
resultante.

Resposta: D

(QUESTÃO 52 – PROVA A) Para que as organizações tenham condições de atingir seus objetivos, sejam eles
internos ou externos, um processo é de suma importância: o planejamento. Sem o planejamento, as organizações
podem enfrentar inúmeras dificuldades, inclusive, colocando em risco a continuidade ou a viabilidade do negócio.
Indique a definição incorreta do processo de planejar.
(A) Atingir objetivos ou resultados a serem alcançados.
(B) Definir meios para possibilitar a realização de resultados desejados.
(C) Definir um objetivo, avaliar as alternativas para realizá-lo e escolher um curso específico de ação.
(D) Seguir em frente, às vezes sem a definição de cenários concretos, torcendo para que tudo dê certo ao longo do
caminho.

Planejamento
As organizações não trabalham na base da improvisação. Quase tudo nelas é planejado antecipadamente.
O planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais
funções. O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem
atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Trata-se, pois, de um modelo teórico para a ação futura. Começa
com a determinação dos objetivos e detalha os planos necessários para atingi-los da melhor maneira possível. Planejar
é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcançá-los. O planejamento define
onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência.

Resposta: D

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(QUESTÃO 59 – PROVA A) O processo de comunicação envolve a transmissão de informações e de significados.
Se ocorre algum problema nesse processo, então a comunicação não foi consumada. A tira abaixo demonstra um
exemplo de processo de comunicação considerado falho.

Entre os elementos que compõem o processo de comunicação, incluem-se, exceto:


a) emissor e receptor.
b) canal de comunicação, oral ou escrita.
c) ruídos, que são as interferências que distorcem as mensagens.
d) falta de feedback, uma característica importante no processo de comunicação.

A comunicação é um assunto abordado, inicialmente, na Teoria das Relações Humanas, com a Teoria de Leavitt, e
na Abordagem Sistêmica (Tecnologia e Administração e Teoria da Matemática). Assim, veremos uma pequena
abordagem da comunicação nessas duas visões.

Comunicação – Teoria das Relações Humanas

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Leavitt fez uma experiência para analisar a estrutura de redes ou cadeias de comunicação em um grupo de cinco
pessoas. Tentou três tipos de redes:

. Roda: nas tarefas simples, a roda é mais eficiente do que a cadeia, a qual, por sua vez, é mais eficiente do que o
círculo. O grupo de pessoas colocadas na roda tende a resolver os problemas de maneira ordenada, nítida, rápida, clara
e bem estruturada com o mínimo de mensagens.

. No Círculo, o grupo resolve o mesmo problema com menos rapidez, menos nitidamente, com menos ordem e
menos clareza em relação às tarefas individuais e à estrutura da organização e gasta mais papel. Quando se introduz
uma nova ideia é mais provável haver rápida aceitação no círculo do que na roda. Se uma nova ideia é introduzida na
roda, é provável que seja rejeitada com a desculpa de que estão todos ocupados.

Para certas atividades que envolvam velocidade, clareza de organização e de tarefa, a roda por ser rotineira e de
caráter centralizador, funciona melhor. Mas, se os critérios de eficiência envolvem aspectos mais efêmeros como
criatividade, inovação, flexibilidade no trato com novos problemas, moral alto, o círculo, por ser mais descentralizado
e igualitário, funciona melhor.

Comunicação – Tecnologia e Administração


A teoria da informação é um ramo da matemática aplicada que utiliza o cálculo da probabilidade. O sistema de
comunicação tratado pela teoria das informações consiste em seis componentes: fonte, transmissor, canal, receptor,
destino e ruído.

1. Fonte significa a pessoa, coisa ou processo que emite ou fornece as mensagens por intermédio do sistema.

2. Transmissor significa o processo ou equipamento que opera a mensagem, transmitindo-a da fonte ao canal. O
transmissor codifica a mensagem fornecida pela fonte para poder transmiti-la. É o caso dos impulsos sonoros (voz
humana da fonte) que são transformados e codificados em impulsos elétricos pelo telefone (transmissor) para serem
transmitidos para um outro telefone (receptor) distante.
Em princípio, todo transmissor é um codificador de mensagens.

3. Canal significa o equipamento ou espaço intermediário entre o transmissor e o receptor. Em telefonia, o canal é o
circuito de fios condutores da mensagem de um telefone para outro. Em radiotransmissão, é o espaço livre através do
qual a mensagem se difunde a partir da antena.

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4. Receptor significa o processo ou equipamento que recebe a mensagem no canal. O receptor decodifica a mensagem
para colocá-la à disposição do destino. É o caso dos impulsos elétricos (canal telefônico) que são transformados e
decodificados em impulsos sonoros pelo telefone (receptor) para serem interpretados pelo destino (pessoa que está
ouvindo o telefone receptor).
Todo receptor é um decodificador de mensagem.

5. Destino significa a pessoa, coisa ou processo a quem é destinada a mensagem no ponto final do sistema de
comunicação.

6. Ruído significa a quantidade de perturbações indesejáveis que tendem a deturpar e alterar, de maneira imprevisível,
as mensagens transmitidas. O conceito de ruído serve para conotar as perturbações presentes nos diversos
componentes do sistema, como é o caso das perturbações provocadas pelos defeitos no transmissor ou receptor,
ligações inadequadas nos circuitos etc.
A palavra interferência é utilizada para conotar uma perturbação de origem externa ao sistema, mas que influencia
negativamente o seu funcionamento, como é o caso de ligações cruzadas, ambiente barulhento, interrupções,
interferências climáticas etc. Em um sistema de comunicações, toda fonte de erros ou distorções está incluída no
conceito de ruído. Uma informação ambígua ou que induz ao erro é uma informação que contém ruído.

Conceito de retroação (feedback)


A retroação é um mecanismo segundo o qual uma parte da energia de saída de um sistema ou de uma máquina
volta à entrada. A retroação (do inglês feedback), também chamada de servomecanismo, retroalimentação ou
realimentação, é um subsistema de comunicação de retorno proporcionado pela saída do sistema à sua entrada, no
sentido de alterá-la de alguma maneira.

Resposta: D
FAB – 15/16

(QUESTÃO 35 – PROVA A) No contexto atual, de mercado globalizado, em que constantes transformações


acontecem a todo momento em diferentes áreas, as organizações precisam estar atentas para se adaptarem a novas
realidades. Esta capacidade de adaptação e troca de informações com o ambiente externo leva as organizações a se
caracterizarem como “sistemas abertos”. No entanto, novos desafios virão no futuro e poderão impactar as
organizações. Entre os desafios que poderão ser enfrentados pelas organizações no futuro estão, exceto:

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a) Concorrência mais aguda: à medida que aumentam os mercados e negócios, crescem também os riscos.
b) Sofisticação da tecnologia: as telecomunicações, a computação e a logística estão fazendo com que as organizações
internacionalizem suas operações.
c) Influência da tecnologia da informação: a TI está, rapidamente, trazendo profundas mudanças e inovação nos
modelos de negócios, facilitando comunicações e transações.
d) Ciclo de vida mais curto: de modo geral, as organizações que se internacionalizam, proporcionando, desta forma,
um rápido crescimento em suas operações, tendem a falir.

(Livro Novas Abordagens) As organizações voltadas para o futuro e para o destino estão preocupadas com os
seguintes desafios:

1. Globalização: implica a preocupação com a visão global do negocio no sentido de mapear a concorrência e avaliar
a posição relativa dos produtos e serviços. Isso não significa que o mercado local vá desaparecer, mas e preciso
comparar aquilo que a organização faz com o que ha de melhor no mundo todo.

2. Pessoas: está havendo um verdadeiro apagão de talentos no mercado. Talento está se tornando uma riqueza rara.
Essa preocupação implica educar, treinar, motivar, liderar as pessoas que trabalham na organização, incutindo-lhes o
espírito empreendedor e oferecendo-lhes uma cultura eminentemente participativa.

A organização devera indicar os objetivos que pretende alcançar, focalizando sua missão e visão, e oferecer
oportunidades de crescimento profissional que conduzam ao desenvolvimento do seu negocio.

3. Cliente: implica a capacidade de conquistar, manter e ampliar a clientela, o melhor indicador da capacidade de
sobrevivência e de crescimento da organização.

4. Produtos/serviços: implica a necessidade de diferenciar os produtos e serviços oferecidos em termos de qualidade e


de atendimento. Com a difusão da tecnologia e do conhecimento, haverá uma forte tendência aos produtos e serviços
ficarem cada vez mais parecidos. A vantagem competitiva será agregar elementos como qualidade e atendimento que
possam diferencia-los em relação aos demais concorrentes.

5. Resultados: implica a necessidade de fixar objetivos e perseguir resultados, reduzindo os custos e aumentando a
receita.

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6. Tecnologia: implica a necessidade de acompanhar e de atualizar, continuamente, os progressos tecnológicos
existentes no mercado.

Resposta: D

(QUESTÃO 37 – PROVA A) Para o pleno funcionamento de uma organização, é necessário que 2 (dois) conceitos
sejam postos em prática. O primeiro é a divisão de tarefas a serem executas, e o segundo é a coordenação destas
tarefas para a realização das atividades. Entre os esforços de coordenação necessários para que as atividades
aconteçam na quantidade certa, no tempo certo e na direção certa, é indispensável, exceto:
a) Balanceamento ou equilíbrio das atividades.
b) Integração dos esforços, para que todo trabalho seja orientado para a direção certa.
c) Sincronização ou equilíbrio das velocidades, para que tudo aconteça no tempo certo.
d) Direção das atividades para as pessoas e setores mais produtivos, mesmo que os demais fiquem ociosos.

Questão contextualizada. A Letra D está errada pelo fato de aceitar pessoas ociosas.

Resposta: D

(QUESTÃO 38 – PROVA A) Um sistema pode ser considerado como “aberto” quando há, por exemplo, entradas
(inputs) e saídas (outputs). As organizações, reconhecidamente, se adaptam a estas condições, pois as entradas
(insumos, dados e informações) e as saídas (produtos, conhecimento) acontecem de forma natural em seus diferentes
processos organizacionais. Com relação às demais condições que caracterizam as organizações como sistemas abertos,
assinale a afirmativa incorreta.
a) Importação de energia: existe importação de energia, em alguma forma, do ambiente externo.
b) Transformação: as organizações criam novos produtos, processam materiais, treinam pessoas ou proporcionam
serviços.
c) Diferenciação: as organizações sociais deslocam-se para os papéis de multiplicação e elaboração com maior
especialização de função.
d) Trocas: a troca de dados e informações com o ambiente externo não acontece, por isso algumas empresas são
também caracterizadas como sistemas fechados.

Alguns conceitos da Teoria de Sistemas:

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- Conceito de entrada (input): O sistema recebe entradas (inputs) ou insumos para poder operar. A entrada de um
sistema é tudo o que o sistema importa ou recebe de seu mundo exterior. Pode ser constituída de informação, energia e
materiais.

- Conceito de saída (output): Saída (output) é o resultado final da operação de um sistema. Todo sistema produz uma
ou várias saídas. Por meio da saída, o sistema exporta o resultado de suas operações para o meio ambiente. É o caso de
organizações que produzem saídas como bens ou serviços e uma infinidade de outras saídas (informações, lucros,
pessoas aposentadas ou que se desligam, poluição e detritos etc.).

- Conceito de caixa negra (black box): o conceito de caixa negra refere-se a um sistema cujo interior não pode ser
desvendado, cujos elementos internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido "por fora", através de
manipulações externas ou de observação externa.
Na Cibernética, a caixa negra é uma caixa onde existem entradas (insumos) que conduzem perturbações ao interior da
caixa, e de onde emergem saídas (resultados), isto é, outras perturbações resultantes das primeiras. Nada se sabe sobre
a maneira pela qual as perturbações de entrada se articulam com as perturbações de saída, no interior da caixa. Daí o
nome caixa negra, ou seja, interior desconhecido.

Obs: Acreditamos que a Letra C estaria também errada, pelo fato de o conceito de DIFERENCIAÇÃO estar diferente
do que prescreve Chiavenato:

Diferenciação: a diferenciação de pende das características que cada grupo deve desenvolver para levar a efeito
transações planejadas com a parte do ambiente que lhe foi designada. A diferenciação exige integração a fim de que as
diferentes partes trabalhem conjuntamente.

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Quanto maior a diferenciação tanto mais necessária será a integração. A organização constitui o meio de mediação
entre o indivíduo e seu ambiente mais amplo. Ela proporciona um contexto que estrutura e canaliza suas transações
com o ambiente.

Resposta: D

(QUESTÃO 39 – PROVA A) Todas as organizações, sejam elas ligadas ao processo produtivo ou à comercialização
de um serviço, são caracterizadas por possuírem uma estrutura interna capaz de oferecer um suporte à realização de
suas atividades. No entanto, um dos grandes desafios dos gestores é a escolha da melhor estrutura a ser adotada
internamente, que garanta o alcance das metas e os objetivos organizacionais. Sobre as estruturas organizacionais,
analise.

I. Conjunto de tarefas formais atribuídas às unidades organizacionais – divisões ou departamentos – e às pessoas.


II. As relações de subordinação, incluindo linhas de autoridade, responsabilidade pelas decisões, números de níveis
hierárquicos e amplitude do controle administrativo.
III. O desenho de sistemas para assegurar coordenação eficaz entre as pessoas ao longo das unidades organizacionais.
IV. A relação da organização e de seus departamentos com o ambiente externo, como, por exemplo, fornecedores,
clientes, políticas, legislações etc.

Dentre os itens apresentados, são consideradas definições de estruturas organizacionais apenas.

a) I e III. b) II e III. c) I, II e III. d) I, III e IV.

O item IV está incorreto pelo fato de citar o AMBIENTE EXTERNO. A questão enfatiza a estrutura interna.

Resposta: C

(QUESTÃO 41 – PROVA A) Para sobreviver em um mercado amplamente competitivo, é preciso que as


organizações tenham uma postura estratégica. Ser estratégico para as empresas é, entre outras coisas, planejar e
interagir levando em consideração o ambiente que as circunda. Geralmente, a estratégia organizacional envolve alguns
aspectos fundamentais que são, exceto:
a) É definida e gerenciada apenas pelo nível operacional da organização.
b) É projetada a longo prazo e define o futuro e o destino da organização.
c) Envolve a empresa em sua totalidade para a obtenção de efeitos sinergísticos.

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d) É o processo de planejamento formalizado e de longo alcance empregado para se definir e atingir objetivos
organizacionais.

Em TGA, a Estratégia foi estudada na Teoria Neoclássica, por Peter Drucker. Assim, a abordagem que faremos
será na visão neoclássica.

Conceito de estratégia e de tática


O antigo conceito militar define estratégia como a aplicação de forças em larga escala contra algum inimigo. Em
termos empresariais, podemos definir a estratégia como "a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito
global visando atingir os objetivos no longo prazo. Tática é um esquema específico de emprego de recursos dentro de
uma estratégia geral”.

O modelo prescritivo de planejamento estratégico dos neoclássicos segue cinco estágios, a saber:
a. Formulação dos objetivos organizacionais.
b. Análise externa do ambiente ou auditoria externa.
C. Análise interna da empresa ou auditoria interna.
d. Formulação das alternativas estratégicas e escolha da estratégia a ser utilizada.
e. Desenvolvimento de planos táticos e operacionalização da estratégia.

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Resposta: A

(QUESTÃO 42 – PROVA A) Dentre os mais diversos comportamentos que um indivíduo pode ter, a liderança é um
dos mais importantes. Ser líder é ter o talento de mobilizar as pessoas de um determinado grupo para o alcance de um
objetivo comum. Nas organizações, a presença de líderes é fundamental para influenciar pessoas, comportamentos e
ações, visando atingir as metas de interesse da empresa de forma responsável. A tira a seguir contextualiza, de forma
satírica, a questão da liderança nas organizações.

Tendo em vista as características essenciais de um líder, assinale a seguir a alternativa incorreta.


a) Tomar decisões e ter calma na hora da crise.
b) Ver com clareza os seus objetivos e se esforçar para alcançá-los.
c) Escolher pessoas com características similares, pois a diversidade não faz bem à equipe.
d) Julgar as pessoas, no intuito de que pessoas certas ocupem o lugar certo nos momentos certos.

Questão contextualizada. Veremos alguns conceitos de Liderança, na visão da Teoria das Relação Humanas.

Para os humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, a saber:

1. Liderança como um fenômeno de influência interpessoal: Liderança é a influência interpessoal exercida em uma
situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana para a consecução de um ou mais objetives
específicos.
A liderança ocorre como um fenômeno social e exclusivamente nos grupos sociais. Ela é decorrente dos
relacionamentos entre as pessoas em uma determinada estrutura social. Nada tem a ver com os traços pessoais de
personalidade do líder.

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2. Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo: O grau em que um indivíduo demonstra
qualidade de liderança depende não somente de suas próprias características pessoais, mas também das características
da situação na qual se encontra.
Liderança é um processo contínuo de escolha que permite que a empresa caminhe em direção a sua meta, apesar de
todas as perturbações internas e externas.

3. Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados: Liderança é uma função das necessidades
existentes em uma determinada situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo.

4. Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação: Liderança é o processo
de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada situação.
A liderança depende de variáveis no líder (1), nos subordinados (s) e na situação (v). Ela pode ser definida pela
equação: L = f (1, s,v).

Obs: embora no item 1 da explicação aponte que a liderança nada tem a ver com os traços pessoas
de personalidade do líder, veremos que existe uma Teoria que versa sobre isso: a Teoria dos Traços de
Personalidade.

Teorias de traços de personalidade


São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da
personalidade. Segundo essas teorias, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o
distinguem das demais pessoas. O líder apresenta características marcantes de personalidade por meio das quais pode
influenciar o comportamento das demais pessoas:
1. Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso.
2. Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança.
3. Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa.
4. Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa.

Resposta: C

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(QUESTÃO 52 – PROVA A) Um dos maiores desafios do administrador é motivar as pessoas. Encontrar as
ferramentas certas e aplicá-las para estimular as pessoas é essencial para torná-las confiantes, decididas e
comprometidas para alcançar as metas e objetivos propostos pela organização. Entretanto, conhecer as diversas teorias
que estudam a natureza da motivação humana é o melhor caminho para que os administradores possam realmente
conduzir melhor este processo. Sobre a “teoria da hierarquia das necessidades” de Maslow, marque a alternativa que
traz de forma incorreta os componentes da “satisfação no trabalho”.
a) Necessidades fisiológicas: comida, água, sexo, sono e repouso.
b) Necessidades sociais: amizade dos colegas, interação com clientes e chefe amigável.
c) Necessidades de segurança: trabalho seguro, remuneração e benefícios e permanência no emprego.
d) Necessidades de estima: reconhecimento, responsabilidade, orgulho e reconhecimento e promoções.

. Necessidades fisiológicas. Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital
importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), de abrigo
(frio ou calor), o desejo sexual etc. As necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e
com a preservação da espécie.

. Necessidades de segurança. Constituem o segundo nível das necessidades humanas. São necessidades de segurança,
estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou privação e fuga do perigo. Surgem no comportamento quando as
necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas.

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. Necessidades sociais. Surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança)
encontram-se relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais estão a necessidade de associação, de
participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e de amor. Quando as
necessidades sociais não estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico e hostil em
relação às pessoas que o cercam.

. Necessidades de estima. São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia.
Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e
de consideração.

. Necessidades de auto-realização. São as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia.
Estão relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo. Essa tendência se expressa
por meio do impulso que a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser.

Resposta: A

(QUESTÃO 53 – PROVA A) Uma das características mais presentes nas organizações é grau de autoridade. Em
algumas empresas, a autoridade pode ser centralizada e, em outras, ela pode ser descentralizada. No entanto, vários
fatores podem pesar na decisão sobre qual será a melhor forma a ser adotada por uma empresa, como o tipo de
organização, a sua estrutura, experiências de gestão anteriores, entre outros. Entre as características apresentadas
abaixo, relacione a coluna da direita com a da esquerda e marque a sequência correta.

( ) controle: constitui como o melhor método de controlar e coordenar as atividades e


recursos da organização.
(1) Centralizada ( ) agilidade: o processo decisório é direcionado para o nível local, desta forma a
organização responde rapidamente aos clientes.
( ) independência: estimula a criatividade e independência nas pessoas dos níveis mais
baixos, ajudando a construir um espírito de equipe.
(2) Descentralizada ( ) recursos: administra melhor os recursos. Quando um grande número de atividades
similares são desempenhadas em um mesmo lugar, as economias são possíveis.
a) 2 – 1 – 1 – 1
b) 1 – 2 – 2 – 1
c) 2 – 2 – 1 – 1
d) 1 – 1 – 2 – 2

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Resposta: B

(QUESTÃO 54 – PROVA A) O primeiro passo para conhecer uma organização é conhecer a sua cultura. A cultura
organizacional é a “marca registrada” de uma empresa, ela não é estática, mas sim mutável, pois a maneira como as
pessoas se relacionam, a missão, a filosofia, os valores, entre outros, que são aspectos que formam a cultura de uma
empresa, são dinâmicos e podem sofrer alterações ao longo do tempo. Com relação aos componentes da cultura
organizacional, assinale a alternativa incorreta.
a) Experiências anteriores: compreendem todas as experiências anteriores que o indivíduo tenha vivenciado, como
pessoais, familiares, afetivas etc.
b) Valores compartilhados: são os valores relevantes que se tornam importantes para as pessoas e que definem as
razões pelas quais elas fazem o que fazem.
c) Artefatos: são os mais superficiais, visíveis e perceptíveis. São as coisas que se pode ver, ouvir e sentir quando se
depara com uma organização cuja cultura não é familiar.
d) Pressuposições básicas: é o mais íntimo, profundo e oculto. São as crenças inconscientes, percepções, sentimentos e
pressuposições dominantes e nas quais membros da organização acreditam.

Conceito de Cultura
Cultura é a maneira pela qual cada organização aprendeu a lidar com o seu ambiente. É uma complexa mistura de
pressuposições, crenças, comportamentos, histórias, mitos, metáforas e outras ideias que, tomadas juntas, representam
a maneira particular de uma organização funcionar e trabalhar.
Cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por meio de normas, valores, atitudes e
expectativas, que é compartilhado por todos os membros da organização. A cultura espelha a mentalidade que
predomina em uma organização.
Muitos aspectos da cultura organizacional são percebidos mais facilmente, enquanto outros são menos visíveis e de
difícil percepção. É como se estivéssemos observando um iceberg. A sua parte superior é perfeitamente visível, pois se
encontra na superfície acima das águas. Contudo, a sua parte inferior fica oculta sob as águas e totalmente fora da
visão das pessoas. Da mesma maneira, a cultura organizacional mostra aspectos formais e facilmente perceptíveis,
como as políticas e diretrizes, os métodos e procedimentos, os objetivos, a estrutura organizacional e a tecnologia
adotada.
Contudo, oculta alguns aspectos informais, como as percepções, sentimentos, atitudes, valores, interações
informais, normas grupais, etc. Os aspectos ocultos da cultura organizacional são os mais difíceis não somente de
compreender e de interpretar, como também de mudar ou sofrer transformações.

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Níveis de Cultura
Outra maneira de abordar a cultura é proporcionada por Schein. Para ele, toda cultura existe em três diferentes
níveis de apresentação: artefatos, valores compartilhados e pressuposições básicas.

- Artefatos: constituem o primeiro nível da cultura, o mais superficial, visível e perceptível. São as coisas que se pode
ver, ouvir e sentir quando se depara com uma organização cuja cultura não é familiar. Artefatos são todas aquelas
coisas que, no seu conjunto, definem uma cultura e revelam como a cultura dá atenção a elas. Incluem produtos,
serviços e os padrões de comportamento dos membros de uma organização.
Quando se percorre os escritórios de uma organização, pode-se notar como as pessoas se vestem, como elas falam,
sobre o que conversam, como se comportam, quais as coisas que são importantes e relevantes para elas. Os artefatos
são todas as coisas ou eventos que podem nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura da organização. Os
símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias anuais são também exemplos de artefatos.

- Valores compartilhados: constituem o segundo nível da cultura. São os valores relevantes que se tornam
importantes para as pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam como
justificativas aceitas por todos os membros.

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- Pressuposições básicas: constituem o terceiro nível da cultura organizacional, o mais íntimo, profundo e oculto. São
as crenças inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes e nas quais os membros da
organização acreditam.

Resposta: A

(QUESTÃO 57 – PROVA A) A estratégia organizacional é fundamental para que as empresas possam atingir os seus
objetivos. É composta por um conjunto de elementos, por uma mobilização de recursos, por uma junção de táticas, ou
seja, por tudo aquilo que será necessário para conquistar as metas que foram traçadas pela organização. A tira abaixo
apresenta, de forma satírica, o plano estratégico de uma empresa.

Sobre os requisitos necessários para o desenvolvimento de uma estratégia, assinale a alternativa incorreta.
a) Uma massa crítica de conhecimento.
b) Capacidade de integrar todo este conhecimento.
c) Controle de recursos e vontade de obter benefícios.
d) Definição de metas pouco realistas ou impossíveis de alcançar.

Questão contextualizada.

Resposta: D

(QUESTÃO 60 – PROVA A) Os estudos realizados por Taylor, um dos precursores da administração, tiveram uma
importante contribuição no desenvolvimento das organizações ao longo de sua história, como, por exemplo, na
proposição dos preceitos a serem seguidos pela gerência. Com relação aos preceitos a serem seguidos pela gerência,
conforme proposição de Taylor, marque afirmativa correta.

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a) Princípio do controle: certificar-se de que o trabalho está sendo executado de acordo com os métodos definidos.
b) Princípio de planejamento: distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja
disciplinada.
c) Princípio da execução: substituir o critério individual, a improvisação e a atuação empírica e prática do operário por
métodos baseados em procedimentos científicos.
d) Princípio do preparo: trabalhar no desenvolvimento de um planejamento estratégico voltado para a definição de
cenários futuros que influenciam o ambiente organizacional.

Princípios da administração científica de Taylor


Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios a saber:

1. Princípio de planejamento. Substituir no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação


empírico-prática, por métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência através
do planejamento do método de trabalho.

2. Princípio de preparo. Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e
treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar máquinas e equipamentos em
um arranjo físico e disposição racional.

3. Princípio do controle. Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com os métodos
estabelecidos e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a
melhor possível.

4. Princípio da execução. Distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada.

Resposta: A
FAB 16/17

(QUESTÃO 32 – PROVA A) Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre a corrente da
Administração conhecida como Teoria Clássica. A seguir, marque a opção com a sequência correta.

( ) Predominava a atenção para a estrutura organizacional, para os elementos da Administração, os princípios gerais
da Administração e a departamentalização.
( ) Prevalecia a preocupação básica de aumentar a eficácia da empresa por meio de técnicas específicas de produção.

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( ) Enfatizava a estrutura gerencial, ou seja, a estrutura que encabeçava o funcionamento da organização.
( ) Preponderava a abordagem hierárquica (de cima para baixo), considerando o importante papel das instâncias
detentoras do poder de decisão.

a) F – V – V – F
b) F – F – V – V
c) V – F – F – F
d) V – V – F – V

Questão puramente decoreba. Vejamos a resposta da Banca.

A terceira afirmativa é falsa. A ênfase se dava na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da


organização.
A quarta afirmativa é falsa. A abordagem da Corrente Anatômica e Fisiologista é uma abordagem inversa à da
Administração Científica: de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) para as suas partes
componentes (departamentos). Predominava a atenção para a estrutura organizacional, para os elementos da
Administração, os princípios gerais da Administração e a departamentalização. Esse cuidado com a síntese e com a
visão global permitia a melhor maneira de subdividir a empresa sob a centralização de um chefe principal.

Resposta: C

(QUESTÃO 39 – PROVA A) Baseando-se em Chiavenato (2012), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se
afirma abaixo, sobre a Escola de Administração Científica. A seguir, marque a opção com a sequência correta.

( ) Enfatizava a análise e a divisão do trabalho do operário, uma vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituíam
a unidade fundamental da organização.
( ) Sua preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível
operacional, isto é, no nível dos operários.
( ) Caracterizava-se por realizar uma abordagem horizontal, a fim de analisar a organização empresarial como um
todo.
( ) Atribuía ênfase à integração do operário ao mundo dos negócios, o que exigia a aplicação dos princípios gerais da
Administração em bases tecnológicas.

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a) F – V – V – V
b) V – F – F – F
c) V – V – F – F
d) F – F – V – V

A resposta da Banca está coerente. Vejamos.

A terceira afirmativa é falsa: a abordagem da Administração Científica é uma abordagem de baixo para cima (do
operário para o supervisor e gerente) e das partes (operário e seus cargos) para o todo (organização empresarial).
A quarta afirmativa é falsa. A ênfase nas tarefas é a principal característica da Administração Científica.

Resposta: C
FAB 17/18

(QUESTÃO 33 – PROVA A) A essência das teorias da liderança situacional é que, para ser eficaz, o estilo do líder
tem que se ajustar à situação. Um dos modelos abrangidos por esta teoria destaca que a maturidade do subordinado,
avaliada em termos de grau de capacidade e interesse de fazer um bom trabalho, deve ser considerada ao se definir o
estilo de liderança em determinada situação. Ou seja, quanto mais maduro o seguidor, menos intenso deve ser o uso da
autoridade pelo líder e mais intensa a orientação para o relacionamento. Inversamente, a imaturidade deve ser
gerenciada por meio do uso “forte” da autoridade, com pouca ênfase no relacionamento.
O texto acima se refere a qual modelo de liderança?
a) Fiedler.
b) Blake e Mounton.
c) David McClelland.
d) Hersey e Blanchard.

Questão retirada do livro do Maximiniano.

. Fiedler - o modelo contingencial de liderança proposto por Fiedler se baseia no fato de que não existe um estilo
único e melhor (the best way) de liderança para toda e qualquer situação. Os estilos eficazes de liderança são
contingenciais. Para ele, há três dimensões situacionais que influenciam a liderança eficaz:
1. Relações líder-membros. Refere-se ao sentimento de aceitação do líder pelos membros do grupo e vice-versa. As
relações podem ser boas (em um extremo do continuum) ou pobres (no outro extremo). É uma dimensão mais
importante do que o poder da posição do líder.

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2. Estrutura da tarefa. Refere-se ao grau de estruturação da tarefa, ou seja, ao grau em que o trabalho dos
subordinados é rotineiro e programado (estruturado) ou vago e indefinível (não-estruturado) nos extremos.
3. Poder da posição do líder. Refere-se à dimensão de autoridade formal atribuída ao líder, independentemente do
seu poder pessoal.

. Blake e Mounton – Grade Gerencial: o managerial grid (grade gerencial) pressupõe que o administrador sempre
está voltado para dois assuntos: produção, ou seja, os resultados dos esforços, e pessoas, ou seja, os colegas ou
pessoas cujo trabalho ele dirige. O managerial grid é uma grade composta de dois eixos:

. David McClelland – Teoria das Necessidades Adquirida: a Teoria das Necessidades de McClelland é uma das
muitas teorias que procuram explicar as motivações dos trabalhadores através da satisfação das suas necessidades,
colocando em destaque três motivos ou necessidades básicas na dinâmica do comportamento humano. Para o autor,
nesta sua teoria, McClelland destaca aquilo a que denominou de necessidades adquiridas, que são aquelas em que as
pessoas desenvolvem coma sua experiência ao longo da sua vida, à medida que interagem com os outros e com o seu
ambiente. Segundo McClelland as necessidades humanas são as seguintes: (RPA)
a) a necessidade de realização, que traduz o desejo da pessoa em atingir objetivos que representem desafios em
fazer melhor e mais eficientemente;

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b) a necessidade de poder, isto é, o desejo de controlar, decidir e de influenciar ou ser responsável pelo
desempenho dos outros;
c) a necessidade de afiliação, que representa o desejo de manter relações pessoais estreitas e de amizade.

. Hersey e Blanchard – Maturidade dos Subordinados: para esses autores, a maturidade do subordinado, avaliada
em termos de grau de capacidade e interesse de fazer um bom trabalho, é a principal característica da situação que
qualquer líder enfrenta. A Maturidade deve ser analisada em relação a uma tarefa específica, de forma que uma pessoa
ou grupo não é jamais imaturo de forma completa, porque pode dominar diferentes tarefas de forma diferente.

Quanto mais maduro o seguidor, menos intenso deve ser o uso da autoridade pelo líder e mais intensa a orientação
para o relacionamento. Segundo Hersey e Blanchard, esta ideia principal divide-se em quatro estilos ou formas de
liderança:

. Comando – este estilo, adequado a pessoas com baixo nível de maturidade, prevê alto nível de comportamento
orientado para a tarefa, com pouca ênfase no relacionamento. Um comportamento específico nesse caso é dar ordens e
reduzir o apoio emocional.

. Venda – este estilo compreende alto nível de comportamentos orientados simultaneamente para a tarefa e para o
relacionamento e ajusta-se a pessoas com elevada vontade de assumir responsabilidades, mas pouca experiência ou

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conhecimento. Assim, o líder precisa ser ao mesmo tempo diretivo e oferecer o apoio emocional que reforça o
entusiasmo.

. Participação – Este estilo orienta-se fortemente para o relacionamento, com pouca ênfase na tarefa, e ajusta-se com
grande competência, mas pouco interesse em assumir responsabilidades, devido a sentimentos de insegurança ou
motivação.

. Delegação – esse estilo consiste em dar pouca atenção tanto à tarefa quanto ao relacionamento, ajustando-se a
pessoas que tenham as condições ideais para assumir responsabilidades – competência e motivação.

Resposta: D

(QUESTÃO 47 – PROVA A) O foco na resolução de problemas de tomada de decisão e aplicação em programas de


qualidade total e a construção de modelos capazes de simular situações reais na empresa são marcas principais de uma
das abordagens ou teorias da Administração denominada
a) Matemática.
b) Estruturalista.
c) Contingencial.
d) Desenvolvimento Organizacional.

A TGA recebeu muitas contribuições da Matemática sob a forma de modelos matemáticos para proporcionar
soluções de problemas empresariais. Muitas decisões administrativas são tomadas com base em soluções contidas em
equações matemáticas que simulam situações reais que obedecem a certas leis ou regularidades. A Teoria Matemática
aplicada à solução dos problemas administrativos é conhecida como Pesquisa Operacional (PO).
A maior aplicação da Teoria Matemática reside na chamada Administração das Operações – denominação dada a
vários assuntos da Teoria Matemática em organizações de manufatura e de serviços envolvendo atividades
relacionadas com produtos ou serviços, processos e tecnologia, localização industrial, gerenciamento da qualidade,
planejamento e controle de operações.

A Teoria Matemática desloca a ênfase na ação para a ênfase na decisão que a antecede. O processo decisório é o
seu fundamento básico. Constitui o campo de estudo da Teoria da Decisão que é aqui considerada um desdobramento
da Teoria Matemática. A tomada de decisão é o ponto focal da abordagem quantitativa, isto é, da Teoria Matemática.

Resposta: A

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(QUESTÃO 49 – PROVA A) Preencha as lacunas das assertivas abaixo sobre pontos de vista que podem ser
considerados na mediação do desempenho organizacional.
A __________ significa fazer as coisas certas e evidencia o cumprimento da missão, ou seja, chegar ao resultado
desejado.
O menor consumo de recursos monetários, gastar menos, refere-se à _________.
Já a __________ ressalta o impacto, na medida em que o resultado concretizado mudou determinado panorama.

A sequência de palavras que preenche corretamente as lacunas é


a) eficiência / eficácia / eficiência
b) efetividade / eficiência / eficácia
c) eficácia / eficiência / efetividade
d) eficácia / economicidade / efetividade

Resposta: D

(QUESTÃO 56 – PROVA A) O planejamento estratégico é um processo gerencial de grande importância para


organizações de todos os portes e áreas de atuação, sejam públicas ou privadas. Avalie as afirmações a respeito do
planejamento estratégico.

I. Para a formulação de estratégias competitivas, o entendimento do mercado e das características que permitem
classificar os consumidores em segmentos ou grupos específicos tem importância superior ao entendimento da
concorrência.

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II. Uma das técnicas para estudar um ramo de negócios é a análise estrutural, que consiste em examinar as
características de um ramo de negócios, chamadas fatores estruturais, para identificar o nível e as variações na
lucratividade dos concorrentes.
III. Uma das técnicas mais populares para o estudo do desempenho é a analise de portfólio, desenvolvida pela empresa
americana de consultoria Boston Consulting Group (BCG). A matriz do portfólio de produtos, ou matriz de
crescimento e participação, permite classificar as unidades de negócios ou produtos de acordo com sua participação no
mercado e com a taxa de crescimento do mercado em que atuam.
IV. A estratégia de foco é uma categoria de estratégia genérica e pressupõe que a organização seja a melhor e obtenha
o máximo proveito de mercados ou produtos/serviços selecionados de forma estreita.

Está correto apenas o que se afirma em


a) II e III.
b) III e IV.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.

