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ISTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

EXTENSÃO NAVEGANTES
CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

TRABALHO DE SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

TEMA:
LIDERANÇA ORGANIZACIONAL E CULTURA ORGANIZACIONAL, SUA
TIPOLOGIA

GRUPO: A
ELEMENTOS DO GRUPO:
António Joaquim Caetano Sahenju
Fernando Cordeiro Domingos
Leodmila de J.S.Sauimbo Ramos
Manuel Augusto Martins
Adriano Sambumba Tchityaco
Turma: A5
Período: NOITE
2º ANO
A DOCENTE
____________________________
Ester Essenje Zeferino
INTRODUÇÃO

O mercado empresarial é um universo que sofre mudanças constantes e as


empresas que fazem parte precisam se adaptar a novos contextos que as
levarão ao sucesso. Nesse processo, no entanto, é essencial o papel da
liderança organizacional.
Isso porque, o líder organizacional é o responsável por influenciar e impactar os
profissionais ao seu redor. Seja gerenciando equipes, delegando tarefas e
participando activamente, em conjunto, para atingir os objectivos e metas da
companhia.
Aliás, a liderança organizacional tem um papel importante, de influência, sobre
os colaboradores. Podendo engajá-los, mantê-los motivados e principalmente
contribuir para que eles potencializem suas habilidades.
No presente tema, temos a apresentar também algumas teorias e conhecimento
de Edgard Schein. Edgard Schein é um importante psicólogo no campo da
psicologia do trabalho. Ele estabeleceu teorias inovadoras para a época para
compreender a culturas organizacional e as dinâmicas que operam nesses
espaços.
O presente trabalho também mostra como transformar o conceito abstracto de
cultura em uma ferramenta prática que administradores e estudantes possam
usar para entender a dinâmica das organizações e da mudança.
Neste artigo você pôde ver os deveres da liderança organizacional, a importância
do líder na actualidade e quais os tipos mais comuns e eficazes de liderança,
para que assim possa se planejar e definir o perfil que mais se encaixa a sua
empresa.
LIDERANÇA ORGANIZACIONAL

De acordo com um estudo da Hays, empresa de recrutamento, 44% dos


profissionais consideram como imprescindível a actuação do líder para que a
equipe obtenha bons resultados.
Outro estudo, do Instituto da Gallup, revelou que 70% dos colaboradores
colocam a figura do líder como decisiva para o engajamento profissional. Mas,
qual será o papel do líder na actualidade e qual o impacto da liderança
organizacional nos resultados?

Liderança no contexto organizacional: o que é?


A liderança organizacional pode ser definida como um conjunto de estratégias
que visam melhorar os processos dentro de uma empresa.
Os líderes organizacionais são aqueles que desenvolvem acções para engajar
os colaboradores, mantendo um bom relacionamento interpessoal entre as
equipes, além de potencializar as competências desses profissionais.
No contexto da liderança organizacional, esse modelo preza pela valorização
do capital humano, motivando os funcionários a criarem um ambiente de trabalho
saudável e que esteja sempre em busca de atingir os resultados.

