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Unidade II
Independentemente do setor, dimensão, estrutura ou maturidade, para que
as organizações tenham sucesso, elas necessitam estabelecer um sistema de
gestão apropriado.
Você tem aprendido durante seu curso várias ferramentas e técnicas de gestão normalmente
utilizadas. Existem inúmeras e muitas delas podem ter passado por aprimoramentos. Um exemplo?
Lembre‑se de que a Trilogia de Juran começou com o Planejamento da Qualidade. Percorrido o ciclo, e
com as lições aprendidas (learning lessons), essa etapa passou a ser o Planejamento Estratégico da
Qualidade, significando que deveria abranger a organização como um todo.
A EFQM destaca que seu modelo de excelência proporciona uma perspectiva holística da
organização e pode ser utilizado para determinar como esses diferentes métodos se encaixam e se
complementam. Isso serve para os modelos de excelência conhecidos e mencionados anteriormente,
pois todos seguem a mesma linha, considerando o uso das diversas ferramentas e de acordo com os
objetivos e necessidades da organização.
Os modelos não são estanques, são evolutivos, tanto os modelos de excelência, que ao longo do seu
percurso têm incluído as novas necessidades das organizações e apontando as tendências quanto os
modelos definidos pelas organizações.
A empresa Credicard S/A (que, desde que passou por um processo de cisão e venda, não é mais
uma empresa), por exemplo, quando implantou seu modelo de gestão em 1987, o fez com base em um
tripé: clientes – processos – pessoas. Esse tripé estava alinhado com os conhecimentos de Gestão da
Qualidade Total – GQT da época. Anualmente suas práticas eram disseminadas, avaliadas, melhoradas
quando necessário, e novas práticas eram integradas em seu modelo de gestão, amplamente divulgado
em visitas de benchmarking, seminários e workshops.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Clientes Desenvolver relações duradouras de alto nível com clientes, incorporando a sua voz, em
todos os aspectos da empresa.
Vimos anteriormente que a gestão estava com foco no negócio: foco no cliente sem deixar de lado
as fases anteriores.
O modelo de gestão era denominado Modelo Credicard da Qualidade e era inovador, pois partia das
necessidades dos clientes para aferir os processos internos e seus produtos. Algo não comum: grande
parte das organizações ainda ofertava seus produtos e, aos clientes, cabia consumi‑los.
O Modelo Credicard da Qualidade tinha como objetivo satisfazer as necessidades dos clientes de
forma consistente e melhor que a concorrência.
Voltando ao objetivo do Modelo Credicard da Qualidade: observe que ele destaca olhar para fora da
organização, não somente para os clientes, como também para a concorrência, para se comparar com
ela, assegurando que seus serviços sejam sempre melhores.
Clientes: Empresa:
necessidades Processos
e percepção da e Pessoas
concorrência
Serviços
Em 1992, a Credicard submeteu‑se ao primeiro ciclo de avaliação do PNQ, ficando entre as finalistas
e recebendo um feedback que contribuiu para o aprendizado organizacional.
O modelo de gestão evoluiu com novas ferramentas de gestão, destacando‑se, entre outras:
• Law Compliance, que surgiu no mundo corporativo como consequência dos escândalos e fraudes
ocorridos, como os casos Banco Barings, Enron, Worldcomm, Parmalat, Tyco, entre outros.
• Programação Neolinguística, que contribuiu para melhoria nas negociações com clientes com
problemas de crédito, como também no serviço de atendimento ao cliente.
• Método de Análise e Solução de Problemas – Masp, que contribuiu para eliminar reincidências de
problemas tanto de processos internos, quanto de problemas que afetassem os clientes.
Ainda hoje, acompanhando tão de perto os modelos adotados por inúmeras organizações, observo
que ainda não se aplica o que a Credicard já fazia há décadas ou organizações adotando algumas
práticas – que já praticávamos – como inovadora.
A gestão tem evoluído, e profissionais que estão se qualificando para o mercado de trabalho, como
você, são essenciais para trazer novos rumos, aprendendo com a experiência daqueles que nos deixaram
um grande legado.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Quando os modelos que aqui abordamos surgiram, inspirados no Total Quality Management
– TQM, questões como responsabilidade social e responsabilidade ambiental não eram foco de
preocupação em várias regiões ou para a gestão organizacional. Crises, fraudes e escândalos
financeiros ligados à corrupção trouxeram a temática da governança; as mudanças climáticas e
a necessidade de redução das desigualdades (social, digital) trouxeram a temática da sociedade e
da responsabilidade socioambiental; a integração entre países e regiões e os avanços tecnológicos
trouxeram o estabelecimento de parcerias e a atuação em rede. Gerir recursos humanos trouxe
mudanças na valorização das pessoas. Nos últimos anos, os modelos têm se direcionado para a
sustentabilidade de organizações e nações
Como vimos anteriormente, a integração de práticas de gestão tem sido foco de programas
em mais de 100 países, seguindo basicamente duas linhas mestres, o Modelo Malcolm Baldrige e o
Modelo Europeu, muitas vezes incluindo valores, conceitos ou requisitos locais importantes para o
desenvolvimento da excelência em seus países de origem (FNQ, 2016c). Com isso, em 2000, foi formado
o Global Excellence Model – GEM, com a missão de inspirar, mobilizar e capacitar as organizações em
torno de fundamentos de excelência alinhados globalmente para que gerem valor para a sociedade.
O Global Excellence Model – GEM conta com representantes dos programas da Austrália, Estados
Unidos, Índia, Europa, Brasil, Iberoamérica, México, Japão, Malásia e Singapura e se reúne anualmente
para troca de informações e experiências.
Assim, os modelos que abordaremos aqui, alguns detalhadamente, outros de forma mais
genérica, certamente contribuirão para a sua vida profissional. Há vários pontos diferentes, mas a
essência é convergente.
Observação
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Unidade II
Mas como se expressam esses conceitos de uma forma tangível dentro das organizações?:
Mas como sesses requisitos se inserem dentro de um framework capaz de reproduzir de forma
lógica a condução de um negócio
Itens/Critérios São agrupamentos de requisitos afins feitos por meio de uma lógica predefinida
6 OS CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA
O modelo europeu possui nove critérios, dos quais cinco são voltados para os meios (processos) e
quatro para os fins (resultados alcançados).