Estratégia Organizacional
A abordagem contingencial trouxe novos ares para a estratégia organizacional. Em primeiro lugar, a estratégia
deixa de ser um processo formal, rígido e sequencial que seguia etapas preestabelecidas a fim de definir os meios
necessários para alcançar os objetivos. Ela passa a ser um comportamento global e contingente em relação aos eventos
ambientais. Em segundo lugar, ela deixa de ser uma ação organizacional unilateral pura e simples para tentar
compatibilizar todas as condições internas da organização às condições externas e ambientais para definir alternativas
de comportamento da organização no sentido de tirar vantagens das circunstâncias e evitar possíveis ameaças
ambientais.
As mais importantes abordagens contingenciais à estratégia organizacional são: a escola ambiental, a escola do
design e a escola do posicionamento.

1. Escola ambiental: os autores da teoria da contingência visualizam o ambiente mais como um ator e não um fator.
Como consequência, consideram a organização como o elemento passivo e que reage a um ambiente que estabelece as
condições do jogo.
A formulação da estratégia funciona como um processo reativo às forças ambientais. O ambiente é um complexo
conjunto de forças vagas e é delineado por um conjunto de dimensões abstratas.

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2. Escola do design: a escola do desenho estratégico é a abordagem mais influente sobre o processo de formação da
estratégia organizacional. É também chamada abordagem de adequação, pois procura compatibilizar aspectos internos
da organização e aspectos externos do ambiente.
A formulação da estratégia funciona como um processo de concepção, ou seja, como um processo deliberado de
pensamento consciente voltado para objetivos previamente definidos. A responsabilidade pela estratégia pertence ao
executivo principal: o presidente é o estrategista da organização.
Permanece ainda a mentalidade de comando e de controle. O modelo da formação da estratégia deve ser simples e
formal e a estratégia deve ser única e feita sob medida para cada organização.
O mapeamento ambiental e a análise interna proporcionam os meios para a criação da tabela SWOT
(strenghts, weakness, opportunities, threats), a saber:

3. Escola do posicionamento - Modelo do Boston Consulting Group (BCG)


O BCG é uma empresa de consultoria estratégica que montou um modelo de posicionamento estratégico para
atender aos seus clientes corporativos. O modelo BCG parte da premissa de que a organização precisa ter um portfólio
de produtos com diferentes taxas de crescimento e diferentes participações de mercado. O modelo está baseado em
quatro tipos de produtos que determinam o fluxo de caixa de um produto:

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a. Vacas leiteiras. São produtos com alta participação de mercado e crescimento lento. Produzem grandes volumes
de caixa, acima do reinvestimento necessário para manter a participação. Esse excesso não precisa e nem deve ser
reinvestido nesses produtos. São produtos que fornecem fundos para o crescimento futuro da organização.

b. Vira-latas. São produtos com baixa participação de mercado e baixo crescimento. São evidências de fracasso e
desnecessários ao portfólio, pois não têm valor, exceto em liquidações.

Todos os produtos acabam se tornando vacas leiteiras ou vira-latas.

c. Crianças-problema. São produtos de baixa participação de mercado e alto crescimento. Quase sempre exigem
mais dinheiro do que podem gerar. Se esse não for aplicado, eles irão cair e morrer. São produtos que podem ser
convertidos em estrelas com os fundos adicionais.

d. Estrelas. São produtos de alta participação e alto crescimento. Quase sempre apresentam lucros, mas podem ou
não gerar todo o seu próprio caixa. São produtos que garantem o futuro.

Resposta: D

(QUESTÃO 60 – PROVA A) A melhoria do desempenho da Administração Pública requer, dentre outros, aprimorar
a qualidade da oferta dos serviços à população, formar equipes comprometidas com os objetivos das instituições e
obter ganhos em produtividade.

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Diversas técnicas e modelos existem para que uma organização, mesmo pública, possa alcançar melhor
desempenho. Associe corretamente alguns deles com uma de suas respectivas características:

Técnica / Modelo Características


( ) Propicia um contexto para que as decisões relacionadas com as operações
1 - Kaizen cotidianas possam ser alinhadas com a estratégia e a visão organizacional.
2 - Qualidade total ( ) Tem como meta a definição de objetivos de gestão e sua legitimação por meio
de comparações externas.
3 - Benchmarking ( ) Considera que a mudança é endêmica. Nada é estático e nem há manutenção
do status quo, pois tudo deve ser revisto continuamente.
4 - Balanced Scorecard ( ) Constrói relações colaborativas no sentido de dar força aos conhecimentos,
(BSC) experiências, capacidades e maneiras de fazer as coisas que as pessoas devem
utilizar.
5 - Aprendizagem ( ) Nele, o controle burocrático _rígido, unitário e centralizador_ cede lugar para
Organizacional o controle pelas pessoas envolvidas _solto, coletivo e descentralizado.

A sequência correta dessa associação é:


a) (1); (2); (5); (3); (4).
b) (2); (4); (3); (1); (5).
c) (4); (3); (1); (5); (2).
d) (5); (3); (2); (4); (1).

. Qualidade Total: A qualidade sempre foi – ao lado da quantidade - um aspecto importante da produção. Três
princípios básicos caracterizam a visão japonesa sobre qualidade, conhecida como Total Quality Management (TQM),
a saber:

a. Qualidade é construída e não apenas inspecionada. Não se trata de corrigir erros ou desvios apenas, mas antes de
tudo, melhorar para evitar e prevenir futuros erros ou desvios.

b. A melhoria da qualidade economiza dinheiro. Se a qualidade é vista como resultado da inspeção, a qualidade custa
dinheiro. Mas se a qualidade melhora porque a organização melhora o desenho do produto e do processo produtivo, a
organização reduz o desperdício e as rejeições, economiza dinheiro na produção e aumenta a satisfação do cliente.

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c. A qualidade repousa no princípio da melhoria contínua (kaizen) por meio de melhorias incrementais nos produtos e
processos. O conceito de defeito zero estabelece o nível de defeitos que é aceitável, o que significa que a qualidade
deve ser continuamente melhorada.

. Benchmarking: o benchmarking foi introduzido em 1979 pela Xerox, como um "processo contínuo de avaliar
produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e daquelas empresas que são reconhecidas como líderes
empresariais". Spendolini agrega que o benchmarking é um processo contínuo e sistemático de pesquisa para avaliar
produtos, serviços, processos de trabalho de empresas ou organizações que são reconhecidas como representantes das
melhores práticas, com o propósito de aprimoramento organizacional. Isso permite comparações de processos e
práticas administrativas entre empresas para identificar o "melhor do melhor" e alcançar um nível de superioridade ou
vantagem competitiva.

. Balanced Scorecard (BSC): O BSC é um método de administração focado no equilíbrio organizacional e se baseia
em quatro perspectivas básicas, a saber:
. Finanças
. Clientes
. Processos internos
. Crescimento e aprendizado

O BSC busca estratégias e ações equilibradas em todas as áreas que afetam o negócio da organização como um
todo, permitindo que os esforços sejam dirigidos para as áreas de maior competência e detectando e indicando as áreas
para eliminação de incompetências. É um sistema focado no comportamento e não no controle.

. Aprendizagem organizacional: O aprendizado deve ser organizado e contínuo, afetando e envolvendo todos os
membros da organização e não apenas alguns deles. As organizações bem-sucedidas estão se transformando em
verdadeiros centros de aprendizagem. Por essa razão, recebem o nome de organizações de aprendizagem. São
organizações que aprendem por meio de seus membros.

Resposta: C

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FAB 18/19

(QUESTÃO 33 – PROVA A) O planejamento estratégico organizacional pode ser classificado em três tipos. Quais
são eles?
a) Operacional, Tático e Estratégico.
b) Financeiro, de Gestão e Prospectivo.
c) Tecnológico, Gerencial e Imaginativo.
d) Operacional, Tático e Interconectado.

A questão foi mal elaborada. Deveria vir perguntado os tipos de planejamento e não os tipos de planejamento
estratégico.

Resposta: ANULADA

(QUESTÃO 37 – PROVA A) A motivação procura explicar como as pessoas se comportam. Na abordagem da


Administração Clássica, o homem é motivado exclusivamente pela busca do dinheiro e pelas recompensas materiais e
salariais do trabalho.
Já de acordo com a teoria das Relações Humanas, o ser humano é motivado por meio de quais recompensas?
a) Salarial moral.
b) Social e simbólica.
c) Pessoal e funcional.
d) Financeira e situacional.

Homem Social: Com a Teoria das Relações Humanas, surge uma nova concepção sobre a natureza do homem: o
HOMEM SOCIAL, que se baseia nos seguintes aspectos:

1. Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, dotadas de sentimentos, desejos e temores.


O comportamento no trabalho – como o comportamento em qualquer lugar – é uma consequência de muitos fatores
motivacionais.

2. As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio dos grupos sociais com
que interagem. Dificuldades em participar e em se relacionar com o grupo provocam elevação da rotatividade de
pessoal (turnover), abaixamento do moral, fadiga psicológica, redução dos níveis de desempenho etc.

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3. O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo estilo de supervisão e liderança. O supervisor eficaz é
aquele que possui habilidade para influenciar seus subordinados, obtendo lealdade, padrões elevados de desempenho e
alto compromisso com os objetivos da organização.

4. As normas sociais do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros. Os níveis
de produção são controlados informalmente pelas normas do grupo. Esse controle social adota tanto sanções positivas
(estímulos, aceitação social etc.) como negativas gozações, esfriamento por parte do grupo, sanções simbólicas etc.).

Resposta: B

(QUESTÃO 40 – PROVA A) As últimas décadas caracterizam-se pelo aumento da velocidade das mudanças sociais,
científicas e econômicas no cenário nacional e internacional. Este cenário refletiu nos mercados consumidores, que se
tornaram mais exigentes, e nos mercados fornecedores, que ficaram mais competitivos. Neste ambiente, os gestores
buscam cumprir objetivos estabelecidos, atendendo aos critérios de eficiência e eficácia.
Sobre os conceitos de eficiência e eficácia, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir.
( ) Eficácia é fazer as coisas certas.
( ) Eficácia é produzir alternativas criativas.
( ) Eficiência é maximizar a utilização de recursos.
( ) Eficiência é fazer as coisas de maneira adequada.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


a) (V); (F); (V); (V).
b) (F); (V); (F); (F).
c) (F); (F); (V); (F).
d) (V); (V); (F); (V).

Essa questão foi retirada do livro Gestão de Sistema de Produção e Operações: produtividade, lucratividade e
competitividade – do curso de Engenharia de Produção.
O que causou estranheza nos candidatos foi o segundo item: Eficácia é produzir alternativas criativas.

Nota: se essa é a visão do autor, e a banca copiou e colou, não há o que se argumentar. Só aceitar.

Resposta: D

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(QUESTÃO 54 – PROVA A) Compreende-se como poder a capacidade de limitar a escolha dos outros. Quanto ao
poder coercitivo entende-se que tende a coagir e pressionar, criando uma reação de alienação ou afastamento das
pessoas submetidas a ele.

Sendo assim, em qual situação justifica-se o poder coercitivo, quando a administração acredita ser necessário para:

a) Atender aos interesses de pessoas de nível hierárquico superior.


b) O cumprimento das expectativas de gestores e membros da organização.
c) O cumprimento das ordens dadas para alcançar os objetivos organizacionais.
d) Alinhamento entre o planejamento estratégico e o que foi proposto na organização.

A Teoria Estruturalista expõe três tipos de poder: coercitivo, normativo e utilitário, que são estudadas junto com a
chamada Tipologia das Organizações.
Assim, temos:

Para Etzioni, os meios de controle utilizados pela organização podem ser classificados em três categorias: controle
físico, material ou simbálico.

a. Controle físico. É o controle baseado na aplicação de meios físicos ou de sanções ou ameaças físicas. O controle
físico procura fazer com que as pessoas obedeçam por meio de ameaças de sanções físicas, da coação, da imposição,
da força e do medo das consequências. A motivação é negativa e baseia-se em punições. Corresponde ao poder
coercitivo.

b. Controle material. É o controle baseado na aplicação de meios materiais e de recompensas materiais. As


recompensas materiais são constituídas de bens e de serviços oferecidos. A concessão de símbolos (como dinheiro ou

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salário) que permitem adquirir bens e serviços é classificada como material, porque o resultado para quem recebe é
semelhante ao de meios materiais. É o controle baseado no interesse, na vantagem desejada e nos incentivos
econômicos e materiais.

c. Controle normativo. É o controle baseado em símbolos puros ou em valores sociais.


Existem símbolos normativos (como de prestígio e estima) e sociais (como de amor e aceitação). É o controle
moral e ético, por excelência, e baseia- se em convicção, fé, crença e ideologia. A utilização do controle normativo
corresponde ao poder normativo-social ou poder normativo.

Resposta: C

(QUESTÃO 55 – PROVA A) A teoria dos dois fatores, desenvolvida por Herzberg, procura explicar o
comportamento de trabalho dos indivíduos com base, como o próprio nome sugere, em dois fatores. Quais são eles?
a) Fatores endêmicos ou temporais e Fatores motivacionais ou intrínsecos.
b) Fatores higiênicos ou extrínsecos e Fatores motivacionais ou intrínsecos.
c) Fatores higiênicos ou intrínsecos e Fatores motivacionais ou temporais.
d) Fatores endêmicos ou extrínsecos e Fatores motivacionais ou temporais.

Teoria dos dois fatores de Herzberg


Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento das pessoas em situação de
trabalho. Para ele existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas:

1. Fatores higiênicos - ou fatores extrínsecos pois estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as
condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas condições são administradas e decididas pela
empresa, os fatores higiênicos estão fora do controle das pessoas.
Os principais fatores higiênicos são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão que as pessoas
recebem de seus superiores, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de
relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos etc. São fatores de contexto e se situam no
ambiente externo que circunda o indivíduo.

2. Fatores motivacionais, ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o CONTEÚDO DO CARGO e com a
natureza das tarefas que a pessoa executa. Os fatores motivacionais estão sob o controle do indivíduo, pois estão
relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento
profissional e auto-realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho.

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Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas. Porém, quando são precários,
eles evitam a satisfação. Por estarem relacionados com a satisfação dos indivíduos, Herzberg também os chama de
fatores satisfacientes.

Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si.

Resposta: B

(QUESTÃO 59 – PROVA A) Existem três níveis de elaboração de planejamentos: estratégico, tático e operacional.
O tático é o planejamento concebido para uma unidade
a) social, com foco em assegurar poder de parcimônia na população.
b) monetária, a fim de assegurar que a mesma tenha paridade internacional.
c) educacional, com vistas a gerar maior visibilidade de seus cursos e disciplinas.
d) organizacional, como departamento ou divisão, subsidiária ou equipe multifuncional.

Essa questão foi retirada do livro Planejamento Estratégico, do Chiavenato.

Existem três níveis de elaboração dos planos estratégicos. Quase sempre os processos de planejamento envolve
uma mistura desses três níveis, aperar da predominância de um deles.

. Planejamento Estratégico: é o planejamento concebido para a organização como uma totalidade. Em geral, parte de
cima para baixo, envolve a organização como um sistema integrado e é focado no longo prazo. Seu horizonte temporal
pode chegar entre 5 a 10 anos, dependendo da natureza e dos objetivos que pretende alcançar.
Em geral, é da responsabilidade da cúpula da organização, podendo congregar a participação envolvente de todos
os mais níveis organizacionais. Está voltado para as atividades fins da organização.

. Planejamento Tático: é o planejamento concebido para uma unidade organizacional, como departamento ou divisão,
subsidiária ou equipe multifuncional. Trabalha com a decomposição dos objetivos definidos no planejamento
estratégico.
Em geral, deve estar atrelado de alguma forma ao planejamento estratégico da organização e focaliza o médio
prazo, como o exercício fiscal ou anual da organização. Tem por finalidade a utilização eficiente e eficaz dos recursos
disponíveis para a consecução de objetivos previamente estabelecidos para a unidade em questão. Está voltado para
as atividades-meio da organização.

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. Planejamento Operacional: é o planejamento concebido para uma operação ou atividade específica da organização.
Em geral, envolve uma operação e é focado no curto prazo, algo como dias, semanas ou meses. Assim, constitui a
formalização por meio de documentos escritos, processos e métodos de trabalho para cada plano operacional. Trabalha
com recursos, procedimentos, produtos ou resultados finais, prazos e responsáveis pela sua implementação e execução.

Resposta: D

(QUESTÃO 60 – PROVA A) A inovação pode ser compreendida pela busca das necessidades de mercado, visando
atendê-las com ofertas adequadas de produtos e serviços. Para ser inovadora, a organização deve examinar os
horizontes em busca de oportunidades para

a) prestar contas.
b) organizar despesas.
c) satisfazer os clientes.
d) atuar no planejamento.

Essa questão foi retirada do livro Planejamento Estratégico, do Chiavenato.

INOVAÇÃO
A inovação deveria estar no coração da estratégia. Na tradição clássica dominante, uma forte orientação para o
mercado é essencial para a inovação bem-sucedida. Nessa concepção, a inovação efetiva vem da busca das
necessidades do mercado e com o intuito de atendê-las com ofertas adequadas de produtos e serviços.
Para serviços e para bens manufaturados, uma forte orientação de mercado expressa por pesquisa de mercado,
testes extensivos e capacidade de reação às necessidades do cliente é vital para o sucesso na inovação. A implicação
dessa orientação para o mercado é simples. Ao conduzir o processo de inovação, a pressão para a tecnologia feita por
departamentos P&D deve ser substituída pela demanda do mercado do Marketing.
Para ser inovadora e efetiva, a organização deve examinar constantemente os horizontes em busca de novas
oportunidades para satisfazer os clientes. Para inovar com sucesso, a organização precisa criar clientes e satisfazê-los.

Resposta: C

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GESTÃO DE PESSOAS

FAB 14/15

(QUESTÃO 31 - PROVA A) Selecionar pessoas é um dos processos de maior importância, não só no contexto da
gestão de pessoas, mas, sobretudo, para a organização como um todo. O sucesso do negócio depende diretamente do
sucesso de cada pessoa no alcance das metas individuais. Nesse sentido, planejar de forma eficiente um programa de
recrutamento e seleção é fundamental para que as pessoas certas, com as competências certas, tenham sucesso no
desempenho de suas funções. Com relação aos processos que podem ser utilizados para a obtenção de informações
sobre o cargo a que a empresa pretende preencher, bem como suas características, assinale a alternativa incorreta.
(A) Competências individuais requeridas: são as competências que a organização exige do candidato para ocupar
determinada posição.
(B) Requisição de empregado: consiste na verificação dos dados na requisição do empregado, preenchido pelo chefe
direto, especificando as características e os requisitos que o candidato ao cargo deverá possuir.
(C) Descrição e análise do cargo: é uma análise do cargo com base no mercado, onde diversas variáveis são estudadas,
como, por exemplo, níveis salariais praticados, características físicas e profissionais dos candidatos etc..
(D) Análise do cargo no mercado: é utilizado quando uma empresa possui poucas informações sobre uma atividade
nova. Nesse caso, a empresa busca informações no mercado, analisando empresas similares com atividades
comparáveis.

Sistemas ou Processos de Gestão de Pessoas

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Recrutamento

. Recrutamento é um conjunto de atividades desenvolvidas para atrair candidatos qualificados para uma organização.

. Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e
capazes de ocupar cargos na organização. É basicamente um sistema de informação, pelo qual a organização divulga e
oferece ao mercado de recursos humanos as oportunidades de emprego que pretende preencher.

. Recrutamento é o processo de atrair um conjunto de candidatos para um cargo particular. Deve anunciar a
disponibilidade do cargo no mercado e atrair candidatos qualificados para disputá-lo. O mercado do qual a organização
tenta buscar os candidatos pode ser interno, externo ou uma combinação de ambos. Em outras palavras, a organização
deve buscar candidatos dentro dela, fora dela ou em ambos os contextos.

. Recrutamento é o conjunto de políticas e ações destinadas a atrair e agregar talentos à organização para dotá-la das
competências necessárias ao seu sucesso.

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Seleção

. Seleção é o processo de escolher o melhor candidato para o cargo.

. Seleção é o processo pelo qual uma organização escolhe, de uma lista de candidatos, a pessoa que melhor alcança os
critérios para a posição disponível, considerando as atuais condições de mercado.

. Seleção é a obtenção e o uso da informação a respeito de candidatos recrutados externamente para escolher qual
deles deverá receber a oferta de emprego.

. Seleção é um processo decisório baseado em dados confiáveis para agregar talentos e competências capazes de
contribuir no longo prazo para o sucesso da organização.

Modelos de Seleção

Obs: O modelo de agregação de valor é superior aos demais modelos de tratamento, pois é a melhor maneira de
aumentar o capital humano da organização.

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Bases de comparação para selecionar pessoas

As bases de referência e comparação para o processo seletivo podem ser:

Descrição e análise do cargo


Constituem o levantamento dos aspectos intrínsecos (conteúdo do cargo) e extrínsecos (fatores de especificações
que retratam os requisitos que o cargo exige do seu ocupante) do cargo. Permitem informações sobre os requisitos e as
características que o candidato deve possuir. Com essas informações, o processo de seleção pode se concentrar na
pesquisa e na avaliação desses requisitos e nas características dos candidatos que se apresentam.

1. Competências requeridas pela empresa: servem como referência básica para comparar e avaliar as competências
individuais oferecidas pelos candidatos.

2. Técnica dos incidentes críticos: consiste na anotação sistemática de desempenho excelente ou péssimo no trabalho.
Os aspectos desejáveis (que melhoram o desempenho) ou indesejáveis (que pioram o desempenho) servem de base
para comparação na investigação de futuros candidatos. É uma técnica subjetiva pelo fato de se basear no arbítrio do
gerente ou de sua equipe de trabalho, quando aponta as características desejáveis e indesejáveis do futuro ocupante.
Mas constitui um excelente meio de coleta de dados a respeito de cargos, cujo conteúdo depende basicamente de
características pessoais que o ocupante do cargo deve possuir para um desempenho bem-sucedido.

Requisição de pessoal
A requisição de pessoal (RP) é a chave de ignição para iniciar o processo seletivo. É uma ordem de serviço que o
gerente emite para solicitar um novo ocupante de determinado cargo vago. A RP dispara o início do processo seletivo
que trará um novo funcionário para aquele cargo. Nas organizações nas quais não existe um sistema estruturado de
descrição e análise dos cargos, a RP é o formulário que o gerente preenche e assina e no qual existem vários campos
para poder anotar quais os requisitos desejáveis do futuro ocupante.

Análise do cargo no mercado


Quando a organização não dispõe de informações sobre os requisitos e as características do cargo a preencher, por
se tratar de algum cargo novo ou cujo conteúdo tenha sido alterado, lança-se mão da pesquisa de mercado. Em um
mundo em constante mudança, os cargos também mudam e, muitas vezes, é preciso saber o que estão fazendo as
outras organizações no mercado. A pesquisa serve como coleta e obtenção de informações a respeito. O cargo
comparado chama-se cargo representativo ou cargo de referência (benchmark job).

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Modernamente, as empresas estão fazendo benchmarking, isto é, comparando seus cargos com a estrutura dos
cargos de empresas bem-sucedidas no sentido de desenhá-los ou adequá-los às demandas do mercado.

Hipótese de trabalho
Caso nenhuma das alternativas anteriores possa ser utilizada para obter informações a respeito do cargo a ser
preenchido, resta o uso de uma hipótese de trabalho: uma previsão do conteúdo do cargo e sua exigibilidade em
relação ao ocupante (requisitos e características) como uma simulação inicial.

Resposta: C

(QUESTÃO 32 - PROVA A) Para Chiavenato (2009), a análise de cargos concentra-se em quatro áreas de requisitos
quase sempre aplicadas a qualquer tipo ou nível de cargo: requisitos mentais, requisitos físicos, responsabilidades
envolvidas e condições de trabalho. Sobre os fatores que compõem cada um destes requisitos, assinale a alternativa
correta.
(A) Boa aparência e vestuário adequado são considerados requisitos físicos.
(B) Adaptabilidade ao cargo e aptidões necessárias são considerados requisitos mentais.
(C) Nível salarial e benefícios são considerados aspectos relativos às condições de trabalho.
(D) Cuidado com a aparência e com o vocabulário no ambiente de trabalho são aspectos inerentes às responsabilidades
envolvidas.

Descrição e Análise de Cargos

Descrição de Cargo: Descrever um cargo significa relacionar o que o ocupante faz, como ele faz, sob quais condições
ele faz e por que ele faz. A descrição de cargo é um retrato simplificado do conteúdo e das principais
responsabilidades do cargo, define o que o ocupante faz, quando faz, como faz, onde faz e por que faz.

• Descrição de cargos é uma definição escrita do que o ocupante do cargo faz, como e por que faz.

• Descrição de cargos é um documento escrito que identifica, descreve e define um cargo em termos de deveres,
responsabilidades, condições de trabalho e especificações.

• Descrição de cargos é uma definição escrita do que o ocupante do cargo faz, como e em que condições o cargo é
desempenhado. Essa definição é utilizada para definir as especificações do cargo, relacionando os conhecimentos, as
habilidades e as capacidades necessárias ao desempenho satisfatório do cargo.

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- Análise de Cargo: Analisar um cargo significa detalhar o que este exige do seu ocupante em termos de
conhecimentos, habilidades e capacidades para desempenhá-lo adequadamente. A análise é feita a partir da descrição
do cargo.
Embora sejam intimamente relacionadas, a diferença é que enquanto a descrição de cargos focaliza o conteúdo (o
que, o ocupante faz, quando faz, como faz e por que faz), a análise de cargos procura determinar quais são os
requisitos físicos e mentais necessários ao ocupante, as responsabilidades que o cargo lhe impõem e as condições em
que o trabalho deve ser feito.

• Análise de cargos é a informação a respeito do que o ocupante do cargo faz e os conhecimentos, as habilidades e as
competências que ele precisa para desempenhar o cargo adequadamente.

• Análise de cargos é o processo sistemático de coletar informação utilizada para tomar decisões a respeito de cargos.
A análise de cargos identifica as tarefas, os deveres e as responsabilidades de um cargo em particular.

• Análise de cargos é o procedimento para determinar os requisitos de deveres e responsabilidades de um cargo e o


tipo de pessoa que deverá ocupá-lo.

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Resposta: B

(QUESTÃO 33 – PROVA A) Nos últimos anos, o avanço tecnológico, a velocidade das informações e a
implementação de novas teorias administrativas levaram as empresas atuais a se verem inseridas em um mercado cada
vez mais dinâmico e competitivo. Muitas dessas empresas, passaram a perceber que a chave para a obtenção de
sucesso nesse ambiente é o constante investimento no treinamento e desenvolvimento de seus colaboradores. Deste
modelo, assinale a alternativa que traduz de forma correta a moderna visão de treinamento e desenvolvimento.
(A) Os programas de treinamento e desenvolvimento visam tão somente o cumprimento de certas exigências legais e
sindicais, com o propósito de diminuir a ocorrência de acidentes de trabalho e demais afastamentos.
(B) Treinamento e desenvolvimento é um processo de aprendizagem voltado para o condicionamento dos
colaboradores para a execução de tarefas e para o crescimento da pessoa em nível de conhecimento, habilidades e
atitudes.
(C) Treinar e desenvolver pessoas significa capacitá-las para o desenvolvimento de uma tarefa em específico, tendo
como foco um alto nível de especialização do funcionário na execução de certa atividade, visando apenas a
produtividade.
(D) Atualmente, devido aos crescentes custos inerentes à manutenção de um programa de treinamento e
desenvolvimento, que na maioria das vezes não traz o retorno esperado, as empresas estão optando por deixá-las em
um segundo plano.

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Treinamento e Desenvolvimento

- Treinamento: O conceito de treinamento pode assumir vários significados. No passado, alguns especialistas em
RH consideravam o treinamento como um meio para adequar a pessoa ao seu cargo e desenvolver a força de trabalho
da organização a partir do simples preenchimento de cargos.
Mais recentemente, o conceito foi ampliado para considerar o treinamento como um meio para melhorar o
desempenho no cargo. E quase sempre o treinamento tem sido entendido como o processo pelo qual a pessoa é
preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve ocupar. Modernamente, o
treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas,
criativas e inovadoras a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais e se tornar cada vez mais valiosas.
Assim, o treinamento é uma fonte de lucratividade ao permitir que as pessoas contribuam efetivamente para os
resultados do negócio.
Nesses termos, o treinamento é uma maneira eficaz de agregar valor às pessoas, à organização e
consequentemente aos clientes. Enriquece o patrimônio humano das organizações e é o responsável pela formação do
capital intelectual das organizações.

• Treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais
produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a
produtividade dos indivíduos em seus cargos influenciando seus comportamentos.

• Treinamento é o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades básicas de que necessitam para
desempenhar seus cargos.

• Treinamento é o processo sistemático de alterar o comportamento dos empregados na direção do alcance dos
objetivos organizacionais. O treinamento está relacionado com as atuais habilidades e capacidades exigidas pelo cargo.
Sua orientação é ajudar os empregados a utilizar com sucesso suas principais habilidades e capacidades.

• Treinamento é a experiência aprendida que produz uma mudança relativamente permanente em um indivíduo e que
melhora sua capacidade de desempenhar um cargo. Pode envolver uma mudança de habilidades, conhecimento,
atitudes ou comportamento. Isso significa mudar o que os empregados conhecem, como eles trabalham, suas atitudes
diante do trabalho e suas interações com os colegas ou supervisor.

• Treinamento é o processo educacional de curto prazo e aplicado de maneira sistemática e organizada, pelo qual as
pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e competências em função de objetivos previamente definidos.

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Ciclo do Treinamento

Programa de Treinamento
O desenho do projeto ou do programa de treinamento é a segunda etapa do processo. Refere-se ao planejamento
das ações de treinamento e deve ter um objetivo específico: feito o diagnóstico das necessidades de treinamento ou o
mapeamento do gap entre as competências disponíveis e as necessárias, torna-se mister desenhar o programa que
atenda a essas necessidades em um conjunto integrado e coeso.

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O programa deve ter objetivos bem definidos que servirão de métricas para garantir o sucesso e deve estar alinhado
com os objetivos organizacionais. Assim, programar o treinamento significa definir os sete ingredientes básicos
descritos na Figura 8, a fim de atingir objetivos.
O programa de treinamento deve estar associado com as necessidades estratégicas da organização.

Técnicas de Treinamento

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Desenvolvimento
O desenvolvimento de pessoas está mais relacionado com a educação e a orientação para o futuro do que o
treinamento. Por educação, entende-se as atividades de desenvolvimento pessoal que estão relacionadas com os
processos mais profundos de formação da personalidade e da melhora da capacidade de compreender e interpretar o
conhecimento, mais do que com a repartição de um conjunto de fatos e informações a respeito de habilidades motoras
ou executoras.

O desenvolvimento está mais focalizado no crescimento pessoal do empregado e visa à carreira


futura, e não apenas ao cargo atual.

Resposta: B

(QUESTÃO 34 – PROVA A) Os estudos desenvolvidos sobre a liderança e seus princípios nos dias de hoje vêm
acompanhados com questões importantes sobre poder e autoridade. Muitos autores evidenciam a ligação que existe
entre estas questões. No entanto, é de conhecimento geral que os líderes são pessoas que desenvolveram certas
capacidades relacionadas à condução de grupos a um determinado objetivo comum. Nesse sentido, a figura do líder é
importantíssima no contexto organizacional. Sobre as principais definições e características dos líderes, marque a
alternativa incorreta.
(A) Liderança é a arte de mobilizar os outros a batalhar por aspirações compartilhadas.
(B) Liderança é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados, através de pessoas engajadas.
(C) Coragem é uma característica importante do líder, ou seja, não só representa uma pessoa corajosa, mas faz com
que as outras pessoas acreditem na sua disposição e garra e desenvolvam uma relação de confiança.
(D) Autoridade é uma característica que leva ao entendimento da ligação entre poder e liderança, já que ser líder é,
também, ter poder sobre outras pessoas, sendo assim, o líder passa a representar um grupo e passa a ter autoridade
sobre ele, concentrando informações e sendo centralizador. Estas seriam características do líder democrático.

Chiavenato (Novos Tempos)

Liderança
A liderança é, de certa maneira, um tipo de poder pessoal. Por meio dela, uma pessoa influencia outras em função
dos relacionamentos existentes.

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A influência é uma transação interpessoal, na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o
comportamento de outra, de maneira intencional. Assim, sempre se encontra um líder – aquele que influencia – e os
lidera dos – os que são influenciados. A influência é um conceito ligado ao conceito de poder e de autoridade.

Poder
O poder significa o potencial de influência de uma pessoa sobre outra ou outras, que pode ou não ser exercido. O
poder em uma organização é a capacidade de afetar e controlar as ações e decisões das outras pessoas, mesmo quando
elas possam resistir.

Autoridade
A autoridade é o poder legítimo, ou seja, o poder que tem uma pessoa em virtude do papel ou posição que exerce
em uma estrutura organizacional. É o poder legal e socialmente aceito. Uma pessoa que ocupa uma alta posição em
uma organização tem poder pelo fato de que seu cargo tem o que chamamos de poder de posição.

Existem cinco tipos diferentes de poder que um líder pode possuir:

Resposta: D

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FAB 15/16

(QUESTÃO 40 – PROVA A) O desenvolvimento organizacional é uma abordagem especial de mudança


organizacional que ocorre com a participação de seus colaboradores, isto acontece porque uma organização não se
desenvolve sozinha. Um processo de transformação e aprendizagem organizacional passa primeiro por um processo de
transformação e aprendizagem individual. Sobre as fases que integram um processo de mudança organizacional,
relacione a coluna da direita com a da esquerda e depois marque a sequência correta nas alternativas abaixo.

(1) Diagnóstico
(2) Reforço
(3) Intervenção

( ) Necessário para estabilizar e manter a nova situação, através de retroação. Geralmente é obtido através de reuniões
e avaliações periódicas que servem de retroinformação a respeito da mudança alcançada.
( ) Uma ação para alterar a situação atual. Geralmente é definida e planejada através de workshops e discussões entre
pessoas e grupos envolvidos para determinar as ações e os rumos adequados para a mudança.
( ) Processo consciente de pensamento, que justifica as decisões e as ações, está impregnado nos “porquês” do
discurso dos atores da organização.

A sequência correta dessa classificação é:

a) 1 – 2 – 3 b) 2 – 3 – 1 c) 3 – 1 – 2 d) 3 – 2 – 1

Desenvolvimento Organizacional
O Desenvolvimento Organizacional (DO) e uma abordagem de mudança organizacional na qual os próprios
colaboradores formulam a mudança necessária e a implementam através da assistência de um consultor interno ou
externo. O DO apresenta as seguintes características:

1. O DO é baseado na pesquisa e ação. O que significa coletar dados sobre uma unidade (como unidade
organizacional, departamento ou a organização inteira), e alimentar os colaboradores com esses dados a fim de que
eles analisem e desenvolvam hipóteses sobre como essa unidade deveria ser se ela fosse excelente. Em outros termos,
o DO utiliza um diagnóstico da situação (pesquisa) e uma intervenção para alterar a situação (ação) e, posteriormente,
um reforço positivo para estabilizar e manter a nova situação.

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2. O DO aplica os conhecimentos das ciências comportamentais. Com o propósito de melhorar a eficácia da
organização.

3. O DO muda atitudes, valores e circunstâncias dos funcionários. Para que eles próprios possam identificar e
implementar as mudanças – sejam técnicas, procedurais, comportamentais, estruturais ou outras - necessárias para
melhorar o funcionamento da organização.

4. O DO muda a organização rumo a uma determinada direção. Como a melhoria na solução dos problemas,
flexibilidade, reatividade, incremento da qualidade do trabalho, mudança cultural e aumento da eficácia.

Processo de DO
O DO utiliza um processo dinâmico composto de três fases distintas:

1. Diagnóstico. É feita a partir da pesquisa sobre a situação atual. Em geral, o diagnóstico é uma percepção a respeito
da necessidade de mudança na organização ou em parte dela. O diagnóstico deve ser obtido através de entrevistas ou
pesquisas com as pessoas ou grupos envolvidos.

2. Intervenção. E uma ação para alterar a situação atual. Geralmente, a intervenção é definida e planejada através de
workshops e discussões entre as pessoas e grupos envolvidos para determinar as ações e os rumos adequados para a
mudança.

3. Reforço. É um esforço para estabilizar e manter a nova situação, através de retroação. Em geral, o reforço e obtido
através de reuniões e avaliações periódicas que servem de retroinformas; ao a respeito da mudança alcançada.
Na realidade, o DO funciona como um processo planejado e negociado de mudança organizacional. O
conceito de mudança é baseado no conceito de Lewin: a mudança é um processo de descongelamento, mudança e
recongelamento.