Lideranças organizacional na actualidade


A liderança organizacional na actualidade, tem como principal função obter
resultados e engajar os colaboradores de acordo com a missão, visão, valores e
objectivos da empresa.
Dois pontos são determinantes para o líder actual: trabalhar lado a lado com as
tecnologias e conseguir lidar com problemas e as adversidades do dia a dia da
companhia.
Outro ponto importante, é que o líder da actualidade precisa trabalhar de forma
descentralizada. Isso quer dizer que, ele não deve achar que é o único
protagonista e precisa ser capaz de envolver toda sua equipe na tomada de
decisão diária.
Para que serve a liderança organizacional?
A liderança organizacional tem um papel importante para que a empresa consiga
colocar em prática os seus projectos de maneira assertiva e focada em bons
resultados. Em outras palavras, ela serve principalmente para:
Gerenciar equipes;
Prezar pelas relações interpessoais;
Planejar e executar tarefas de forma estratégica junto aos colaboradores;
Elevar a produtividade das equipes com acções de desenvolvimento
de competências;
Alinhar e integrar os objectivos da empresa com os objectivos dos
colaboradores.
Quais os deveres de um líder organizacional?
Um líder organizacional é o responsável por oferecer ferramentas, a base para
que sua equipe consiga trabalhar de acordo com os objectivos da companhia. O
dever dele é ser um guia para que o sucesso do trabalho seja uma consequência
da sua autuação.
Dentro da empresa o líder organizacional, então, tem por responsabilidade:
Delegar tarefas de forma estratégica;
Engajar os colaboradores;
Conhecer os pontos fortes e fracos da sua equipe;
Manter uma comunicação clara e objectiva com os funcionários;
Estar atento às novidades do mercado em relação ao seu sector;
Participar de forma activa da execução das tarefas.
Características de um líder
O líder organizacional tem características que lhe são peculiares e exigidas pelo
mercado para que o seu poder de gestão tenha influência sobre os
colaboradores que ele irá liderar. Por isso, esse líder precisa:
Ser criativo
A resolução de problemas e também a criação de um ambiente propício para
relações interpessoais depende de criatividade. Até por isso, o líder precisa
pensar sempre “fora da caixa” propondo alternativas para solução de problemas.
Ser proactivo
A proatividade é uma das características mais importantes das lideranças. Esse
profissional precisa enxergar além dos problemas e tomar as rédeas da situação
propondo soluções, caminhos e sendo persistente diante das adversidades.
Ser ético
A ética profissional é o primeiro passo para que o líder seja respeitado na sua
função. Quando ele cumpre as regras da empresa e trata todos da mesma forma
será exemplo e facilmente conseguirá engajar os colaboradores que o rodeiam.
Importância da liderança nas organizações
59% dos colaboradores dizem que um bom líder faz toda a diferença nos
resultados da empresa. Entre os principais factores da liderança e sua
importância no ambiente organizacional neste sentido, é possível destacar:
Alinhar os colaboradores às estratégias da empresa
O líder organizacional é o responsável por dirigir a equipe pelos objectivos da
empresa. Ele é o responsável por determinar a execução das tarefas, mas
também alinhar as metas da companhia com aquilo que os colaboradores devem
executar.
Esse sentido estratégico é que irá fazer toda a diferença para que as equipes
actuem de forma assertiva, coordenadas e direccionadas conforme as
expectativas da empresa.
Manter um bom clima organizacional
Dados de uma pesquisa da 4hunter revelam que um clima organizacional ruim é
uma das principais causas de desmotivação no trabalho.
Neste sentido, o líder organizacional tem uma função importante para que os
colaboradores se mantenham engajados com a empresa e com seus
companheiros de trabalho, criando um bom clima na empresa.
Isso é possível aplicando pesquisas de clima para identificar possíveis
insatisfações da equipe, referentes ao ambiente e as relações interpessoais,
para assim criar acções que sanem qualquer situação que leve a brigas e
desmotivação.
Garantir o engajamento da equipe
De acordo com uma pesquisa da plataforma Feedz, o engajamento dos
colaboradores é 2,5 vezes mais elevado quando possuem líderes que
conversam regularmente com eles.
Isso quer dizer que, o líder é um dos grandes responsáveis por garantir o
engajamento das equipes. Esse engajamento é reflexo de uma comunicação
efectiva do líder com o colaborador, reconhecimento pelo trabalho executado
e feedback constante.
Motivar a equipe