Observe na figura a seguir que as setas estão indo da esquerda para a direita, representando os meios
necessários para o alcance dos resultados.
Já a seta inferior faz o movimento contrário: ela indica que a aprendizagem, a criatividade e a
inovação obtidas e/ou geradas no ciclo realimentam o processo como um todo a partir da liderança.
1. Liderança
Meios Resultados
Liderança Pessoas Processos, Resultados Resultados do
produtos e Pessoas negócio
Serviços
Estratégia Resultados
Clientes
Parcerias e Resultados
Recursos Sociedade
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Organizações excelentes têm líderes que moldam o futuro e fazem‑no acontecer, atuando enquanto
modelos a seguir dos valores e ética da organização, inspirando sempre confiança. São flexíveis, permitindo
à organização antecipar e reagir, em tempo útil, assegurando o sucesso continuado da organização.
2. Estratégia
Organizações excelentes implementam a sua missão e visão por meio do desenvolvimento de uma
estratégia focalizada nos stakeholders. Políticas, planos, objetivos e processos são desenvolvidos e
desdobrados para executar a estratégia.
3. Pessoas
Organizações excelentes valorizam as suas pessoas e fomentam uma cultura que permite alcançar, de
forma mutuamente benéfica, os objetivos organizacionais e pessoais. Desenvolvem as capacidades das
suas pessoas e promovem a equidade e igualdade. Assistem, comunicam, reconhecem e recompensam
as pessoas, de uma maneira que as motiva, gera o seu envolvimento e incentiva‑as a utilizarem as suas
capacidades e conhecimentos em benefício da organização.
4. Parcerias e recursos
Observação
6. Resultados clientes
7. Resultados pessoas
8. Resultados sociedade
9. Resultados do negócio
Penso que utilizar o Modelo Baldrige para realizar melhorias, foi uma das
mais inteligentes coisas que fizemos no nosso negócio. Realmente nos deu
uma oportunidade para, constantemente, medirmos e avaliamos como
estamos evoluindo.
• Liderança.
• Estratégias.
• Clientes.
• Força de trabalho.
• Operações.
• Resultados.
Esse modelo, como os demais modelos de excelência, é utilizado pelas organizações para fazer uma
autoavaliação, buscando identificar os pontos fortes e oportunidades para melhoria. Pela facilidade da
disponibilidade de material para consulta, façamos uma análise interativa. O quadro a seguir contém
os critérios e os itens utilizados para avaliação e autoavaliação da gestão. Você observará que os temas
possuem relação com as disciplinas que você tem estudado. Em um segundo passo, procuraremos
observar a integração entre as práticas.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Quadro 4
Veja um exemplo para o critério 3. Clientes, item 3.1 A voz do cliente: trata‑se de prática adotada
pela Volvo do Brasil. Embora não tenha se submetido ao processo de avaliação do Malcolm Baldrige, e
sim da Fundação Nacional da Qualidade, você pode observar que sua prática atende ao Item 3.1. A Volvo
Caminhões, unidade de negócios da Volvo do Brasil, foi reconhecida em 2016 pela terceira vez pelo PNQ,
desta vez na categoria Magna Cum Laude, atribuída para organizações bicampeãs em ano consecutivo.
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Unidade II
A primeira ação foi a promoção “Sua Voz Te Leva Longe”, cujo objetivo era ouvir a
opinião dos motoristas sobre a vida nas estradas brasileiras. Participaram 3.393 motoristas,
que concorreram ao sorteio de uma viagem à Suécia, sede mundial do Grupo Volvo. Os
dados obtidos vão nortear ações de mobilização do setor.
Ações junto aos clientes da marca ou clientes em potencial fazem parte da história
da Volvo. Para identificar suas necessidades, expectativas e comportamento, são utilizadas
diversas pesquisas de mercado, em conjunto com análises do movimento da indústria do
transporte, que fornece indicativos do segmento, segundo demandas de legislação, ambiente
de negócios, tendências, aspectos sociais e evolução tecnológica. Essas informações
permitem a antecipação de tendências, trazendo robustez ao processo de desenvolvimento
de novos produtos e serviços.
Em 2014, foi inaugurada a Casa do Cliente, dentro da fábrica de Curitiba, espaço que
representa o maior e mais aparelhado centro receptivo da marca em todo o mundo, com
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
salas de reunião, auditório e pistas para test‑drive. Nos últimos três anos, mais de 10 mil
clientes participaram do Volvo Experience.
O rol de critérios dos programas estaduais, regionais e setoriais considera os oito critérios com
diferenças no nível de requisitos esperados e pontuação atribuída nas avaliações.
Os oito critérios são desdobrados em itens, que, por sua vez, são desdobrados em requisitos. Aqui
também você pode fazer a verificação se esses assuntos foram foco de seus estudos durante o curso.
Marque na coluna da direita caso isso tenha ocorrido.
Quadro 5
Critério e Itens
1. LIDERANÇA
1.1 Cultura Organizacional e desenvolvimento da gestão
1.2 Governança
1.3 Levantamento de interesses e exercício da liderança
1.4 Análise do desempenho da organização
2. ESTRATÉ GIAS E PLANOS
2.1 Formulação das estratégias
2.2 Implementação das estratégias
3. CLIENTES
3.1 Análise e desenvolvimento de mercado
3.2 Relacionamento com clientes
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Unidade II
4. SOCIEDADE
4.1 Responsabilidade socioambiental
4.2 Desenvolvimento social
5. INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO
5.1 Informações da organização
5.2 Conhecimento da organização
6. PESSOAS
6.1 Sistemas de trabalho
6.2 Capacitação e desenvolvimento
6.3 Qualidade de vida
7. PROCESSOS
7.1 Processos da cadeia de valor
7.2 Processos relativos a fornecedores
7.3 Processos econômico‑financeiros
8. RESULTADOS
8.1 Econômico‑financeiros
8.2 Sociais e ambientais
8.3 Relativos aos clientes e ao mercado
8.4 Relativos às pessoas
8.5 Relativos aos processos
Como os critérios possuem diferentes níveis de dificuldade, utilizaremos o modelo de 1000 pontos
para que se tenha a visão do modelo completo. Toda a Rede QPC utiliza os mesmos critérios para que
se tenha o alinhamento, podendo haver alguma adaptação de acordo com a necessidade do Programa
Estadual ou Setorial.