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Resposta: B

(QUESTÃO 43 – PROVA A) O mundo dos negócios é composto de um ambiente que está em constante
transformação. As empresas que não tiverem a capacidade de acompanhar estas mudanças, certamente, terão de
enfrentar inúmeros problemas. Neste processo de adaptação, as organizações utilizam com muito sucesso os processos
de treinamento e desenvolvimento. Sobre os principais motivos para a realização de treinamento no contexto
organizacional, assinale a seguir a alternativa incorreta.
a) Adaptação às novas tecnologias.
b) Aprimoramento e reciclagem de pessoal.
c) Remanejamento e rotatividade de pessoal.
d) Melhoramento das qualidades do funcionário fora do ambiente de trabalho.

Necessidades de Treinamento
Além dos métodos de levantamento de necessidades, existem indicadores que apontam necessidades futuras (a
priori) e passadas (a posteriori):

• Indicadores a priori: são eventos que, se acontecerem, provocarão necessidades futuras de treinamento, facilmente
previstas, como:
– Expansão da empresa e admissão de novos empregados.
– Redução do número de empregados.
– Mudança de métodos e processos de trabalho.
– Substituições ou movimentação de pessoal.
– Absenteísmo, faltas, licenças e férias.
– Mudanças nos programas de trabalho ou produção.
– Modernização dos equipamentos e novas tecnologias.
– Produção e comercialização de novos produtos ou serviços.

• Indicadores a posteriori: são os problemas provocados por necessidades de treinamento ainda não atendidas, como:

– Problemas de produção:
– Baixa qualidade de produção.
– Baixa produtividade.
– Avarias frequentes em equipamentos e instalações.

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– Comunicação deficiente
– Elevado número de acidentes no trabalho.
– Excesso de erros e desperdício.
– Pouca versatilidade dos funcionários.
– Mau aproveitamento do espaço disponível.

– Problemas de pessoal:
– Relações deficientes entre o pessoal
– Número excessivo de queixas.
– Mau atendimento ao cliente.
– Comunicação deficiente
– Pouco interesse pelo trabalho.
– Falta de cooperação
– Erros na execução de ordens.

Resposta: D

(QUESTÃO 44 – PROVA A) A avaliação de desempenho, quando aplicada de forma eficiente, com o devido
acompanhamento, é uma ferramenta essencial para que os gestores possam monitorar as pessoas em relação a vários
aspectos, mas, sobretudo, no desempenho de suas atribuições. A tira a seguir contextualiza, de forma satírica, a
questão do monitoramento das pessoas nas organizações.

Tendo em vista os principais motivos que geram necessidade da utilização do processo de Avaliação de
desempenho, assinale a alternativa incorreta.

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a) Alicerçar a atuação dos gestores.
b) Facilitar o feedback das pessoas.
c) Nortear e mensurar o processo de treinamento e desenvolvimento.
d) Pressionar por uma maior produtividade e subsidiar apenas processos de demissão.

Avaliação de Desempenho
A avaliação é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa – ou de uma equipe – em função das
atividades que desenvolve, das metas e dos resultados a serem alcançados, das competências que oferece e do
potencial de desenvolvimento.
A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as competências
de uma pessoa ou equipe e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização.

• Avaliação do desempenho é o processo que mede o desempenho do funcionário e configura o grau em que ele
alcança os requisitos do seu trabalho.

• Avaliação do desempenho é o processo de rever a atividade produtiva passada para avaliar a contribuição das
pessoas para o alcance dos objetivos da organização.

• Avaliação do desempenho é a identificação, a mensuração e a administração do desempenho humano nas


organizações. A identificação se apoia na análise de cargos e procura determinar quais áreas de trabalho se deve
examinar quando se mede o desempenho. A mensuração é o elemento central do sistema de avaliação e procura
determinar como o desempenho pode ser comparado com padrões objetivos.
A administração é o ponto-chave de todo sistema de avaliação. A avaliação deve ser mais do que uma atividade
orientada para o passado, ou seja, deve estar orientada para o futuro para poder alcançar todo o potencial humano da
organização.

• Avaliação do desempenho é a maneira pela qual os fornecedores e clientes internos avaliam as competências
individuais de uma pessoa com a qual mantêm relacionamentos de trabalho e que fornece dados e informações a
respeito de seu desempenho e competências individuais para a sua melhoria contínua.

Motivos para avaliar o desempenho


As principais razões pelas quais as organizações estão preocupadas em avaliar o desempenho de seus
colaboradores são:

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• Recompensas: a avaliação do desempenho proporciona o julgamento sistemático para justificar aumentos salariais,
promoções, transferências e, muitas vezes, demissões de funcionários. É a avaliação por mérito.

• Retroação: a avaliação proporciona conhecimento a respeito dos resultados do desempenho e das atitudes e
competências.

• Desenvolvimento: permite que cada colaborador saiba exatamente quais são seus pontos fortes (aquilo que poderá
aplicar mais intensamente no trabalho) e pontos frágeis (aquilo que deverá ser objeto de melhoria pelo treinamento).

• Relacionamento: a avaliação permite que cada colaborador possa melhorar seu relacionamento com as pessoas ao
seu redor – gerente, pares, subordinados – e saber como estas avaliam o seu desempenho.

• Percepção: a avaliação proporciona meios para que cada colaborador saiba o que as pessoas ao seu redor pensam a
seu respeito. Isso melhora a autopercepção e a percepção do entorno social.

• Potencial de desenvolvimento: a avaliação proporciona meios para conhecer em profundidade o potencial de


desenvolvimento de seus colaboradores a fim de definir programas de T&D, sucessão, carreiras, etc.

• Aconselhamento: a avaliação oferece informações ao gerente ou ao especialista de RH sobre como fazer


aconselhamento e orientação aos colaboradores.

Resposta: D

FAB 16/17

(QUESTÃO 47 – PROVA A) Baseando-se nos estilos de lideranças descritos em Chiavenato (2014), associe as duas
colunas relacionando as lideranças com suas respectivas características. Um dos números será utilizado mais de uma
vez.

(1) Liderança democrática


(2) Liderança autocrática
(3) Liderança liberal

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( ) o líder determina qual a tarefa que cada um deverá executar e qual será seu companheiro de trabalho.
( ) o líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Faz apenas comentários quando
perguntado.
( ) as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder.
( ) a participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia
fornecer informações desde que solicitadas.

A sequência correta dessa classificação é:

a) 3 – 2 – 3 – 1
b) 1 – 3 – 1 – 2
c) 2 – 3 – 1 – 3
d) 2 – 1 – 2 – 3

Estilos de Liderança

Resposta: C

(QUESTÃO 48 – PROVA A) Chiavenato (2014), na linha de Ackoff, discorre sobre três tipos de planejamento,
classificados segundo uma filosofia de ação. Sobre o planejamento adaptativo, pode-se afirmar que:
a) sua base é predominantemente incremental, no sentido de melhorar continuamente, tornando as operações melhores
a cada dia que passa.

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b) sua base é predominantemente retrospectiva, no sentido de aproveitar a experiência passada e projetá-la para o
futuro.
c) é o planejamento voltado para a adaptabilidade, flexibilidade e a inovação da organização.
d) é o planejamento voltado para as contingências e para o futuro da organização.

Planejamento
Todo planejamento se subordina a uma filosofia de ação. Ackoff aponta três tipos de filosofia do planejamento
estratégico:

1. Planejamento conservador ou defensivo: é o PLANEJAMENTO VOLTADO PARA A ESTABILIDADE E A


MANUTENÇÃO DA SITUAÇÃO EXISTENTE. As decisões são tomadas no sentido de obter bons resultados, mas
não necessariamente melhores ou ótimos, pois dificilmente farão mudanças radicais na organização. A ênfase é
conservar e manter as práticas vigentes. Está mais preocupado em identificar e sanar deficiências e problemas internos
do que em explorar novas oportunidades. Sua base é retrospectiva para aproveitar a experiência passada e projetá-la
para o futuro.

2. Planejamento otimizante ou analítico: é o PLANEJAMENTO VOLTADO PARA A ADAPTABILIDADE E A


INOVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO. As decisões são tomadas no sentido de obter os melhores resultados possíveis
para a organização, seja minimizando recursos para alcançar determinado desempenho ou objetivo, seja maximizando
o desempenho para melhor utilizar os recursos disponíveis. Está baseado na preocupação em melhorar as práticas
vigentes na organização. Sua base é incremental no sentido de melhorar continuamente as operações, tornando-as
melhores a cada dia.

3. Planejamento prospectivo ou ofensivo: é o PLANEJAMENTO VOLTADO PARA AS CONTINGÊNCIAS E


PARA O FUTURO DA ORGANIZAÇÃO. As decisões são tomadas no sentido de compatibilizar diferentes interesses
envolvidos pela composição capaz de levar a resultados para o desenvolvimento natural da organização e ajustá-la às
contingências que surgem no meio do caminho. É o contrário do planejamento retrospectivo que procura a eliminação
das deficiências localizadas no passado da organização. Sua base é a aderência ao futuro no sentido de se ajustar às
novas demandas ambientais e se preparar para as futuras contingências, quando eventualmente ocorrerem.

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Em todos os casos, o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se de decidir agora o que fazer
antes que ocorra a ação necessária. Não se trata da previsão das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas da
tomada de decisões que produzirão efeitos e consequências futuras.

Resposta: D

(QUESTÃO 49 – PROVA A) Indique a opção que completa corretamente as lacunas da assertiva a seguir.
Segundo Chiavenato (2014), o planejamento estratégico é um processo organizacional compreensivo de adaptação,
que se constitui por meio da ______________, ______________ e ______________.
a) aprovação / tomada de decisão / avaliação
b) coordenação / observação /desempenho
c) intermediação / produção / resultado
d) seleção / previsão / integração

Planejamento Estratégico
O planejamento estratégico é um processo organizacional compreensivo de adaptação por meio da aprovação,
tomada de decisão e avaliação. Procura responder a questões básicas, como por que a organização existe, o que ela faz
e como ela faz. O resultado do processo é um plano que serve para guiar a ação organizacional por um prazo de 3 a 5
anos. O planejamento estratégico apresenta cinco características fundamentais:

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1. O planejamento estratégico é orientado para o futuro. Seu horizonte de tempo é o longo prazo. Durante o curso do
planejamento, a consideração dos problemas atuais é dada apenas em função dos obstáculos e das barreiras que eles
possam provocar para um desejado lugar no futuro. É mais voltado para os problemas do futuro que os de hoje.

2. O planejamento estratégico é compreensivo. Ele envolve a organização como uma totalidade, abarcando todos os
seus recursos, no sentido de obter efeitos sinergísticos de todas as capacidades e potencialidades da organização. A
resposta estratégica da organização envolve um comportamento global, compreensivo e sistêmico.

3. O planejamento estratégico é um processo de construção de consenso. Dada a diversidade de interesses e


necessidades dos parceiros envolvidos, o planejamento oferece um meio de atender a todos eles na direção futura que
melhor convenha a todos.

4. O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional. Como está orientado para a adaptação
da organização ao contexto ambiental, o planejamento constitui uma tentativa constante de aprender a ajustar-se a um
ambiente complexo, competitivo e mutável.

5. O planejamento estratégico se assenta sobre três parâmetros: a visão do futuro, os fatores ambientais externos e os
fatores organizacionais internos. Começa com a construção do consenso sobre o futuro que se deseja: é a visão que
descreve o mundo em um estado ideal. A partir daí examinam-se as condições externas do ambiente e as condições
internas da organização.

Planejamento Tático
Enquanto o planejamento estratégico envolve toda a organização, o planejamento tático envolve determinada
unidade organizacional: um departamento ou uma divisão. Enquanto o primeiro se estende ao longo prazo, o planeja
mento tático se estende pelo médio prazo, geralmente tem o exercício de um ano. Enquanto o primeiro é desenvolvido
pelo nível institucional, o planejamento tático é desenvolvido pelo nível intermediário.
Na verdade, o planejamento estratégico é desdobrado em vários planejamentos táticos, enquanto estes se
desdobram em planos operacionais para sua realização. Assim, o planejamento tático é o planejamento de médio prazo
que enfatiza as atividades correntes das várias partes ou unidades da organização.
O médio prazo é definido como o período de tempo que se estende pelo horizonte de um ano.
O administrador utiliza o planejamento tático para delinear o que as várias partes da organização – como
departamentos ou divisões – devem fazer para que a organização alcance sucesso no decorrer do período de um ano de
seu exercício.

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Os planos táticos geralmente são desenvolvidos para as áreas de produção, marketing, pessoal, finanças e
contabilidade. Para ajustar-se ao planejamento tático, o exercício contábil da organização, os planos de produção, de
vendas, de investimentos, etc., cobrem o período anual geralmente. Os planos táticos geralmente se referem a:

1. Planos de produção: envolvendo métodos e tecnologias necessárias para as pessoas em seu trabalho, arranjo físico
do trabalho e equipamentos como suportes para as atividades e tarefas.

2. Planos financeiros: envolvendo captação e aplicação do dinheiro necessário para suportar as várias operações da
organização.

3. Planos de marketing: envolvendo os requisitos de vender e distribuir bens e serviços no mercado e atender ao
cliente.

4. Planos de recursos humanos: envolvendo recrutamento, seleção e treinamento das pessoas nas várias atividades
dentro da organização.

Planos Operacionais
O planejamento operacional é focalizado para o curto prazo e cobre cada uma das tarefas ou operações
individualmente. Preocupa-se com “o que fazer” e em “como fazer” as atividades cotidianas da organização. Refere-se
especificamente a tarefas e operações realizadas no nível operacional.
Como está inserido na lógica de sistema fechado, o planejamento operacional está voltado para a otimização e
maximização de resultados, enquanto o planejamento tático está voltado para a busca de resultados satisfatórios.
O planejamento operacional é constituído de uma infinidade de planos operacionais que proliferam nas diversas
áreas e funções dentro da organização. Cada plano pode consistir em muitos subplanos com diferentes graus de
detalhamento. No fundo, os planos operacionais cuidam da administração da rotina para assegurar que todos executem
as tarefas e as operações de acordo com os procedimentos estabelecidos pela organização, a fim de que essa possa
alcançar os seus objetivos.
Os planos operacionais estão voltados para a eficiência (ênfase nos meios), pois a eficácia (ênfase nos fins) é
problema dos níveis institucional e intermediário da organização. Mesmo que sejam heterogêneos e diversificados, os
planos operacionais podem ser classificados em quatro tipos, a saber:
1. Procedimentos: relacionados a métodos.
2. Orçamentos: relacionados a dinheiro.
3. Programas ou programações: relacionados a tempo.
4. Regulamentos: relacionados a comportamentos das pessoas.

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Resposta: A
FAB 17/18

(QUESTÃO 31 – PROVA A) O recrutamento é o processo de localizar candidatos potenciais que preencham vagas
existentes ou previstas no quadro de uma organização.
Associe as duas colunas, relacionando os tipos de recrutamento interno e externo às suas respectivas limitações.

Tipo de recrutamento Limitações


( ) Processo mais demorado.
1. Interno ( ) Menor racionalidade.
( ) Conflitos nos relacionamentos.
2. Externo ( ) Maiores gastos.
( ) Pessoas fortemente atreladas à cultura da organização.

A sequência correta dessa associação é:


a) (1); (1); (2); (2); (2).
b) (2); (1); (1); (2); (1).
c) (2); (2); (1); (1); (2).
d) (2); (2); (2); (1); (1).

Tipos de Recrutamento

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- Recrutamento Interno
O recrutamento interno tem vantagens e desvantagens. São elas:

Prós
• Aproveita melhor o potencial humano da organização.
• Motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários.
• Incentiva a permanência e a fidelidade dos funcionários à organização.
• Ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental.
• Não requer socialização organizacional de novos membros.
• Probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são bem conhecidos.
• Custa financeiramente menos que o recrutamento externo.

Contras
• Pode bloquear a entrada de novas ideias, experiências e expectativas.
• Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual.
• Mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização.
• Ideal para empresas mais burocratizadas e mecanísticas.
• Mantém e conserva a cultura organizacional existente.
• Funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua.

- Recrutamento Externo
O recrutamento externo tem suas vantagens e desvantagens.

Prós
• Introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e competências.
• Enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos e habilidades.
• Aumenta o capital humano ao incluir novos conhecimentos e competências.
• Renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações.
• Incentiva a interação da organização com o MRH.
• Indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual.

Contras
• Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários não atendidos.

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• Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidades a estranhos.
• Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos. Isso significa custos operacionais.
• Exige esquemas de socialização organizacional para os novos funcionários.
• É mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno.

Resposta: B

(QUESTÃO 32 – PROVA A) Evidências revelam que o pagamento pelo desempenho individual, quando
corretamente estruturado e administrado, funciona bem. Ainda que os defensores dessa ideia enfatizem a importância
dessa prática, várias condições precisam existir para que seja bem aplicada.
Uma das condições para o sucesso dos planos de gestão por desempenho é:
a) o uso de mecanismos complexos e avançados para a realização dos pagamentos.
b) a existência de relacionamentos construtivos e de mútua confiança com os empregados.
c) a definição de critérios individuais e personalizados de avaliação, de conhecimento apenas do avaliado.
d) o seu distanciamento da estratégia de administração dos recursos humanos da organização, buscando imparcialidade
e independência.

Gestão do Desempenho Humano


A avaliação do desempenho está se estendendo para uma ação mais ampla e abrangente. As organizações estão
migrando para a denominada gestão do desempenho humano, ou seja, o valor mensurável que a força de trabalho da
organização traz para a organização em termos de habilidades e competências coletivas e a motivação das pessoas.
Este é maximizado quando as pessoas aplicam ao máximo as habilidades e competências nas atividades da
organização, e esta se configura e reconfigura para reforçar e incrementar o desempenho humano e dirigi-lo para seus
objetivos estratégicos.

Remuneração do cargo ou remuneração das competências


A compensação pode focalizar como um cargo contribui para os valores da organização ou como as competências
da pessoa contribuem para a organização. O sistema tradicional privilegia o salário pela contribuição do cargo e não
pelo ocupante, o cargo representa a unidade da análise para a determinação da estrutura salarial. É o cargo e não o seu
ocupante que interessa.
A política salarial baseada nos cargos funciona bem quando os cargos não mudam, a tecnologia é estável, a
rotatividade é baixa, os funcionários recebem treinamento intensivo para aprender as tarefas, os cargos são
padronizados no mercado e as pessoas desejam crescer por meio de promoções na carreira. Já o sistema de

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remuneração se baseia nas competências que as pessoas devem possuir para serem aplicadas a uma variedade de
tarefas e situações.
A remuneração aumenta na medida em que a pessoa adquire competências e se torna capaz de desempenhar
atividades complexas com sucesso.

A remuneração baseada no indivíduo é indicada quando a força de trabalho é educada e possui capacidade e
vontade de aprender novas tarefas, a tecnologia e a estrutura organizacional mudam, as oportunidades para mobilidade
vertical são limitadas, a participação e o espírito de equipe são encorajados e os custos de rotatividade e absenteísmo
em termos de perdas de produção são elevados.

Resposta: B

(QUESTÃO 37 – PROVA A) Um determinado departamento da Aeronáutica estabeleceu como objetivos promover


internamente a criação e o compartilhamento de ideias, trocar experiências, incentivar novas formas de interação entre
seus colaboradores para a solução dos problemas e fazer evoluir o desempenho do departamento.
Qual a metodologia mais adequada para o alcance desses objetivos?
a) Brainstorm.
b) Gestão de projetos.
c) Gestão da Informação.
d) Gestão do Conhecimento.

Não concordamos com o gabarito.

Brainstorming
Brainstorming, ou técnica da tempestade cerebral, traz à lembrança chuvas e trovoadas (ideias e sugestões)
seguidas de bonança e tranquilidade (solução). É uma técnica utilizada para gerar ideias criativas que possam resolver
problemas da organização. É feita em sessões que duram de 10 a 15 minutos e envolve um número de participantes –
não maior que 15 – que se reúnem ao redor de uma mesa para dizer palavras que vêm à mente quando se emite uma
palavra base. Isso permite gerar tantas ideias quanto possível. Os participantes são estimulados a produzir, sem
qualquer crítica ou censura, o maior número de ideias sobre determinado assunto ou problema.
O brainstorming é uma técnica que se baseia em quatro princípios básicos:
1. Quanto maior o número de ideias, maior a probabilidade de boas ideias.
2. Quanto mais extravagante ou menos convencional a ideia, melhor.

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3. Quanto maior a participação das pessoas, maiores as possibilidades de contribuição, qualidade, acerto e
implementação.
4. Quanto menor o senso crítico e a censura íntima, mais criativas e inovadoras serão as ideias.

O brainstorming elimina totalmente qualquer tipo de regra ou limitação, mas se assenta nos seguintes aspectos:
1. É proibida a crítica de qualquer pessoa sobre as ideias alheias.
2. Deve ser encorajada a livre criação de ideias.
3. Quanto mais ideias, melhor.
4. Deve ser encorajada a combinação ou modificação de ideias.

Gestão de projetos
Todas as organizações desempenham algum tipo de trabalho. Esse trabalho geralmente envolve operações
(trabalhos continuados e constantes) e projetos (trabalhos únicos e temporários) que se superpõem e se entrelaçam. Na
verdade, operações e projetos compartilham muitas características comuns, tais como:
. São desempenhados por pessoas.
. São limitados por recursos escassos e restritos.
. São planejados, executados e controlados.

O projeto é um desafio definido para criar um único produto ou serviço. É temporário por que cada projeto tem um
começo e um final definidos. Único porque o produto ou serviço é diferente e distinto dos demais produtos ou
serviços.

Características dos projetos


. Os projetos são únicos.
. Os projetos são de natureza temporária e têm datas definidas de início e fim.
. Os projetos estarão concluídos quando as metas forem alcançadas.
. Um projeto bem-sucedido é aquele que atende ou excede as expectativas dos stakeholders.

Era da Informação
O começo da década de 1990 marca o surgimento da Era da Informação, graças ao tremendo impacto provocado
pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia da informação. Na Era da Informação, o capital financeiro cede o
trono para o capital intelectual. A nova riqueza passa a ser o conhecimento, o recurso organizacional mais valioso e
importante.

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Gestão do Conhecimento
Na era da informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro para ser o capital intelectual,
baseado no conhecimento. Trocando em miúdos, isso significa que o recurso mais importante na atualidade não é mais
o dinheiro, mas o conhecimento.

O capital financeiro guarda sua importância relativa, mas ele depende totalmente do conhecimento sobre como
aplicá-lo e rentabilizá-Io adequadamente. O conhecimento ficou na dianteira de todos os demais recursos
organizacionais, pois todos eles passaram a depender do conhecimento.
Conhecimento é a informação estruturada que tem valor para uma organização. O conhecimento conduz a novas
formas de trabalho e de comunicação, a novas estruturas e tecnologias e a novas formas de interação humana.

Resposta: D
FAB 18/19

(QUESTÃO 36 – PROVA A) Nas organizações existem poderes que dizem respeito à capacidade de uma pessoa, ou
de um grupo, de influenciar a ação ou o desempenho de outras pessoas.

Os poderes nas organizações são categorizados em 5 (cinco) tipos, sendo eles

a) Poder de valor; Poder de avaliação; Poder social; Poder superior e Poder econômico.
b) Poder de teste; Poder coercitivo; Poder de competência; Poder de veto e Poder de financiamento.
c) Poder de provação; Poder ascenção; Poder de troca; Poder de imagem e Poder administrativo.
d) Poder de recompensa; Poder coercitivo; Poder legitimado; Poder de referência e Poder de perícia.

Embora esse assunto seja abordado em TGA ou Gestão de Pessoas, essa questão foi retirada do Livro de Gestão
Pública do Clázio Santos: Introdução à Gestão Pública.

Ao se estudar a liderança, faz-se uma correlação com poder. Assim, um problema importante na compreensão da
liderança é a identificação e análise das fontes de poder. Conforme French e Raven, existem cinco bases principais de
poder:
. Poder de Recompensa: baseia-se na capacidade do líder de prover incentivos materiais e não materiais.
. Poder Coercitivo: baseia-se na capacidade do líder de ameaçar ou punir, seja por retenção de recompensas desejadas,
seja por repreensões, atribuições de tarefas indesejáveis, e assim por diante.
. Poder Legítimo: está relacionado à concepção de Weber de autoridade, derivando do ponto de vista dos seguidores de
que o líder tem o direito de dirigir e que eles têm obrigação de aceitar suas ordens.

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. Poder Referente: origina-se da administração dos trabalhadores pelo líder e do desejo de se identificarem com ele
como pessoa.
. Poder Perito: baseia-se no conhecimento e no know-how do líder em termos de trabalho.

(QUESTÃO 39 – PROVA A) O processo de controle se caracteriza pelo seu aspecto cíclico e repetitivo, onde cada
etapa influencia e é influenciada pelas demais.
A avaliação de desempenho é uma etapa do processo de controle e tem o propósito de
a) verificar se ocorrem custos envolvidos na produção ou na distribuição de mercadorias.
b) monitorar as ausências de funcionários e a apuração de débitos ou créditos anteriores.
c) analisar se os resultados estão sendo obtidos e quais são as correções necessárias a serem feitas.
d) checar se o planejamento está sendo elaborado e de quanto em quanto tempo ele precisa ser refeito.

A avaliação do desempenho tem várias aplicações e propósitos, tais como:

• Processos de agregar pessoas: a avaliação funciona como insumo para o inventário de habilidades, para construção
do banco de talentos e para o planejamento de GP. Constitui a base de informação para o recrutamento e a seleção ao
indicar características e atitudes adequadas dos novos funcionários que serão cobrados pelo resultado final de suas
unidades.

• Processos de aplicar pessoas: proporciona informação sobre como as pessoas estão integradas e identificadas com
cargos, tarefas e competências.

• Processos de recompensar pessoas: indica se as pessoas estão sendo motivadas e recompensadas pela organização.
Ela ajuda a organização a decidir sobre quem deve receber recompensas, como aumentos salariais ou promoções, ou a
decidir quem deve ser desligado. Em suma, deve encorajar iniciativa, desenvolver senso de responsabilidade e
estimular a fazer melhor as coisas.

• Processos de desenvolver pessoas: indica os pontos fortes e fracos de cada pessoa, quais são os colaboradores que
requerem treinamento e quais são os resultados dos programas de treinamento. Facilita a relação de aconselhamento
entre colaborador e superior e encoraja os gerentes a observar o comportamento dos subordinados para ajudar a
melhorá-lo.

• Processos de manter pessoas: indica o desempenho e os resultados alcançados pelas pessoas.

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• Processos de monitorar pessoas: proporciona retroação às pessoas a respeito do desempenho e das potencialidades
de desenvolvimento. É a base para a discussão entre superior e subordinado sobre assuntos do trabalho. Proporciona
interação que facilita o entendimento entre as partes envolvidas. Além do mais, a avaliação pode ser utilizada como
uma ferramenta para avaliar o próprio programa de GP.

Resposta: C

(QUESTÃO 58 – PROVA A) A avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada


pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados, das competências
que ela oferece e do seu potencial de desenvolvimento.
Quais são as principais razões pelas quais as organizações estão preocupadas em avaliar o desempenho de seus
colaboradores?

a) Administração; Troca; Auxílio; Substituição; Compra; Potencial de execução; Execução.


b) Compensação; Ação; Desenvoltura; Direcionamento; Associação; Potencial de compromisso; Abono.
c) Recompensas; Retrospectiva; Desenvoltura; Organização; Compra; Potencial de desenvolvimento;
Gerenciamento.
d) Recompensas; Retroação; Desenvolvimento; Relacionamento; Percepção; Potencial de desenvolvimento;
Aconselhamento.

POR QUE AVALIAR O DESEMPENHO?


Toda pessoa precisa receber retroação a respeito de seu desempenho para saber como está fazendo seu trabalho
e fazer as devidas correções. Sem essa retroação, as pessoas caminham às cegas. Também a organização precisa saber
como as pessoas desempenham suas atividades para ter uma ideia de suas potencialidades. Assim, pessoas e
organizações precisam conhecer tudo a respeito de seu desempenho.
As principais razões pelas quais as organizações estão preocupadas em avaliar o desempenho de seus colaboradores
são:

• Recompensas: a avaliação do desempenho proporciona o julgamento sistemático para justificar aumentos salariais,
promoções, transferências e, muitas vezes, demissões de funcionários. É a avaliação por mérito.

• Retroação: a avaliação proporciona conhecimento a respeito dos resultados do desempenho e das atitudes e
competências.

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• Desenvolvimento: permite que cada colaborador saiba exatamente quais são seus pontos fortes (aquilo que poderá
aplicar mais intensamente no trabalho) e pontos frágeis (aquilo que deverá ser objeto de melhoria pelo treinamento).

• Relacionamento: a avaliação permite que cada colaborador possa melhorar seu relacionamento com as pessoas ao
seu redor – gerente, pares, subordinados – e saber como estas avaliam o seu desempenho.

• Percepção: a avaliação proporciona meios para que cada colaborador saiba o que as pessoas ao seu redor pensam a
seu respeito. Isso melhora a autopercepção e a percepção do entorno social.

• Potencial de desenvolvimento: a avaliação proporciona meios para conhecer em profundidade o potencial de


desenvolvimento de seus colaboradores a fim de definir programas de T&D, sucessão, carreiras, etc.

• Aconselhamento: a avaliação oferece informações ao gerente ou ao especialista de RH sobre como fazer


aconselhamento e orientação aos colaboradores.

Resposta: D

ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS

FAB 15/16

(QUESTÃO 40 – PROVA A) São sistemas componentes da estrutura organizacional, exceto:


(A) de responsabilidades: departamentalização, linha e assessoria e descrição das atividades.
(B) de autoridade: amplitude administrativa ou de controle, níveis hierárquicos, delegação e centralização ou
descentralização.
(C) de comunicações: resultado da interação entre as unidades das organizações, composto por “o que, por que, como,
quando, de quem e para quem” comunicar.
(D) burocrático: ausência de normas e procedimentos sobre o que fazer e como fazer, regulamentos contendo a
padronização de tarefas e procedimentos.

Livro do Djalma de Oliveira

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Estrutura Organizacional
Estrutura organizacional é o instrumento administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e
agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos
processos decisórios, visando o alcance dos objetivos pelos planejamentos das empresas.
A estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivos e as estratégias estabelecidas, ou seja, a
estrutura organizacional é uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa.
Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia para a empresa os seguintes
aspectos:
- identificação das tarefas necessárias ao alcance dos objetivos estabelecidos;
- organização das funções e responsabilidades, bem como dos níveis de autoridade;
- informações, recursos e feedback aos executivos e funcionários;
- medidas de desempenho compatíveis com os objetivos a serem alcançados; e
- condições motivadoras para a realização de tarefas estabelecidas.

Naturalmente, a estrutura organizacional não é estática, o que poderia ser deduzido com base em um estudo simples
de sua representação gráfica: o organograma. A estrutura organizacional é bastante dinâmica, principalmente quando
são considerados seus aspectos informais provenientes da caracterização das pessoas que fazem parte do seu esquema
de funcionamento.

Definição de Organização
Organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos
e resultados estabelecidos.

Estrutura Formal
Estrutura formal, objeto de grande parte dos estudos das organizações empresariais, é aquela deliberadamente
planejada e formalmente representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma.

Estrutura Informal
A estrutura informal não é planejada e surge, naturalmente, da interação social dos profissionais de uma empresa.
Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura formal.
Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve, espontaneamente, quando as pessoas se
reúnem. Portanto, apresenta relações que, usualmente, não aparecem no organograma.

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A abordagem na estrutura informal está nas pessoas e em suas relações, enquanto a estrutura formal dá
ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades.

Autoridade Informal e Autoridade Formal


Autoridade informal vem daqueles que são objeto de seu controle, enquanto autoridade formal vem dos de fora,
que são os superiores, antes do que das pessoas que são controladas por ela.
Em contraste com o fluxo descendente da autoridade formal, a autoridade informal flui, na maioria das vezes, de
forma ascendente ou horizontal.
Os líderes de grupos informais surgem por diversos motivos: idade, antiguidade, competência técnica, localização
no trabalho, liberdade de se mover na área de trabalho e uma agradável e comunicativa personalidade.
A estrutura informal é um bom lugar para líderes formais se desenvolverem, mas deve-se lembrar que nem sempre
um líder informal se constitui no melhor dirigente formal. Alguns líderes informais falharam como líderes formais
porque temem responsabilidade formal, algo que eles não têm como líderes informais.

Vantagens da Estrutura Informal


- proporciona rapidez no processo decisório
- reduz distorções existentes na estrutura formal
- complementa a estrutura formal
- reduz a carga de comunicação dos chefes
- motiva e integra as pessoas da empresa

Desvantagens da Estrutura Informal


- provoca desconhecimento da realidade empresarial
- dificuldade de controle
- possibilidade de atrito entre as pessoas

Tipos de Estrutura Organizacional


Na consideração dos tipos de estrutura organizacional, deve-se lembrar que os diferentes tipos são resultados das
formas de Departamentalização: funcional, clientes, produtos, territorial, por projetos, matricial, etc.

Componentes da Estrutura Organizacional


São três os componentes da estrutura organizacional:

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. Sistema de Responsabilidades
Responsabilidade é a atuação profissional de qualidade nos trabalhos e de busca de resultados, com ou em cobrança
por parte de terceiros.
O sistema de responsabilidades é o resultado da alocação das atividades constituído por:
- departamentalização
- linha e assessoria
- descrição das atividades (especialização do trabalho)

. Sistema de autoridades
Autoridade é direito estabelecido de se designar o que , e, se necessário, por quem, como e por quanto , deve ser
realizado em sua área de responsabilidade na empresa.
O sistema de autoridades é o resultado da distribuição do poder, constituído por:
- amplitude administrativa ou de controle
- níveis hierárquicos
- delegação
- centralização ou descentralização

. Sistema de Comunicações
Comunicação é o processo interativo em que dados, informações, consultas e orientações são transacionados entre
pessoas, unidades organizacionais e agentes externos à empresa.
O sistema de comunicações é o resultado da interação entre as unidades organizacionais, constituído por:
- o que, por que, como, quando, quanto, de quem e para quem comunicar.

Pode-se considerar mais um sistema componente da estrutura organizacional:

. Sistema de Decisão: resultado da ação sobre as informações, constituído por:


- análise das atividades
- análise das decisões
- análise das relações entre as unidades organizacionais

Resposta: D

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(QESTÃO 41 – PROVA A) Tomar decisões de forma rápida e segura nos níveis gerenciais e estratégicos é um dos
grandes desafios nas organizações. A implementação e utilização de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) visa
garantir a perfeita integração entre as diversas áreas funcionais de uma empresa, fazendo que o fluxo de informações
tome uma via segura e de mão dupla, facilitando o compartilhamento de dados pelos diversos setores e níveis
hierárquicos de uma empresa. Sobre as funcionalidades decorrentes de um SIG na área funcional de administração de
materiais, é correto afirmar que:
(A) auxilia na criação e no acompanhamento das estratégias de comercialização de produtos e serviços, além de
estudos de mercado.
(B) auxilia no processo de aquisição de materiais, já que uma de suas funcionalidades é a seleção e cadastramento de
fornecedores.
(C) auxilia no planejamento financeiro da organização, já que uma das funcionalidades do SIG é o controle e
monitoramento do fluxo de caixa.
(D) tem uma importante contribuição na área de gestão de pessoas, já que muitos processos, como a avaliação de
desempenho, podem ser aprimorados através da utilização de um SIG.

Sem estudar livro algum, pode ser observado que a Letra B é a única opção relacionado à aquisição de materiais, já
que a questão versa sobre o uso do SIG na Administração de Materiais.

Sistema de Informações Gerenciais


Inicialmente, faz-se necessário distinguir dado de informação.

Dado: é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não conduz à compreensão de determinado
fato ou situação.

Informação: é o dado trabalhado que permite ao executivo tomar uma decisão.

Sistema de Informações é o processo de transformação de dados em informações. E, quando esse processo está
voltado para a geração de informações que são necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa, diz-se que
esse é um Sistema de Informações Gerenciais.

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Decisão: é a escolha entre vários caminhos alternativos que levam a determinado resultado.

O processo decisório implica a necessidade de uma racionalidade objetiva que traz, como consequência, a
necessidade de o tomador de decisão ajustar seu comportamento a um sistema integrado, por meio de uma visão ampla
de alternativas que se lhe afiguram antes da tomada de decisão, da consideração de todo o conjunto complexo de
consequências que poderá ser gerado como resultado da escolha de uma alternativa e da própria escolha em face das
alternativas disponíveis.

Resposta: B

(QUESTÃO 42 – PROVA A) “Delegação é o processo de transferência de determinado nível de autoridade de um


chefe para o seu subordinado, criando o correspondente compromisso pela execução da tarefa delegada.” (Oliveira,
2013.) Sobre as premissas e a importância da delegação de poder para as organizações, é incorreto afirmar que:
(A) permite coordenar trabalhos mais complexos e de abrangência maior.
(B) permite amplitude de controle e um maior aproveitamento de recursos.
(C) a autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou função.
(D) a delegação é um ato informal de transmissão de poder e responsabilidades. Os subordinados são obrigados a
aceitar tais condições.

O erro da opção D está em afirmar que os subordinados são obrigados a aceitar as condições de delegação.