Funcionários motivados e felizes elevam sua produtividade em até 12%, mostrou


um levantamento realizado pela Universidade de Warwick. Esses dados
demonstram a importância do líder organizacional para manter as equipes
confiantes e satisfeitas.
Para isso, o líder precisa estar completamente integrado ao seu time, agregando
valores, conhecendo sua equipe, sendo ético e respeitoso e deixando as portas
abertas para ouvir a todos.
Afinal, quando um profissional se sente parte importante do time, ou seja,
identifica que sua opinião tem valor e que pode crescer junto ao seu líder, ele se
sente mais motivado e feliz.
Promover crescimento profissional aos colaboradores
A perspectiva de crescimento profissional é o factor mais importante para 37%
dos profissionais aceitarem uma vaga de emprego, segundo dados de
uma pesquisa da FIA Employee Experience.
Promover o crescimento profissional dos colaboradores, aliás, é um dos factores
mais importantes dentro das obrigações do líder actual.
Essa capacidade não só de delegar tarefas, mas de conseguir promover o
crescimento e o desenvolvimento profissional dos membros de sua equipe é que
determina bons e maus resultados dentro de uma empresa.
Já que assim fica mais fácil potencializar o desempenho e aumentar a
produtividade dos colaboradores.
Auxiliar a atingir metas e objectivos
O líder organizacional é aquele que não só delega tarefas de forma estratégica,
aproveitando que cada colaborador tem de melhor, mas também é o que
contribui para que metas e objectivos sejam atingidos.
Esse auxílio se dá principalmente no sentido de conhecer os pontos fortes e
fracos de cada um dos seus comandados, seus sonhos e tentar alinhar os
objectivos da empresa com as perspectivas de cada profissional.
Quais os tipos de lideranças organizacionais?
O mercado comporta uma série de líderes organizacionais com perfis distintos.
De profissionais que dão mais liberdade aos colaboradores a outros que
preferem ser mais protagonistas, tendo sempre a última palavra.
Confira abaixo quatro dos principais tipos de lideranças organizacionais:
Liderança Liberal
O perfil da liderança liberal está de acordo como o próprio nome sugere, é uma
gestão focada na liberdade. Isso quer dizer que, o gestor nesse modelo oferece
maior autonomia para os colaboradores opinarem e proporem soluções para a
empresa.
Nesse caso, os empregados se sentem mais independentes, podendo
se autogerir, organizando planejamentos e tomando decisões.
Liderança Democrática
A liderança democrática preza justamente pela democracia, ou seja, tanto o líder
como os liderados têm voz e todas as opiniões são levadas em conta nas
tomadas de decisão.
Nesse modelo, todos são ouvidos e contribuem para o planejamento e definição
de estratégias na organização de tarefas. Esse tipo de liderança costuma deixar
o clima organizacional harmonioso e menos pesado.
Já que todos se sentem parte importante na equipe, com um poder de decisão
igualitário, que permite vislumbrar possibilidades de crescimento pessoal e
profissional.
Liderança Autocrática
Diferente dos dois modelos citados acima, na liderança autocrática apenas o
líder é o protagonista e quem tem sempre a palavra final sobre o que a equipe
deve ou não fazer.
Inclusive esse líder é mais visto como um chefe, já que não costuma ouvir a
opinião de seus colaboradores. No mercado actual, esse tipo de liderança é
considerado como um dos grandes geradores de desmotivação e insatisfação
profissional nas empresas.
Liderança Situacional
A liderança situacional exige do profissional um grande conhecimento em gestão
e experiência de mercado. Posto que, nesse modelo o líder precisa ser maleável
e mutável conforme as necessidades da empresa.
Isso quer dizer que, ele precisa estar disposto a um processo de adaptação,
conforme o perfil e habilidade dos colaboradores, projectos a serem executados
e outros.
Sendo assim extremamente flexível e facilmente adaptável às situações que lhe
serão apresentadas diariamente.