Vejamos o que se considera em cada Critério e Item, buscando simplificar a linguagem técnica
originalmente adotada.
Critério 1 – Liderança
• Comunicação para a força de trabalho e outros públicos sobre valores e princípios organizacionais,
padrões de conduta, estratégias, objetivos e metas.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
A companhia elege as pessoas como valor principal e procura desenvolvê‑lo por meio de
canais e programas de comunicação do colaborador com a empresa, autonomia propiciada
pela formação das estruturas interfuncionais, pela Gestão de Portas e Caras Abertas (forma
de comunicação direta e livre acesso dos colaboradores aos seus líderes de modo a ter suas
opiniões ouvidas e levadas em consideração), contratação de colaboradores de diferentes
nacionalidades, gêneros e faixas etárias.
Comitê S&OP (decisões inerentes à cadeia de valor). Esta estrutura decisória permite uma
melhor comunicação, comprometimento e visão sistêmica, trazendo à gestão uma melhor
integração a nível de processo.
1.2 Governança
• Estabelecimento das diretrizes (legais, regulamentares, regras estatutárias, políticas, entre outras)
que a organização deve observar.
• Prestação de Contas das ações dos dirigentes e resultados relevantes. Controle dos atos da direção.
Quadro 6
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Gestão de Riscos
• Como a direção exerce a liderança e interage com as partes interessadas e redes mais importantes?
A Sabesp está listada no Novo Mercado da BM&FBovespa, nível mais alto de governança
corporativa, atende aos requisitos da lei Sarbanes Oxley e, por vários anos consecutivos,
está no ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial. Durante o ciclo de planejamento,
também são definidos indicadores e metas com base nos requisitos identificados e são
acompanhados sistematicamente, garantindo, assim, o atendimento e equidade.
É a única empresa do setor a fazer parte do Índice de Ações – ITAG com Tag Along
diferenciado, composta por empresas que oferecem melhores condições aos acionistas
minoritários, no caso de alienação do controle.
Observação
Partes interessadas Método de identifi cação Principais necessidades Métodos de tradução Principais requisitos
– Volume Faturado Vendas
– Índice de Perdas no Faturamento
– Margem Operacional
– Diretrizes governamentais/
– Crescimento sustentável – Índice de Execução Orçamentária
Plano Governo – anual de Investimentos
– Retorno sobre o investimento Desdobramento do ciclo
Acionista – Conselho de administração/ orçamentário e planejamento – IAA
– Universalização do
Diretoria Executiva Sabesp
saneamento – IAE
– Planejamento Sabesp/
– Nível máximo de satisfação – Ligações de Água
Caderno de Metas – anual
– Ligações de Esgotos
– ITEC
– Índice de Satisfação dos Clientes
– IRD
– Qualidade da água
– IEE
– Pesquisa pós serviço – Continuidade de Analise das pesquisas,
delibrações, relatório Voz do – ITEC
Cliente fornecimento
– Pesquisa de satisfação de Cliente e desdobramento do – Índice de Satisfação pós serviço
clientes e de imagem – Coleta de esgoto planejamento
– Índice de Satisfação dos Clientes
– Qualidade no atendimento
– Índice do FAC
– Pesquisa de Clima – Capacitação e
Organizacional – Índice de Cumprimento PCD
desenvolvimento
Análise crítica dos resultados
– Avaliação por Competências – Índice de Satisfação na pesquisa
Força de trabalho – Valorização,reconhecimento e das pesquisas e acordo
de clima
– Prática de Feedback ambiente de trabalho coletivo
– Índice de Nível de Emprego
– Reuniões setoriais – Estabilidade no emprego
– Comunidade – IRD
– Demandas diversas de
Encontros/audiências saneamento e – IEE
públicas Encontros com a Padrões de trabalho e – ITEC
resgate da cidadania
Comunidades PPC Pesquisa de procedimentos empresariais
Satisfação dos Encontros – Educação e conservação e operacionais. – IPDT
ambiental – IPF
– Índice de Satisfação com
a Sabesp (Encontro com a
Comunidade)
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
c) Alguns dos exemplos de parceria que visam ao êxito das estratégias e planos são
apresentadas na tabela Principais Parcerias
Competências
Parceiro Objetivos Início Necessidades e expectativas
compartilhadas
Coibir práticas de Ética no consumo, impedindo
Instituto São Paulo contra a Disponibilização de canal
irregularidade nas ligações 2010 que o cliente com ligações
violência sigiloso (181) para denúncias.
de água. regulares seja prejudicado.
Identificação de ligações Revitalização urbana e
Órgãos do poder público e Gestão dos córregos irregulares, execução de
2007 conservação do meio
comunidades locais despoluídos ligações e manutenção dos ambiente.
córregos despoluídos.
Reduzir o óleo despejado no
ONG Bio-bras Coleta de óleo de fritura (Prol) 2010 Coleta, logística e disposição meio ambiente e na
rede de esgoto.
Prefeituras e cooperativas Redução dos resíduos
Disposição de resíduos sólidos
de catadores de resíduos 2008 Coleta, logística e disposição destinados a aterros sanitários
(Programa 3Rs.)
sólidos e geração de renda.
Realização de eventos Sensibilização dos usuários
Shoppings Centers Penha e em datas comemorativas Atividades de educação dos shoppings em relação
2013
Suzano relacionadas ao meio ambiental. à conservação do meio
ambiente. ambiente.
Regularização das ligações em
Universalização do Trabalho técnico-social para
Órgãos do poder público 1998 áreas de vulnerabilidade
saneamento. regularização de áreas social.