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Delegação
É o processo de transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu subordinado, criando o
correspondente compromisso pela execução da tarefa delegada.
Premissas importantes para a delegação:
. a autoridade deve ser delegada até o ponto, e na medida necessária, para a realização dos resultados esperados;
. a autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou função;
. a responsabilidade não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o subordinado podem livra-se totalmente de suas
obrigações, designando outros para realizá-las; e
. clareza na delegação é fundamental, com designação precisa, entendida e aceita.

Aspectos da Delegação
. permite coordenar trabalhos mais complexos e de abrangência maior;
. permite maior produtividade da equipe de trabalho, por meio de maior motivação, menor tempo de espera para a
tomada de decisões, maior desenvolvimento da equipe e maior interação entre as unidades organizacionais;
. permite amplitude de controle;
. exige melhor planejamento e programação de atividades e proporciona condições para isso, pois o chefe que
delega tem mais tempo para executar suas tarefas prioritárias;
. permite melhor aproveitamento de recursos;
. proporciona maior segurança para a empresa, pois, quando o chefe deixa a empresa, existem subordinados
treinados e em condições de substituí-lo de maneira adequada.

Centralização
Centralização é a maior concentração do poder decisório na alta administração de uma empresa.
O analista de OSM deve saber que a centralização, normalmente, ocorre nas seguintes situações:
. para manter maior nível de agregação das atividades da empresa;
. para manter uniformidade de decisões e ações;
. para melhor administrar as urgências que, normalmente, ocorrem nas empresas;
. quando o executivo não quer uma segunda pessoa que lhe faça sombra;
. quando a estrutura organizacional da empresa não possibilite a descentralização;
. para aumentar o nível de controle das atividades da empresa.

Vantagens da Centralização
. menor número de níveis hierárquicos;
. melhor uso dos recursos humanos, materiais, equipamentos tecnológicos e financeiros;

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. melhor possibilidade de interação no processo de planejamento, controle e avaliação;
. maior uniformidade em termos de processos técnicos e administrativos;
. decisões , principalmente as estratégicas, mais rápidas;
. maior segurança nas informações.

Descentralização
É a menor concentração do poder decisório na alta administração da empresa, sendo, portanto, mais distribuídos
por seus diversos níveis hierárquicos.
A descentralização, normalmente, ocorre nas seguintes situações:
. a carga de trabalho da alta administração está volumosa e/ou demasiadamente complexa;
. a situação anterior provoca morosidade no processo decisório;
. pela maior ênfase que a empresa quer dar à relação produtos ou serviços versus segmentos de mercado;
. para encorajar o processo decisório de seus executivos alocados na média e baixa administração;
. para proporcionar maiores participação, motivação e comprometimento dos executivos e funcionários da empresa.

Vantagens da Descentralização
. possibilidade de gerar maior especialização nas diferentes unidades organizacionais;
. menor exigência de tempo nas informações e decisões;
. maior tempo à alta administração para outras atividades;
. possibilidade de gerar saudável efeito competitivo, o que pode aumentar a produtividade e a qualidade dos
trabalhos;
. maior facilidade de definição de objetivos e metas para as unidades organizacionais e as pessoas;
. possibilidade de maior desenvolvimento das pessoas nos aspectos administrativo e decisório;
. possibilidade de atendimento mais rápido às necessidades do mercado, da empresa e das unidades
organizacionais;
. melhor desenvolvimento da capacitação administrativa e profissional;
. tomadas de decisão mais próximas da ocorrência dos fatos;
. diminuição de conflitos entre os vários níveis hierárquicos da empresa; e
. tendência a maior número de ideias inovadoras.

Desvantagens da Descentralização
. inabilidade de quaisquer pessoas em manter observação sobre as modificações das condições locais ou de uma
operação complexa, provocando decisões sem visão de conjunto;
. sistemas inadequados no sentido de compreensão do desenvolvimento dos subordinados;

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. possibilidade de efeitos negativos na motivação;
. maior necessidade de controle e coordenação;
. maior dificuldade de padronização e normatização;
. maior ineficiência na utilização de recursos – humanos, financeiros, tecnológicos, materiais e equipamentos – da
empresa; e
. maior dificuldade de coordenação de atividades que envolvem alto nível de interdependência.

Resposta: D

(QUESTÃO 48 – PROVA A) Para Oliveira (2013), a centralização é a maior concentração de poder decisório na alta
administração. Condições internas e fatores do ambiente externo podem influenciar o estilo a ser adotado pela
organização. Tendo em vista
os principais objetos e as vantagens decorrentes da centralização, assinale a alternativa correta.
(A) Nas estruturas centralizadas, as atividades e processos ocorrem de maneira dispersa.
(B) Estruturas centralizadoras dificultam a uniformidade de informações, decisões e ações.
(C) Uma das vantagens das estruturas centralizadas é o alto número de níveis hierárquicos.
(D) Maior segurança nas informações, maior rapidez nas decisões e na elaboração de estratégias são algumas das
vantagens da centralização.

Questão respondida anteriormente.

Resposta: D

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FAB 17/18

(QUESTÃO 43 – PROVA A) Segundo Oliveira (2013), departamentalização é o agrupamento, de acordo com um


critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos – humanos, financeiros, tecnológicos,
materiais e equipamentos – em unidades organizacionais. A escolha do tipo de agrupamento pode ser de acordo com
princípios, tais como o maior interesse por determinada atividade, a separação do controle ou a supressão da
concorrência.
Associe o tipo de departamentalização citado por Oliveira (2013) às suas respectivas desvantagens.

Tipo de departamentalização Desvantagens


( ) Podem existir dificuldades de coordenação entre esse tipo e os demais,
1 – Territorial devido ao grau de exigência de seu público.
( ) Apresenta conflitos de interesses e disputa de poder entre as chefias que
2 – Por projetos compõem este tipo.
( ) Pode relegar em segundo plano a coordenação, planejamento, execução
3 – Por clientes ou controle, em vista do grau de autonomia concedido às filiais.
( ) Pode ocorrer duplicação de instalações, caso não haja comunicação e
4 – Matricial planejamento efetivos.
( ) Geralmente, não apresenta um sistema adequado de comunicação e de
tomada de decisão.

A sequência correta dessa associação é:


a) (2); (3); (4); (3); (1).
b) (3); (2); (1); (4); (3).
c) (3); (4); (1); (1); (2).
d) (4); (2); (3); (2); (1).

DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e
correspondentes recursos – humanos, financeiros, tecnológicos, materiais e equipamentos – em unidades
organizacionais.

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Tipos de Departamentalização

- Departamentalização por Quantidade: para uma empresa trabalhar com esse tipo de departamentalização, deve
agrupar certo número de pessoas não diferenciáveis que, a partir dessa situação, têm a obrigação de executar tarefas
sob as ordens de um superior.
Sua aplicação, que é rara, tem ocorrido quando existem atividades em processos estruturados passíveis de serem
alocados sob a responsabilidade de equipes igualmente quantificadas, bem como no caso, inadequado, em que se
procura ter um melhor equilíbrio entre os diferentes níveis de poder na empresa.

Uma variante da departamentalização por quantidade é a departamentalização por turno, em que um


conjunto de atividades similares são alocadas em diferentes unidades organizacionais, tendo em vista o turno
em que essas atividades similares são realizadas.

- Departamentalização Funcional: nesse caso, as atividades são agrupadas de acordo com as funções da empresa,
podendo ser considerado o critério de departamentalização mais usado pelas empresas.

Vantagens
. especialização do trabalho, sendo que esse aspecto é vantagem quando se consideram a estabilidade e as
definições claras e precisas das tarefas;
. maior estabilidade, sendo que essa situação está corelacionada, em termos relativos, a outros tipos de
departamentalização, tais como a por projetos e matricial;
. maior segurança, baseada tanto na execução das tarefas, como no relacionamento dos colegas, pois cada
funcionário tem maior facilidade de saber sobre sua área de atuação;

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. maior concentração e uso de recursos especializados, pois esses ficam alocados em unidades organizacionais
específicas.
. influências positivas sobre a satisfação dos profissionais da empresa, pela proximidade com elementos de mesma
especialidade, pela estabilidade da equipe e por ter um chefe da mesma área técnica;
. permite economia pela utilização máxima de máquinas e do processo de produção em massa;
. orienta pessoas para uma atividade específica, concentrando sua competência de maneira eficaz;
. indicada para circunstâncias estáveis e de pouca mudança que requeiram desempenho continuado de tarefas
rotineiras;
. aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos ou serviços, os quais permaneçam inalterados
por um longo tempo.

Desvantagens
. especialização do trabalho, sendo que esse aspecto parece como desvantagem quando cada chefe funcional
estabelece que sua função é a mais importante da empresa. Esse aspecto leva à situação de possível isolamento da área
funcional considerada dentro do sistema empresa.
. insegurança das pessoas, aspecto este correlacionado à situação da empresa com grande crescimento e
consequente aumento de complexidade, provocando a transformação do que antes era uma vantagem em grande
desvantagem.
. a responsabilidade pelo desempenho total está somente na alta administração, já que cada executivo fiscaliza
apenas uma função específica;
. a comunicação é geralmente deficiente, isso porque as decisões são, normalmente, centralizadas nos níveis mais
elevados da empresa;
. baixa adaptabilidade, correlacionada ao possível estabelecimento de feudos de especialização dentro da empresa;
. visão parcial da empresa, pois de maneira genérica, apenas os profissionais alocados nos níveis mais elevados da
empresa têm uma visão em conjunto. Esse aspecto pode provocar problemas de compreensão e de operacionalização
das decisões superiores;
. resistência ao ambiente proinovação, pois esse critério de departamentalização tem alta estabilidade e baixa
adaptabilidade. Portanto, algumas ideias novas podem ser destruídas no início, em vez de serem discutidas e
analisadas; e
. baixo cumprimento de prazos e orçamentos, pois esse tipo de departamentalização não cria condições para uma
perfeita interligação das várias atividades da empresa.

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Obs: esse tipo de departamentalização pode ser utilizado em empresas cujas atividades sejam bastante repetitivas e
altamente especializadas.

- Departamentalização Territorial ou por Localização Geográfica: geralmente, é usada em empresas


territorialmente dispersas. Baseia-se no princípio de que todas as atividades que se realizam em um determinado
território ou região devem ser agrupadas e colocadas sob as ordens de um executivo.
Normalmente, seu uso prende-se aos seguintes aspectos:
. obter vantagens econômicas de determinadas operações locais;
. possibilidade de melhor treinamento e capacitação dos profissionais;
. possibilidade de ações mais adequadas e rápidas em determinada região;
. maior facilidade de conhecer os fatores de influência e os problemas locais por ocasião da decisão.

Desvantagens
. duplicação de instalações e de pessoal, se não houver um planejamento muito efetivo;
. pode deixar em segundo plano a coordenação, tanto nos aspectos de planejamento, execução ou controle da
empresa, como nos aspectos de métodos, em face do grau de liberdade e autonomia colocado nas regiões ou filiais;
. a preocupação estritamente territorial concentram-se mais nos aspectos mercadológicos e de produção, e quase
não requer especialização. As outras áreas da empresa tornam-se, geralmente, secundárias.

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- Departamentalização por Produtos os Serviços: o agrupamento é feito de acordo com as atividades inerentes a
cada um dos produtos ou serviços da empresa.

Vantagens
. facilita a coordenação dos resultados esperados de cada grupo de produtos ou serviços, pois cada um desses
grupos funciona como uma unidade de resultados;
. propicia a alocação de capital especializado para cada um dos grupos de produtos ou serviços;
. facilita a utilização máxima de capacitação dos recursos, inclusive os humanos, por meio de seu conhecimento
especializado;
. fixa a responsabilidade dos departamentos para um produto, ou linha de produtos, ou serviços. O departamento é
orientado para todos os aspectos básicos de seu produto ou serviço, como comercialização, desenvolvimento, etc.
. propicia maior facilidade para a coordenação interdepartamental, uma vez que a preocupação básica é o produto
ou serviço, e as diversas atividades departamentais tornam-se secundárias e precisam sujeitar-se ao objetivo principal,
que é o produto ou serviço;
. permite maior flexibilidade, pois as unidades de produção, por exemplo, podem ser maiores ou menores,
conforme as condições mudem, sem interferir na estrutura organizacional;
. o enfoque da empresa é, predominantemente, sobre os produtos e serviços, e não sobre a estrutura organizacional
inteira. Portanto, esse tipo de departamentalização apresenta maiores versatilidade e flexibilidade; e
. propicia condições favoráveis para a inovação e criatividade, já que essas requerem cooperação e comunicação de
vários grupos contribuintes para os produtos ou serviços de cada empresa.

Desvantagens
. pode ser de coordenação mais difícil, quando do estabelecimento das políticas gerais da empresa;
. pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividades nos vários grupos de produtos ou serviços;
. pode criar uma situação em que os gerentes de produtos ou serviços se tornam muito poderosos, o que pode
desestabilizar a estrutura da empresa; e
. pode provocar problemas humanos de temores e ansiedades quando em situação de instabilidade externa, pois os
empregados tendem a ser mais inseguros com relação a alguma possibilidade de desemprego ou retardamento em sua
carreira profissional.

- Departamentalização por Clientes: nesse caso, as atividades são agrupadas de acordo com as necessidades
variadas e especiais dos clientes ou fregueses da empresa.

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Vantagens
. propicia para a empresa situação favorável para tirar proveito das condições de grupos de clientes bem definidos;
. assegura reconhecimento e atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos e classes de clientes.

Desvantagens
. podem existir dificuldades de coordenação entre esse tipo de departamentalização e outros tipos, devido aos
gerentes dos departamentos por clientes exigirem, em boa parte das vezes, um tratamento especial; e
. provocar a utilização inadequada de recursos humanos e de equipamentos, em termos de grupos de clientes.

- Departamentalização por Processos: nesse caso, as atividades são agrupadas de acordo com as etapas de um
processo. Portanto, considera a maneira pela qual são executados os trabalhos ou processos para a consecução de uma
meta ou objetivo específico. É basicamente empregado nos estabelecimentos industriais, de modo especial nos níveis
hierárquicos mais baixos da empresa.

Processo é o conjunto estruturado de atividades sequenciais que apresentam relação lógica entre si, com a
finalidade de atender às necessidades dos clientes internos e externos da empresa.

Vantagens
. maior especialização dos recursos alocados;
. possibilidade de comunicações mais rápidas de informações técnicas; e
. melhor coordenação e avaliação de cada parte ou etapa do processo.

Desvantagens
. possibilidade de perda da visão global do andamento do processo; e

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. flexibilidade restrita para ajustes no processo.

- Departamentalização por Projetos: no arranjo de departamentalização por projetos, as atividades e as pessoas


recebem atribuições temporárias. O gerente de projeto é responsável pela realização de todo o projeto ou de uma parte
dele. Terminada a tarefa, o pessoal , temporariamente, havia sido destinado a ela é designado para outros
departamentos ou projetos.

Projeto é um trabalho, com datas de início e término, com resultado final previamente estabelecido, em que são
alocados e administrados os recursos, tudo isso sob a responsabilidade de um coordenador.

Vantagens
. permite alto grau de responsabilidade da equipe de execução do projeto;
. possibilita que os funcionários envolvidos tenham elevado grau de conhecimento de todos os trabalhos inerentes
ao projeto;
. tem alto grau de versatilidade e adaptabilidade, aceitando novas ideias e técnicas durante o desenvolvimento dos
trabalhos;
. possibilita melhor atendimento aos clientes dos projetos; e
. permite melhor cumprimento de prazos e de orçamentos.

Desvantagens
. se o coordenador do projeto não estiver cuidando adequadamente da parte administrativa, ou dando excessiva
atenção à parte técnica, pode gerar uma situação de recursos ociosos ou mal empregados, prejudicando a empresa do
ponto de vista econômico;
. geralmente, não apresenta um sistema adequado de comunicação e de tomada de decisão, principalmente porque
cada equipe procura dedicar-se a seu próprio projeto, esquecendo que é parte integrante da empresa; e

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. o tamanho da equipe dos projetos tem se apresentado, na maior parte das vezes, como um problema, pois sua
eficácia e eficiência estão, diretamente, correlacionadas com o seu tamanho, isto é, quanto maior for a equipe, menor é
a probabilidade de sucesso da mesma. Se uma equipe se tornar muito numerosa, seu poder de maleabilidade, manobra,
flexibilidade e seu sentido de responsabilidade coletiva tendem a ser diminuídos; por outro lado, suas limitações em
termos de comunicação, preocupação com problemas internos e relacionamento humano podem ficar evidenciados.

- Departamentalização Matricial: nesse caso, há a sobreposição de dois ou mais tipos de departamentalização


sobre a mesma pessoa. Geralmente, essa sobreposição refere-se à fusão entre a estrutura funcional e a estrutura por
projetos.

A Departamentalização Matricial não leva em consideração o princípio clássico da unidade de comando de


Fayol.

A departamentalização matricial, tendo em vista sua característica de responsabilidade compartilhada, exige nível
de confiança mútua e capacidade de improvisação na solução de problemas.
Uma grande dificuldade da departamentalização matricial é a de definir, claramente, as responsabilidades e as
autoridades de cada profissional da estrutura da empresa e minimizar conflitos inevitáveis.

Vantagens
. possibilidade de maior aprimoramento técnico de sua equipe de trabalho;
. coordenação da equipe de forma mais adequada e coerente;
. maior desenvolvimento da capacitação profissional;
. maior especialização nas atividades desenvolvidas;
. uso adequado dos vários recursos;

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. maior cumprimento de prazos e orçamentos;
. melhor atendimento aos clientes do projeto.

Desvantagens
. dupla subordinação, gerando um clima de ambiguidade de papeis e relações;
. conflitos de interesses e disputas de poder entre os chefes funcionais e os chefes de projetos.

- Departamentalização Mista: é o tipo mais frequente, pois cada parte da empresa deve ter a estrutura que
mais se adapte a sua realidade organizacional.

Resposta: C

(QUESTÃO 44 – PROVA A) Manuais e formulários são importantes meios de registro e transmissão de informações.
Avalie as afirmações sobre esses instrumentos.

I. Um manual de políticas e diretrizes busca criar condições para um adequado nível de delegação na empresa.
II. Na etapa de elaboração de um novo formulário é desnecessário analisar o estilo de administração da empresa.
III. Uma das vantagens do uso de manuais administrativos é que não abrangem aspectos informais da rotina
organizacional.

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IV. Incluir apenas os títulos e subtítulos estritamente necessários reduz a tendência para o erro na anotação e na
utilização dos registros em um formulário.

Está correto apenas o que se afirma em:


a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.

FORMULÁRIO
O formulário é um importante meio de comunicação, transmissão e registro de informações, principalmente as
baseadas em dados quantitativos.

Formulário é um instrumento do processo administrativo constituído de:


- palavras e números (dados fixos e variáveis);
- espaços e campos;
- linhas;
- colunas;
- formato

A necessidade dos formulários pode ser justificada em função dos seguintes fatores:
. a importância dos dados e informações, pois a sobrevivência de uma empresa pode depender de ter os dados ou as
informações certas, na hora certa, e de utilizá-los rápida e corretamente;
. as exigências legais e governamentais, pois a empresa, como sistema, recebe influências de seu ambiente, e um
dos principais fatores de influência é o governo na é o governo na ação de formulários, inerentes aos decretos, às leis e
aos regulamentos estabelecidos;
. a padronização nas comunicações, sendo que esse é um dos aspectos mais importantes no esquema de eficiência
da comunicação das empresas;
. o armazenamento de dados e informações, sendo que esse aspecto está correlacionado à vida e à história dos
vários assuntos da empresa, procurando propiciar uma caracterização de cada um dos itens inerentes à
operacionalização das atividades da empresa.

Elaboração de Novo Formulário


Na etapa de elaboração de novo formulário, alguns aspectos devem ser considerados e analisados, dentre eles:

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. estilo de administração da empresa;
. informações importantes;
. layout do formulário;
. formato do papel;
. tipo e qualidade do papel;
. peso do papel;
. cor do papel;
. fibras do papel;
. padrões para margens de formulários;
. número de vias de formulários;
. redação do texto de formulário.

MANUAL ADMINISTRATIVO
Manual é todo e qualquer conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos, instruções e
orientações que devem ser obedecidos e cumpridos pelos executivos e funcionários da empresa, bem como a forma
como esses assuntos devem ser executados, quer seja individualmente, quer seja em conjunto.

Vantagens
. corespondem a uma importante e constante fonte de informações sobre os trabalhos na empresa;
. facilitam o processo de efetivar normas, procedimentos e funções administrativas;
. ajudam a fixar critérios e padrões, bem como uniformizam a terminologia técnica básica do processo
administrativo. Com isso, possibilitam a normatização das atividades administrativas;
. possibilitam adequação, coerência e continuidade nas normas e nos procedimentos, pelas várias unidades
organizacionais da empresa;
. evitam discussões e equívocos, muito frequentes nas empresas que não se estabeleceu a versão oficial sobre os
temas suscetíveis de pontos de vista conflitantes;
. possibilitam treinamento aos novos e antigos funcionários da empresa;
. possibilitam efetivo crescimento na eficiência e eficácia dos trabalhos realizados;
. representam um instrumento efetivo de consulta, orientação e treinamento na empresa;
. representam uma restrição para a improvisação inadequada que aparece na empresa ns mais variadas formas;
. aprimoram o sistema de autoridade da empresa, pois possibilitam melhor delegação mediante instruções escritas,
proporcionando ao superior controlar apenas os fatos que saem da rotina normal, ou seja, o controle por exceção;
. representa um instrumento que pode elevar o moral dos funcionários, pois possibilita que os mesmos tenham
melhor visão de sua representatividade na empresa;

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. representam um elemento importante de revisão e avaliação objetivas das práticas e dos métodos e processos
institucionalizados nas empresas;
. aumentam a predisposição do pessoal para assumir responsabilidades, uma vez que aquilo que tem de ser feito
está claramente estabelecido por escrito; e
. representam um legado histórico da evolução administrativa da empresa.

Desvantagens
. constituem um ponto de partida, porém não são a solução para todos os problemas administrativos que possam
ocorrer na empresa;
. sua preparação, quando malfeita ou pouco cuidadosa, traz, paralelamente, sérios inconvenientes ao
desenvolvimento normal dos trabalhos pelas várias unidades organizacionais da empresa;
. o custo de preparação e de atualização pode ser elevado, dentro de uma relação de custos versus benefícios
identificada pela empresa;
. quando não são utilizados corretamente, perdem rapidamente sua validade;
. são, em geral, pouco flexíveis;
. incluem, somente, os aspectos formais da empresa, deixando de lado os aspectos informais, cujas vigência e
importância para o dia a dia da empresa são muito grandes;
. quando muito sintéticos, tornam-se pouco úteis e, por outro lado, quando muito detalhados, corem o risco de se
tornarem obsoletos diante de quaisquer mudanças pequenas;
. diminuem a incidência do julgamento pessoal, tornando-se, muitas vezes, um freio para a iniciativa e a
criatividade individuais; e
. seu uso pode ficar muito prejudicado e difícil devido a uma redação pouco clara, prolixa, deficiente e inadequada.

Tipos de Manuais Administrativos


. manual de organização
. manual de norma e procedimentos
. manual de políticas e diretrizes
. manual de instruções especializadas
. manual do empregado
. manual de finalidade múltipla

1. Manual de Organização
Também é denominado por algumas empresas de manual de funções.

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Tem por finalidade, enfatizar e caracterizar os aspectos formais das relações entre os diferentes departamentos – ou
unidades organizacionais – da empresa, bem como estabelecer e definir os deveres e as responsabilidades
correlacionados a cada uma das unidades organizacionais.

2. Manual de Normas e Procedimentos


Normalmente, esses manuais são mais numerosos, bem como de utilização mais acentuada da empresa.
Tem como objetivo descrever as atividades que envolvem as diversas unidades organizacionais da empresa, bem
como detalhar como elas devem ser desenvolvidas.

Correspondem ao manual da parte dos métodos, dentro da atividade de organização e métodos.

3. Manual de Políticas e Diretrizes


Uma política ou diretriz pode ser definida como um parâmetro para a tomada de decisão. Portanto, esse manual
deve conter a descrição detalhada e completa das políticas que devem ser seguidas pelos executivos e funcionários da
empresa, no processo de tomada de decisões que levam aos objetivos estabelecidos.
Na prática, as políticas servem proporcionar maior qualidade e, principalmente, agilidade ao processo decisório,
pois o que está estabelecido pelas políticas, todos os profissionais da empresa estão, antecipadamente, autorizados a
fazer.
As políticas devem ser bem fundamentadas e consistentes, bem como baseadas em uma explicação, muito bem
feita, das relações de trabalho na empresa.

4. Manual de Instruções Especializadas


É aquele que consolida normas e instruções de aplicação específica a determinado tipo de atividade ou tarefa, como
por exemplo, o Manual do Vendedor ou Manual da Secretária.
A apresentação desse tipo de manual pela empresa é recomendável quando o número de funcionários que pode
utilizá-lo é suficientemente grande para justificar sua preparação.

5. Manual do Empregado
São, particularmente, importantes em empresas médias e grandes e sua utilização aumenta muito nos níveis
intermediários e inferiores da empresa.
Normalmente, o empregado recebe o manual em seu primeiro dia de trabalho na empresa. Para propiciar maior
motivação no uso, deve ter boa diagramação e redação, bem como ser impresso, de preferência, em offset.

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6. Manual de Finalidade Múltipla
Em algumas situações, pode ser mais interessante fazer um único manual, que atenda aos vários aspectos
considerados pelos cinco tipos apresentados anteriormente.
Geralmente, isso ocorre devido a:
. volume de atividades
. número de empregados
. simplicidade da estrutura organizacional

Resposta: A
GESTÃO DE PROCESSOS

FAB 16/17

(QUESTÃO 44 – PROVA A) Em se tratando de estrutura organizacional, um dos principais recursos empregados na


gestão por processos de negócios, deve-se compreender uma organização que funciona através de:
a) recursos humanos compreendidos como pertencentes a uma caixinha do organograma.
b) grupos de funcionários que dependem de uma estrutura superior para tomar decisões.
c) estruturas baseadas em posições funcionais ocupadas.
d) estruturas matriciais e equipes multifuncionais.

Nota: A Gestão por Processos é concebida sob a ótica da Teoria dos Sistemas. Logo, os conceitos aplicados são
conceitos voltados para um modelo ADHOCRÁTICO, e não Burocrático.
Se vocês observarem as opções da questão, as letras a), b) e c) possuem características puramente de uma estrutura
organizacional burocrática (funcional – Abordagem Clássica).

Entendendo Gestão por Processos


A abordagem administrativa da gestão por processos é também conhecida como abordagem sistêmica para gestão
das organizações, isto em função da teoria utilizada para sua formulação e fundamentação: a Teoria Geral dos
Sistemas (TGS). Assim, para o entendimento da abordagem administrativa da gestão por processos é fundamental
discorrer a respeito da TGS.
Essa teoria surgiu em meados da década de 1920, quando o biólogo húngaro Ludwig von Bertalanffy estudou a
autorregulação dos sistemas orgânicos. Estes foram entendidos como sendo sistemas abertos, ou seja, interagindo com
o meio ambiente, incorporando alterações benéficas e neutralizando as maléficas (autorregulação regenerativa dos
sistemas).

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A TGS surgiu como uma crítica à abordagem científica e reducionista predominante na época, que reduzia as
entidades, por exemplo, um animal, para o estudo individual de suas propriedades e de suas partes ou elementos
(órgãos ou células). ATGS direciona a análise do pesquisador para o todo, ou seja, para as relações entre as partes que
se interconectam e interagem orgânica e estatisticamente.
Detoro e McCabe conceituaram gestão por processos como: “uma estrutura gerencial orientada a processos, em que
gestor, time e executores do processo são todos executores e pensadores enquanto projetam seu trabalho, inspecionam
seus resultados e redesenham seus sistemas de trabalho de forma a alcançar melhores resultados”.
Para Zairi (1997), gestão por processos está correlacionada aos aspectos principais da operação do negócio e
apresenta grande potencial para agregação de valor e alavancagem do negócio. Isso ocorre devido às exigências da
abordagem administrativa da gestão por processos:
. requer que as atividades principais sejam mapeadas e documentadas;
. cria foco nos clientes por intermédio de conexões horizontais entre atividades-chave;
. emprega SI e documenta procedimentos para assegurar disciplina, consistência e continuidade de resultados com
qualidade;
. utiliza mensuração de atividades para avaliar o desempenho de cada processo individualmente, estabelece objetivos e
níveis de entrega que podem incorporar objetivos corporativos;
. emprega o método de melhoria contínua para resolução de problemas e da geração de benefícios adicionais;
. utiliza as melhores práticas para assegurar o alcance de altos níveis de competitividade;
. emprega a mudança cultural, não se atendo apenas aos melhores SI e à estrutura organizacional mais adequada.

Os 12 Princípios de Ostroff
Ostroff apresenta um elenco de doze princípios fundamentais que caracterizam a abordagem administrativa da
gestão por processos:
. está organizada em torno de processos-chave multifuncionais, em vez de tarefas ou funções;
. opera por meio de donos de processos ou gerentes dotados de responsabilidade integral sobre os processos-chave;
. faz com que times, não indivíduos, representem o alicerce da estrutura organizacional e do seu desempenho;
. reduz níveis hierárquicos pela eliminação de trabalhos que não agregam valor e pela transferência de
responsabilidades gerenciais aos operadores de processos, os quais têm completa autonomia de decisão sobre suas
atividades nos processos como um todo;
. opera de forma integrada com clientes e fornecedores;
. fortalece as políticas de recursos humanos, disponibilizando ferramentas de apoio, desenvolvendo habilidades e
motivações, além de incentivar o processo de transferência de autoridade aos operadores de processos para que as
decisões essenciais à performance do grupo sejam tomadas no nível operacional;

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. utiliza a tecnologia de informação (TI) como ferramenta auxiliar para chegar aos objetivos de performance e
promover a entrega da proposição de valor ao cliente final;
. incentiva o desenvolvimento de múltiplas competências de forma que os operadores de processos possam trabalhar
produtivamente ao longo de áreas multifuncionais;
. promove a multifuncionalidade, ou seja, a habilidade de pensar criativamente e responder com flexibilidade aos
novos desafios impostos pela organização;
. redesenha as funções de departamentos ou áreas de forma a trabalhar em parceria com os grupos de processos;
. desenvolve métricas para avaliação de objetivos de desempenho ao final dos processos, as quais são direcionadas
pela proposição de valor ao cliente final, no sentido de medir a satisfação dos clientes, dos empregados e avaliar a
contribuição financeira do processo como um todo;
. promove a construção de uma cultura corporativa transparente, de cooperação e colaboração, com foco contínuo no
desenvolvimento de desempenho e fortalecimento dos valores dos colaboradores, promovendo a responsabilidade e o
bem-estar na organização.

Resposta: D
FAB 17/18

(QUESTÃO 35 – PROVA A) A respeito das abordagens de gestão funcional e de gestão por processos, analise as
seguintes afirmativas.
I. Na gestão funcional, os profissionais são agrupados por seus semelhantes ou pares, mas os papéis não são bem
delimitados. Na abordagem de gestão por processos, as equipes são formadas por profissionais de diferentes perfis e
habilidades.
II. O trabalho, na organização funcional, é estruturado sob forte supervisão dos níveis hierárquicos superiores, os quais
comandam tanto a execução do trabalho quanto o desenvolvimento dos profissionais. Por outro lado, na organização
por processos, a cadeia de comando é deslocada para os próprios executores dos processos e baseia-se em negociação
e colaboração.
III. As ferramentas de Tecnologia da Informação (TI), na organização funcional, vão além da visão das áreas
funcionais para os quais foram desenvolvidos, enquanto que, na organização por processos, a interatividade entre
diferentes áreas internas e externas à empresa não é um pressuposto.
IV. Na organização funcional, o relacionamento externo com consumidores, fornecedores e clientes é pouco
explorado, enquanto na gerida por processos, ele privilegia parcerias e integração.
V. O trabalho de profissionais alocados em organizações funcionais tem natureza repetitiva e restrita. Já os que atuam
em organizações geridas por processos desempenham estritamente atividades de coordenação.

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Está correto apenas o que se afirma em:
a) II e IV.
b) III e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.

Discernindo gestão funcional de gestão por processos


Serão abordadas algumas áreas em que se farão a análise comparatória entre a Gestão funcional e a Gestão por
Processos.

. Alocação de pessoas: representa a disposição do conjunto operacional humano que executa as tarefas dentro da
organização.
Na Organização Funcional, as pessoas são distribuídas por departamentos funcionais que se responsabilizam pelas
tarefas daquele setor; na organização gerida por processos, as pessoas fazem parte de uma equipe responsável pelas
tarefas de um processo multifuncional. Em outras palavras, na organização funcional, os profissionais são agrupados
entre seus semelhantes ou pares, em equipes com papéis muito bem delimitados, em que todos possuem um mesmo
conjunto de atividades a serem realizadas.
Na abordagem administrativa da Gestão por Processos, as equipes de trabalhos são formadas por profissionais de
diferentes perfis e habilidades, em que cada um desempenha um papel e atividade diferentes, porém complementares.
O desenvolvimento dos profissionais nas organizações orientadas a processos cabe primordialmente ao próprio
profissional, recebendo suporte de centros de excelência funcional, voltados à capacitação contínua dos profissionais
essenciais aos processos da organização.
Dessa forma, nas organizações orientadas a processos, os profissionais se vinculam a um ou mais processo de
negócio, como profissional executor ou coordenador, e, eventualmente, a centros de desenvolvimento de
competências.

. Autonomia operacional: aponta o grau de autonomia e controle que cada colaborador possui das tarefas sob sua
responsabilidade.
Na Organização Funcional todas as tarefas são executadas sob rígida supervisão hierárquica, enquanto na
organização gerida por processos grande esforço é feito no sentido de fortalecer a individualidade, delegando-lhe
autoridade para tomar decisões essenciais ao cumprimento delas. Assim, nas organizações com a gestão direcionada
aos processos de negócios há o fortalecimento e valorização do papel do funcionário, característica amplamente
difundida no meio acadêmico pelo termo utilizado na literatura anglo-saxônica: empowerment.
A associação dos conceitos de Weber sobre “burocracia monocrática” com os princípios da Administração
Científica de Taylor determinaram a forma de gestão dos negócios até meados do século XX, em que a gestão do tipo

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comando-controle era a palavra-chave. Mintzberg chamou a isso de “burocracia mecânica”, ou seja, um modelo de
organização e gestão capazes de atingir os mais altos índices de produtividade nas organizações.
A evolução da tecnologia de comunicação, o advento da Internet e o fenômeno da globalização dos negócios,
ocorridos no limiar do século XX, provocaram a reconfiguração das transações comerciais no mundo, em função
principalmente da redução do tempo de execução dos processos. Empresas estruturadas verticalmente e geridas
funcionalmente, demandando dos executores a obtenção de autorização dos níveis hierárquicos de supervisão para a
condução dos processos, passam a operar com extrema dificuldade, tendo em vista a demanda atual de redução dos
tempos de respostas, exigindo modelos mais flexíveis e descentralizados de gestão.
A gestão por processos de negócios, por deslocar a gestão funcional – verticalizada – para uma administração
direcionada ao cliente final e gerida por processos, cria princípios de autonomia gerencial nos executores dos
processos, tornando-os mais produtivos, mais qualificados e com menores custos operacionais. Essa nova visão de
gestão desloca o poder de decisão, dos tradicionais níveis hierárquicos (superiores) de supervisão e controle para os
próprios executores dos processos de negócios. Na abordagem administrativa da gestão por processos, os operadores
de processo e os “donos de processos” tornam-se responsáveis pela integral manutenção da produtividade e qualidade
do processo como um todo. Dessa forma, na gestão por processo atribui-se de forma diferenciada não apenas a
“autonomia para”, mas também a “responsabilidade por”. Obviamente, isso implica um perfil diferenciado para o
corpo de colaboradores da organização, aspecto analisado na descrição da característica “capacitação dos indivíduos”.

. Avaliação de desempenho: descreve os critérios de valorização e promoção do trabalho dos indivíduos.


Na Organização Funcional, as pessoas são avaliadas por seu desempenho funcional individual, enquanto na
organização gerida por processos o que conta é o resultado final do processo.
Um dos aspectos críticos para o sucesso da abordagem administrativa da gestão por processos é a avaliação das
pessoas envolvidas, conforme salientou Davenport: As questões mais difíceis, enfrentadas por equipes organizadas
para executar processos ou subprocessos, no longo prazo, giram em torno da relação entre os membros da equipe e a
estrutura funcional da organização.
Supondo-se que a estrutura funcional continua a existir, como existiu em todas as organizações que estudamos, um
desses problemas é a questão de como e por quem os membros da equipe devem ser avaliados.
Davenport também apontou alternativas para resolver a questão: Uma solução óbvia para o problema da ênfase é
criar uma organização baseada em processos, quer seja isolada ou que trabalhe em conjunto com o órgão funcional, e
dar aos representantes do processo um papel igual ao dos gerentes funcionais na avaliação e recompensa dos membros
da equipe.