Relação da liderança Organizacional e Cultura Organizacional


segundo Edgar Schein.
Schein, pioneiro dos estudos organizacionais, actualiza seu entendimento
influente da cultura – o que é, como é criada, como se desenvolve e como pode
ser mudada. Focando as realidades empresariais actuais, o autor utiliza ampla
pesquisa contemporânea para redefinir a cultura, oferece novas informações
sobre as culturas ocupacionais e demonstra o papel crucial que os líderes
exercem na aplicação bem-sucedida dos princípios da cultura para atingir metas
organizacionais. Também enfrenta a questão complexa de como uma cultura
existente pode ser mudada – uma dos desafios mais difíceis da liderança. O
resultado é um recurso vital para entender e praticar a eficácia organizacional.
Pioneiro do estudo em cultura organizacional, Edgar Schein, na tradução da 3ª
edição americana de seu célebre livro, traz uma actualização de seu
entendimento da cultura como conceito, tratando-a como uma abstracção, mas
de suma importância para se entender o conflito intergrupal também em nível
organizacional. Aproximando-a de um tema caro aos estudos organizacionais, a
liderança, Schein mostra como os líderes criam a cultura na medida em que
criam grupos, organizações; e como a cultura, uma vez criada define os critérios
para a liderança, determinado assim quem será ou não líder. Uma primorosa
obra para aqueles voltados aos estudos organizacionais.
Edgard Schein mostra como transformar o conceito abstracto de cultura em uma
ferramenta prática que administradores e estudantes possam usar para entender
a dinâmica das organizações e da mudança.
Schein, pioneiro dos estudos organizacionais, actualiza seu entendimento
influente da cultura – o que é, como é criada, como se desenvolve e como pode
ser mudada. Focando as realidades empresariais actuais, o autor utiliza ampla
pesquisa contemporânea para redefinir a cultura, oferece novas informações
sobre as culturas ocupacionais e demonstra o papel crucial que os líderes
exercem na aplicação bem-sucedida dos princípios da cultura para atingir metas
organizacionais. Também enfrenta a questão complexa de como uma cultura
existente pode ser mudada – uma dos desafios mais difíceis da liderança. O
resultado é um recurso vital para entender e praticar a eficácia organizacional.
Parte de uma cultura organizacional eficiente envolve uma liderança que exerça
influência positiva sobre toda a equipe. Mas, afinal, o que um líder pode fazer
para manter a motivação do time e optimizar os resultados da companhia?
Descubra no post de hoje!

A importância da motivação
Se o time de colaboradores não está motivado, toda a cadeia produtiva sai
prejudicada. Além disso, um ambiente de trabalho em que as individualidades
não são valorizadas está sujeito ainda a outros problemas.
Altos índices de evasão no quadro de funcionários, gastos com recontratações
e o comprometimento da saúde do time de colaboradores são alguns dos
transtornos que a sua companhia pode enfrentar se não investir em liderança.
Isso porque a desmotivação sistémica que pode acontecer em uma organização
não depende dos indivíduos. Ela é, na verdade, uma resposta à cultura
organizacional que não se preocupa em incentivar seus membros. E qualquer
empregado está sujeito a essa baixa na motivação, que pode diminuir
absurdamente a taxa de retenção de funcionários.
Assim, ao analisarmos a cultura de uma empresa fica óbvio que a liderança está
em par com a criação, a formação e com a evolução dos princípios
organizacionais. Também é evidente que qualquer falha no funcionamento da
cultura empresarial está ligada às atitudes do gestor.

A liderança a favor da cultura organizacional


A cultura da organização é criada pelas acções dos líderes. Se os princípios
estão se mostrando disfuncionais, a liderança é o caminho para ajudar o time a
desaprender certas suposições culturais ineficientes e absorver padrões novos.
Do contrário, sem a figura de um líder que centralize a equipe, os sectores não
conseguem se adaptar às mudanças necessárias. Assim, os mesmos valores
antiquados continuam a se perpetuar, e a companhia não se adapta a novas
condições estratégicas.
Ora, continuar com os mesmos posicionamentos diante de um mercado que está
em constante evolução é um erro fatal. Tempos tecnológicos como estes exigem
fluidez nas informações, agilidade nos processos e capacidade adaptativa.
Essas são as características essenciais que fazem uma boa liderança.
O líder moderno deve estar habilitado a identificar problemas, ter insights da
cultura e dos pontos que demandam optimização. Mas, de fato, não é fácil
desenvolver tais habilidades. Para ter uma percepção das amplitudes possíveis
quando se está na posição de gestor, o profissional tem que estar ciente das
suas próprias fraquezas e conhecer limitações e talentos de seu time.
Assim, mantendo abertos os canais de comunicação com os colaboradores, o
gestor identifica o que cada um deles necessita para se manter empenhado nas
actividades.