Segurança na execução dos
Comgás Efi ciência operacional. 2004 Informações cadastrais. serviços
Formação de cidadania
Senai (Programa Aprendiz) Desenvolvimento profi ssional 2005 Capacitação profi ssional e inserção de jovens no
mercado de trabalho.
A companhia Suzano de Papel e Celulose foi premiada pelo Prêmio Nacional da Qualidade
– PNQ em 2008. Já havia sido premiada em 2001, como Bahia Sul.
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Unidade II
Observação
Dessa forma, a identificação é realizada de acordo com o tipo de informação a ser comparada:
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
• Identificação, avaliação dos ativos intangíveis mais importantes para a organização e proteção
dos ativos intangíveis.
• Avaliação das alternativas decorrentes da análise estratégica e definição das estratégias a serem
adotadas.
Para este item, veremos dois exemplos: o da Suzano Papel e Celulose, que aborda o tema de forma
mais geral, e o da Sabesp Metropolitana para um aspecto específico: identificação e avaliação dos ativos
intangíveis, por sua originalidade.
• identidade organizacional;
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Unidade II
Com esses parâmetros, cada unidade de negócio elabora seu próprio planejamento,
analisando os ambientes externo e interno, os desafios, os riscos e as oportunidades.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Análise do setor
de atuação
Análise ECP
Análise do Matriz (Estrutura, Análise de Valor
ambiente interno SWOT conduta e (VBM)
performance)
Análise do
macro-ambiente
e mercaado
Figura 35
A Suzano vem continuamente buscando envolver cada vez mais as suas Partes
Interessadas na formulação das estratégias, principalmente nas etapas 2 e 4 do Ciclo de
Planejamento Estratégico.
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Unidade II
Situação Alto 1 1 1 1
atual Baixo 0 0 0 0 Fator
Programa Case de
AA / PF Reduzir ou competitivo
de redução 1 1 sucesso
/ CG perder sustentável
de perdas internacional.
Tendência
Ampliar ou 0 0
manter
LEGENDA INPUTS AA:FOFA das UNs; PF:AA:FOFA das UNs; PF:Pontos Fortes dos RAs das UNs; CG: Cases e Consolidados Uns; MP: Mapa de Processos; CP: Carteira
Atual de Intangíveis Competitivos; CL: Carteira de Ativos Legais Sabesp
Para definição dos ativos intangíveis mais importantes são avaliados os fatores de
competitividade da diretoria, captados na matriz SWOT (forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças) das UNs, pontos fortes dos relatórios de avaliações externas, mapas de processos,
cases, carteiras de intangíveis competitivos das unidades de negócio e a carteira de ativos
legais da Sabesp. As entradas (recurso, capacidade ou força) são pontuadas com 0 (zero)
quando não há ou é baixa a correspondência entre ela e a característica de ser valiosa, rara,
inimitável e organizada (uma a uma), e com 1 (um) quando a correspondência é alta. Da
mesma forma, são pontuadas, uma a uma, com 1 (um) a tendência de ampliar ou manter
e com 0 (zero) a tendência de reduzir ou perder a situação de competitividade, ou seja, as
pontuações mais baixas correspondendo a uma competitividade temporária ou situacional
e as mais altas a uma competitividade sustentável.
Os principais Ativos Intangíveis que agregam valor foram classificados em grupos, como
Ativos Humanos, de Infraestrutura, de Relacionamentos e de Mercado (Fig.2.1.8).
Uma forma de proteção dos ativos intangíveis é a propriedade intelectual, que na Sabesp
está vinculada à Política de Desenvolvimento Tecnológico (PI0015), e dispõe de diferentes
modalidades. As mais utilizadas são: patente, modelo de utilidade e registro de softwares,
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
além de marca, direito autoral e outros. A manutenção e proteção dos ativos intangíveis
ocorrem também por meio de diversas práticas das unidades de negócio no desdobramento
dos planejamentos operacionais, assim como corporativas, apresentadas no quadro a seguir.
Exemplos de Exemplos de
Grupos Ativos Intangíveis Objetivo Tático Exemplo de Ações Desenvolvimento Formas Avaliação e Formas de Proteção
acompanhamento
• Tratamento das informações das
pesquisas de satisfação do cliente e • Registro da Marca
Mercado
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Unidade II
• Definição dos indicadores para avaliação do êxito das estratégias, estabelecimento de metas de
curto e longo prazos e definição dos respectivos planos de ação.
Desde 1999, a Suzano adota KPI – Key Performance Indicators como instrumentos de
apoio ao Planejamento Estratégico da Suzano Papel e Celulose.
Esses indicadores, que avaliam o desempenho dos processos, são definidos e alinhados
às estratégias.
Os principais KPIs se tornaram mais claros depois que foram associados ao conceito de
“nível 0” (grupos de objetivos), isto é, uma vez definidos os clusters, as áreas de planejamento e
competitividade elaboram propostas de indicadores que atendam aos objetivos estratégicos.
Os indicadores “nível 0” e seus conceitos foram definidos com base nos principais
elementos da estratégia da Empresa. Atualmente, eles compõem quatro grupos: criação de
valor, competitividade global, excelência em gestão e sustentabilidade.
Por sua vez, os indicadores devem ter os requisitos básicos de relevância, disponibilidade,
mensurabilidade e comparabilidade. A definição dos indicadores é feita junto com o
estabelecimento de metas de longo prazo.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
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Unidade II
Quadro 12
PI Sistema de comunicação
Sistemas de reuniões transversais e hierárquicas
Colaboradores
Encontros corperativos e bate-papo com o presidente
Programa de visita às unidades
Clientes
Relatório de sustentabilidade anual
Encontro anual de premiação
Fornecedores
Relatório de sustentabilidade anual
Encontro de fomentados
Fomentados
Relatório de sustentabilidade anual
Reunião de distribuidores
Parceiros
Relatório de sustentabilidade anual
Atividade do cômite de relações com a comunidade
Sociedade
Relatório de sustentabilidade anual
Sistemas de reuniões de comitês transversais e hierárquicas
Acionistas
Relatório da administração trimestral e anual e de sustentabilidade anual
Critério 3 – Clientes
— como traduz em requisitos de desempenho e utiliza para definição e melhoria dos produtos e
processos;
— métodos utilizados para avaliar os níveis de conhecimento dos clientes e mercados a respeito
das marcas.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
• Divulgação dos produtos, dos cuidados necessários ao uso e riscos envolvidos e divulgação das
ações de melhoria.