. Cadeia de comando: identifica a cadeia de comando que supervisiona o trabalho operacional.

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Na Organização Funcional, TODO O TRABALHO está estruturado funcionalmente sob forte supervisão de níveis
hierárquicos superpostos, que comandam tanto a execução do trabalho quanto o desenvolvimento dos profissionais
envolvidos.
Na organização gerida por processos, apenas o processo de negócio é gerenciado pelos donos de processos, que
direcionam suas atenções exclusivamente à constante agregação de valor ao produto ou serviço entregue. O gestor de
processo ou “dono do processo” não é o chefe dos profissionais que atuam em seu processo, ele não pode mandar, tem
que negociar e exercer influência. Dessa forma, a cadeia de comando na empresa orientada a processos não se baseia
em comando e controle, mas em negociação e colaboração.
A figura típica do “chefe” desaparece na organização gerida por processos: Um “chefe” é uma criatura de pirâmide:
uma única pessoa que está acima de você, lhe dizendo o que fazer e como fazê-lo. Em um ambiente orientado por
processos, esse papel desaparece. Mais precisamente, fica disperso entre muitas pessoas, nenhuma das quais pode ser
chamada precisamente de chefe.
Do ponto de vista de gestão dos trabalhos, o foco dos gerentes altera-se de supervisão e controle de funcionários
para capacitação e motivação destes.

. Capacitação dos indivíduos: descreve o elenco de competências e o direcionamento da visão dos objetivos do
trabalho operacional.
Enquanto na Organização Funcional AS PESSOAS são treinadas para se ajustar à função específica que
desempenham, na organização gerida por processos, a ampla abrangência, tanto dos processos de negócio quanto da
autonomia e responsabilidade designada aos colaboradores (empowerment), implica a demanda de um amplo e
contínuo processo de capacitação. Esse processo deve atender a múltiplas competências transdisciplinares requeridas
ao longo de todo o processo.
A gestão por processos, por outro lado, permite que a transparência do trabalho ao longo do processo,
independentemente das cadeias funcionais da organização, traga um novo entendimento aos operadores, exigindo um
empowerment que reflita a transfuncionalidade que o processo representa. Colaboradores flexíveis e dotados de
múltiplas competências são os que melhor se adaptam a essa nova visão de gestão.

. Escala de valores da organização: refere-se aos valores cultuados pela organização no sentido de direcionar a
movimentação comportamental dos empregados.
Na Organização Funcional, GRANDE INCENTIVO é dado ao trabalho funcional, direcionado aos resultados do
departamento, proliferando entre as áreas funcionais os sentimentos de desconfiança, insegurança no trabalho e atritos.
As organizações geridas por processos, por outro lado, privilegiam a abertura da comunicação, a transparência no
trabalho, o sentido de colaboração e cobrança mútua ao longo de todo o processo, o que facilita o desenvolvimento do
trabalho participativo entre os executantes.

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Observando-se a organização como uma extensão do ambiente socioeconômico em que opera, pode-se constatar
que a sua administração sofre forte influência não só das forças internas como das normas e comportamentos
socioculturais da sociedade mais ampla. Esses autores argumentam que as pessoas procuram comportar-se dentro das
expectativas do grupo social mais amplo, interiorizando os valores e as normas que, implícita ou explicitamente, o
grupo lhes prescreve.
A abordagem administrativa da gestão por processos requer e incorpora outros valores à cultura das organizações.
O amplo conjunto de entidades envolvidas e comprometidas com o processo de negócio, abrangendo clientes,
fornecedores, parceiros e colaboradores da organização, cria uma expectativa de responsabilidade comum quanto aos
comportamentos de transparência da informação, cooperação mútua, confiança e demais valores importantes para o
trabalho em redes colaborativas.

. Estrutura organizacional: o modelo organizacional sobre o qual a empresa está estruturada.


Na Organização Funcional, A EMPRESA é estruturada hierarquicamente, seus departamentos trabalham
isoladamente, direcionados aos próprios objetivos, enquanto na organização gerida por processos a hierarquia é
reduzida. Nesta última, os níveis que não agregam valor aos resultados são eliminados em benefício de uma visão
voltada à proposição de valor na entrega final do produto de cada processo.
Ostroff comenta que o organograma de uma empresa é uma representação visual da sua estrutura, bastante útil para
demonstrar os departamentos funcionais, os níveis hierárquicos de comando e a alocação de pessoas. Entretanto,
pouco transmite a respeito dos processos de negócios que sustentam a organização como um todo e que perpassam
diversos departamentos funcionais da organização.
A abordagem administrativa da gestão por processos, por priorizar o processo em si, provoca várias alterações na
estrutura organizacional, tais como: deslocamento de grande parte do processo decisório, que, antes, estava em mãos
de superiores hierárquicos, para os “donos de processos” e operadores; eliminação das barreiras de comunicações
hierárquicas e funcionais da organização; enxugamento dos níveis hierárquicos de decisão; reconfiguração das
habilidades necessárias para o trabalho orientado a processos; fortalecimento de parcerias externas e terceirização de
atividades não fundamentais para a organização, entre as mais importantes.

. Medidas de desempenho: caracterizam as formas de avaliação do trabalho.


Enquanto na organização funcional o TRABALHO é avaliado com foco no desempenho de trabalhos fragmentados
das áreas funcionais, na empresa gerida por processos valoriza-se o desempenho de cada processo, de forma a manter
uma linha de agregação constante de valor às suas propostas de entrega. Objetivos comuns e visíveis a todos os
envolvidos com o processo proporcionam uma motivação maior destes e, consequentemente, melhores resultados são
alcançados, conforme destacou Hammer:

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Em uma organização orientada para tarefas, “desempenho satisfatório” era tudo o que se poderia esperar dos
funcionários e, na verdade, isso era tudo de que a empresa necessitava. Processos fragmentados homogeneizavam o
trabalho individual de tal forma que o desempenho pessoal excelente inevitavelmente passava despercebido.
O resultado final era apenas tão bom quanto o pior elo da cadeia que o havia gerado. Nesse contexto, fazer um
grande esforço provavelmente seria um desperdício. Portanto, por que se preocupar? Era muito mais importante evitar
os erros do que alcançar a excelência. Isso não ocorre nas organizações orientadas por processos. Os indivíduos que
têm um excelente desempenho nos processos podem gerar um resultado de alto desempenho.

. Natureza do trabalho: atinente às características das tarefas que requerem competências específicas para execução.
Na Organização Funcional, prevalecem os conceitos da “Administração Científica” de Taylor, da “Teoria Clássica”
de Fayol, da “Burocracia” de Weber, em que o máximo de trabalho deve ser executado no menor espaço de tempo,
sendo as atividades fortemente estruturadas e especializadas com seus respectivos grupos de trabalhos.
A natureza do trabalho desempenhado pelos profissionais, nas organizações funcionais, é repetitiva e com escopo
bastante restrito em termos do que se faz. Nas organizações geridas por processos, a natureza do trabalho é bastante
diversificada; um profissional pode desempenhar diversas atividades ao longo do processo de negócio, tanto de
natureza operacional quanto de coordenação.
Como salientou Hammer, as pessoas que atuam em organizações orientadas a processos deixam de ser empregados
e passam a ser profissionais, deixam de ter emprego e passam a administrar carreira: Autonomia e responsabilidade
são partes integrantes dos trabalhos orientados para processos.

. Organização do trabalho: identifica a forma como o trabalho operacional está organizado dentro da estrutura da
empresa.
Na Organização Funcional, cada área funcional está estruturada por departamentos que funcionam isoladamente
dos demais; na organização gerida por processos, o trabalho é organizado por processos multifuncionais. Na
organização funcional há equipes de trabalho especializadas em um grupo específico de atividades correspondentes à
abrangência de uma área funcional, enquanto na organização gerida por processos o trabalho está organizado por
processos de negócios, de forma a prover sinergia e interação entre os profissionais de diferentes habilidades e
competências necessárias aos extensos processos de negócios.
De acordo com Peter Drucker: Os departamentos tradicionais atuarão como guardiões de normas e padrões, como
centros de treinamento e de distribuição de especialistas; não serão os pontos de realização do trabalho. Este será
desenvolvido por meio de equipes concentradas em tarefas.

. Relacionamento externo: com o mercado de consumo e os fornecedores e clientes externamente, a organização


funcional objetiva a competição por meio da pressão constante sobre clientes e fornecedores, enquanto a organização

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gerida por processos privilegia o processo colaborativo por meio de parcerias de negócios em que todos tenham a sua
sustentabilidade assegurada.
Uma das maiores consequências do fenômeno da globalização foi consolidar o respeito à cultura local e ao meio
ambiente como a forma mais correta de operacionalização dos negócios no mundo. Essa visão maior abriu o caminho
das alianças de negócios, que permitem que organizações do mundo inteiro somem conhecimento e atuem em
conjunto no mercado internacional.

. Utilização da tecnologia: trata do emprego dos recursos de tecnologia da informação (TI) no apoio à execução e ao
gerenciamento de processos.
Na Organização Funcional, as ferramentas de TI são representadas por sistemas de informação legados, limitados
pela visão de áreas funcionais para as quais eles foram desenvolvidos. Na organização gerida por processos, os
processos de negócios exigem cada vez mais interatividade entre diferentes áreas internas e externas à empresa.
Os negócios atuais, no contexto de cadeias de valores, tornam-se mais interativos e colaborativos, envolvendo uma
variedade de parceiros para entrega de produtos e serviços. Conectividade entre empresas (B2B), integração entre
aplicações de empresas (EAI) e processos de negócios colaborativos estão se tornando mais críticos à eficiente gestão
e operação das empresas.
Dessa forma, nas organizações orientadas a processos, há uma forte demanda por recursos tecnológicos específicos
para integração entre sistemas de informação (Enterprise Application Integration – EAI) de forma a permitir a
intercomunicação entre os diversos sistemas de informação das áreas funcionais (legados), conforme a dinâmica da
ordem requerida pelos processos de negócios.
O gerenciamento ou “orquestração” dos processos de negócios também passa a ser realizada por uma camada de
software específica, denominada Business Process Management System (BPMS). Esta camada é constantemente
informada pela camada EAI, sobre o status de operação de cada instância do processo de negócio, independentemente
de instituição e plataforma computacional na qual esteja ocorrendo o processamento.
Com os dados das instâncias em processamento ao longo do processo, o sistema BPMS é capaz de prover ao gestor
do processo de negócio uma atualização contínua dos indicadores de desempenho do processo, informando gargalos e
caminho crítico, ocorrências de exceções, entre outras informações importantes à gestão de processos de negócios.
Assim, temos que, na arquitetura de TI das empresas que praticam a abordagem administrativa da gestão por
processos, há dois componentes diferenciadores: o EAI e o BPMS.

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Gestão por Processos e Gestão Funcional

Resposta: A

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(QUESTÃO 36 – PROVA A) Um dos padrões de notações para a especificação de modelagem de processos de
negócio é a Business Process Modeling Notation (BPMN), que tem como objetivo padronizar a comunicação entre os
envolvidos. A especificação é realizada pelo modelo denominado Business Process Diagram (BPD), o qual classifica
os fluxos de execução em quatro tipos.
Observe as ilustrações a seguir dos tipos de fluxos de execução.

I- II-

III- IV-

A sequência (de I a IV) que apresenta, respectivamente, a denominação de cada tipo de fluxo é:
a) exceção / condicional / default / sequencial.
b) sequencial / exceção / condicional / default.
c) condicional / default / sequencial / exceção.
d) sequencial / condicional / exceção / default.

Introdução à BPMN
A BPMI. ORG disponibilizou na internet, em 25 de agosto de 2003, a primeira versão de um documento para
consulta pública (working draft) que descreve sua notação para modelagem de processos de negócios, denominada
business Process Modeling Notation (BPMN).
O objetivo da BPMN é ser um padrão de comunicação entre todos os envolvidos com o processo de negócios: os
analistas de negócios que projetam a versão inicial do processo, os profissionais de negócios que operam no seu dia a
dia as atividades de gerenciamento do gestor do processo e os desenvolvedores técnicos responsáveis por implementar
as tecnologias que o apoiarão. A notação deve fornecer uma comunicação intuitiva entre esses grupos, sendo capaz de
representar toda a complexa semântica dos atuais processos de negócios.
A BPMN realiza a especificação do processo de negócios por meio de gráficos que representam sua lógica; para
isso, ela emprega apenas um modelo denominado Diagrama de Processo de Negócios (DPN) ou business process
diagram (BPD).
A proposta da BPMI.org é fazer com que as notações da BPMN, mais especificamente o DPN, sejam utilizadas
como referência por todos os sistemas de business process management system (BPMS). Além de ser o modelo
empregado pelos profissionais que projetam, operam e gerenciam o processo de negócios, o DPN é o mapa formal
para conectar a arquitetura lógica da solução BPMS com as linguagens que o implementam fisicamente.

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O objetivo principal da BPMI.org ao desenvolver a BPMN foi criar meios para reduzir as barreiras e as
perdas atuais na interatividade entre projeto lógico e projeto físico, problema histórico da área de engenharia
de software e que se repete no âmbito dos processos de negócios.

Fluxos de Execução
Um conjunto de fluxos é utilizado para descrever a sequência de execução dos processos que compõem um
processo de negócios, do evento iniciador do processo, passando por meio dos diversos processos via roteiros
sequenciais, em paralelo ou alternativos.
Um fluxo pode ser classificado de diferentes formas. Na Figura A.2 há a representação gráfica desses fluxos e, a
seguir, a descrição de cada um deles:

. CONDICIONAL: possui uma expressão ou regra condicional que é avaliada no tempo de execução, verificando se o
fluxo será utilizado ou não pelo processo de negócios;

. SEQUENCIAL: é o fluxo que sempre é executado, não dependendo de nenhuma regra condicional ou conector.
Estudaremos mais adiante os conectores;

. DEFAULT: esse fluxo é utilizado somente quando os diversos fluxos condicionais não forem verdadeiros, isto é, não
forem apontados para uso em tempo de execução. Na prática, funciona dentro do princípio “se nenhum outro fluxo for
utilizado esse será o caminho-padrão a ser seguido”;

. EXCEÇÃO: esse fluxo ocorre fora do processamento normal do processo, sendo acionado a partir da ocorrência de
um evento intermediário com base em exceção que possa ocorrer durante a execução do processo.

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Resposta: D
FAB 18/19

(QUESTÃO 34 – PROVA A) Uma entidade social, deliberadamente estruturada, possui tarefas divididas entre seus
membros. Nela, há responsabilidades e controle de desempenho.
Nesse sentido, pode-se definir organização como uma entidade social composta por
a) funcionários diversos que buscam auferir lucros individuais.
b) pessoas que trabalham juntas em prol de um objetivo comum.
c) microempresas individuais que buscam crescimento no mercado.
d) indivíduos com valores morais convergentes que buscam estruturar uma sede.

Conceito de Organização retirada do Livro Administração, Princípios e Tendências, do Lacombe.

Organização é um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns. Incluem-
se nesta definição as empresas, universidades, hospitais, escolas, creches, associações culturais, partidos políticos,
sindicatos, clubes, condomínios, cooperativas, famílias, organizações não-governamentais, associações de classes
profissionais, corporações militares, associações de moradores de bairro, entre outros. Quase tudo, portanto, é feito por
meio das organizações.

Resposta: B

(QUESTÃO 35 – PROVA A) A estrutura de uma organização pode ser definida como uma maneira pela qual as
atividades são divididas, organizadas e coordenadas.
Ainda sobre a estrutura organizacional, pode-se afirmar que ela funciona como uma
a) espinha dorsal da organização, que sustenta e articula suas partes integrantes.
b) metodologia central da organização, que envolve as competências das pessoas.
c) arquitetura organizacional, que deve ser aprovada em órgão competente regional.
d) estratégia organizacional utilizada para controlar o fluxo de informações e discussões.

Questão retirada do Livro Administração Geral e Pública, do Chiavenato.

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Provas Comentadas – Professor Rodrigo Vieira

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A estrutura organizacional é a maneira pela qual as atividades da organização são divididas, organizadas e
coordenadas. Constitui a arquitetura ou o formato organizacional que assegura a divisão e a coordenação das
atividades dos membros da organização.
Na verdade, a estrutura organizacional funciona como a espinha dorsal da organização, o esqueleto que sustenta e
articula suas partes integrantes. Nesse sentido, a estrutura organizacional costuma apresentar uma natureza
predominantemente estática. Ela se refere à configuração dos órgãos e das equipes da organização. Dá-se o nome de
unidade para cada subdivisão dentro de uma organização. Assim, divisões, departamentos, seções, grupos de trabalho
e equipes são considerados unidades organizacionais.
De um lado, cliente significa aquelas pessoas ou instituições que utilizam o produto ou serviço proporcionado pela
organização. O cliente interno significa a pessoa ou a unidade que utiliza o produto ou o serviço proporcionado por
outra pessoa ou unidade organizacional.
Já o cliente externo é a pessoa ou a instituição que utiliza o produto ou serviço oferecido pela organização. Em uma
empresa, o cliente pode ser o consumidor do produto ou o usuário do serviço. Na outra ponta, fornecedor significa
aquelas pessoas ou instituições que proporcionam um produto ou serviço para que a organização possa funcionar. O
fornecedor externo é outra organização, enquanto o fornecedor interno representa uma unidade organizacional.

Resposta: A
GESTÃO DA QUALIDADE

FAB 17/18

(QUESTÃO 34 – PROVA A) Tanto as organizações públicas quanto as privadas são pródigas em problemas mal
definidos e, portanto, em desperdício de recursos na direção gerencial errada, sempre, óbvio, com as melhores
intenções. [...] Um problema (ou uma meta) não pode ser impossível de ser resolvido a ponto de desanimar as equipes
logo de saída e nem fácil demais a ponto de não trazer nenhum esforço para sua solução. Uma meta deve ser
estabelecida de maneira que provoque constantemente a aquisição de novos conhecimentos pela organização.
(FALCONI, 2013, p.52).
Uma das práticas gerenciais que facilita o estabelecimento de metas é
a) a utilização de metas financeiras para orientar todas as demais.
b) a priorização baseada nos bônus de desempenho por metas alcançadas.
c) desatrelar as metas do orçamento da empresa, obtendo, dessa forma, mais liberdade de atuação.
d) evitar o uso de valores encontrados em outras empresas, pois o que é bom para uma não é necessariamente bom
para outra.

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Desempenho da Organização
O desempenho das organizações é melhorado a partir do foco em seus principais problemas, considerando três
horizontes: Estratégico, Tático e Operacional. As metas definidas nestes três horizontes estabelecem o foco do
gerenciamento.

Três Necessidades de Desempenho

A Meta é o Foco do Gerenciamento


A meta é uma das três necessidades de desempenho e é o foco do gerenciamento em qualquer nível, pois o método
gerencial existe para que as metas sejam alcançadas.
Os problemas (metas) estão sempre nos fins e nunca nos meios, sempre nas funções dos sistemas, organização,
processos e operações. As metas sempre estarão:

(a) Nível da Organização - Nos indicadores das funções da empresa relativos à satisfação dos stakeholders e em seu
desdobramento pela organização.

(b) Nível do Processo - Nas características dos produtos do processo (qualidade, custo e condições de entrega). Por
exemplo: Processo de entrega “Entregar pelo menos 95% das encomendas na qualidade, prazo, quantidade e local
certos dentro de 18 meses”.

(c) Nível da Operação - Nas características do valor agregado na operação (valores dos indicadores dos valores
agregados ao longo do processo, que devem constar dos Padrões Técnicos de Processo ou dos Padrões Gerenciais e ser

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especificados como objetivo do trabalho nos Procedimentos Operacionais Padrão). Por exemplo: Processo de
tratamento do aço líquido na panela; Procedimento de sopro de argônio “Obter a homogeneização completa da
corrida”.

As metas decorrem, naturalmente, do Planejamento Estratégico. No entanto, caso não haja um Planejamento
Estratégico formal, AS METAS FINANCEIRAS DEVEM ORIENTAR O QUE SERÁ FEITO NAS OUTRAS
FRENTES, pois elas serão o critério de prioridade para escolher entre os vários problemas a serem atacados. Existem
também metas que não são financeiras mas que decorrem de uma visão estratégica ou de simples princípios, tais como
metas sobre acidentes no trabalho, índices de poluição, índices de satisfação com o trabalho, entre outras.

Resposta: A

LOGÍSTICA E ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

FAB 14/15

(QUESTÃO 35 – PROVA A) Uma das maiores preocupações das organizações que imobilizam capital em estoque é
com relação à rotatividade. O giro de estoques é um índice que mostra claramente às empresas em que nível de
eficiência encontra-se a administração de seus estoques e o gerenciamento de suas vendas. Sobre o giro de estoques é
correto afirmar que:
(A) o giro de estoques é calculado através da divisão do custo das mercadorias vendidas pelo valor das receitas de
vendas de produtos.
(B) uma empresa que possui um índice de giro de estoques de 5,0 vezes ao ano, significa dizer que o estoque foi
renovado a cada 73 dias.
(C) o giro de estoques mede o número de vezes que determinado estoque foi renovado ao longo do ano, geralmente, é
recomendado que este índice seja sempre menor do que 1 (um), visto que quanto menor a rotatividade dos estoques
melhor será a saúde financeira da empresa.
(D) o giro de estoque de um estaleiro é de 1,2 vez ao ano e o de um fabricante de peças automotivas é de 18 vezes ao
ano. Comparando o resultado das 2 (duas) empresas, pode-se chegar à conclusão de que o giro de estoques do estaleiro
é péssimo e o da fábrica de peças automotivas é acima da média.

Giro de Estoques: Mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou.

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GE= Valor consumido no período
Valor do Estoque Médio

Resolução:
Se um ano possui 365 dias, e a opção B diz que o índice do Giro de Estoque é 5, logo, para obter o resultado do
número de dias em que houve a renovação, basta dividir 365 (dias do ano) por 5.
Assim temos: 365/5 = 73 dias.
Segue outro conceito importante.

. Cobertura de Estoques: Indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será
suficiente para cobrir a demanda média.

Cobertura de Estoques = nº de dias do ano


giro de estoque

Resposta: B

(QUESTÃO 38 – PROVA A) Uma das atividades de maior complexidade na administração de materiais é o estudo
do comportamento da demanda. A demanda pode se comportar de maneira bem diferente, sobretudo, considerando o
tipo de produto ou serviço. Ter um bom conhecimento da demanda de seus produtos é muito importante para o sucesso
da atividade de planejamento e administração dos níveis de estoque na organização. Com relação aos fatores e
informações que estão ligados ao comportamento da demanda, assinale a alternativa incorreta.
a) Influência da propaganda, evolução das vendas no tempo e crescimento populacional são informações consideradas
quantitativas que afetam a demanda.
b) O consumo de alguns produtos sofre influência de fatores sazonais, como, por exemplo, eventos culturais (Natal,
Páscoa, Carnaval) e ambientais (inverno e verão).
c) Todos os tipos de produtos, independente de suas características e necessidades de consumo, são afetados por
fatores ambientais, culturais, sazonais e mercadológicos.
d) Alguns produtos têm sua demanda afetada pela chamada “tendência do mercado”, ou seja, produtos que caem em
desuso ou estão “na moda”, entre outros motivos.

O erro da opção C está em afirmar que todos os produtos sofrem influência de fatores sazonais.

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Sazonalidade: a sazonalidade de uma demanda representa um padrão de variação que se repete com o passar do
tempo, podendo ser interpretado e previsto. Não são variações aleatórias e sim um padrão repetitivo. A demanda de
determinados produtos pode apresentar pouca, ou nenhuma, sazonalidade. Produtos como arroz, feijão, farinha e
artigos de higiene, por exemplo, apresentam demanda pouco influenciada pela época do ano. Brinquedos, cobertores,
agasalhos etc., são exemplos de produtos muito mais suscetíveis às influências.

Resposta: C

(QUESTÃO 39 – PROVA A) Em se tratando de administração de estoques, um dos maiores dilemas é como alcançar
um equilíbrio entre nível de estoque e custo de manutenção. O uso de ferramentas modernas de gestão de estoques,
como o Just in Time (JIT), é a receita que algumas organizações encontram para minimizar este dilema. Sobre os
conceitos inerentes ao sistema JIT, assinale a alternativa correta.
(A) A ideia principal do Just in Time é que os materiais cheguem exatamente no momento em que são necessários para
a produção. Nesse sentido, idealmente, as empresas deveriam ter somente estoques de materiais em elaboração.
(B) O Just in Time tem como foco principal o aumento gradativo dos níveis de estoque, bem como o aumento dos
níveis de atendimento aos clientes, desta maneira, além de nunca faltar produtos em estoque, os custos de manutenção
são maximizados.
(C) O uso do sistema Just in Time é muito difundido e utilizado pelas empresas brasileiras. O uso desta ferramenta no
Brasil é auxiliado pela eficiente malha logística presente no país, facilitando a integração entre fornecedores, empresas
e clientes.
(D) O uso do sistema Just in Time permite que as empresas tenham um giro menor em seus estoques, ou seja, se a
quantidade de produtos em estoque é menor, a rotatividade também é menor. Isto é uma das grandes contribuições do
JIT para o aumento da eficiência produtiva.

Características do JIT

Just in time (JIT) – Sistema em que os fornecedores devem mandar os suprimentos na medida em que eles vão sendo
necessários à produção. O JIT busca a eliminação de tudo o que não agrega valor ao produto ou serviço, utilizando-se
de baixos inventários desde o fornecedor até o produto acabado posto ao cliente. Para isso, pode-se trabalhar com
entregas parceladas e diretas à linha de produção; linhas e células balanceadas e sem gargalos; inspeção e embalagem
nas próprias linhas; e, sempre que possível, envio direto ao cliente, sem passa por um estoque final.

Contempla a redução do inventário, melhora contínua da qualidade, redução de custo do produto e agilização do
prazo de entrega.

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É um método de produção com o objetivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas
quando forem necessários para que o custo de estoque seja menor.
O JIT, que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, também pode disparar o processo.
Dependendo de como o sistema é idealizado, um cartão ou um conjunto de cartões kanban pode dar início ao processo
de compras.

Resposta: A
FAB 15/16

(QUESTÃO 33 – PROVA B) Um dos processos mais importantes, no âmbito da administração de materiais, é a


armazenagem. Esta importância decorre da necessidade de que todos os materiais necessários ao funcionamento da
empresa sejam armazenados de maneira adequada visando, sobretudo, a sua integridade.
Em relação aos diversos aspectos envolvidos no processo de armazenagem, indique a alternativa correta.
a) A construção de armazéns automatizados aumenta os custos de manutenção de estoques e os gastos com pessoal.
b) O uso de tecnologias que permitam, por exemplo, a leitura de códigos de barras agiliza a movimentação e
estocagem do produto nos armazéns.
c) É uma tendência do mercado padronizar as configurações dos armazéns (tipo e tamanho) independentemente das
características dos produtos armazenados.
d) A estrutura logística brasileira, considerada muito eficiente, vem permitindo cada vez mais a adoção do Just in
Time, visando a diminuição da necessidade de armazenagem.

Recebimento e Armazenagem

O recebimento de uma empresa é mais bem compreendido com uma combinação de cinco elementos principais:
espaço físico, recursos de informática, equipamento de carga e descarga, pessoas e procedimentos normalizados.

O correto dimensionamento do espaço físico envolve espaço para a fila de veículos, plataformas compensadoras de
altura, espaço para separação e conferência, acesso livre para o estoque inicial e para a fábrica (entregas JIT).

Nas empresas modernas, em que o conceito de SCM está consolidado, não se espera que haja uma inspeção de
qualidade no recebimento, já que os contratos de suprimento preveem uma qualidade assegurada. É de bom alvitre,
porém, lembrar que podem haver problemas ocasionais de erros de entrega, tanto qualitativos quanto quantitativos,
sendo prudente reservar, no recebimento, uma área para materiais aguardando decisão, a qual deverá ser a menor
possível e encarada como de curta permanência.

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A forma mais comum de armazenagem é por meio de estruturas porta-paletes, simples ou de dupla profundidade,
convenientemente dispostas a facilitar o acesso de equipamentos de elevação e transporte, a proteção do produto
contra contaminantes internos ou externos, a fácil localização na hora da armazenagem e da coleta, segurança contra
incêndios e iluminação conveniente.

As empresas de maior porte usam geralmente armazéns automatizados. Neles o material entrante é identificado
pelo código de barras. Depois o material vai, por meio de esteiras e elevadores automáticos, para o local de estocagem
designado pelo computador – que determina quais as áreas disponíveis onde a entrada e posterior retirada são fáceis.
Os materiais são colocados nas estruturas porta-paletes e dali retirados sem a participação humana.

É essencial para o administrador de bens patrimoniais atentar para alguns pontos:

- equipamentos dedicados: uso específico para um produto ou linha de produção;

- economias: resultantes de despesas com manutenção, prêmios de seguro, redução de pessoal e danificação de
materiais. Essas economias, a longo prazo, podem justificar a adoção de armazéns automatizados.

- layout: o projeto de layout dos almoxarifados deve ser considerado tão ou mais importante que o projeto da
própria fábrica. Há uma regra, não escrita, que mostra ser mais rápido os avanços tecnológicos dos processos
produtivos do que o da tecnologia de armazenagem. Isso leva à diminuição ou permanência dos espaços ocupados pela
fábrica mesmo com aumentos de volumes de produção, o que normalmente não ocorre com a armazenagem.

Armazém
Apesar dos modernos sistemas de distribuição vigentes atualmente, como entregas programadas diretas das linhas
de montagem ou contrapedidos atendidos em horas, os armazéns continuam a existir e continuarão por muito tempo.
Seu alto custo decorre muitas vezes da má administração e da falta de organização.
Os estoques têm de estar nos lugares certos, ter o tamanho certo, proteger de forma adequada seu conteúdo e
permitir entregas e colocação eficiente nas prateleiras. As empresas devem analisar o custo efetivo do uso do espaço,
provendo um acesso adequado ao material estocado. É importante que elas cuidem de protegê-los contra a ação do
tempo e de ladrões, e tenham flexibilidade para lidar com o menor ao maior dos itens estocados na quantidade que for
necessária.

Entre o armazém e a gerência deve haver um sistema de informações que permita colocar produtos em locais
conhecidos em uma ordem conhecida, retirá-los rapidamente e na quantidade necessária, e ter uma rotação correta.

Resposta: B

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(QUESTÃO 34 – PROVA B) Os recursos patrimoniais de uma empresa são essenciais para o suporte das operações
administrativas e produtivas, para tanto, é necessário que estes recursos sejam classificados, patrimoniados e,
principalmente, conservados. Sobre a classificação dos bens patrimoniais de uma empresa, assinale a alternativa
incorreta.
a) Quanto à mobilidade: móveis e imóveis.
b) Quanto à sua divisibilidade: divisíveis e indivisíveis.
c) Quanto à sua disponibilidade: disponíveis e indisponíveis.
d) Quanto à sua constituição física: incorpóreos (materiais e tangíveis) e corpóreos (imateriais e intangíveis).

Classificação dos bens


QUANDO SÃO CONSTITUÍDOS DE MATÉRIA
Corpóreos: quando são constituídos de matéria; Incorpóreos: não-constituídos de matéria; não
quando possuem uma forma identificável. possuem corpo ou forma identificável. (direitos
de uso de marcas ou fórmulas químicas)
Materiais: quando possuem substância material, são Imateriais: os que não possuem matéria.
palpáveis. (mesa ou veículo) (registros de jazidas e projetos de produtos)
Tangíveis: quando possuem substância ou massa. Intangíveis: os que não possuem substância ou
(caneta ou folha de papel) massa. (patentes e direitos autorais)
QUANTO A SUA MOBILIDADE
Móveis: quando podem ser deslocados sem alteração Imóveis: quando não podem ser deslocados
em sua forma física. (móveis e utensílios, máquinas, sem perder sua forma física. (prédios, pontes,
veículos) terrenos, jazidas)
QUANTO A SUA DIVISIBILIDADE
Divisíveis: quando podem ser divididos sem que Indivisíveis: quando não tem possibilidade de
percam suas características originais. (terrenos, divisão, constituindo uma unidade.
fazendas e lotes de certas mercadorias) (automóvel)
QUANTO A SUA FUNGIBILIDADE
Fungíveis: podem ser substituídos por outros da Infungíveis: são insubstituíveis, únicos.
mesma natureza. (trigo, algodão, arroz e ouro)
QUANTO A SUA DISPONIBILIDADE
Disponíveis: podem ser usados de imediato. Indisponíveis: não podem ser usados de imediato.

Os bens podem ainda ser denominados como:


. Numerários: os bens sob a forma de dinheiro ou títulos de liquidez imediata.
. Semoventes: constituídos por animais domésticos.
. Dominicais: bens do poder público (praças, ruas, rios) e domínio público.

Resposta: D

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(QUESTÃO 35 – PROVA B) Os bens materiais possuem um tempo determinado de vida útil. Esse tempo de uso é
conhecido como “ciclo de vida”. Durante o ciclo de vida de um produto, os bens vão ao longo do tempo perdendo
valor, decorrente de seu uso, deterioração ou obsolescência. No entanto, para as empresas, é necessário que esta “perda
de valor”, conhecida como depreciação, seja registrada de acordo com as instruções normativas vigentes.
Tendo em vista o método de depreciação conhecida como “depreciação linear”, analise os dados apresentados a
seguir, faça o calculo da depreciação e marque a alternativa correta.
. Vida útil = 5 anos;
. Valor ou custo inicial do bem = R$ 580.000,00; e
. Valor residual = 0 (zero).

a) R$ 116.000,00.
b) R$ 150.000,00.
c) R$ 216.000,00.
d) R$ 336.000,00.

Depreciação

A depreciação de um bem é a perda de seu valor, decorrente do uso, deterioração ou obsolescência tecnológica. A
forma de calcular essa perda define o critério de depreciação do bem.

O critério aceito pela Receita Federal é o linear, ou da linha reta, pelo qual se depreciam partes iguais durante toda
a vida útil do bem. Há ainda outros critérios.

Resolução.

Depreciação = valor do bem D = 580.000 D = 116.000,00


Tempo de vida útil 5

Resposta: A

(QUESTÃO 35 – PROVA B) Uma das estratégias conhecidas e adotas por algumas empresas, em se tratando do
processo de aquisição, é a “horizontalização”. Esta estratégia consiste em comprar de terceiros o máximo dos itens que
compõem o produto final ou os serviços de que necessita.
De acordo com as condições descritas abaixo, relacione a coluna da direita com a da esquerda e marque a sequência
correta.

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( ) Menor controle tecnológico.
(1) Vantagens ( ) Redução dos custos.
( ) Foco no negócio principal da empresa.
(2) Desvantagens ( ) Deixa de auferir o lucro decorrente da fabricação ou do serviço.
( ) Menor investimento em instalações industriais.

a) 2–1–1–2–1
b) 2–2–2–1–1
c) 1–2–1–1–2
d) 1–1–2–2–1

ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS:

1. VERTICALIZÃÇÃO: É a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder, ou pelo
menos tentará produzir.

Vantagens da Verticalização:
- Independência de terceiros – A empresa tem maior liberdade de alteração de suas políticas, prazos, padrão de
qualidade, além de poder priorizar um produto em detrimento de outro que naquele momento é menos importante.

Desvantagens da Verticalização:
- Ela exige MAIOR INVESTIMENTO em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa está
envolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo MENOR FLEXIBILIDADE para alterações nos
processos produtivos.

2. HORIZONTALIZAÇÃO: Consiste na estratégia de comprar de TECEIROS (terceirização) o máximo possível dos


itens que compõem o produto final ou serviços de que necessita.

Vantagens da Horizontalização:
- Redução de Custos
- Maior flexibilidade e eficiência
- Incorporação de novas tecnologias
- FOCO NO NEGÓCIO PRINCIPAL

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Desvantagens da Horizontalização
- Menor controle tecnológico
- Deixa de auferir o lucro do fornecedor
- Maior exposição

Resposta: A

FAB 16/17

(QUESTÃO 33 – PROVA A) Considerando Martins & Campos (2011), quanto a uma das principais características
de um empreendimento, analise as afirmativas abaixo.

I. A fim de viabilizar a organização, bem como a sua concretização, é necessário centralizar a execução de todos os
trabalhos envolvidos.
II. O objetivo é a finalidade do empreendimento que, para ser alcançada exige que se saiba, a priori, o que será feito
com todas as especificações definidas.
III. A centralização do planejamento e do controle é essencial, visto que a realização de um empreendimento envolve
recursos das mais variadas naturezas e procedências.
IV. O empreendimento para se levar a bom termo deve dotar de uma organização adequada e pessoal devidamente
habilitada.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) I e III.

Esse assunto EMPREENDIMENTO não estava previsto no Programa do concurso, neste ano.

O erro do item I está em afirmar que para melhor organizar o empreendimento, faz-se necessário
centralizar a execução de todos os trabalhos envolvidos.