O que faz uma boa liderança


Já deu para perceber que o líder exerce uma forte influência sobre o sucesso da
organização, certo? Tendo em vista que é a figura central, responsável por
conduzir o time rumo ao sucesso, é hora de pensar sobre as melhores práticas
para se tornar um líder eficiente — e não apenas um chefe.
Chefe e líder são termos que podem parecer sinónimos à primeira vista. Mas
não são. O primeiro ocupa um cargo designado e costuma ser autoritário, com
relacionamento distante dos funcionários. Ele delega obrigações, e é uma figura
pouco interactiva.
Já no segundo caso, temos um incentivador da equipe. É com seu apoio que
cada membro da equipe vai expandir seu potencial produtivo e encontrar a saída
para manter a motivação sempre alta. E, nesse sentido, apresenta-se alguns
pontos importantes:

1. Dar feedbacks individuais


Os gestores que não interagem com sua equipe ou não fornecem um retorno
sólido sobre as acções dos colaboradores são directamente responsáveis pelas
baixas nos índices de produção.
Logo, é essencial que aquele no posto de liderança se ocupe em dar feedbacks
constantes para cada funcionário, elencando os pontos que merecem atenção
por apresentarem baixo rendimento e aqueles aspectos em que o time está
trabalhando bem e merece reconhecimento.
Sem isso, os colaboradores sentem que são lidos como um simples número por
quem está mais acima na pirâmide hierárquica. Promovendo uma mesa redonda
com os parceiros de trabalho, o gestor ganha união com o grupo e mantém a
cultura organizacional em seu melhor funcionamento.

2. Desafiar a equipe
Se há uma boa comunicação entre o gestor e o time, é possível reconhecer as
capacidades, os pontos altos e as pendências de desempenho de cada membro
com quem se divide o ambiente de trabalho.
E, detendo tais dados nas mãos, o bom gestor pode desenvolver as habilidades
da equipe por meio de pequenos desafios diários.
Os valores empresariais estarem na visão do líder, mas ele não pode deixar de
dar espaço para o crescimento individual. Assim, propor novas actividades todos
os dias e permitir que cada colaborador apresente o que sabe fazer de melhor
em prol do desempenho da equipe mantém todos mais motivados.

3. Saber ouvir
O chefe tradicional, muitas vezes, peca por não abrir o diálogo com a equipe.
Essa ideia de um gestor que delega tarefas sem relacionar-se directamente com
os funcionários é arcaica e precisa de revisão.
Para haver sinergia no ambiente organizacional, todos precisam estar à vontade
para expor suas impressões e opiniões. Desse contacto podem surgir grandes
ideias, relevantes para a optimização do potencial de todo o grupo.

4. Promover o autoconhecimento
Motivar é uma tarefa que depende do líder? Dentro de uma empresa, podemos
dizer que sim — o gestor tem papel fundamental nas taxas de desempenho de
seus parceiros. Porém, parte desse estabelecimento de uma cultura
motivacional ainda depende do time.
Para que os funcionários sejam capazes de manter o foco diante das tarefas, a
cultura da empresa precisa incentivar o autoconhecimento. Não só a liderança
deve conhecer os pontos fortes e fracos da equipe, mas também a própria
equipe.
Mas como promover esse autoconhecimento? Por meio de feedbacks honestos
e detalhados com os funcionários; do estabelecimento de metas reais, capazes
de desafiar a equipe sem transpor sua capacidade produtiva; e de uma rede de
comunicação em que todos possam fazer suas colocações e discutir suas
habilidades.