— métodos utilizados para avaliar os níveis de conhecimento dos clientes e mercados a respeito
dos produtos e ações.
Lembrete
Desde 2003 o Senac‑RS avalia seu modelo de gestão com base no Modelo de Excelência da
Gestão – MEG por meio da participação no Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade
– PGQP e Programa Qualidade RS, tendo recebido um total de 125 troféus nas modalidades
bronze, prata e ouro (considerando‑se também avaliações autônomas de suas unidades)
O cliente está no centro das ações do Senac‑RS. Com base na análise do perfil, nos
resultados da pesquisa Atributos‑Expectativas e em informações extraídas da base de
dados GvCollege (ERP e CRM), são definidos os critérios de segmentação do mercado. O
perfil do mercado potencial para as áreas de atuação do Senac‑RS é traçado no Book de
Planejamento (compilado de informações de pesquisas e dados de mercado das áreas de
vocação), que apoia a tomada de decisão durante o planejamento.
• Acompanhamento das transações com os clientes, incluído os novos, e a inserção dos novos
produtos no mercado.
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Unidade II
Critério 4 – Sociedade
— mecanismos para assegurar pleno atendimento aos requisitos relativos às leis, regulamentos e
normas ou códigos de adesão voluntária;
— mecanismos para tratar pendências ou eventuais sanções relativas aos requisitos associados a
leis e regulamentos aplicáveis à organização;
— principais ações e metas para eliminar, minimizar ou compensar os impactos sociais e ambientais
negativos, incluindo o tratamento dos passivos sociais e ambientais.
• Mecanismos para se manter preparada para prevenir acidentes e responder às eventuais situações
de emergência:
• Como é propiciada a acessibilidade aos produtos, processos (acessibilidade aos processos significa
que pessoas com necessidades especiais possam exercer atividades produtivas na organização),
informações e instalações da organização?
— principais ações implementadas como forma de contribuição para a solução dos grandes temas
mundiais e para a preservação ou recuperação de ecossistemas, incluindo a incorporação de
tecnologias limpas ou de baixo impacto ambiental;
— principais ações implementadas como forma de contribuição para a solução dos grandes temas
mundiais e para a preservação ou recuperação de ecossistemas, incluindo a incorporação de
tecnologias limpas ou de baixo impacto ambiental.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
117
Unidade II
• gestão da pressão;
Práticas de
Aspectos identifi Controle/
Impactos associados tratamento e Indicador Metas 2015
cados Acomp.
mitigação
Programa de redução Índice total de perdas na 213 litros/ PI09
de perdas distribuição lig./d.
Programa de
regularização de Índice de regularização de áreas 3% PI07.1b
Perda de água (por ligações
Redução dos recursos
vazamento, por fraude naturais Detecção de Número de irregularidades
etc.) 5.500 un. PI09.1.2c
irregularidades detectadas
Número de pessoas benefi ciadas
Programa de educação com atividades de educação Sob demanda RSA
ambiental ambiental
Ampliação do Índice de atendimento de esgoto 87% C04
atendimento da coleta
de esgoto Número de ligações de esgoto 20.000 un C04.2.3a
Responsabilidade Índice de cobertura de esgoto 99% PI08
socioambiental
Programa de Índice socioambiental 70% PI07
despoluição de córregos
Alteração da qualidade Índice de córregos despoluídos 78% a 82% PI07.1a
do solo e da água
Lançamento provisório Ampliação do Índice de tratamento do esgoto
Incômodo à sociedade 65% PI08
de esgoto in natura tratamento do esgoto coletado
/ risco à saúde
pública coletado
Volume de esgoto encaminhado 183.300 m³ PI08.4
para tratamento
Refi namento na Índice de obstrução da rede 483 un./km/
manutenção da rede PI09
coletora ano
coletora de esgoto
Número de pessoas benefi ciadas
Programa de educação com atividades de educação Sob demand RSA
ambiental ambiental
Prejuízo à integridade
Manutenção Programa de saúde e SESMT / CIPA
física e qualidade de Número de acidentes de trabalho 9 un
eletromecânica segurança do trabalho /SIPAT
vida
Refi namento
Descontinuidade do Índice de manutenção
Incômodo à sociedade na manutenção 100% PI08.1a
abastecimento eletromecânica
eletromecânica
Emissão de gases de Alteração da qualidade Manutenção de veículos Índice de manutenção de veículos 100% Relatórios
combustão do ar
Como melhoria para a orientação legal das unidades, foi implantado, em 2015, como
uma iniciativa do grupo de Novos Líderes, o projeto Apoio Legal. Por meio de análise dos
impactos socioambientais apontados no Laisa, o Grupo de Responsabilidade Socioambiental
– RSA, com o apoio da área jurídica, realiza o estudo das atividades das unidades para
adequação à legislação pertinente.
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ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
• desenvolvimento sustentável.
Quadro 14 - Principais ações implantadas como forma de contribuição para a solução dos
grandes temas mundiais e para a conservação ou recuperação de ecossistemas
Mundo, para fornecimento para uso urbano restrito. A venda desse produto na ML é de empresas.
responsabilidade da Divisão de Grandes Consumidores em parceria com a MT.
PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA (d_2006): visa identifi car, sobretudo,
as causas especiais que impactam nas perdas de água, Realizando as ações necessárias
para tanto. Reduz a retirada de água dos mananciais e contribui para a conservação dos
recursos naturais. O programa é referência nacional conforme publicação da Associação dos Jica
Engenheiros da Sabesp . A Jica (Japan International Cooperation Agency), como referência,
indica a Sabesp para disseminar as técnicas utilizadas no Japão e transferidas à empresa, por
meio do Projeto de Cooperação Técnica Internacional a países da América Latina e da África.
PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ESGOTO (d_2011): ações que garantam a
interligação de toda a rede de esgoto ao sistema de tratamento. O acompanhamento deste Prefeituras
programa é feito sob a coordenação da MP em reuniões mensais do Fórum de Esgoto da M,
com participação da ML.