Resposta: A

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(QUESTÃO 58 – PROVA A) De acordo com Martins & Campos (2011), esta prática se relaciona, geralmente, à
necessidade de construção de uma nova fábrica, mudança das instalações fabris para outro endereço ou mesmo a
abertura de novos escritórios em outra localidade. No âmbito das esferas governamentais, esta ação se manifesta com
mais frequência, pois as obras de infraestrutura, normalmente a cargo dos órgãos públicos, estão frequentemente sendo
adquiridas por meio de licitações públicas.
O texto acima faz referência à
a) pesquisa.
b) reposição.
c) demanda.
d) manutenção.

Questão viagem... a banca cobrou um texto nada a ver com o programa.

Texto da Banca:
A demanda para bens patrimoniais decorre do planejamento a médio e longo prazo efetuado pelas empresas. Trata-
se geralmente da construção de uma nova fábrica, a mudança das instalações fabris para outro endereço ou mesmo a
abertura de novos escritórios em outra localidade.
Nas esferas governamentais, a ocorrência é bem mais frequente, pois as obras de infraestrutura, normalmente a
cargo dos órgãos públicos, estão frequentemente sendo adquiridas por meio de licitações públicas.

Resposta: C
FAB 17/18

(QUESTÃO 38 – PROVA A) Uma base aérea da Aeronáutica utiliza uma determinada peça para uso na manutenção
de alguns de seus equipamentos. Ela é comprada a R$ 6,00 a unidade e seu consumo é de 8.000 unidades/ano. O custo
de obtenção é de R$ 8,00 por pedido e a quantidade comprada é de 1.600 unidades. Sabendo ainda que o custo de
carregamento do estoque é de R$ 1,20 e, desprezando-se os custos independentes, qual é o custo total anual de
armazenagem deste item?
a) R$ 49.000,00
b) R$ 52.840,00
c) R$ 54.406,00
d) R$ 65.000,00

A banca utilizou a seguinte fórmula para montar essa questão:

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CT = (Ca + i x P) x Q + (Cp x D) + Ci + (D x P)
2 Q

CT = Custo Total do Estoque


Ca = Custo de Armazenagem
i = taxa de juros correntes
P = preço de compra do item de estoque ou custo de fabricação
EM = Estoque Médio = Q.
2

Cp = Custo de Obtenção ou Preparação

n = nº de pedidos = D
Q

Ci = Custos Independentes

D = Demanda

Resolução:

. Primeira informação importante: quando a questão coloca Custo de Carregamento, ela substitui a seguinte fórmula:
(Ca + i x P). Logo, isso tudo será 1,20, que equivale ao Cc (Custo de carregamento).

Assim, temos:
CT = (Ca + i x P) x Q + (Cp x D) + Ci + (D x P)
2 Q

CT = 1,2 x 1.600 + (8 x 8.000) + 0 + (8.000 x 6)


2 1.600

CT = 960 + 40 + 48.000

CT = 49.000

Resposta: A

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(QUESTÃO 39 – PROVA A) Modelos de administração de materiais ou modelos de estoque procuram responder a
perguntas como quanto comprar e quando comprar. A esse respeito, o modelo de estoque que consiste em emitir os
pedidos de compra em lotes com intervalos de tempo fixos é o modelo
a) híbrido.
b) da curva ABC.
c) do estoque máximo.
d) da reposição contínua.

SINAL DA DEMANDA
O sinal da demanda é a forma sob a qual a informação chega à área de compras para desencadear o processo de
aquisição de bem material ou patrimonial. No caso de bens patrimoniais, o sinal pode vir, por exemplo, de um estudo
de viabilidade ou de uma necessidade de expansão.
No caso de recursos materiais, as formas mais comuns são:

- Solicitação de Compras – através de folha de pedido

- MRP (Materials Requirement Planning): O Planejamento das Necessidades de Materiais é uma técnica que permite
determinar as necessidades de compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto.
Com base na lista de materiais (bill of materials), obtida por meio da estrutura analítica do produto, também
conhecida por árvore do produto ou explosão do produto, e em função de uma demanda dada, o computador calcula
as necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se há estoques disponíveis para o atendimento.

- Sistema Just in Time: É um método de produção com o objetivo de disponibilizar os materiais requeridos pela
manufatura apenas quando forem necessários para que o custo de estoque seja menor.
O JIT, que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, também pode disparar o processo.
Dependendo de como o sistema é idealizado, um cartão ou um conjunto de cartões kanban pode dar início ao processo
de compras.

- Sistema de Reposição Periódica: O sistema de Reposição Periódica ou intervalo padrão decorre em um


INTERVALO DE TEMPO PRÉ-ESTABELECIDO.
Ex: A cada três meses é realizado a reposição do material necessário à fabricação.

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- Sistema de Reposição Contínua ou Sistema do Ponto do Pedido: O sistema do ponto do pedido ou lote padrão é o
mais popular método utilizado nas fábricas e consiste em disparar o processo de compra quando o estoque atingir um
nível previamente determinado.

- Caixeiro-Viajante: Consiste em um vendedor visitar uns clientes e verificar in loco se está faltando mercadoria no
estoque para que ele, em comum acordo com o cliente, tire o pedido.

- Contratos de Fornecimento: nos contratos de fornecimento, o processo de compra é iniciado em função de uma
necessidade de produção. Assim, quando o material se faz necessário, o próprio sistema de computador envia uma
ordem de compra via EDI.

Resposta: C

(QUESTÃO 40 – PROVA A) A Logística não se refere apenas à distribuição física, mas também à armazenagem,
gestão do estoque e das compras, atividades de apoio e ainda à logística reversa. Ao longo do tempo, a área vem
evoluindo, passando de ações isoladas para ações sinérgicas, ou seja, à logística integrada e, atualmente, Supply Chain
Management (Gerenciamento da Cadeia De Suprimentos). Na Aeronáutica, essa importante atividade fica a cargo do
Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG).
A figura a seguir representa, de forma básica, uma integração logística.

Em relação a este fluxo, pode-se dizer que:

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a) ele é incompatível com as especificidades do setor público, não podendo ser nele aplicado.
b) as operações logísticas se iniciam quando o cliente faz o pedido e terminam quando ele é entregue.
c) a área de apoio à manufatura concentra os estoques de produtos acabados, para que não haja falta destes para os
clientes.
d) o compartilhamento de informações atende a necessidades diferentes de movimentação segundo o tamanho dos
pedidos, quantidade de estoque e urgência de atendimento.

Letra A – pode ser aplicado perfeitamente no setor público.


Letra B – a frase correta é: As operações logísticas têm início com a expedição inicial de materiais ou componentes
por um fornecedor, e terminam quando um produto fabricado ou processado é entregue a um cliente.
Letra C – a área de apoio à manufatura concentra estoques de produto em processo, e não estoques de produtos
acabados.

Comentários do Livro do Bowersox.

LOGÍSTICA INTEGRADA
A logística é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. As informações
recebidas de clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos. As
informações são filtradas em planos específicos de compras e de produção. O processo tem duas ações inter-
relacionadas: fluxo de materiais e fluxo de informações.

. Fluxo de materiais: o gerenciamento operacional da logística abrange a movimentação e armazenagem de materiais


e produtos acabados. As operações logísticas têm início com a expedição inicial de materiais ou componentes por um
fornecedor, e terminam quando um produto fabricado ou processado é entregue a um cliente.

. Fluxo de informações: o fluxo de informações identifica locais específicos dentro de um sistema logístico em que é
preciso atender a algum tipo de necessidade. As informações abrangem as três áreas operacionais. O principal objetivo
na especificação das necessidades é planejar e executar operações logísticas integradas.

As operações logísticas são divididas em três áreas:

- Distribuição Física: a área de distribuição física trata da movimentação de produtos acabados para entrega aos
clientes. Na distribuição física, o cliente é o destino final dos canais de Marketing. A disponibilidade do produto é
parte vital do trabalho de marketing de cada participante do canal.

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É pelo processo de distribuição física que o tempo e o espaço do serviço ao cliente se tornam parte integrante de
marketing. Assim, a distribuição física vincula um canal de marketing para seus clientes.

- Apoio à Manufatura: a área de apoio à manufatura concentra-se no gerenciamento de estoque em processo à


medida que este flui entre as fases de fabricação. A principal responsabilidade logística na manufatura é participar da
formulação de uma programação-mestre de produção e providenciar a disponibilidade em tempo hábil de materiais,
componentes e estoque em processo. Portanto, a preocupação maior de apoio à manufatura não está como a
produção ocorre, mas em o que é fabricado e quando e onde os produtos são fabricados.
O apoio à manufatura tem diferença significativa em relação à distribuição física. A distribuição física tenta
satisfazer os desejos dos clientes e, portanto, deve conciliar incertezas originadas no consumidor e incertezas da
demanda industrial. O apoio à manufatura abrange as necessidades de movimentação que estão sob o controle da
empresa fabricante.

- Suprimento: o suprimento abrange a compra e a organização da movimentação de entrada de materiais, de peças e


de produtos acabados dos fornecedores, para as fábricas ou montadoras, depósitos ou lojas de varejo.
Geralmente, o termo suprimento é utilizado para incluir todos os tipos de compras. O termo materiais é empregado
para identificar o estoque que está sendo movimentado para dentro da empresa, independentemente de seu estágio com
relação à revenda. O termo produto é usado para identificar o estoque disponível para compra por parte do
consumidor.
Em outras palavras,os materiais estão vinculados ao processo de agregação de valor por meio da produção, ao
passo que os produtos estão prontos para o consumo.

O suprimento engloba a disponibilidade de sortimento desejado de materiais onde e quando necessários. Da


mesma forma que a distribuição física trata da saída de produtos, o suprimento engloba as operações de
entrada tanto no recebimento de materiais, quanto nas operações de separação ou montagem.

Definições importantes destacadas pelo autor.

. Distribuição Física: atividades relacionadas com o fornecimento de serviço ao cliente. Estas atividades incluem
recebimento e processamento de pedidos, posicionamento de estoques, armazenagem e manuseio e transporte dentro
de um canal de distribuição. Incluem a responsabilidade pela coordenação com o planejamento de marketing em áreas
como formação de preços, apoio promocional, níveis de serviço ao cliente, padrões de entrega, manuseio de

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mercadoria devolvida e apoio ao ciclo de vida. O principal objetivo da distribuição física é ajudar na geração de
receita, prestando níveis estrategicamente desejados de serviço ao cliente, ao menor custo total.

. Apoio à Manufatura: atividades relacionadas com o planejamento, a programação e o apoio às operações de


produção. Incluem o planejamento do programa-mestre e a execução de atividades de armazenagem do estoque semi-
acabado, manuseio, transporte e sequenciamento de componentes. Incluem a responsabilidade pela armazenagem de
estoque em locais de fabricação e pela máxima flexibilidade na coordenação de postergação, tanto de montagem final
quanto geográfica, entre operações e distribuição física.

. Suprimento: atividades relacionadas com a obtenção de produtos e materiais de fornecedores externos. Incluem
execução do planejamento de recursos, localização de fontes de suprimento, negociação, colocação de pedidos,
transporte de saída, recebimento e inspeção, armazenagem e manuseio e garantia de qualidade. Incluem a
responsabilidade pela coordenação com fornecedores em áreas como programação, continuidade de suprimento,
hedging (estratégia ou técnica para riscos de mercado) e investigação, assim como pesquisas que levem a novas fontes
ou programas de suprimento.

O principal objetivo do suprimento é dar apoio à produção ou à revenda, proporcionando compras em


tempo hábil, ao menor custo total.

Resposta: D
FAB 18/19

(QUESTÃO 43 – PROVA A) A palavra Logística tem origem da palavra francesa Logistique, que significa “arte
de planejar”, logo, um sistema de logística envolve a gestão de tarefas como processamento de
a) aprendizagem, manutenção, mudança, utilização de materiais e etiquetagem.
b) imagem, testes, remoção de materiais, combinação de estocagem e escolha de modal.
c) relações, direcionamento, alteração de meios de transporte, encaixotamento e execução de tarefas.
d) pedidos, estoques, transportes, combinação de armazenamento, manuseio de materiais e embalagem.

Questão tirada do Livro do Bowersox.


A logística envolve a gestão do processamento de pedidos, estoques transportes e a combinação de
armazenamento, manuseio de materiais e embalagem, todos integrados por uma rede de instalações. Seu objetivo é
apoiar as necessidades operacionais de suprimento, manufatura e atendimento ao cliente na cadeia de suprimentos.

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A logística refere-se à responsabilidade de projetar e administrar sistemas para controlar o transporte e a
localização geográfica dos estoques de matérias primas, de produtos em processo e acabados pelo menor custo
total.

Reposta: D

(QUESTÃO 44 – PROVA A) Indique a opção que completa corretamente a lacuna da assertiva a seguir.
O objetivo da classificação de produto/mercado é concentrar e aprimorar os esforços de _____________ de
estoque, permitindo definir os grupos de ___________ ou mercado com estratégias de estoque ______________.
a) alteração / tarefas / similares
b) organização / materiais / distintas
c) ordenação / mercadorias / diferentes
d) gerenciamento / produtos / semelhantes

Questão tirada do Livro do Bowersox.

Classificação de Produto/Mercado
O objetivo da classificação de produto/mercado é concentrar e aprimorar os esforços de gerenciamento de
estoque. A classificação de produto/mercado, que também é chamada de CLASSIFICAÇÃO ABC, agrupa
produtos, mercados ou clientes com características semelhantes para facilitar o gerenciamento de estoque.
O processo de classificação reconhece que nem todos os produtos e mercados têm as mesmas características ou
grau de importância. Um sólido gerenciamento de estoque exige que a classificação seja coerente com a estratégia e
os objetivos de serviço da empresa

Resposta: D

(QUESTÃO 45 – PROVA A) Os sistemas ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) são a base do sistema de
informação logística da maioria das empresas, pois eles mantêm dados e processos atuais e históricos para iniciar e
monitorar o desempenho da organização.

I – As transações da cadeia de suprimentos são facilitadas por sistemas ERP.


PORQUE
II – Incluem entrada e gerenciamento de pedidos, alocação de estoque e expedição.

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Sobre as afirmativas, é correto afirmar que

a) a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda verdadeira.


b) a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda falsa.
c) as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
d) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

Questão retirada do Livro do Bowersox.

Módulos de Sistema de Informação da Cadeia de Suprimentos


Um sistema de informação da cadeia de suprimentos abrangente inicia, monitora e auxilia a tomada de decisões,
relatando as atividades necessárias à realização de operações e planejamento logísticos. Os principais módulos do
sistema e suas interfaces são:
- Planejamento de Recursos Empresariais (ERP – Enterprise Resource Planning)
- Sistema de Comunicação
- Sistemas de Execução
- Sistemas de Planejamento
Os Sistemas ERP são a base do sistema de informação logística da maioria das empresas, que mantém dados e
processos atuais e históricos para iniciar e monitorar o desempenho.

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Os sistemas ERP facilitam as operações e os relatórios integrados para iniciar, monitorar e localizar as atividades
críticas, como atendimento a pedidos e reabastecimento. Os sistemas ERP também incorporam um banco de dados
integrado no âmbito de toda a empresa, às vezes denominado data warehouse, junto a transações adequadas para
facilitar o planejamento e as operações logísticas e a cadeia de suprimentos.
As transações da cadeia de suprimentos facilitadas pelo ERP incluem entrada e gerenciamento de pedidos, alocação
de estoque e expedição. Além dessas aplicações na cadeia de suprimentos, os sistemas ERP normalmente incluem
habilidades financeiras, contábeis e de recursos humanos.
Aplicações de data mining, gestão do conhecimento e outras aplicações de integração empresarial operam usando a
base de ERP para desenvolver e organizar o conhecimento referente a clientes, produtos e operações.

Resposta: D

(QUESTÃO 46 – PROVA A) A classificação de produto/mercado, que também é chamada de classificação ABC,


pode ser aplicada na gestão dos estoques.

As letras A, B e C se referem, respectivamente, a produtos


a) A = de média rotatividade e baixo volume; B = de volume baixo; C = de volume moderado.
b) A = de alta rotatividade e alto volume; B = de volume moderado; C = de baixa rotatividade.
c) A = de baixa rotatividade e alto volume; B = de volume elevado; C = de moderada rotatividade.
d) A = de moderada rotatividade e moderado volume; B = de volume de muita rotatividade; C = de alta rotatividade.

Questão tirada do Livro do Bowersox.

Classificação ABC
Embora essa classificação normalmente use três categorias , algumas empresas usam quatro ou cinco para
refinar ainda mais as classificações. O agrupamento de produtos semelhantes facilita os esforços gerenciais
de estabelecer estratégias de estoque concentrada para segmentos específicos de produtos.
Por exemplo, produtos de alto volume ou alta rotatividade não raro são alvo de níveis mais altos de
serviço. Isso com frequência exige que os itens de alta rotatividade tenham mais estoque de segurança,
resultando em níveis mais baixos de serviço.
Em situações especiais, os sistemas de classificação podem se basear em diversos fatores. Por exemplo, a
margem bruta do produto e a importância para os clientes podem ser ponderadas para desenvolver um índice
combinado em vez de simplesmente usar o volume de vendas.

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Resposta: B

(QUESTÃO 47 – PROVA A) O ciclo logístico de atividades representa os elementos do trabalho necessários para
completar a logística relacionada ao atendimento ao cliente, à manufatura ou ao suprimento.
Qual das alternativas a seguir apresenta exemplos de atividade do ciclo logístico?
a) Gestão e fornecimento de estoque.
b) Suprimento e atendimento ao cliente.
c) Comunicação e adequação de cliente.
d) Manufatura e organização de estoque.

Em todos os itens apresentam exemplos de atividades do ciclo logístico.

Reposta: Anulada

(QUESTÃO 48 – PROVA A) O usuário de transportes tem uma ampla gama de serviços à sua disposição. Tais
serviços giram em torno de cinco modais básicos. Quais são eles?
a) Fluvial, eólico, terrestre, coletivo e tubular.
b) Cargueiro, aquático, contratado, marítimo e espacial.
c) Anatômico, terrestre, especial, metroviário e terceirizado.
d) Hidroviário, ferroviário, rodoviário, aeroviário e dutoviário.

Características dos Modais de Transporte


Os cinco modais de transporte básicos são o ferroviário, rodoviário, aquaviário, dutoviário e aéreo.

. Ferroviário: a capacidade de transportar de maneira eficiente uma grande tonelagem por longas distâncias é a
principal razão para que as ferrovias continuem ocupando um lugar de destaque na receita bruta e na tonelagem
intermunicipal. As operações ferroviárias incorrem em altos custos fixos em virtude do equipamento caro, do acesso
(as ferrovias devem manter sua própria via), dos pátios de manobra e dos terminais. Entretanto, o sistema ferroviário
conta custos operacionais variáveis relativamente baixos.

. Rodoviário: as transportadoras rodoviárias são flexíveis, pois são capazes de operar em todos os tipos de estradas.
Comparadas ao sistema ferroviário, as transportadoras rodoviárias necessitam de investimentos fixos relativamente
pequenos em terminais e operam em rodovias com manutenção pública.

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O custo variável por quilômetro é alto, pois é necessário um “cavalo mecânico” e um motorista para cada carreta
ou composição de carretas atreladas.
As características das transportadoras rodoviárias favorecem as atividades de produção e distribuição, o transporte
a curta distância de produtos de alto valor.
Em virtude da flexibilidade de entrega, elas conquistaram praticamente todo o transporte de carga realizado de
atacadistas ou depósitos para lojas de varejistas.

. Aquaviária: as vias marítimas e fluviais são o meio de transporte mais antigo. O transporte aquaviário doméstico
envolve os grandes lagos e canais de rios navegáveis. A principal vantagem do transporte aquaviário é a capacidade
de movimentar cargas muito grandes. Esse tipo de transporte emprega dois tipos de embarcações:

- Embarcações de alto mar: são geralmente projetadas para serem utilizadas em oceanos e nos grandes lagos, e se
restringem aos portos apropriados ao seu calado.

- Barcaças: normalmente operam em rios e canais, possuem uma flexibilidade muito maior.
O transporte aquaviário está situado entre as transportadoras rodoviárias e ferroviárias em termos de custo fixo. As
principais desvantagens do transporte aquaviário são a rapidez e o alcance de operação limitados.
O transporte típico por vias navegáveis inclui produtos de mineração, commodities básicas a granel, como produtos
químicos, cimento e alguns tipos de produtos agrícolas.
Os contêineres facilitam a carga e a descarga de embarcações, além de melhorarem a capacidade intermodal,
aumentando a eficiência na transferência de carga entre rodovia, ferrovia e via marítima/fluvial.

. Dutoviário: pelos dutos são transportados o petróleo e gás natural. A natureza dutoviária é singular, se comparada
com os outros tipos de transporte. Os dutos operam 24 horas por dia, 7 dias por semana, com restrições de
funcionamento apenas durante mudança do produto transportado e manutenção. Os dutos apresentam o maior custo
fixo e o menor custo variável entre todos os tipos de transporte.

. Aéreo: a vantagem desse tipo de transporte está na rapidez de entrega das cargas; possui alto custo, o que o torna um
meio de transporte caro. Porém, o custo fixo do transporte aéreo é baixo se comparado ao dos transportes ferroviário,
aquaviário e dutoviário. Na verdade, o transporte aéreo possui o segundo menor custo fixo, perdendo apenas para o
rodoviário.

Resposta: D

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(QUESTÃO 49 – PROVA A) O gerenciamento de estoque usa uma combinação de lógica reativa e de planejamento.
A lógica reativa é mais adequada no caso de itens com baixo volume e elevadas incertezas no ciclo de atividades e da
demanda, porque adia o risco de especulação de estoque. Já a lógica de planejamento de estoque é adequada no caso
de itens com
a) mediano volume e com demanda negativa.
b) alto volume e com demanda relativamente estável.
c) baixo volume e com elevadas carências de demanda.
d) sem volume e com elevadas incertezas no ciclo de atividades.

Nota: lógica reativa está vinculada ao conceito de JIT (baixo nível de estoque e elevada incerteza da demanda). Como
nunca se sabe ao certo o que vai acontecer, a empresa fabrica de acordo com o surgimento da demanda.
Planejamento de estoque está relacionado com o modelo MRP de produção (alto nível de estoque e demanda
relativamente estável). Como a empresa, de certa forma, conhece a demanda, ela planeja o seu nível de estoque de
maneira que atenda à demanda.

Resposta: B

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

FAB 14/15

(EAOAP 2015 – QUESTÃO 36 – PROVA A) O cálculo e análise de índices, com base nas demonstrações
financeiras, é uma excelente ferramenta para a disponibilização de dados e informações no suporte à tomada de
decisões. No entanto, para Gitman (2010) é necessário tomar algumas precauções ao se realizar análises com base em
índices. Com relação às preocupações apresentadas pelo autor, é incorreto afirmar que:
(A) índices que revelam grandes desvios em relação à norma são apenas sintomas de um problema. Costuma ser
necessário fazer análises aprofundadas para isolar as causas desse problema.
(B) os índices que estão sendo comparados devem ser calculados com demonstrações financeiras referentes à mesma
data do ano. Se isso não ocorrer, os efeitos da sazonalidade poderão levar a conclusões e decisões erradas.
(C) na realização de análise de índices, é preferível usar demonstrações financeiras conseguidas através de fontes de
pesquisa, como a internet, do que esperar as fontes auditadas que são demoradas e burocratizadas, afinal, o resultado
será confiável nos 2 (dois) casos.

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(D) um índice por si só não costuma fornecer informações suficientes para se julgar o desempenho geral da empresa.
Todavia, se a análise estiver voltada para algum aspecto específico da posição financeira de um negócio, um ou dois
índices talvez sejam suficientes.

Questão simples. Não se pode confiar em fontes de pesquisas na internet, desprezando informações auditadas
(analisadas mediante critérios sérios e confiáveis).
Segundo Gitman (2010), uma das precauções necessárias para análise de índices é a utilização de
demonstrações financeiras auditadas, que transmitem uma maior confiabilidade dos dados. Nesse sentido, a
alternativa incorreta é a “C”. As demais alternativas encontram-se de acordo com a visão apresentada pelo autor.

Resposta: C

(QUESTÃO 37 – PROVA A) Uma gestão financeira eficiente busca reduzir ao máximo o uso de capital de terceiros
para o financiamento de suas atividades de curto prazo. O ideal é fazer um gerenciamento, de forma que os prazos
médios de recebimento sejam, na medida do possível, menores que os prazos médios de pagamentos. Desta forma a
dependência de capital de terceiros no negócio se minimiza. Com relação às alternativas que a empresa pode adotar
como forma de aumentar a sua liquidez de curto prazo estão, exceto:
(A) girar o estoque o mais rapidamente possível, sem faltas que resultem em vendas perdidas.
(B) quitar as contas a pagar aos fornecedores o mais lentamente possível, sem prejudicar o rating de crédito da
empresa.
(C) gerir os prazos de postagem, processamento e compensação para reduzi-los ao cobrar dos clientes e prolongá-los
ao pagar aos fornecedores.
(D) cobrar as contas a receber o mais rapidamente possível, mesmo que, para isso, alguns clientes sejam perdidos por
conta do uso de técnicas agressivas de cobrança, como ameaça de protestos, negativação e processos judiciais.

Para Gitman (2010), não é recomendado que as empresa utilizem técnicas agressivas de cobrança como forma
de aumentar o volume de recebimentos. O uso de técnicas agressivas pode levar à perda de clientes. Receber
créditos mais rapidamente, antecipando os prazos combinados com o cliente, significa que o credor deve oferecer
ao devedor alguma vantagem, como descontos, bonificações etc. Nunca através de ameaças.

Resposta: D

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FAB 15/16

(QUESTÃO 46 – PROVA A) Em determinados momentos, as empresas necessitam utilizar o capital de terceiros para
superar picos sazonais de necessidade de financiamento. O empréstimo bancário é uma das fontes de financiamento
mais utilizadas para este fim, como, por exemplo, os de curto prazo. Tendo em vista as informações disponibilizadas a
seguir, calcule a taxa de juros do financiamento nas condições I e II e, em seguida, assinale a alternativa correta. O
resultado deverá ser apresentado em % (porcentagem).

I. Quando a taxa de juros é paga no vencimento do empréstimo.


II. Quando a taxa de juros é paga antecipadamente.

Considere:
 Valor do empréstimo: R$ 12.000,00; e
 Valor dos juros pagos antecipadamente ou no vencimento: R$ 1.200,00.

a) 10% e 11,1%.
b) 10% e 15,1%.
c) 11% e 18%.
d) 12% e 13,1%.

Resolução:

. Fórmula do Juros Simples FV = PV (1 + i.n)

Juros pagos antecipadamente Juros pagos no vencimento


1.200 / 12.000 = 0,1 ou 10% 1.200 / 12.000 – 1200
1.200 / 10.800 = 0,111 ou 11,1%

Resposta: A

(QUESTÃO 47 – PROVA A) O orçamento de caixa ou projeção de caixa é uma importante ferramenta para a
administração financeira de curto prazo. Normalmente, o orçamento de caixa visa abranger o período de um ano,
dividido em intervalos menores. Sobre os diversos aspectos inerentes ao orçamento de caixa, assinale a alternativa
incorreta.

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a) O saldo de caixa final é obtido através da diferença entre o saldo de caixa inicial e o fluxo de caixa líquido.
b) O fluxo de caixa líquido é a diferença entre os recebimentos e os pagamentos de uma empresa a cada período.
c) Os desembolsos abrangem todas as saídas de caixa da empresa durante um período de tempo como as compras à
vista, o pagamento de fornecedores, o pagamento de aluguéis etc.
d) Os recebimentos abrangem todas as entradas de caixa da empresa durante um determinado período financeiro, como
vendas à vista, cobrança de contas a receber e outros recebimentos em dinheiro.

A alternativa A está incorreta, pois o saldo de caixa final é obtido pela soma e não pela diferença entre o saldo de
caixa inicial e o fluxo de caixa líquido.

Resposta: A
FAB 16/17

(QUESTÃO 36 – PROVA A) Determinada pessoa fez um empréstimo de R$1.400,00 em um banco cuja taxa de juros
mensais é de 6%. Após 2 meses, a pessoa foi à instituição financeira, amortizou R$600,00 da dívida e renegociou o
restante do saldo em 4 parcelas mensais e iguais, de modo que a primeira seria no mês seguinte. Considerando
FVF(i,n) = 1,1236 e FVPA(i,n) = 3,4650 e de acordo com os dados fornecidos, o valor de cada parcela renegociada
será de:
VF = Valor Futuro
a) R$ 245,82. VP = Valor Presente
b) R$ 280,82. PMT = Parcela Mensal
FVF = Fator de Valor Futuro
c) R$ 345,25. FVP = Fator de Valor Presente de uma Anuidade Ordinária
d) R$ 453,97. i = Taxa de Juros
n = Tempo

Resolução:
. Primeiro passo é achar o Valor Futuro do empréstimo após 2 meses, a uma taxa de 6%:
n 2
FV = PV (1+i) FV = 1400 (1+0,06) FV = 1400 (1,1236) FV = 1.573,04 (Valor da dívida após 2 meses)

. Segundo passo é abater o valor amortizado (600,00) de 1.573,04, e calcular o PMT (mensalidade), de acordo com o
novo PV (valor presente). Assim, temos:
PV = 1.573,04 – 600 PV = 973,04 (novo valor presente)

. Terceiro passo é calcular agora as parcelas (PMT): Como a questão forneceu o FVPA = 3,4650, basta apenas
dividir o PV que é 973,04 pelo FVPA que vai achar o valor das parcelas.

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PMT = 973,04 / 3,4650 PMT = 280,82

Resposta: B
FAB 17/18

(QUESTÃO 45 – PROVA A) O quadro a seguir apresenta dados de quatro produtos fabricados por uma indústria de
brinquedos. Todos os valores estão em moeda corrente brasileira.

PRODUTO Custo direto variável Custo indireto variável Preço de venda


Bola 9 2 30
Boneca 12 3 40
Carrinho 15 2 50
Casa 22 8 60

Qual é o produto que apresenta a maior margem de contribuição?

Cálculo da Margem de Contribuição: MC = CDV / PV


a) Bola.
MC = Margem de Contribuição
b) Casa.
c) Boneca. CDV = Custos e Despesas Variáveis
d) Carrinho. PV = Preço de Venda

. MC da Bola MC = 9 + 2 / 30 MC = 11/30 MC = 0,36


. MC da Boneca MC = 12 + 3 / 40 MC = 15/40 MC = 0,375
. MC do Carrinho MC = 15 + 2 / 50 MC = 17/50 MC = 0,34
. MC da Casa MC = 22 + 8 / 60 MC = 30/60 MC = 0,5 (esse possui a maior Margem de Contribuição)

Resposta: D

(QUESTÃO 46 – PROVA A) A análise das demonstrações financeiras é um ponto importante para se compreender
uma empresa e é realizada por meio de diversos índices, os quais sinalizam problemas potenciais e são geralmente
obtidos pelos balanços patrimoniais ou pelas demonstrações do resultado do exercício, dentre outras fontes.
Avalie as afirmações sobre algumas das principais definições em análise de demonstrações financeiras.

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I. O índice de liquidez seco mede a capacidade da empresa em satisfazer suas obrigações de curto prazo, considerando
todos os ativos e passivos. Para uma empresa de utilidade pública, seria aceitável se for igual a 1,0.
II. Para calcular o giro dos estoques, que varia muito conforme o tipo de empresa analisada, basta obter o quociente
entre o custo dos produtos vendidos e o valor total em estoques.
III. O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores. Quanto
maior o índice de endividamento geral, menor é o montante do capital de terceiros que vem sendo utilizado para gerar
lucros.
IV. Para se conhecer a eficiência da gestão financeira de uma empresa na geração de lucros com seus ativos
disponíveis, deve-se utilizar a taxa de retorno sobre o ativo total.
V. Se uma empresa utiliza a margem operacional como um de seus índices, significa que está ignorando quaisquer
despesas financeiras ou obrigações governamentais.

Está correto apenas o que se afirma em:


a) III e IV.
b) I, II e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.

item I – FALSO – O índice de liquidez seca não considera os estoques. Por isso, está incorreto.

Item III – FALSO – quanto maior for o índice de endividamento geral, maior será o montante de capital de
terceiros.

Resposta: D

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FAB 18/19

(QUESTÃO 38 – PROVA A) No cálculo de juros simples, a remuneração do capital inicial é diretamente


proporcional ao valor aplicado e ao tempo de aplicação.
Considerando as siglas a seguir:
J = juros
C = capital inicial ou principal
i = taxa de juros (na fórmula unitária)
n = prazo da aplicação (na mesma unidade que a taxa)

Qual seria a fórmula básica para o cálculo de juros simples?


a) J = C . i . n
b) J = C + i . n
c) J = C . i + n
d) J = C . i – n/2

Resposta: A

(QUESTÃO 56 – PROVA A) Assinale a alternativa que completa as lacunas.

O objetivo da administração financeira é garantir maior rentabilidade sobre o capital dos proprietários de uma
empresa, sem, no entanto, descuidar-se de suas obrigações para com terceiros, tais quais: pagamento de
____________________, pagamento de _____________________ e ___________________________.

a) salários / fornecedores / outras contas


b) prestadores / substituto / outras contas
c) despesas / subsídios / repasses a políticos
d) verba de representação / comissão / repasses

Questão simples. A única opção que apresenta obrigações com terceiros é a letra A.
Pelo olhar da contabilidade, a opção A apresenta contas do Passivo (obrigações com terceiros).

Resposta: A

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CUSTOS

FAB 14/15

(EAOAP 2015 – QUESTÃO 44 – PROVA A) Uma das informações mais importantes para a tomada de decisão, no
contexto organizacional, são aquelas relativas ao sistema de custeio. Ter conhecimento sobre a estrutura de custos
relativos à produção de um bem ou da prestação de um serviço é essencial para a sobrevivência das organizações em
um ambiente cada vez mais competitivo. Sobre a importância dos custos no processo de tomada de decisão, assinale a
alternativa incorreta.
(A) Os custos são importantes e necessários para a formulação de estratégias ligadas à política de preços de produtos
ou serviços.
(B) Informações relativas aos acompanhamentos dos custos de produção são importantes para que a empresa avalie a
viabilidade do negócio.
(C) Os custos, do ponto de vista empresarial, não são tão importantes quanto às despesas, uma vez que não geram
nenhum retorno para a organização.
(D) Os custos são importantes para a definição de estratégias empresariais, como lançamento de novos produtos ou
serviços, atuação em novos mercados ou expansão do negócio.

Questão simples. Os custos são tão importantes quanto às despesas, pois mensurar o valor gasto na produção é
extremamente importante para a empresa, no momento de estipular o valor de venda do produto e o cálculo do lucro,
além de outras informações necessárias ao plano estratégico da empresa.

Resposta: C

(QUESTÃO 45 – PROVA A) É muito importante para as empresas terem os conhecimentos relativos dos diversos
tipos de custos que podem ocorrer durante o processo da produção de um bem. Esta etapa é essencial para que todos os
gastos sejam classificados corretamente, de acordo com a sua natureza ou origem. Tendo em vista as classificações dos
custos, assinale a alternativa correta.
(A) Todos os gastos inerentes aos processos de apoio ou suporte ao sistema de produção são chamados de custos
diretos.
(B) Os custos indiretos são aqueles que estão ligados ao processo produtivo em si, como os gastos com aquisição de
matéria-prima.
(C) São chamados de custos fixos, os gastos inerentes à manutenção da estrutura administrativa da organização, que
não têm relação direta com a produção.

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(D) Os custos que são diretamente proporcionais à quantidade produzida, ou seja, se a produção aumenta, o custo
aumenta, e se a produção diminui, os custos diminuem, são chamados de variáveis.

Bizu do Professor

. Custos Diretos e Custos Indiretos: sempre serão relacionados ao produto. Tudo que vejo no produto (na
composição – matéria prima) será Custo Direto. Tudo que uso para fabricar o produto, mas não faz parte da
composição do produto, será Custo Indireto.
Ex: fabricação de tênis. Borracha (solado) será custo direto; óleo da máquina de moldar o solado será custo
indireto.

. Custos Fixos e Variáveis: sempre serão relacionados ao volume produzido. Tudo que varia conforme o volume
produzido será variável. Tudo que não varia conforme o volume produzido será fixo.
Ex: aluguel da fábrica será fixo; borracha (solado) do tênis será variável – quando maior o volume produzido,
maior será a quantidade de borracha a ser usada.

Resposta: D

(QUESTÃO 46 – PROVA A) O ponto de equilíbrio é um dos parâmetros mais usados para avaliação da viabilidade
de um empreendimento.
Para sua determinação deve ser feita uma classificação rigorosa dos custos quanto à sua formação, tendo-se a
preocupação de separar as parcelas fixas e variável existentes da estrutura de custos da organização. Com relação ao
cálculo do ponto de equilíbrio e sua utilização para processo de suporte à tomada de decisão, é incorreto afirmar que:
(A) acima do ponto de equilíbrio a empresa passa a ter lucro.
(B) abaixo do ponto de equilíbrio a empresa passa a ter prejuízo.
(C) determina o ponto em que a empresa equilibra apenas as despesas administrativas com as receitas de vendas.
(D) quando a empresa atinge exatamente o ponto de equilíbrio, significa dizer que ela não está tendo nem lucro e nem
prejuízo.