Cultura Organizacional
Mas afinal, o que é cultura organizacional?
Resumidamente:
Cultura Organizacional é a essência da empresa, ou seja, o conjunto de hábitos
e valores que todos compartilham.
Se preocupar em construir a cultura organizacional é uma maneira de garantir
que todos os colaboradores estarão em sintonia entre si e engajados com a
organização.
É a cultura que vai definir o perfil de quem será contratado, vai definir quem vai
querer ficar e fazer parte do time, ou não.
Nossa cultura é moldada pela nossa história, costumes, sotaques e tudo o que
aprendemos ao longo da vida, principalmente os valores que nos são
repassados.
Portanto, o conceito de cultura organizacional é:
A cultura organizacional, ou cultura empresarial, é a essência da empresa,
expressada pela maneira como ela faz seus negócios, trata seus clientes e
funcionários. É o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de valores,
normas e atitudes compartilhadas pelos membros da organização. Ou seja, são
os princípios que exprimem a identidade da organização.
Inicialmente a cultura organizacional de uma empresa se forma pelos valores do
fundador, que guia as acções através de seus princípios e crenças.
A definição de cultura organizacional é formada no dia-a-dia através do que a
empresa e todas as pessoas envolvidas em seus processos
compartilham. Principalmente aspectos interligados aos demais líderes.
Características da Cultura Organizacional
A cultura organizacional possui algumas características citadas por
pesquisadores da área e que ajudam a entender melhor como ela é formada.

Mas quais são elas?


São 7 características principais:
Inovação;
Atenção aos detalhes;
Orientação para os resultados;
Orientação para as pessoas;
Orientação para as equipes;
Agressividade e estabilidade.

Então, será possível identificar a cultura de uma organização, analisando a forma


como os colaboradores percebem essas características. Por exemplo, avalia-se
a importância e o quanto se é investido em cada uma delas.
Tipos de cultura organizacional
Saber as características culturais e em qual tipo de cultura sua empresa se
enquadra é muito importante. Principalmente para os gestores, que devem
contratar pessoas que se encaixem no perfil da empresa.
Por isso, também vamos entender os tipos de cultura que uma organização pode
possuir. Vamos analisar os propostos por Charles Handy, filósofo irlandês
especializado em comportamento organizacional.
Os tipos de cultura organizacional são:
Cultura do poder
Nesse tipo de organização, a cultura é voltada ao poder e esse é mantido por
apenas algumas pessoas, essas que são capazes de influenciar toda a
organização. Geralmente é o caso de empresas menores, em que o poder é
centrado no dono.
Uma empresa com esse tipo de cultura é orientada a resultados e existem
poucas regras e regulamentos, visto que o que acontece é dito por aqueles com
poder de decisão.