Conservação dos recursos
PROJETO TIETE (d_1992): maior programa de saneamento ambiental do mundo, possui como
objetivo a coleta e o tratamento de esgoto de cerca de 18 milhões de pessoas, melhorando a
qualidade de vida e diminuindo a mortalidade infantil na RMSP. O projeto recebeu o Prêmio Prefeituras
Inova Cidade 2015, ofertado a iniciativas que contribuem com a melhoria da qualidade de
vida nas cidades, promovido pelo Instituto Smart City Business
PROGRAMA CÓRREGO LIMPO (d_2007): constitui um conjunto de ações integradas, com o Prefeituras;
objetivo de reverter a degradação dos córregos urbanos, com o envolvimento da comunidade Comunidades
do entorno e outros atores sociais. Na ML, já foram despoluídos 32 córregos, em uma área de e atores
aproximadamente 14,84 km², benefi ciando 255.128 pessoas. sociais.
PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA - PURA (d_1996): compreende um conjunto de
ações com o objetivo de diminuir o consumo de água, por meio de detecção e reparo de
vazamentos, troca de equipamentos convencionais por equipamentos economizadores Setor público
de água, estudos para reaproveitamento da água e palestras educativas direcionadas ao
setor público.
CAMPANHA GUARDIÃO DAS ÁGUAS (i_2013): atua no estabelecimento de parcerias com Diversos atores
diversos setores da sociedade para promoção de ações e atividades de educação ambiental, sociais.
que reforcem o uso racional da água.
Poluidoras
de Cargas
Prefeituras e
sólidos gerados nas atividades administrativas. O programa tem uma importante vertente cooperativas de
de geração de renda, benefi ciando inúmeras famílias das cooperativas. Em 2015, foram catadores
encaminhados para reciclagem 48.240 kg de resíduos coletados.
119
Unidade II
GESP e comunidades.
de geração de renda nas comunidades atendidas, ao selecionar a equipe responsável pelos
serviços de adesão nas próprias comunidades. Já foram benefi ciadas com as ligações: 2.451
famílias.
PROGRAMA SABENDO USAR, NÃO VAI FALTAR (d_2015): tem como objetivo garantir
o abastecimento de água aos clientes de baixa renda, residentes em áreas de
vulnerabilidade social, que não tenham reservatórios de água. O processo de distribuição Gesp e comunidades.
é feito por meio de avaliação prévia da equipe de técnicos comunitários. Mais de 5 mil
caixas-d’água foram distribuídas.
• Análise de informações obtidas (em c) e sua utilização para melhorar a atuação social.
120
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
pelas empresas Volvo do Brasil e Volvo Financial Services, viabilizado por meio da Lei Federal
de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal. Moderno e interativo,
promove uma visão sobre o tema desde a pré‑história até os dias atuais. O apoio da marca
é um reforço à visão Zero Acidentes, uma bandeira da Volvo em todo o mundo.
Desde 1987, a Volvo tem atuado com muita expressão no tema da segurança por meio
do Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST). Ao longo de 18 edições, o Prêmio Volvo
de Segurança no Trânsito, por exemplo, já recebeu mais de 6.000 projetos. Iniciativas como
a criação do Atlas da Acidentalidade, que traz um panorama dos acidentes nas principais
rodovias federais do País, ou o Programa TransFormar, treinamento dirigido a motoristas
profissionais para que adotem comportamentos seguros, são também destaques.
Mais recentemente, a empresa passou a contribuir também com os Fundos dos Direitos
dos Idosos, com o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e com o
Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas).
Por meio de leis de incentivo fiscal, a Volvo patrocina projetos que valorizam a cultura e a
sociedade. A marca já viabilizou dezenas de peças teatrais, livros, CDs, filmes, apresentações
musicais e outras iniciativas que estimulam a cultura e despertam noções de cidadania. O
leque de atividades voltadas à comunidade está sob o selo do Programa Volvo Cidadania.
Por todo esse trabalho, em 2014, 2015 e 2016, a Volvo foi reconhecida como a empresa mais
sustentável do setor da Autoindústria, pelo Guia Exame de Sustentabilidade.
— mecanismos para avaliar a satisfação dos usuários dos serviços de informação e de comunicação,
informatizados ou não.
122
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Como exemplo disso podemos citar a necessidade identificada pela empresa, com a
reformulação do Planejamento Estratégico corporativo em 2005, de um sistema onde os
dados referentes à gestão fossem atualizados e estivessem disponíveis para avaliação com
rapidez e segurança. Foi concebido então desenvolvimento do SGR – Sistema de Gestão de
Resultados, que é alimentado mensalmente com os resultados obtidos e sua análise, feita
pela Unidade para cada indicador. Esses procedimentos são supervisionados pela GDEMP
e apoiados pela Diretoria Colegiada. A disseminação dessas informações é feita nas AMRs
com a participação dos gestores e colaboradores da unidade
Há ainda, desde 2008, a utilização do WEB LAB que atualizou, padronizou e otimizou os
dados referentes às análises de controle de qualidade, garantindo aos gestores informações
exatas e breves utilizadas nos ajustes dos processos de tratamento.
• Identificação dos conhecimentos mais importantes para realizar sua missão e implementar
as estratégias:
— métodos para atrair e reter pessoas e parceiros considerados chave e detentores dos
conhecimentos mais importantes da organização.
— mecanismos para assegurar que os conhecimentos retidos possam ser rápidos e facilmente
acessados e utilizados onde for pertinente;
124
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Optou‑se por identificar a não organização, uma vez que o objeto do projeto é avaliar o
conhecimento que deve ser retido e não aquele que já está estruturado.
125
Unidade II
• Assuntos regulatórios
• Curva Lineu
• Causas de insatisfação de clientes
Vendas • Planejamento de Marketing
• Perfil de consumo
126
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
127
Unidade II
Critério 6 – Pessoas
— mecanismos para gerar autonomia dos diversos níveis da força de trabalho para definir, gerir e
melhorar os processos e para buscar inovações;
• Identificação das competências necessárias para o exercício pleno das funções, incluindo líderes.