Questão simples. O ponto de equilíbrio é o momento exato que os custos são iguais às receitas. Em outras palavras,
é o momento que a empresa não tem lucro nem prejuízo.

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Devem ser levados em consideração todos os custos e despesas para que se saiba, exatamente, se a empresa está ou
não tendo lucro ou prejuízo.

Resposta: C
FAB 16/17

(EAOAP 2017 – QUESTÃO 34 – PROVA A) Considerando o exposto em Chiavenato (2014) a respeito da


contabilidade de custos, faça uma relação preenchendo toda a coluna esquerda com os números da direita e depois
marque a sequência correta nas alternativas abaixo. (Alguns números podem ser utilizados mais de uma vez ou não
serem utilizados).

(1) Custo fixo


(2) Custo Variável

( ) englobam custos de materiais diretos (materiais ou matérias-primas que são diretamente transformados em
produto).
( ) estão diretamente relacionados ao volume de produção ou ao nível de atividade da organização.
( ) qualquer que seja a quantidade de produtos produzidos, tais custos permanecem inalterados.

a) 2 – 1 – 2
b) 1 – 1 – 1
c) 2 – 2 – 1
d) 1 – 2 – 2

Resposta: C
ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA

FAB 15/16

(QUESTÃO 46 – PROVA B) A governabilidade é um termo que define as condições de legalidade de um


determinado governo para o atendimento às demandas sociais. Quando existe uma afinidade entre governo e
sociedade, isso pressupõe a existência de uma “governabilidade”. Com relação à governabilidade, assinale a afirmativa
incorreta.

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a) O termo governabilidade está relacionado ao grau no qual o sistema político se institucionaliza.
b) No conceito de governabilidade, a legitimidade é proveniente da capacidade do governo de representar os interesses
de suas próprias instituições.
c) Os países em desenvolvimento do hemisfério Sul, que na década de 70 e 80 possuíam um modelo de gestão pública
considerado exemplar, serviram de modelo para a melhoria da governabilidade nos países
desenvolvidos.
d) Crozier, Huntington e Watanuki propunham que os problemas de governabilidade na Europa Ocidental, Japão e
EUA tinham como base os problemas decorrentes do aumento das demandas sociais, agravadas pela escassez de
recursos do Estado.

Segundo Matias Pereira:

Governabilidade das Democracias


O tema da governabilidade (governability) das democracias foi objeto do relatório da Comissão Trilateral,
divulgado em 1975. A hipótese central desse relatório, elaborado por Crozier, Huntington e Watanuki, era que os
problemas de governabilidade, na Europa Ocidental, no Japão e nos Estados Unidos, tinham como base os problemas
decorrentes do aumento das demandas sociais, agravados pela escassez de recursos do Estado (do ponto de vista
financeiro, de seus recursos humanos e de sua capacidade de gestão). Diante deste cenário inquietante, se faziam
necessárias mudanças nas instituições e, de forma concomitante, no comportamento dos cidadãos.
No final dos anos 1980, o termo governança (governance) ressurgiu nas ações e decisões do Banco Mundial, em
decorrência da percepção de que havia problemas de “má governança” nos países em via de desenvolvimento. Assim,
as administrações dos países do Sul deveriam ser reformadas para melhor responder às exigências da eficácia e da
rentabilidade economicistas inerentes aos programas do Banco. Nesse contexto, surgiu um conjunto de programas
nacionais de reformas do Estado (programas nacionais de “boa governança”) na América, na Ásia e na América
Latina. Esses programas foram e são frequentemente acompanhados de políticas de descentralização e de formação
das técnicas do New Public Management.
O termo governabilidade está relacionado ao grau no qual o sistema político se institucionaliza. Assim,
enquanto a governabilidade diz respeito às condições do exercício da autoridade política, a governança qualifica o
modo de uso dessa autoridade. A capacidade de governança implica na capacidade governamental de criar e assegurar
a capacidade de enforcement de regras universalistas nas transações sociais, políticas, sociais e econômicas. Do ponto
de vista político, governança implica a capacidade de resistência à captura por grupos de interesse por parte das elites
governamentais, a promoção da accountability e a defesa da participação institucionalizada.

Resposta: C

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(QUESTÃO 47 – PROVA B) Nos últimos anos, os temas “governança e accountability” têm conquistado uma
posição de destaque nas discussões que envolvem o cenário político. A própria sociedade vem aos poucos tomando
ciência da importância de uma gestão pública caracterizada pela eficiência, pela participação e pela transparência,
capaz de combater os diversos vícios provenientes da “ingovernabilidade”, tais como corrupção, clientelismo político,
favorecimentos etc.
Com relação à definição dos termos “governança e accountability”, informe se as afirmativas abaixo são
verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) Segundo o Banco Mundial, a governança pode ser aceita como a forma com que os recursos econômicos e sociais
de um país são gerenciados, com vistas a promover o desenvolvimento.
( ) Governança está relacionada tão somente às decisões sobre política econômica, como as ações voltadas ao controle
inflacionário, ao câmbio e à taxa de juros.
( ) Pode-se afirmar que, quanto maior forem os instrumentos capazes de levar os decisores governamentais a
prestarem contas dos resultados de suas ações, pior é o accountability.
( ) Governança, do ponto de vista político, significa também a capacidade de resistência à captura por grupos de
interesse por parte das elites governamentais e a promoção do accountability.

a) V – F – V – V
b) V – F – F – V
c) F – F – V – F
d) V – V – V – V

Prestação de contas dos resultados das ações (ACCOUNTABILITY)


O termo accountability pode ser aceito como o conjunto de mecanismos e procedimentos que induzem os dirigentes
governamentais a prestar contas dos resultados de suas ações à sociedade, garantindo-se dessa forma maior nível de
transparência e a exposição pública das políticas públicas. Quanto maior a possibilidade de os cidadãos poderem
discernir se os governantes estão atingindo em função do interesse da coletividade e sancioná-lo apropriadamente,
mais accountable é um governo. Trata-se de um conceito fortemente relacionado ao universo político administrativo
anglo-saxão.

Resposta: B

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(QUESTÃO 48 – PROVA B) Tanto as organizações públicas como as privadas são influenciadas pelo conjunto de
crenças, práticas, hábitos e comportamentos das pessoas que as integram. Na administração pública em especial, a
cultura existente de estruturas rígidas, burocratizadas e, em alguns casos, ineficientes, tendem a se refletir no
comportamento de seus servidores. Pereira apud Hudson (1999, p. 268) afirma que a cultura organizacional pode ser
divida em três patamares: superficial, justificativas e inconscientes. Na tabela a seguir, associe as duas colunas
relacionando a classificação proposta pelo autor e a sua correta definição.

(1) Superficial ( ) Considerado o tipo de cultura organizacional mais importante. Nela estão presentes as
crenças fundamentais que dominam o universo direcionando a ação, muitas vezes, de
forma espontânea.
(2) Justificativas ( ) Manifestada de forma fácil nos ativos da organização, prédios, fotos de parede,
móveis, linguagem de trabalho empregada e pelas suas rotinas diárias.
(3) Inconscientes ( ) São os processos conscientes de pensamento, que justificam as decisões, e as ações
estão impregnadas nos “porquês” do discurso dos atores da organização.

A sequência correta dessa classificação é


a) 1– 2– 3
b) 2– 3– 1
c) 3– 1– 2
d) 3– 2– 1

Resposta: C

(QUESTÃO 49 – PROVA B) O modelo de administração pública gerencial possui particularidades distintas que o
diferenciam das principais características da administração pública burocrática, entre elas a premissa de que é preciso
combater o nepotismo e a corrupção através da adoção de procedimentos rígidos. São considerados princípios e
pressupostos característicos da administração pública gerencial:

I. É autorreferente e se concentra no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta
ineficiência envolvida.
II. Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, na qual os cidadãos defendem os seus
interesses e afirmam as suas posições ideológicas.
III. Prega o formalismo, rigidez e o rigor técnico, além de ser centralizadora e autoritária.
IV. Prega a descentralização, com delegação de poderes, atribuições e responsabilidades para os escalões inferiores.

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Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e VI.
b) II e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.

Diferenças entre Administração Burocrática e Administração Gerencial.

Administração Burocrática Administração Gerencial


1. É autorreferente e se concentra no processo, 1. É orientada para o cidadão, voltada para o consumidor e se
em suas próprias necessidades e perspectivas, concentra nas necessidades e perspectivas desse consumidor, o
sem considerar a alta ineficiência envolvida. cliente-cidadão. No Gerencialismo, o administrador preocupa-se
em oferecer serviços, e não em gerir programas; visa atender aos
cidadãos, e não às necessidades da burocracia.
2. Acredita em uma racionalidade absoluta, 2. Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e
que a burocracia está encarregada de garantir. incerteza, na qual os cidadãos defendem seus interesses e
afirmam suas posições ideológicas.
3. Assume que o modo mais seguro de evitar 3. Parte do princípio que é preciso combater o nepotismo e a
o nepotismo e a corrupção é pelo controle corrupção, mas, que para isso, não são necessários procedimentos
rígido dos processos, com o controle de rígidos, e sim outros meios, como indicadores de desempenho,
procedimentos. controle de resultados, etc.
4. Aqui não existe a confiança. 4. A confiança é limitada, permanentemente controlada pó
resultados, mas ainda assim suficiente para garantir a delegação,
para que o gestor público possa ter liberdade de escolher os meios
mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas.
5. É centralizador, autoritária. 5. Prega a descentralização, com delegação de poderes,
atribuições e responsabilidades para os escalões inferiores.
6. Prega o formalismo, rigidez e o rigor 6. Preza os princípios de confiança e descentralização da decisão,
técnico. exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas,
descentralização de funções e incentivos à criatividade e
inovação.

Resposta: C

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FAB 16/17

(QUESTÃO 40 – PROVA A) Considerando o percurso histórico realizado por Chiavenato (2012), para descrever a
passagem da Administração Pública burocrática à gerencial, assinale a alternativa correta sobre o prenúncio do modelo
gerencial no Brasil.
a) O modelo de administração gerencial constituiu-se em torno da ideia de que o setor privado tinha que se juntar ao
Estado, de modo que ambos viabilizassem determinados serviços.
b) A adoção de uma postura mais empresarial voltada para o incremento na geração de receitas e maior controle dos
gastos públicos foi um dos objetivos desse modelo.
c) O Estado mínimo perdeu força, refazendo-se um paradigma e redefinindo o que caberia efetivamente ao Estado
fazer e o que deveria ser delegado ao setor privado.
d) O modelo gerencial tinha como proposta administrar a res publica, tal como a burocracia de modelo weberiano
desenvolvida por Vargas.

Essa Questão cabe dois gabaritos: A e B.

Modelo Gerencial
O modelo gerencial, em sua fase inicial, implica administrar a res publica de forma semelhante ao setor privado, de
forma eficiente, com a utilização de ferramentas que consigam maximizar a riqueza do acionista ou a satisfação do
usuário (considerando-se a realidade do serviço público). Nesse sentido, buscar-se-á a adoção de uma postura mais
empresarial, empreendedora, aberta a novas ideias e voltada para o incremento na geração de receitas e maior controle
dos gastos públicos. Esse modelo é mais bem entendido considerando o cenário em que foi concebido: no plano
econômico, dada a crise do petróleo na década de 1970, esgotaram-se as condições que viabilizavam a manutenção do
Welfare >State (Estado de bem-estar social), no qual prevalecia o entendimento de que cabia ao Estado proporcionar
uma gama enorme de serviços à população, respondendo esse por saúde, educação, habitação etc.
A partir daí, começou a ser difundida a ideia de devolução ao setor privado daqueles serviços que o Poder Público
não tem condições de prestar com eficiência (privatizações), devendo o Estado desenvolver aquilo que lhe cabe,
intrinsecamente, fazer (diplomacia, segurança, fiscalização etc.).

O Estado mínimo volta a ganhar força, ou seja, o que propôs, na verdade, foi a quebra de um paradigma, a
redefinição do que caberia efetivamente ao Estado fazer e o que deveria ser delegado ao setor privado.

Resposta: B

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(QUESTÃO 40 – PROVA A) Em linhas gerais, como esboçado em Chiavenato (2012), a passagem da administração
pública patrimonialista para a administração pública burocrática, representa a passagem de um modelo de Estado
a) eficiente, uma vez que é extensão do poder do soberano, para um modelo ineficiente, pois incapaz de se voltar aos
cidadãos.
b) soberano, em que a res publica é diferenciada das res principis, para um modelo marcado pela autorreferência.
c) democrático e liberal, em que o capitalismo se torna dominante, para um modelo cuja razão de ser é a justiça.
d) corrupto e o nepotista para um modelo burocrático pautado pela efetividade do controle de abusos.

Tendo em vista as práticas patrimonialistas (rent-seeking ou privatização do Estado – leia-se: usar a máquina
administrativa com fins privados, escusos) correntes na cultura brasileira, Vargas optou pela adoção de um modelo que
pautasse pelo controle minucioso das atividades meio. Isso significa que, para “colocar ordem na casa”, buscou
referências no modelo idealizado por Weber, acreditando que a Burocracia, dado seu caráter rígido e hierarquizado,
poderia ordenar a máquina administrativa no país. Está, aí, o primeiro modelo estruturado de administração do Brasil.
Para facilitar sua implementação, contou com o apoio do Departamento Administrativo do Setor Público (Dasp),
extinto há pouco tempo sem, infelizmente, ter logrado êxito em sua missão (se a burocracia tivesse funcionado, em
tese, as práticas patrimonialistas teriam sido suprimidas, o que parece não ter ocorrido).
Nessa época, em virtude da desconfiança total que havia no servidor público, o modelo burocrático revelava-se
como o mais adaptado. Com isso, Vargas almejava basicamente três coisas: criar uma estrutura administrativa
organizada, uniforme; estabelecer uma política de pessoal com base no mérito; e acabar com o nepotismo e corrupção
existentes.

Resposta: D

(QUESTÃO 60 – PROVA A) De acordo com Chiavenato (2012), qual dos princípios da administração pública pode
ser considerado como característica da legitimidade?
a) Impessoalidade.
b) Publicidade.
c) Moralidade.
d) Legalidade.

Gabarito da Banca: dos princípios apresentados, somente o da moralidade pode ser considerado como uma
característica da legitimidade.
A moralidade é percebida no comportamento do bom administrador. Diante de alternativas possíveis, escolhe
aquela que resulta em maior ganho para a coletividade. É característica, portanto, dos atos praticados com

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legitimidade. Vale ressaltar que algumas obras, apesar de legais (com observação das regras de licitação, de direito
financeiro), podem ser imorais, por não representarem o interesse público, por exemplo, a construção de um obelisco,
de uma estátua ou de um monumento em um contexto em que a vontade popular aponta para outra direção.

Resposta: C
FAB 17/18

(QUESTÃO 41 – PROVA A) A respeito da organização da Administração Pública, está correto afirmar que
a) um consórcio público visa o interesse comum dos entes que dele participam sem, contudo, permitir que haja
transferência de bens.
b) a uma autarquia pode ser concedida isenção do pagamento de imposto que incida sobre imóvel de sua propriedade,
mesmo que não esteja em uso por ela.
c) uma empresa pública federal que seja ré em uma causa não sujeita à Justiça do Trabalho nem à Justiça Eleitoral terá
como foro competente a Justiça Federal.
d) à sociedade de economia mista não se exige que seja instituída exclusivamente como sociedade anônima, mas se
assim o for, a maioria do capital votante deverá ser público.

A Banca viajou na maionese em cobrar essa questão... totalmente fora do programa bibliográfico.
Letra A: O Consórcio Público é uma espécie de Autarquia Especial, prevista na Lei 11.107/05. Entre os entes
consorciados, pode haver transferência de bens.

Letra B: (pegadinha – Questão de Direito Tributário). A questão está quase correta, pois no lugar do verbo pode,
deveria vir escrito deve, nos termos do Art. 150 da CF/88:

DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

Letra D: De acordo com o DL 200/67, a Sociedade de Economia Mista só pode ser instituída sob a forma de
Sociedade Anônima.

Resposta: C

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(QUESTÃO 48 – PROVA A) A Constituição de 1988 provocou mudanças sem precedentes na gestão pública, em
parte como uma reação ao clientelismo que dominou o país naqueles anos.
Pode-se dizer que um exemplo de tais mudanças é
a) o aumento da flexibilidade operacional da administração indireta.
b) a flexibilização das regras burocráticas no Núcleo Estratégico do Estado.
c) a maior autonomia do Poder Executivo para estruturar os órgãos públicos.
d) a obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidores civis da União.

Letra A: alguns autores da Administração Pública escrevem que a Constituição Federal de 1988 foi um retrocesso, em
termos de administração, em relação ao que preconizou o DL 200/67.
Dessa forma, a CF/88 obrigou à Administração Indireta a cumprir com todas as obrigações legais, assim como se
faz na Administração Direta. Por isso, essa opção está ERRADA, pois não houve aumento da flexibilidade, pelo
contrário: diminuiu.

Letra B: será respondida com o texto retirado do Livro de Administração Geral e Pública do Chiavenato.

Letra C: Após a CF/88, toda a criação de órgãos públicos passou a depender de autorização do Poder Legislativo. Em
outras palavras, o Poder Executivo propõe e o Legislativo aprova.

O Retrocesso de 1988
As ações rumo a uma administração pública gerencial foram, entretanto, paralisadas na transição democrática de
1985, que, embora representasse uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais surpreendentes o
loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos Estados para os
políticos dos partidos vitoriosos.
Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada,
principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada pela crise do Estado, na medida em que favorecera seu
crescimento excessivo.
A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso burocrático sem precedentes. Sem
que houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessamento do aparelho
estatal, ao estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras
burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado.
A nova Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos
públicos, instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidores civis da União, dos estados-membros

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e dos municípios e retirou da administração indireta a sua flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e
autarquias públicas normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.
Esse retrocesso burocrático foi, em parte, uma reação ao clientelismo que dominou o país naqueles anos. Foi
também consequência de uma atitude defensiva da alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada, decidiu
defender-se de forma irracional.
O retrocesso burocrático não pode ser atribuído a um suposto fracasso da descentralização e da flexibilização da
administração pública que o Decreto-lei n. 200/67 teria promovido. Embora alguns abusos tenham sido cometidos em
seu nome, seja em termos de excessiva autonomia para as empresas estatais, seja em termos de uso patrimonialista das
autarquias e fundações (onde não havia a exigência de processo seletivo público para a admissão de pessoal), não é
correto afirmar que tais distorções possam ser imputadas como causas do retrocesso burocrático.
Na medida em que a transição democrática ocorreu no Brasil em meio à crise do Estado, essa última foi
equivocadamente identificada pelas forças democráticas como resultado, entre outros, do processo de descentralização
que o regime militar procurara implantar.
Por outro lado, a transição democrática foi acompanhada por uma ampla campanha contra a estatização, que
levou os constituintes a aumentar os controles burocráticos sobre as empresas estatais e a estabelecer normas rígidas
para a criação de novas empresas públicas e de subsidiárias das já existentes. Afinal, geraram-se dois resultados: de
um lado, o abandono do caminho rumo a uma administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da
administração pública burocrática clássica; de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição
de uma série de privilégios que não se coadunam com a própria administração pública burocrática.
Como exemplos, tem-se a estabilidade rígida para todos os servidores civis, diretamente relacionada à
generalização do regime estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias, a aposentadoria com
proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribuição do servidor.

Resposta: D

(QUESTÃO 50 – PROVA A) O Art. 37 da Constituição Federal explicita alguns princípios que devem ser
observados em todas as esferas de Governo.
A esse respeito, pode-se dizer que
a) o princípio que proíbe a promoção pessoal do agente público é o da Transparência.
b) pelo princípio da Eficiência, um servidor mal avaliado pode ser exonerado, mesmo que estável.
c) na plena observância do princípio da Publicidade, todo ato deve ser público e, em decorrência, publicado em diário
oficial ou outros meios.
d) o consumo adequado dos recursos utilizados nos diversos processos da administração pública está relacionado com
o princípio da Razoabilidade.

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Letra A: o princípio que proíbe a promoção pessoal é o da IMPESSOALIDADE.
Letra C: nem todo ato deve ser público (conhecido ao público). Há atos que se revestem de sigilo por força da lei.
Letra D: este item corresponde ao princípio da EFICIÊNCIA.

Resposta: B

(QUESTÃO 57 – PROVA A) O Modelo de Excelência em Gestão Pública – GESPÚBLICA – foi concebido a partir
da premissa de que a administração pública tem que ser excelente sem deixar de considerar as particularidades
inerentes à sua natureza pública. Visa auxiliar os órgãos e entidades que estão em busca de transformação gerencial a
apresentarem foco em resultados e orientação para o cidadão.
A representação gráfica deste modelo pode ser observada na figura a seguir.

A respeito do Modelo de Excelência em Gestão Pública, pode-se afirmar que

a) o foco principal da liderança são as pessoas da organização, que devem ser motivadas a melhorarem continuamente
seu desempenho, alcançando os resultados de excelência almejados.
b) uma das características da gestão de excelência adotada neste modelo é a prática do controle do atendimento da
satisfação dos destinatários da ação do Estado, representada pelo bloco “Informações e Conhecimento”.
c) o bloco composto por “Liderança; Cidadãos, Estratégias e Planos e Sociedade” representa a inteligência da
organização, pois é onde ocorrem as avaliações dos dados e fatos internos e externos que irão influenciar no
desempenho.

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Provas Comentadas – Professor Rodrigo Vieira

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d) ele reproduz para o órgão ou entidade o Ciclo do P.D.C.A., o qual indica a necessidade de que a organização, no
processo de controle da qualidade, realize as etapas de: Planejar (Plan); Fazer (Do); Checar ou Verificar (Check); e
Agir (Act).

Questão retirada do Manual (Caderno) de Gestão Pública do Governo Federal.

. O primeiro bloco – Liderança, Estratégias e Planos e Cidadãos e Sociedade - formam um bloco que pode ser
denominado de planejamento. Por meio da liderança forte da alta administração, que foca as necessidades dos
cidadãos destinatários da ação da organização, os serviços/produtos e os processos são planejados para melhor atender
esse conjunto de necessidades, levando-se em conta os recursos disponíveis.

. O segundo bloco – pessoas e processos - representa a execução do planejamento. Nesse espaço se concretiza a ação
que transforma objetivos e metas em resultados. São as pessoas, capacitadas e motivadas, que operam esses processos
e fazem com que cada um deles produza os resultados esperados.

. O terceiro bloco – resultados – representa o controle, pois serve para acompanhar o atendimento à satisfação dos
destinatários, dos serviços e da ação do Estado, o orçamento e as finanças, a gestão das pessoas, a gestão de
fornecedores e das parcerias institucionais, bem como, o desempenho dos serviços/ produtos e dos processos
organizacionais.

. O quarto bloco – Informação - representa a “inteligência da organização”, nesse bloco são processados e avaliados
os dados e fatos da organização (internos) e aqueles provenientes do ambiente (externos) que não estão sob seu
controle direto, mas que de alguma forma podem influenciar o seu desempenho. Este bloco dá à organização a
capacidade de agir corretivamente ou para melhorar suas práticas de gestão e, consequentemente seu desempenho.

Resposta: D
FAB 18/19

(QUESTÃO 31 – PROVA A) As instituições públicas também precisam adequar sua forma de administrar e gerir a
coisa pública de acordo com a nova ordem mundial e para isso devem usar ferramentas de gestão estratégica.
Em qual das alternativas a seguir não está descrita uma ferramenta de gestão estratégica para o setor público?
a) Reengenharia.
b) Análise SWOT.
c) Balanced Testing.

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Provas Comentadas – Professor Rodrigo Vieira

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d) Balanced Scorecard.

As ferramentas de gestão ou ferramentas de gestão da qualidade são metodologias e experimentos aplicados nas
empresas privadas para avaliação e melhoria dos seus processos. Essas ferramentas também podem (e são) aplicadas
no setor público. Assim, vejamos, de forma simples, o conceito de cada uma delas.

. Reengenharia: é uma ferramenta de gestão no qual o gestor resolva abandonar as velhas práticas da organização e
reconstrói tudo novo. Não significa remodelar – significa recomeçar do zero (fazer tudo novo).

. Análise SWOT: é uma ferramenta usada para avaliar o AMBIENTE INTERNO e EXTERNO.
Na análise do Ambiente Interno, avalia-se os pontos fortes e fracos da organização.
Na análise do Ambiente Externo, avalia-se as oportunidades e ameaças da organização.

. Balanced Testing: é uma ferramenta de avaliação de e melhoria de equipes de teste de software. (por esse motivo,
não é uma ferramenta de gestão aplicada em qualquer setor público, mas, somente, os locais que fomentam e
utilizam a TI como objeto exclusivo de trabalho).

. Balanced Scorecard: é uma ferramenta aplicada pelos altos executivos de uma organização para mapear (observar –
monitorar) processos, baseados em 4 pilares: finanças, clientes, processos internos, crescimento e aprendizado.

Resposta: C

(QUESTÃO 32 – PROVA A) Conforme Dias e Matos (2012, p.17), as políticas públicas podem ser de diferentes
tipos. Que tipos são esses?
a) Social, Específica, Participativa e Financeira.
b) Social, Macroeconômica, Administrativa e Setorial.
c) Microeconômica, Financeira, Parcial e Habitacional.
d) Macroeconômica, Econômica, Cultural e de Gestão.

Segundo Dias e Matos (2012):


Tanto a política como as políticas públicas estão relacionadas com o poder social. Enquanto a política é um
conceito amplo, relacionado com o poder de modo geral, as políticas correspondem às soluções específicas de como
manejar os assuntos públicos. Assim, há de se entender os dois termos: politics e policy.

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O termo politics refere-se ao conjunto de interações que definem múltiplas estratégias entre atores para melhorar
seu rendimento e alcançar certos objetivos. Refere-se como a política entendida como a construção do consenso e luta
pelo poder. Desse modo, podemos nos referir à política de uma organização, de uma empresa, de um clube, de uma
família ou de um grupo social específico. Também pode ser referir à carreira profissional de um político, que por suas
atitudes busca obter e ampliar sua influência. A dedicação à política, nesse sentido, remete a uma atividade que tem
regras de jogo específicas (dinâmica partidária e eleitoral) e um estilo próprio (interesse pelo público e atributos de
liderança).
Já o termo policy (cujo plural é policies) é entendido como ação do governo.
Constitui atividade social que se propõe a assegurar, por meio da coerção física, baseada no direito, a segurança
externa e a solidariedade interna de um território específico, garantido a ordem e providenciando ações que visam
atender às necessidades da sociedade. A política, nesse sentido, é executada por uma autoridade legitimada que busca
efetuar uma realocação dos recursos escassos da sociedade.
O conjunto de todas essas atividades executadas pela autoridade em prol da sociedade, é que chamamos de
políticas públicas.
Alguns elementos mais comuns encontrados nas definições de políticas públicas são:
- A política é feita em nome do público;
- A política geralmente é feita ou iniciada pelo Governo;
- A política pública é interpretada e implementada por atores públicos e privados;
- A política é o que o Governo pretende fazer;
- A política pública é o que o Governo escolhe não fazer.

Tipos e Políticas Públicas

. Política Social: saúde, educação, habitação, previdência social.


. Política Macroeconômica: fiscal, monetária, cambial, industrial.
. Política Administrativa: democracia, descentralização, participação social.
. Política Específica ou Setorial: meio ambiente, cultura, agrária, direitos humanos, etc.

Resposta: B

(QUESTÃO 50 – PROVA A) As seguintes afirmativas referem-se à Administração Pública.


I. É a atividade desenvolvida pelo Estado ou por seus delegados, sob o Regime de Direito Público.
II. É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem órgãos, agentes e atividades públicas.

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III. É a atividade pública desenvolvida para atender às necessidades de instituições ou organizações.
IV. É todo aparelhamento do Estado para prestação dos serviços públicos, para gestão dos bens públicos e dos
interesses da comunidade.

Está correto apenas o que se afirma em

a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

Segue um conceito de Administração Pública de Matias Pereira:

A Administração Pública constitui um importante segmento da ciência da Administração. Ela representa o


aparelhamento do Estado e funciona como o instrumento do governo para planejar, organizar, dirigir e controlar todas
as ações administrativas, com o objetivo de dar plena e cabal satisfação das necessidades coletivas básicas. Como dizia
Weber, a Administração Pública envolve todo o aparato administrativo com que nações, estados e municípios se
moldam para cuidar do interesse coletivo e entregar à população uma ampla variedade de serviços públicos capazes de
melhorar a qualidade de vida em geral.
Desta forma, segue a análise da questão.
. Itens I, II e IV corretos.
. Item III errado. A Administração Pública existe para atender aos anseios da sociedade, provendo serviços públicos,
de formas diversas (centralizados ou descentralizados). Assim, não pode a máquina pública ser utilizada para atender
anseios de instituições ou organizações.

Nota: isso seria uma afronta ao Princípio Constitucional Implícito da Supremacia do Interesse Público.

Reposta: B

(QUESTÃO 51 – PROVA A) Em um Estado Federativo como o Brasil, a Administração Pública pode ser federal,
estadual ou municipal. Mas os princípios que regem sua estruturação, os cargos e seus titulares são os mesmos nos três
níveis de governo.

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A Constituição estabelece que a Administração Pública de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de

a) legalidade, pessoalidade, moralidade, reação e propaganda.


b) transparência, pessoalidade, obediência, reação e propaganda.
c) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
d) transparência, impessoalidade, obediência, eficiência e policiamento.

Os princípios constitucionais (explícitos) encontram-se no Art. 37, caput, da CF/88:


Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Resposta: C

(QUESTÃO 52 – PROVA A) O administrador público está investido de poderes para operacionalização do Estado.
Sabe-se que ao agente público cabe: o dever de agir; o dever de prestar contas; o dever de eficiência e o dever de
probidade.

Associe as colunas, relacionando os deveres do agente público e suas definições.

(1) Dever de agir ( ) é o dever de publicar e permitir a administração moral, proba e transparente.
(2) Dever de prestar contas ( ) é o dever de praticar atos com qualidade e com o melhor atendimento possível.
( ) é o dever de fazer o que a norma legal lhe ordena no momento por ela previsto, não
(3) Dever de eficiência podendo ficar a seu critério executar ou não certa ação que lhe foi imposta.
(4) Dever de probidade ( ) é o dever de agir com honestidade, honradez e correção.

A sequência correta dessa classificação é


a) (1); (4); (3); (2).
b) (2); (1); (4); (3).
c) (2); (3); (1); (4).
d) (3); (4); (2); (1).

Resposta: C

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(QUESTÃO 57 – PROVA A) A democracia é baseada em três princípios orientadores.
.Primeiro: o governo deve emanar da vontade popular, que se torna a principal fonte da soberania.
. Segundo: os governantes devem prestar contas ao povo, responsabilizando-se perante eles, pelos atos ou omissões
cometidos no exercício do poder.
. Terceiro: o Estado deve ser regido por regras que delimitem seu campo de atuação em prol da defesa de direitos
básicos dos cidadãos, tanto individuais quanto coletivos.

A esses ideais democráticos correspondem as formas que visam garantir a accountability, ou seja, a
responsabilização política ininterrupta do Poder Público em relação à sociedade.

Ciente do exposto, relacione as formas de accountability com seus instrumentos.

FORMAS DE ACCOUNTABILITY INSTRUMENTOS


(1) Processo eleitoral ( ) Garantia de direitos básicos da constituição.
(2) Controle institucional durante o mandato ( ) Sistema eleitoral e partidário.
(3) Regras estatatais intertemporais ( ) Controle parlamentar e judicial.
( ) Regras de financiamento de campanhas.

A sequência correta dessa classificação é

a) (1); (3); (3); (2).


b) (2); (1); (1); (3).
c) (2); (3); (1); (2).
d) (3); (1); (2); (1).

Questão fora do conteúdo programático do edital (processo eleitoral?)


Mas segue uma pequena explanação do autor desta apostila.

Nota do autor: o Brasil é um Estado Democrático de Direito. O que significa isso?

. Estado Democrático porque quem escolhe o Governante é o povo (por meio de processo eleitoral – vontade da
maioria).
. Estado de Direito porque o Estado e seus representantes são obrigados a cumprir as normas legais. Assim, todos os
atos cometidos pelos agentes públicos devem se basear na norma legal (legitimidade dos atos).

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Há de se ter a noção que a Administração Pública e seus agentes são controlados, tanto por órgãos de controle
interno, quanto pelos Poderes Constitucionais (externo – vide Art. 70 e 71 da CF/88).

Resposta: D

LICITAÇÃO E CONTRATO

FAB 14/15

(QUESTÃO 50 – PROVA A) Pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, sobre modalidade de licitação, é correto
afirmar que:
(A) dispõe sobre a modalidade de licitação denominada leilão.
(B) poderá ser utilizada esta modalidade de licitação na aquisição de bens e serviços comuns.
(C) o emprego de recursos de tecnologia da informação, para fins de operacionalização, é vetado nesta modalidade de
licitação.
(D) a fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados através de e-mail, ofício ou, em último
caso, comunicação oral.

A modalidade Pregão é regida pela Lei 10.520/02, e regulamentada por dois Decretos: Dec 3.555/00, para o Pregão
Presencial; e Dec 5.450/05, para Pregão Eletrônico.
O Pregão é utilizado para aquisição de bens e serviços comuns, sendo assim definido por lei:

Art, 4º, Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais
no mercado.

Reposta: B

(QUESTÃO 53 – PROVA A) Sobre a regulamentação do pregão eletrônico, conforme Decreto nº 5.450, de 31 de


maio de 2005, é incorreto afirmar que:
(A) a modalidade de licitação pregão, na forma eletrônica, destina-se à aquisição de bens e serviços comuns no âmbito
da União.
(B) a licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, também se aplica às contratações de obras de engenharia,
bem como às locações imobiliárias e alienações em geral.

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(C) consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.
(D) o pregão eletrônico será utilizado quando a disputa pela aquisição de bens e serviços comuns for realizado à
distância, em sessão pública, por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.

Essa questão tem uma pegadinha que pouca gente sabe, pois é uma diferença que existe na proibição prevista nos
dois decretos: Dec 3.555/00 e Dec. 5.450/05.
Vejamos.

Bizu: Vocês verão agora uma diferença entre o Pregão Presencial e o Pregão
Eletrônico.

No Pregão Presencial, o Dec. 3555/00 traz a seguinte proibição:

Art. 5º A licitação na modalidade de pregão não se aplica às contratações de obras e serviços de engenharia, bem
como às locações imobiliárias e alienações em geral, que serão regidas pela legislação geral da Administração.

No Pregão Eletrônico, o Dec. 5.450/05 traz a seguinte proibição:

Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não se aplica às contratações de obras de
engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral.

O legislador deixou furo ao não proibir o uso do Pregão Eletrônico para contratação de serviços de engenharia.
Assim, a contratação desse serviço (de engenharia) pode ser realizado por pregão eletrônico, mas não pelo pregão
presencial.

Resposta: B

(QUESTÃO 60 – PROVA A) Associe as colunas, relacionando as modalidades de licitação às respectivas definições,


conforme disposto na Lei nº 8.666, de 21 de Junho de 1993.

(1) Tomada de preços ( ) é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital para execução de seu objeto.
( ) é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
(2) Convite móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou

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penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem
oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
( ) é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que
(3) Leilão atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
( ) é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
(4) Concorrência cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa.

A sequência correta dessa associação é:


a) 1 – 2 – 4 – 3
b) 1 – 2 – 3 – 4
c) 3 – 4 – 2 – 1
d) 4 – 3 – 1 – 2

Resposta: D
FAB 15/16

(QUESTÃO 36 – PROVA A) O Art.23 da Lei nº 8.666/1993 estabelece quais são os limites de contratação para as
modalidades de licitação, definidas nos incisos I a III, do Art.22, da referida lei. Relacione as duas colunas
apresentadas abaixo e, em seguida, marque a sequência correta.

Modalidades Valor estimado de contratação

( ) para obras e serviços de engenharia: até R$ 150.000,00.


(1) Convite ( ) para compras e serviços não referidos no inciso anterior: até R$ 650.000,00.
( ) para obras e serviços de engenharia: acima de R$ 1.500.000,00.
(2) Tomada de preço ( ) para compras e serviços não referidos no inciso anterior: acima de R$ 650.000,00.
( ) para obras e serviços de engenharia: até R$ 1.500.000,00.
(3) Concorrência ( ) para compras e serviços não referidos no inciso anterior: até R$ 80.000,00.

a) 1–2–3–3–2–1 b) 2–1–2–2–3–3 c) 1–2–3–1–2–3 d) 3–3–1–2–1–2

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Limites

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em
função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

I - para obras e serviços de engenharia:

a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);

b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);

c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).