Cultura dos papéis


Diferente das empresas com cultura de poder, uma organização com cultura de
papel é orientada por regras, cargos e funções definidas. O poder, neste tipo de
organização, é determinado pela posição de uma pessoa na estrutura
organizacional.
Normalmente são empresas mais burocráticas, hierárquicas e que não
costumam assumir riscos.
Cultura das tarefas
Nessa cultura, o foco está nos projectos e o poder está nas mãos de quem tem
capacidade de resolver o problema, podendo ser uma equipe formada apenas
para tal. Com maior flexibilidade, há maior possibilidade de mudanças e
liberdade para agir com criatividade.
Cultura de pessoas
Em uma organização com cultura de pessoas, o colaborador está sempre em
primeiro lugar e independente do cargo que ocupa, suas ideias serão ouvidas.
Há a consciência de que a empresa existe porque as pessoas estão ali e
constantemente são incentivadas e valorizadas.
Além dos tipos, uma cultura ainda pode ser considerada forte, fraca, adaptativa
ou conservadora. Vejamos o que as diferencia:
Cultura forte: Em uma organização com uma cultura forte, os valores são
compartilhados entre todos os membros envolvidos, como deve ser. A cultura é
estruturada e influencia comportamentos, faz parte de todas as etapas, desde a
contratação até o fim de um contracto.
Cultura fraca: Uma cultura fraca se distingue por permitir mudanças frequentes
nos valores ou hábitos. Normalmente é o caso de empresas jovens, que estão
construindo sua maneira de ser, e por serem pequenas, se torna possível
informar o que muda ao todo de forma fácil e rápida.
Cultura adaptativa: Uma cultura adaptativa, como o próprio nome diz, é aberta a
mudanças e inovação. Uma organização com uma cultura assim flexível,
normalmente realiza actualizações e busca revisar constantemente seus valores
e características. Guiadas pela criatividade e inovação estão em constante
adaptação, mas mantendo a estabilidade e garantindo que a identidade e a
essência permaneçam.
Cultura conservadora: Organizações com a cultura organizacional conservadora,
são aquelas que dificilmente mudarão os hábitos e os valores. Elas possuem
costumes e tradições enraizadas e independente das mudanças no cenário
exterior, permanecem as mesmas ao longo do tempo.
A Importância da Cultura Organizacional
Agora que entendemos as características e o que define cada cultura, vou falar
porque possuir e agir de acordo com a cultura organizacional é tão importante.
Vou utilizar um exemplo bem simples:
Pela minha família eu faria qualquer coisa, colocaria a mão no fogo se
necessário. Por uma causa que acredito eu viajaria por horas, ficaria sem dormir
e trabalharia sem esperar nada em troca.
E esse é um sentimento proporcionado por uma cultura organizacional forte e
consolidada. Ou seja, teremos um ambiente corporativo com colaboradores
engajados e se comunicando abertamente se soubermos utilizar a cultura
empresarial ao nosso favor.
Isso porque, uma das principais funções da cultura é guiar as atitudes, alinhar
os colaboradores com os objectivos, promover valores em comum e proporcionar
experiências únicas para eles. Dessa forma, a cultura também estará causando
um senso de pertencimento dos colaboradores para com a empresa.
Mas para conquistar esse engajamento é necessário comunicar a cultura, de
forma que ela seja vivida pelos colaboradores. Uma das
principais vantagens que uma organização adquire ao comunicar e promover a
cultura entre os colaboradores é a sensação de pertencimento e o famoso “vestir
a camisa”.
Somos propensos a nos dedicarmos mais por um grupo do qual nos sentimos
parte, do qual sabemos que podemos contribuir. Quando pertencemos a um
grupo relacionamos isso à nossa identidade, como por exemplo: eu sou gaúcha,
sou gremista e sou progicana. �
Quando alguém relaciona o trabalho com a própria identidade, esse profissional
torce pela empresa, contribui para o crescimento dela e sabe da importância do
seu próprio trabalho.
Ter colaboradores engajados com o trabalho que realizam, se sentindo parte do
time e contribuindo com o crescimento da organização como um todo, é o sonho
de qualquer empresa, pois esses colaboradores proporcionarão muitas
vantagens e resultados.
Dedicação, comprometimento, motivação e engajamento são uns dos principais
benefícios que construir uma cultura organizacional forte pode proporcionar.
A cultura é o lado humano da empresa e seu significado muitas vezes não é
considerado tão importante quanto deveria.
Se você não desenvolver a cultura de sua organização, ela se desenvolverá
sozinha… e se isto acontecer, você estará assumindo um risco. – Monique
Winston
Segundo Marco Kissil (1998), para que a organização possa sobreviver e se
desenvolver, para que exista revitalização e inovação, deve-se mudar a cultura
organizacional.
Além de sofrer mudanças, quando necessário, essa política cultural precisa ser
clara e divulgada adequadamente, pois se não, se tornará um obstáculo para o
desenvolvimento do negócio.
Criar uma cultura organizacional não é ter cerveja e jogos na empresa, mas sim
estruturar processos e norteá-los pelos valores, objectivos e crenças que todos
compartilham
Dar a devida importância à cultura organizacional irá favorecer a longevidade da
empresa, pois um produto, uma ideia ou serviço podem ser copiados, mas a
essência e a maneira como as pessoas trabalham no dia a dia, não.
Benefícios da Cultura Organizacional
Para entender melhor os impactos da cultura organizacional e o quanto ela pode
impactar na organização como um todo, listei alguns dos benefícios e factores
que podem ser influenciados por ela baseados nos estudos de Barry Phegan:
Benefícios financeiros
À medida que a cultura se constrói, as pessoas assumem a responsabilidade
também pelos custos, ou seja, passam a pensar no todo e dessa forma os custos
diminuem. Uma cultura que engaja profundamente as pessoas é muito mais
produtiva e com maior produtividade, também aumentam as vendas e os
resultados.