— mecanismos para estimular inclusão de minorias, para assegurar não discriminação e para a
igualdade de oportunidades:
• Avaliação do desempenho das pessoas e das equipes. Mecanismos para estabelecer acordos para
as necessidades de melhoria:
— de que forma a avaliação estimula a busca de alto desempenho, o alcance de metas, a cultura
da excelência e o desenvolvimento profissional das pessoas e equipes.
A Promon Engenharia foi finalista no PNQ ciclo 2006 e Premiada no Ciclo 2007. Seu
modelo de gestão tem como destaque a organização do trabalho em equipes autogerenciadas.
A prática do trabalho em time nas operações é responsável, em grande parte, pelo sucesso
das soluções oferecidas aos clientes e pelos resultados alcançados, uma vez que estimula seus
integrantes a assumir responsabilidades, tomar iniciativas, ter liberdade para agir e decidir, além
do comprometimento de todos nas ações e decisões tomadas durante os projetos.
— inclui as formas de participação dos líderes e das próprias pessoas a serem capacitadas e
desenvolvidas, na identificação das necessidades.
A Belgo Arcelor possui seu modelo de gestão desde 1988. A partir de 2003, a unidade
Belgo Usina Monlevade passou a avaliar seu modelo por meio do Prêmio Mineira da
Qualidade – PMQ (integrante da Rede QPC), sendo reconhecida na categoria PMQ – Prata.
Em 2005, submeteu‑se ao processo de avaliação do PNQ, tendo sido reconhecida como
Finalista e em 2006, foi premiada.
• Identificação dos perigos e tratamento dos riscos relacionados à saúde ocupacional e à segurança:
131
Unidade II
— mecanismos utilizados para mobilizar as pessoas para: explorar ideias criativas e buscar
inovações.
DAAE Araraquara é uma autarquia municipal, atuando desde 1969, para o serviço de
saneamento no município. Foi em 2016 reconhecido pelo Prêmio Nacional do Saneamento
no Nível II – Prata
A) Sob gestão da Gerência de Recursos Humanos – GRH, os perigos e riscos são mapeados
por meio do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que levanta todos os
riscos (físicos, químicos e biológicos) pertinentes a cada função e local de trabalho. Também
é elaborado anualmente, desde 1997, o Laudo Técnico das Condições de Trabalho (LTCAT)
que aponta os riscos existentes, inclusive classificando os locais de trabalho como insalubre
ou não.
Quadro 15
• revisão das escalas de serviço (2015); para as quais, em alguns casos, demandam a
revisão do PPA, e previsão na LDO e LOA.
• plano de saúde;
• vale alimentação;
• promoção na carreira;
• faltas abonadas.
135
Unidade II
Como as práticas de gestão são integradas, leia a seguir dois exemplos contemplando todo o conjunto
de práticas relacionadas à gestão de pessoas de organizações com características bem distintas.
A Belgo‑Arcelor Brasil possui seu modelo de gestão desenhado desde 1988. A Belgo‑Usina
Grande Vitória participa dos processos de avaliação do Prêmio Qualidade Espírito Santo
(PQES), tendo sido reconhecida com o Ouro em 2004 na Categoria Grandes Empresas. É
a primeira empresa no Espírito Santo a conquistar uma posição de destaque no PNQ. Em
2006 foi reconhecida com “Destaque no Critério Pessoa” um reconhecimento à atuação
da empresa no sentido de proporcionar condições para o desenvolvimento e utilização do
potencial dos empregados, bem como seus esforços para criar e manter um ambiente de
trabalho e um clima organizacional que conduzam à excelência do desempenho.
O exemplo a seguir, reflete à gestão de pessoas como um todo, abrangendo os três itens
do Critério Pessoas.
A Belgo‑Arcelor – Usina Grande Vitória tem como crença que o diferencial para
atingir melhores resultados está nas pessoas, que são capacitadas e motivadas para
desempenhar suas atividades e superar metas e desafios. Em 2005, o volume de horas
de treinamento por empregado foi de 199,7, com um investimento de R$ 1.671,00 em
treinamento por empregado.
Com instalações que abrangem 1,2 milhão de metros quadrados, sendo 82 mil metros
quadrados de área construída, e quadro próprio de cerca de 430 empregados, além de
terceiros pertencentes a empresas prestadoras de serviços em diversas áreas, a Belgo‑Arcelor
Brasil – Usina Grande Vitória tem como negócio a produção de produtos laminados: perfi s
(I e U), barras redondas e vergalhão.
Desde 1995, o 4º Regimento de Carros de Combate (4º RCC) busca a excelência graças ao
seu Programa da Administração pela Qualidade Total (PAQT), baseado nas melhores práticas
de gestão e tornando‑se referência nacional.
137
Unidade II
Taça da Qualidade (2008) por seu Banco de Boas Práticas e Finalista 2008 no PNQ.
Este caso é importante por evidenciar que a gestão integrada, sistêmica é importante
em todo tipo de organização e, em especial, sua aplicação na administração pública traz
desenvolvimento para o país e serviços de qualidade para o cidadão.
A Unidade realiza avaliação das Lideranças a cada semestre, com base no Sistema
de Avaliação de Oficiais e Praças (AVALO P). A avaliação de cabos e soldados é realizada
anualmente, quando da necessidade de promoção às graduações de Cabo e 3º Sargento. Tem
como requisitos a aptidão física, conceito da chefia, classificação intelectual, entre outros.
O Regimento desenvolve um programa de capacitação em sequência, no qual se destaca
a Capacitação Técnica e a Tática do Efetivo Profissional, que contempla a manutenção dos
conhecimentos técnicos e instruções não previstas, como segurança no trânsito, prevenção
a furtos e assaltos, informática, alimentação, entre outros.
138
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Critério 7 – Processos
• Definição dos requisitos aplicáveis aos produtos e aos processos da cadeia de valor:
— métodos adotados para traduzir requisitos dos clientes e de outras partes interessadas em
requisitos para os processos e produtos;
— definição de papéis, responsabilidade e autoridade dos responsáveis pelos processos são asseguradas?