Resposta: A
FAB 16/17

(QUESTÃO 38 – PROVA A) Segundo Kohama (2014), despesas para aquisição de material, fornecimento e
adjudicação de obras e serviços devem ser regulados em lei, respeitado o princípio da concorrência, de modo que
sempre devem estar em conformidade com a legislação relativa às normas para licitações e contratos da Administração
Pública. Nessa linha, nos termos do artigo 25 da Lei 8.666/93, para aquisição de materiais a licitação é:
a) inexigível, no caso de os preços terem sido amplamente pesquisados no mercado.
b) inexigível, no caso de haver inviabilidade de competição.
c) dispensável, tendo em vista o valor estimado da compra.
d) necessária, em virtude de especificações técnicas.

O art. 25 da Lei 8.666/93 trata de uma das hipóteses de afastamento de licitação. Vejamos!

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

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I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa
ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser
feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;

Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados


Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. (CUIDADO!!!!!!!)

§ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos


profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com
estipulação prévia de prêmio ou remuneração.

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Resposta: B

(QUESTÃO 42 – PROVA A) Conforme previsto pela Lei nº 10.520/02, quanto à equipe de apoio designada para a
fase preparatória do Pregão, pode-se afirmar que:
a) deve ser integrada em sua maioria por militares de carreira.
b) tem como uma das atribuições o recebimento das propostas e lances.
c) é impedida de habilitar e adjudicar o objeto do certame ao licitante vencedor.
d) no âmbito do Ministério da Defesa, determina-se que ela seja composta por militares.

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Lei 10.520/02, Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:
IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o
pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a
análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao
licitante vencedor.
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou
emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do
evento.

Resposta: B

(QUESTÃO 51 – PROVA A) De acordo com a Lei nº 10.520/02, consideram-se bens e serviços comuns:
a) as obras que tenham por objetivo a construção de bens intangíveis que ocasionem bem estar social às camadas
sociais mais vulneráveis da sociedade brasileira.
b) aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado.
c) a compra de bens imóveis que serão posteriormente revertidos para o exercício de atividade de assistência social.
d) aqueles que o edital ou certame determinar, desde que obrigatoriamente relacionados à seguridade social.

Art, 4º, Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais
no mercado.

Reposta: B

(QUESTÃO 56 – PROVA A) Segundo previsto pela Lei nº 10.520/02, faculta-se, nos termos de regulamentos
próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e
operacional aos órgãos e entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da
informação. Constituem tais bolsas de mercadoria, sociedades:
a) anônimas ou por quotas de responsabilidade limitada.
b) instituídas e mantidas pelo Poder Público federal.
c) civis sem fins lucrativos.
d) de economia mista.

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Lei 10.520, Art. 2º.

§ 2º Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a
participação de BOLSAS DE MERCADORIAS no apoio técnico e operacional aos órgãos e entidades promotores da
modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da informação.

§ 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins
lucrativos e com a participação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos unificados de pregões.

Resposta: C
FAB 17/18

(QUESTÃO 52 – PROVA A) Com relação à Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, que institui a modalidade pregão
na forma presencial, e ao Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, que regulamenta o pregão na forma eletrônica, está
correto afirmar que:
a) durante a sessão de pregão presencial, o pregoeiro não poderá, em nenhuma hipótese, negociar com os
participantes, sob pena de nulidade do ato.
b) na forma eletrônica, a impugnação do ato convocatório pode ser feita somente por algum dos participantes, em um
prazo de até cinco dias antes da data de abertura da sessão pública.
c) no pregão eletrônico, diferentemente do pregão presencial, a divulgação de avisos com a convocação de
interessados para as contratações de valores estimados em até R$ 650.000,00 deve ser feita em diários oficiais e pela
internet.
d) tanto no pregão presencial quanto no eletrônico, a maioria dos membros da equipe de apoio deverá ser de
servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, sendo que todos devem pertencer
obrigatoriamente ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do pregão.

Letra A – Dec. 5.450/05, Art. 24, § 8o Após o encerramento da etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro poderá
encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que
seja obtida melhor proposta, observado o critério de julgamento, não se admitindo negociar condições diferentes
daquelas previstas no edital.

§ 9o A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais licitantes.

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Letra B – Impugnação.
Art. 18. Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar o
ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.
§ 1o Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a impugnação
no prazo de até vinte e quatro horas.
§ 2o Acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será definida e publicada nova data para realização do
certame.

Letra C – Há uma diferença de valor para publicação entre o Pregão Presencial e o Pregão Eletrônico.

. Pregão Presencial – Dec. 3555/00.

Art. 11. A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as
seguintes regras:
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em função dos
seguintes limites:

a) para bens e serviços de valores estimados em até R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais):
1. Diário Oficial da União; e
2. meio eletrônico, na Internet;

b) para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais) até
R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais): (Redação dada pelo Decreto nº 3.693, de 2000)
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e
3. jornal de grande circulação local;

c) para bens e serviços de valores estimados superiores a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais):
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e
3. jornal de grande circulação regional ou nacional;

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. Pregão Eletrônico – Dec. 5.450/05

Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio de
publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulgação a seguir indicados:

I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais):


a) Diário Oficial da União; e
b) meio eletrônico, na internet;

II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil
reais):
a) Diário Oficial da União;
b) meio eletrônico, na internet; e
c) jornal de grande circulação local;

III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):


a) Diário Oficial da União;
b) meio eletrônico, na internet; e
c) jornal de grande circulação regional ou nacional.

§ 1o Os órgãos ou entidades integrantes do SISG e os que aderirem ao sistema do Governo Federal


disponibilizarão a íntegra do edital, em meio eletrônico, no Portal de Compras do Governo Federal -
COMPRASNET, sítio www.comprasnet.gov.br.

Letra D – Lei 10.520, Art. 3º, IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade
promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento
das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do
objeto do certame ao licitante vencedor.

§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da
administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.

Resposta: C

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(QUESTÃO 53 – PROVA A) A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, trata, em seus artigos 20 a 23, das
modalidades, prazos e limites de licitações públicas. Com base no que ela dispõe, um dos servidores do setor de
compras do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) precisa definir qual modalidade utilizar para
cada item que precisa adquirir.
Associe as modalidades a suas respectivas finalidades.

Modalidade Finalidade da licitação


1 – Tomada de preço ( ) Aquisição de combustível, no valor de R$ 750.000,00.
2 – Convite ( ) Alienação de bens inservíveis para a corporação, como veículos e móveis, no valor
de R$ 250.000,00.
3– Concorrência ( ) Aquisição de serviços de engenharia nas instalações da Unidade, no valor de R$
1.300.000,00.
4 – Leilão ( ) Aquisição de uniformes, no valor total de R$ 60.000,00.

A sequência correta dessa associação é


a) (1); (3); (2); (4).
b) (2); (1); (4); (3).
c) (3); (4); (1); (2).
d) (4); (2); (3); (1).

Limites
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em
função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia:
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:


a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).

Resposta: C

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(QUESTÃO 54 – PROVA A) Sobre a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, analise as sentenças a seguir.
I. Serviços de publicidade e divulgação são considerados serviços técnicos especializados, cabendo, portanto,
inexigibilidade de contratação.
II. Sendo necessária a contratação de serviços para atender aos contingentes militares em quaisquer operações no
exterior, não há necessidade de justificativa quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e, portanto,
configura-se caso de dispensa de licitação.
III. Em igualdade de condições, como terceiro critério de desempate, será assegurada preferência aos bens produzidos
ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
IV. Um dos casos em que a rescisão do contrato pode se dar por ato unilateral e escrito da Administração é o
cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

Item I – ERRADO. É proibido afastar a licitação por INEXIGIBILIDADE para serviços de publicidade e divulgação,
nos termos da Lei.
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais
ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

Item II – ERRADO. Art. 24, XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes
militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas
quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força.

Item III – CORRETO. Critérios de Desempate:

Critérios de Desempate
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente,
aos bens e serviços:
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.

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IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no
País.
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei
para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
previstas na legislação.

Item IV – CORRETO.

Rescisão dos Contratos

Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as consequências contratuais e as
previstas em lei ou regulamento.

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:


I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da
obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua
execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do
contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela
máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo
administrativo a que se refere o contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor
inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;

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XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e
vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas
suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas
sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado,
nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a
situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento
de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou
fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do
contrato.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Art. 27 da CF/88, V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.


Art. 7º, XXXIII, da CF/88 - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o
contraditório e a ampla defesa.

Resposta: D
FAB 18/19

(QUESTÃO 53 – PROVA A) A Lei nº 8.666/1993, conhecida como Lei das Licitações, estabelece princípios e regras
gerais para licitações e contratos administrativos referentes a obras, serviços, compras, alienações e locações no
âmbito dos Poderes da União, estados, Distrito Federal e municípios.
O termo modalidade de licitação refere-se à sequência de
a) atos feita para execução de tarefas do pregão.
b) atos preestabelecida em lei e que deverá ser observada.
c) documentos para organização de projeto de execução de obra.

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d) documentos para organização de carga horária dos gestores.

Resposta: B

Podemos responder essa questão com o próprio conceito de licitação.


Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais
vantajosa para realização de contrato do seu interesse.
A palavra procedimento deve ser entendida como uma sucessão de atos formais (estabelecidos em lei), o qual
resultará na edição e execução do contrato.

ORÇAMENTO PÚBLICO

FAB 14/15

(QUESTÃO 55 – PROVA A) Com base na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, assinale a alternativa incorreta.
(A) Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
(B) A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
(C) A referida lei trata de normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
(D) Acompanharão a Lei de Orçamento, entre outros, o fluxo de caixa que deverá conter as projeções das receitas e
despesas da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

De acordo com a Lei 4.320/64, temos:

. Opção a): Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
Ainda, analisando a opção a), podemos citar o Princípio do Orçamento Bruto:

. Princípio do Orçamento Bruto: Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus
valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. A regra pretende: impedir a inclusão, no orçamento, de importâncias
líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas
de determinado serviço público.

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. Opção b): explicada na opção a).
. Opção c): A Lei é a norma geral para todos os entes federativos.
. Opção d): Art. 165 da CF/88, § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

Resposta: D

(QUESTÃO 58 – PROVA A) Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de
2000, é correto afirmar que:
a) estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
b) as despesas com pessoal, nos municípios, não poderão exceder a 75% da receita corrente líquida.
c) a geração de despesas deve vir acompanhada de uma justificativa simples da autoridade competente.
d) a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes
da alienação de ativos.

. Opção a): Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na
gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.

. Opção b): Despesas com Pessoal

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos
do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e


empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".

§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.

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Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de
apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
discriminados:
I - União: 50% (cinquenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

. Opção c):
Da Geração da Despesa

Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou
assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subsequentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

. Opção d):
Da Escrituração e Consolidação das Contas

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as
seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou
despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em
caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada
órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários
específicos;

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V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de
compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida
pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;
VI - a demonstração das variações patrimoniais (DVP) dará destaque à origem e ao destino dos recursos
provenientes da alienação de ativos.

Resposta: A
FAB 15/16

(QUESTÃO 59 – PROVA A) Sobre a Lei Complementar nº 101/2000, conhecida com a lei de responsabilidade
fiscal, é correto afirmar que:
a) estabelece limites de gastos e investimentos para organizações privadas.
b) estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão previdenciária e eleitoral.
c) a repartição dos limites globais do Art.19 não poderá exceder, no caso da esfera municipal, a 10% para o legislativo
e 80% para o executivo.
d) a despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder os percentuais da receita corrente
líquida em 60% no caso dos estados e municípios.

Questão cobrando os mesmos assuntos da questão 58, do ano anterior.


Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.

Resposta: D
FAB 16 / 17

(QUESTÃO 31 – PROVA A) De acordo com a Lei n° 4.320/64, no que diz respeito às despesas, relacione a coluna
da direita com a da esquerda e depois marque a sequência correta nas alternativas abaixo.

(1) Despesas de Custeio


(2) Transferências Correntes
(3) Investimentos
(4) Inversões Financeiras

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( ) dotações destinadas à constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
( ) dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
( ) dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de
conservação e adaptação de bens imóveis.
( ) dotações para o planejamento e a execução de obras, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição
de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam
de caráter comercial ou financeiro.

A sequência correta dessa classificação é:


a) 2 – 1 – 4 – 3
b) 4 – 2 – 1 – 3
c) 1 – 3 – 2 – 4
d) 4 – 2 – 3 – 1

Essa questão aborda as Despesas Correntes e as Despesas de Capital. Assim, vejamos:

Despesa
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:

DESPESAS
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL
Despesas de Custeio Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências Correntes Transferências de Capital

. Despesas Correntes

- Despesas de Custeio: § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de


serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.

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- Transferências Correntes: § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as
quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.

Despesas de Custeio e Transferências Corentes

DESPESAS CORRENTES
DESPESAS DE CUSTEIO TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
Pessoal Civil Subvenções Sociais
Pessoal Militar Subvenções Econômicas
Material de Consumo Inativos
Serviços de Terceiros Pensionistas
Encargos Diversos Salário Família e Abono Familiar
Juros da Dívida Pública
Contribuições de Previdência Social
Diversas Transferências Correntes

. Despesas de Capital

- Investimento: § 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de


obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como
para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição
ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

- Inversões Financeiras: § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas,
quando a operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros,
inclusive operações bancárias ou de seguros.

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- Transferências de Capital: § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões
financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação
direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente
da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Despesas de Capital

Obras Públicas
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
INVESTIMENTOS
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
ou Entidades Industriais ou Agrícolas

Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
ou Entidades Comerciais ou Financeiras
INVERSÕES Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em
FINANCEIRAS Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras

Amortização da Dívida Pública


TRANSFERÊNCIAS Auxílios para Obras Públicas
DE Auxílios para Equipamentos e Instalações
CAPITAL
Auxílios para Inversões Financeiras
Outras Contribuições

Resposta: B

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(QUESTÃO 37 – PROVA A) Dentre os orçamentos abrangidos pela lei orçamentária anual, o fiscal e o de
investimento, uma vez compatibilizados com o plano plurianual, devem ter entre suas funções a de:
a) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
b) garantir o pleno funcionamento da Seguridade Social.
c) determinar o desenvolvimento do mercado interno.
d) controlar e fiscalizar as relações inter-regionais.

CF/88, Art. 165 e 166.

. Lei Orçamentária Anual - LOA


§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária
e creditícia.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre
suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Resposta: A

(QUESTÃO 43 – PROVA A) Baseando-se no previsto pela Lei nº 4.320/64, assinale a alternativa correta no que
tange aos Fundos Especiais.
a) Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados
objetivos ou serviços, e que obedecem a normas específicas de aplicação.
b) A lei que institui o fundo determina que o saldo positivo do fundo especial apurado em balanço não pode ser
transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo.
c) A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais deve ser realizada através de dotação
consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais.

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d) A determinação das normas peculiares de controle, prestação e tomada de contas concernentes a fundo especial é de
competência privativa do Tribunal de Contas.

Dos Fundos Especiais

Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de
determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação.

Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a turnos especiais far-se-á através de dotação consignada na
Lei de Orçamento ou em créditos adicionais.

Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o instituiu, o saldo positivo do fundo especial apurado em balanço
será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo.

Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de controle, prestação e tomada de
contas, sem de qualquer modo, elidir a competência específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

Reposta: C

(QUESTÃO 45 – PROVA A) Analise as afirmativas abaixo, sobre a informação gerencial denominada “modalidade
de aplicação”.

I. Tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma
esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades.
II. Objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
III. Considerando uma das especificações da modalidade, Transferências ao Exterior – 80, caracteriza-se pelas
despesas realizadas mediante aplicação direta de créditos a órgãos e entidades governamentais pertencentes a outros
países.
Está (ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I e II, apenas.
b) II, apenas.
c) I, apenas.
d) I, II e III.

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Para acertar essa questão, faz-se necessário que o candidato tenha noção da classificação das Receitas e Despesas.
Nesse caso (da questão), foi pedido informações a respeito da Modalidade de Aplicação, sendo esta, um das partes
integrantes da Classificação das Despesas.
Assim, a Despesa seria classificada em:
. Categoria Econômica
. Grupo natureza da despesa
. Modalidade de aplicação
. Elemento da despesa

Modalidades de Aplicação
As modalidades de aplicação indicam se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive
a decorrente de descentralização orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente
para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do
crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. As modalidades de
aplicação objetivam, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

Resposta: A

(QUESTÃO 46 – PROVA A) Conforme observado em Giacomoni (2012), o Empenho, instrumento descrito na Lei
nº 4320/64,
a) consiste na entrega de numerário a servidor para o atendimento de despesas quando não for possível observar o
processo normal de realização para tal.
b) significa o enquadramento da despesa no crédito orçamentário adequado, que deduz do saldo da dotação o montante
dessa despesa.
c) deve ser posterior à compra ou prestação do serviço, emitindo-se um documento denominado “Nota de Empenho”.
d) incide na existência da “Nota de Empenho” e explicita o propósito de agilizar os procedimentos de despesa

. Opção a): fala sobre SUPRIMENTO DE FUNDOS.


. Opção b): CORRETA. Veremos a seguir.
. Opção c): é anterior à compra.
. Opção d): não tem o propósito de agilizar a despesa, mas sim de criá-la, uma vez que é uma das fases da despesa.

Vejamos mais sobre o Empenho.

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Fases da Despesa
- Empenho
- Liquidação
- Pagamento

1. Empenho
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.

Tipos de Empenho
- Ordinário: sabe-se o montante e é pago de uma só vez.
- Global: sabe-se o montante e é pago parceladamente.
- por Estimativa: não se sabe o montante; aceitando, assim, reforço de empenho.

Resposta: B

(QUESTÃO 50 – PROVA A) De acordo com a Lei Complementar nº 101/00, que estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na Gestão Fiscal, quais são as consequências para o ente, quando vencido o
prazo para retorno da dívida ao limite, enquanto perdurar o excesso?
a) Poderá refinanciar, parcialmente, o principal da dívida mobiliária e realizar operação de crédito, não obstante terá de
reduzir 25% (vinte e cinco por cento) das despesas com pessoal.
b) Ficará impedido de contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida
mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.
c) Será impedido de refinanciar o principal atualizado da dívida mobiliária, terá de limitar seus empenhos e eleger
nova equipe econômica e fazendária.
d) Poderá contratar operações de crédito, receber transferências voluntárias, porém será impedido de refinanciar o
principal atualizado da dívida imobiliária.

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Da Recondução da Dívida aos Limites

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre,
deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e
cinco por cento) no primeiro.

§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:


I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita,
ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas,
limitação de empenho, na forma do art. 9o.

§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também
impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.
§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro
quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.

Resposta: B

(QUESTÃO 52 – PROVA A) As ações previstas pelo Plano Plurianual, instituídas por lei e em consonância com o
disposto pela Constituição Federal (1988), devem se estabelecer de forma:
a) descontinuada.
b) independente.
c) regionalizada.
d) centralizada.

Art. 165 d CF/88: Plano Plurianual - PPA


§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma REGIONALIZADA, as diretrizes, objetivos e
metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.

Reposta: C

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(QUESTÃO 53 - PROVA A) O Anexo de Metas Fiscais, que constitui o projeto de lei de diretrizes orçamentárias,
caracteriza-se pelo estabelecimento, dentre outros instrumentos, do demonstrativo da estimativa e compensação da
renúncia de receita e da margem de expansão de um determinado tipo de despesas, cujo conceito foi firmado pela Lei
de Responsabilidade Fiscal.

O enunciado acima faz referência às despesas:


a) obrigatórias de caráter continuado.
b) de caráter remuneratório.
c) permanentes.
d) fixas.

O Anexo de Metas Fiscais é um dos anexos que a Lei de Diretrizes Orçamentária possui. De acordo com a LRF, de
onde foi tirada a questão, o Anexo de Metas Fiscais

Art. 4º, § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas
metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

§ 2o O Anexo conterá, ainda:


I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência
delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos
recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao
Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.

O que é Despesa Obrigatória de Caráter Continuado?

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Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois
exercícios.

Resposta: B

(QUESTÃO 54 – PROVA A) Segundo Kohama (2014), ao se incluir na lei de orçamento normas relativas a outros
campos jurídicos e, portanto, estranhas à previsão da receita e da fixação da despesa, fere-se o princípio orçamentário
da:
a) universalidade.
b) exclusividade.
c) programação.
d) unidade.

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

. Princípio da Unidade: Na expressão mais simples desse princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, cada unidade
governamental deve possuir apenas um orçamento. Segundo Milatchitch, “unidade orçamentária tende a reunir em um
único total todas as receitas do Estado, de um lado, e todas as despesas, de outro”.

. Princípio da Universalidade: De acordo com esse princípio, o orçamento (uno) deve conter todas as receitas e todas
as despesas do Estado. Este princípio permite:
a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para a respectiva arrecadação
e realização;
b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização
parlamentar;
c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança dos
tributos estritamente necessários para atendê-las.

. Princípio do Orçamento Bruto: Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus
valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. A regra pretende: impedir a inclusão, no orçamento, de importâncias
líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas
de determinado serviço público.

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. Período da Anualidade ou Periodicidade: O orçamento público deve ser elaborado e autorizado para um período
determinado, geralmente um ano.

. Princípio da Não Afetação das Receitas: “Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou comprometida
para atender a certos e determinados gastos”. A observância do princípio sempre foi problemática. Alguns tipos de
receitas públicas são naturalmente vinculados à execução de determinadas despesas. O produto da arrecadação de boa
parte das taxas, por exemplo, é vinculado à realização de despesas certas, pois servem para custear serviços prestados
pelo Estado. Os empréstimos igualmente se caracterizam pelo comprometimento a determinadas finalidades, como
programas de investimento, atendimento de situações de emergência etc.

. Princípio da Discriminação ou Especialização: De acordo com esse princípio, as receitas e as despesas devem
aparecer no orçamento de maneira discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos
recursos e sua aplicação.
Um orçamento altamente especificado fornece condições ideais para a fiscalização parlamentar, além de inibir a
expansão das atividades governamentais, o que é bom, segundo os valores do laissez-faire. O enfoque clássico do
princípio é, pois, político.

. Princípio da Exclusividade: A lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo-se dela qualquer
dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para o próximo exercício.

. Princípio do Equilíbrio: O montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao
total das receitas estimadas para o mesmo período.

Outros Princípios Tradicionais

. Clareza ou Evidenciação: O orçamento público, ao cumprir múltiplas funções - algumas não técnicas - deve ser
apresentado em linguagem clara e compreensível a todas aquelas pessoas que, por força de ofício ou por interesse,
precisam manipulá-lo.

. Princípio da Publicidade: Por sua importância e significação e pelo interesse que desperta, o orçamento público
deve merecer ampla publicidade. Formalmente, o princípio é cumprido, pois, como as demais leis, é publicado nos
diários oficiais.

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. Princípio da Exatidão: A exatidão orçamentária envolve questões técnicas e éticas. Desde os primeiros diagnósticos
e levantamentos com vistas na elaboração da proposta orçamentária, deve existir grande preocupação com a realidade
e com a efetiva capacidade do setor público de nela intervir de forma positiva por intermédio do orçamento.

Resposta: B

(QUESTÃO 55 – PROVA A) A Receita Pública classifica-se em Receita Orçamentária e Receita Extra-orçamentária.


Esta caracteriza-se como um tipo de receita que, embora não pertença ao poder público, é compreendida pela Lei de
Orçamento a fim de se atender ao princípio da universalidade. Como exemplo desse tipo de receita, pode-se considerar
os(as):
a) taxas.
b) impostos.
c) contribuições.
d) operações de crédito.

Questão simples. Vamos atentar para minha explicação:

Receita é qualquer valor (recebimento) feito aos cofres públicos.


A Receita pode ser prevista no orçamento (orçamentária) e não prevista no orçamento (extraorçamentária). As
previstas no orçamento, geralmente, são oriundas do poder de tributar, mas não somente (Ler Lei 4.320 as Receitas
Corrente e Capital).
As receitas não previstas (extraorçamentárias), como o próprio nome já diz, ela não consta explicitamente no
Orçamento. Ex: multas.
A questão colocou como exemplo as operações de crédito. Elas, nada mais são, que empréstimos que a União
pode contrair para sanar algumas espécies de dívidas. Mas tomem cuidado em achar que todas as receitas
extraorçamentárias não são as previstas no Orçamento. Vejam isso!

Lei 4.320, Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.

No caso das operações de crédito, elas virão na Lei Orçamentária, mas são classificadas como orçamentária,
simplesmente por não ser nem Corrente e nem de Capital.
Resposta: D

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(QUESTÃO 59 – PROVA A) De acordo com Giacomoni (2012), este mecanismo é utilizado para retificar o
orçamento, durante a sua execução, a fim de atender a situações não previstas quando de sua elaboração.
O recurso mencionado no texto acima diz respeito à (ao):
a) taxa cambial.
b) imposto direto.
c) receita derivada.
d) crédito adicional.

Lei 4.320/64 – Créditos Adicionais

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou
calamidade pública.

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para
ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Recursos para abertura de créditos adicionais

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,
autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo
realiza-las.

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§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas mês
a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância
dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato
conhecimento ao Poder Legislativo.

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa, até
onde for possível.

§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art.
62.

CF, 88 - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

Resposta: D
FAB 17 / 18

(QUESTÃO 55 – PROVA A) Sobre orçamento público, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma
abaixo.
( ) As contribuições previdenciárias não chegam a ser tributos, mas não deixam de ser receitas públicas e, como tal,
devem estar sujeitas ao controle parlamentar.

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( ) Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados
gastos, salvo as exceções previstas em lei.
( ) Na classificação funcional-programática, o “subprograma” pode ser definido como um instrumento de
programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de
modo contínuo e permanente, necessárias à manutenção da ação do governo.
( ) Em obediência ao Princípio do Orçamento Público, não poderá ser incluída, no orçamento, a Despesa Pessoal
Líquida.

A alternativa que apresenta a sequência correta é


a) (V); (V); (F); (V).
b) (V); (F); (V); (F).
c) (F); (F); (V); (F).
d) (F); (V); (F); (V).

item 3 – FALSO – o item fez alusão ao conceito de ATIVIDADES, uma das subclassificações do que chamamos de
classificação FUNCIONAL-PROGRAMÁTICA:

Projeto
PROGRAMA Atividade
Operações Especiais

Item 4 – DEVERIA SER FALSO – a banca errou, pois o termo correto deveria ser: em obediência ao Princípio do
Orçamento Bruto...

Resposta: A

(QUESTÃO 58 – PROVA A) Durante a elaboração do orçamento surgem situações não previstas, sendo comum a
insuficiência de dotações. Para retificar tais situações, a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece alguns
mecanismos visando a continuidade da ação administrativa.
Considerando uma situação em que o orçamento de determinado órgão público contém o crédito adequado, mas a
dotação respectiva apresenta saldo insuficiente para o atendimento de despesas necessárias, qual o melhor mecanismo
a ser utilizado?

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a) Crédito extraordinário, aberto por decreto e que pode ser utilizado para despesa com publicidade.
b) Operação de crédito, que são empréstimos compulsórios destinados a cobrir as deficiências orçamentárias, devendo
ser aprovados por lei.
c) Crédito suplementar, que necessita ser autorizado por lei e aberto por decreto, além de requerer recursos disponíveis
para ocorrer a despesa.
d) Crédito especial, o qual necessita ser autorizado por lei e aberto por decreto, não requerendo recursos
disponíveis para ocorrer a despesa.

Mesmo assunto cobrado no ano anterior (Questão 59 – Prova A).

Resposta: C

(QUESTÃO 59 – PROVA A) A Lei Complementar nº 101, de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal -
representa um código de boa conduta das finanças públicas, estabelecendo instrumentos de transparência da gestão
fiscal.
A respeito destes instrumentos, é correto afirmar que
a) na Lei Orçamentária Anual devem-se constar todos os créditos, mesmo os com finalidade imprecisa.
b) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária deve ser publicado em até trinta dias após o encerramento de cada
trimestre.
c) o demonstrativo da inscrição em Restos a Pagar deve constar do Relatório de Gestão Fiscal, o qual deve ser
publicado quadrimestralmente.
d) o Anexo de Riscos Fiscais faz parte da Lei Orçamentária Anual e contém avaliação dos passivos contingentes e
outros riscos capazes de afetar as contas públicas.

. Opção a): não pode conter créditos no orçamento com finalidade imprecisa.
. Opção b) O Relatório Resumido de Execução Orçamentária é bimestral.
. Opção d) O Anexo de Riscos Fiscais faz parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias, e não da Lei Orçamentária.

Resposta: C

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FAB 18/19

(QUESTÃO 41 – PROVA A) Os sistemas contábeis, no âmbito da Administração Pública, são estruturados com o
objetivo de evidenciar, identificar, mensurar e avaliar os atos e fatos da gestão, oferecendo informações que subsidiem
a tomada de decisões por parte do gestor, melhorando o controle social, bem como otimizando o processo de prestação
de contas aos órgãos de controle externo.

Logo, o processo de prestação de contas significa o ato, praticado por uma pessoa ou entidade, de

a) validar os cálculos de impostos ou financiamentos.


b) anular relatórios relativos a investimentos sociais e treinamentos.
c) apresentar relatórios relativos a transações econômicas e financeiras.
d) apresentar alternativas à hierarquia e à estrutura da entidade envolvida.

Essa questão foi retirada do Livro Contabilidade Pública, do Assunção, do Márcio José Assunção.

Nota: a Prestação e a Tomada de Contas ocorrem quando os órgãos e entidades componentes da Administração
Pública apresentam relatórios de sua gestão a serem avaliados pelo Poder Legislativo, auxiliado pelos Tribunais de
Contas de suas respectivas esferas.

Essa avaliação ocorre anualmente, e os Gestores são responsáveis por fornecer todas as informações possíveis para
serem avaliadas, de acordo com os procedimentos de auditoria aplicados. Assim, todas as informações pertinentes aos
fatos ocorridos no patrimônio (principalmente) devem ser relatados.

Resposta: C

(QUESTÃO 42 – PROVA A) São exemplos de despesas públicas os gastos que o governo realiza para se
desincumbir de suas funções, no atendimento às necessidades da população, quanto à defesa nacional, à segurança
pública, à justiça, à saúde, à educação, ao transporte, ao trabalho, à habitação, ao saneamento básico etc.
Considerando o exposto, preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
Pode-se afirmar que _________________, ____________________ e _________________ são estágios da despesa
orçamentária pública.
a) cotação / reserva / planejamento
b) desapego / dispensa / efetivação
c) empenho / liquidação / pagamento
d) organização / orçamento / nomeação

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Fases da Despesa
- Empenho
- Liquidação
- Pagamento

1. Empenho
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.

Tipos de Empenho
- Ordinário: sabe-se o montante e é pago de uma só vez.
- Global: sabe-se o montante e é pago parceladamente.
- por Estimativa: não se sabe o montante; aceitando, assim, reforço de empenho.

2. Liquidação
É a fase mais importante da Despesa. É nela que ocorre o reconhecimento de que o credor (fornecedor) faz jus a
receber, após verificação e recebimento do produto comprado.

3. Pagamento
Momento que a despesa é liquidada (findada), mediante transferência do valor devido ao credor (fornecedor).

Resposta: C
ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO

FAB 14/15

(QUESTÃO 34 – PROVA A) A Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
da União, das autarquias e das fundações públicas federais, elenca as formas de provimento em cargos públicos.
Associe as colunas, relacionando as formas de provimento em cargos públicos às suas respectivas descrições.

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(1) Reintegração ( ) é o retorno à atividade de servidor que já estava aposentado.
(2) Readaptação ( ) é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.
( ) é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
(3) Reversão resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
( ) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
(4) Recondução com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica.

A sequência correta dessa associação é


a) 2 – 4 – 3 – 1
b) 3 – 4 – 1 – 2
c) 4 – 2 – 1 – 3
d) 2 – 1 – 3 – 4

Formas de Provimento

Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - ascensão; (proibido)
IV - transferência; (proibido)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.

1. Nomeação
Art. 9o A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

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2. Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

3. Reversão
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
II - no interesse da administração, desde que:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.

4. Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante
de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts.
30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

5. Recondução
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.

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Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o
disposto no art. 30.

Resposta: B

(QUESTÃO 57 – PROVA A) Pela Lei nº 8.112/1990, entre os benefícios que compõem o Plano de Seguridade
Social, garantidos ao servidor público estão, exceto:
a) aposentadoria.
b) assistência à saúde.
c) fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
d) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade.

Gabarito da Banca: O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não é um benefício garantido aos servidores
públicos pela Lei nº 8.112/90. Os servidores públicos federais estatutários não têm este benefício. Tal direito é
garantido somente aos empregados contratados pelo regime celetista, através de carteira assinada.
De acordo com a CF/88, temos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
III - fundo de garantia do tempo de serviço;

Resposta: C
FAB 15/16

(QUESTÃO 43 – PROVA B) A Lei nº 8.112/1990, regime jurídico único dos servidores civis, elenca os fatores a
serem considerados para a avaliação da aptidão e capacidade dos servidores durante o período do estágio probatório.
Dentre os fatores elencados no Art. 20, da referida lei, marque a alternativa correta.
a) Comprometimento, disciplina, responsabilidade, ética e profissionalismo.
b) Assiduidade, pró-atividade, comprometimento, liderança e visão sistêmica.
c) Ética, responsabilidade, capacidade de iniciativa, liderança e produtividade.
d) Assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:
I - assiduidade;

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II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.

Resposta: D
FAB 16/17

(QUESTÃO 35 – PROVA A) De acordo a com a Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, no que tange às responsabilidades do
servidor público, analise as afirmativas abaixo.

I. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
II. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
ou a terceiros.
III. O servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior no
que tange à prática de crimes ou improbidade.
IV. A obrigação de reparar o dano, ocasionado pelo servidor público, estende-se aos sucessores e contra eles será
executada, até o limite do valor da herança recebida.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) II, III e IV.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) I e IV.

Responsabilidade do Servidor

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo
ao erário ou a terceiros.

§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art.
46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

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§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.

§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor
da herança recebida.

O item III está errado por: Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou
administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra
autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha
conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

Resposta: B

(QUESTÃO 57 – PROVA A) De acordo com a Lei nº 8.112/90, o servidor habilitado adquire estabilidade no serviço
público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício. Todavia, ele pode perder o cargo, o que pode se configurar
como sentença judicial transitada em julgado ou como processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada
ampla defesa. A que princípio da administração pública é possível associar essa flexibilização da estabilidade?
a) Impessoalidade.
b) Legalidade.
c) Eficiência.
d) Controle.

Gabarito da Banca:
De acordo com a Lei n° 8.112/90, Art. 21, o servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício.
Segundo o Art. 22 da Lei n° 8.112/90, o servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. De acordo
com o princípio da Eficiência, conforme explicitado em capítulo à parte, guarda relação com o modus operandi. Tem a
ver, portanto, com o consumo adequado dos insumos utilizados em determinado processo. Cumpre ressaltar que a
introdução desse princípio no ordenamento jurídico corroborou para flexibilizar o instituto da estabilidade. Ou seja, a
partir de sua introdução, é possível exonerar o mau servidor em virtude de desempenho insuficiente, avaliado
anualmente.

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Nota do autor: a EC 19/98, fez prever na Constituição Federal a possibilidade do


servidor público (mesmo estável) perder o cargo público, em decorrência de
AVALIAÇÃO PERIÓDICA DE DESEPMENHO.

Essa previsão constitucional ainda não vigora pelo fato de existir uma lei regulamentando a matéria.

Ela foi criada visando aumentar a eficiência do serviço público, afastando (exonerando) aqueles servidores
que não trabalham de forma produtiva e eficiente para a Administração e para a sociedade.

Resposta: C
FAB 17/18

(QUESTÃO 51 – PROVA A) O regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais, Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, traz algumas normas. A esse respeito, avalie as
afirmações abaixo.

I. Um servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado para exercer outro cargo de confiança de forma
interina, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupar, mas não poderá usufruir das duas remunerações
simultaneamente.
II. Sendo de interesse da Administração Pública, o servidor que tenha se aposentado voluntariamente há três anos
poderá retornar à mesma atividade que exercia antes, situação esta denominada regressão.
III. O estágio probatório tem duração de 24 (vinte e quatro) meses, ao término dos quais o servidor de desempenho
insatisfatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
IV. O servidor que venha a ser investido em mandato de prefeito será licenciado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I e III.
b) III e IV.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.

Questão anulada

Segue a nota do autor:

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Provas Comentadas – Professor Rodrigo Vieira

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Item I – CORRETO. Art. 9o A nomeação far-se-á:
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese
em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.

Item II – ERRADO. O termo correto seria reversão, e não regressão. Outro fator é:
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;

Item III – CORRETO.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da
autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.

§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.

Item IV – CORRETO.
CF/88, Art. 38. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;

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