Motivação
Quando as pessoas são reconhecidas pelo que fazem e entendem o impacto de
suas actividades, se sentem motivadas a fazer cada vez mais. Em um ambiente
com a cultura bem desenvolvida a motivação apenas aumenta e progride.
Liderança
Cultura organizacional e liderança estão conectadas. Quando a cultura é
desenvolvida, o envolvimento dos líderes é indispensável e por isso que os
benefícios para as lideranças são grandiosos. As habilidades de liderança são
desenvolvidas e os encarregados passam a ter uma visão mais ampla e clara de
seu papel para a organização.
Reuniões
Como todos estão alinhados com as informações e objectivos, as reuniões se
tornam mais rápidas, criativas e objectivas. As pessoas participam mais e
contribuem mantendo a reunião focada na conclusão da tarefa.
Relacionamentos
A cultura também melhora as relações entre as pessoas, times e departamentos.
Da mesma forma que melhora a comunicação entre todos, aumentando assim a
cooperação e desenvolvendo o trabalho em equipe.
Satisfação e felicidade
Por último, Phegan cita a satisfação e a felicidade, mas ressalta que são os
benefícios mais importantes de todos. Quando se trabalha em uma empresa com
cultura organizacional desenvolvida e estruturada, a satisfação dos
colaboradores fica evidente no dia a dia e ela está de mãos dadas com o
desempenho e o sucesso.
CONCLUSÃO

O capital humano é o que a empresa tem de maior valor. Sem a actuação dos
funcionários é impossível alcançar bons resultados. Até por isso, a liderança
organizacional tem um papel importante nesse processo.
Afinal, o líder é um dos grandes responsáveis por motivar, engajar e maximizar
as habilidades e o desempenho dos profissionais que ele comanda. Contudo,
isso só é possível se as lideranças nas organizações forem de fato um modelo
social.
Isso quer dizer que, é necessário que o líder tenha a capacidade de não só
delegar tarefas, mas também executá-las, demonstrando que está no mesmo
barco que a sua equipe em busca dos resultados.
Quando alguém relaciona o trabalho com a própria identidade, esse profissional
torce pela empresa, contribui para o crescimento dela e sabe da importância do
seu próprio trabalho.
Para que os funcionários sejam capazes de manter o foco diante das tarefas, a
cultura da empresa precisa incentivar o autoconhecimento. Não só a liderança
deve conhecer os pontos fortes e fracos da equipe, mas também a própria
equipe.
E por fim, e talvez o mais importante, é desenvolver um Plano de Comunicação
para diagnosticar e planejar as estratégias por um determinado período. Esse
Plano servirá como guia para implementar a cultura, mapear os caminhos e
definir critérios para realizar as mensurações necessárias.
Além disso, um Plano de Comunicação possui diversos pontos importantes que
precisam ser considerados quando se está iniciando um trabalho em uma
organização, ou então querendo manter a cultura.

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