A Turbo Brasil é uma empresa de pequeno porte que, segundo o processo de avaliação
da Fundação Nacional da Qualidade, apresenta um modelo de gestão inovador, focado em
resultados e com pensamento sistêmico, desde a sua fundação em 1999. Em 2012, passou
a adotar o Modelo de Excelência da Gestão.
Possui sede em Contagem (MG) e uma filial em Parauapebas (PA). Atua no setor de
manutenção de máquinas, equipamentos e motores de médio e grande porte. De janeiro a
setembro de 2016, em ano de recessão econômica e comparado ao mesmo período de 2015,
a empresa contabilizou um aumento de receitas operacionais de 21.4% e um incremento de
54.06% na sua lucratividade.
Gestão de Processos
O presidente da empresa, Glauco Diniz Duarte aponta três projetos na Turbo Brasil
como inovadores e que justificam o reconhecimento no Critério Processos do PNQ 2016. A
Circularização dos Resultados, diz ele, é uma ferramenta criada pela gestão da empresa há
mais de 15 anos, que mede e descortina a dificuldade de todos os empresários: “saber, com
exatidão e clareza, onde está o dinheiro da organização”. A ferramenta permite que a Turbo
Brasil identifique a agregação mensal de valor, considerando o início e o final de fluxo, o que
consolida e certifica os efetivos valores agregados ao caixa da empresa.
140
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Os processos da cadeia de valor são definidos pelas especificações técnicas dos fabricantes
dos produtos, que norteiam os procedimentos operacionais e instruções de trabalho.
Os novos serviços são desenvolvidos a partir da demanda de clientes, o que pode gerar
a inserção de práticas inovadoras.
Para a incorporação dos novos processos, as áreas comercial, técnica e financeira realizam
estudo direcionado de compatibilização com os valores e princípios organizacionais.
141
Unidade II
• Mecanismos para que a força de trabalho dos fornecedores – que atuam diretamente nos processos
de da cadeia de valor – tenha comprometimento com os valores e princípios organizacionais,
incluindo os relativos à responsabilidade socioambiental e a saúde e segurança, bem como com
as diretrizes a eles aplicáveis.
142
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
A Suzano Petroquímica passou a fazer avaliações de seu modelo em 2003, tendo sido
finalista nesse ano e foi premiada em 2005.
143
Unidade II
• Premiação dos funcionários de fornecedores em atividade na Empresa caso não haja registro
de acidente reportável*. Em 2004, cada funcionário das contratadas, em atividade contínua
na Empresa por seis meses, recebeu um salário mínimo a título de incentivo.
145
Unidade II
146
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Quadro 16
Os critérios utilizados para definir captação apropriada de recursos são: menor taxa
de juros, maior prazo de carência e de amortização, garantias requeridas pelo financiador
e a TIR. Após analisar as diversas possibilidades e atendendo aos critérios definidos, a DI
junto com a DO priorizam os investimentos para os projetos. As fontes de recursos para
os investimentos, o seu orçamento, captação e aplicação, são controlados pelas DO e DI,
que orientam a GGML para avaliação das melhores fontes de recursos e programas de
investimento, com referência ao atendimento dos seguintes requisitos: remuneração do
capital, contrapartida da empresa, carência e prazos.
anos a partir de 2016, envolvendo todas as Partes Interessadas – PI, sendo consideradas as
realizações históricas de receita, custeio operacional e investimentos (inclusive ativos de
infraestrutura operacional), correlacionando as expectativas futuras, que estão baseadas
nas diretrizes estratégicas da Sanepar.
Critério 2 – Resultados
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, assim como demais empresas
de saneamento atuantes no MEGSA – Modelo de Excelência da Gestão do Saneamento,
conduzido pelo Prêmio Nacional da Qualidade no Saneamento, buscam a universalização
do saneamento em suas áreas de atuação (99% de atendimento à população ou mais).
Possui capital aberto e faz parte do segmento Novo Mercado da BM&FBovespa‑B3 (mais
altos níveis de Governança corporativa). Os resultados aqui apresentados referem‑se à
organização como um todo
Tabela 2
149
Unidade II
— estratificação dos resultados por unidades ou filiais mais importantes, quando aplicável.
Tabela 3
• Resultados dos principais indicadores relativos aos clientes e aos mercados‑alvo, incluindo imagem
da organização:
— estratificação dos resultados por segmentos de mercado, grupos de clientes, tipos de produtos
mais importantes, quando aplicável
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, assim como demais empresas
de saneamento atuantes no MEGSA – Modelo de Excelência da Gestão do Saneamento,
conduzido pelo Prêmio Nacional da Qualidade no Saneamento, buscam a universalização
do saneamento em suas áreas de atuação (99% de atendimento à população ou mais).
Possui capital aberto e faz parte do segmento Novo Mercado da BM&FBovespa‑B3 (mais
altos níveis de Governança corporativa). Os resultados aqui apresentados referem‑se à
organização como um todo
150
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Tabela 4
A Serasa foi finalista no Prêmio Nacional da Qualidade – PNQ 1994 e Vencedora do PNQ
1995, 2000 e 2005, tornando‑se a primeira organização no Brasil a ser reconhecida como
vencedora em três ciclos de avaliação. No mesmo ano, 2005, foi também vencedora do
Prêmio Iberoamericano de Qualidade.
• Resultados dos principais indicadores relativos aos produtos, aos processos da cadeia de valor,
a fornecedores e a processos de gestão transversais; são aqueles que permeiam (integram) a
organização. Exemplo: processos relacionados à governança, desenvolvimento da gestão,
planejamento (formulação das estratégias e desdobramento), gestão das informações, gestão do
conhecimento, análise do desempenho, ou similares:
151
Unidade II
A execução dos projetos evidencia alto grau de aderência ao planejamento, bem como
uma mudança no patamar de criticidade/urgência das ações, fruto de melhor planejamento
a cada ano
A Natura possui medidas sobre a Inovação. Em seu Relatório Anual 2016, informa que
foi considerada a 3ª. empresa mais inovadora do Brasil, de acordo com a segunda edição do
anuário Valor Inovação Brasil, do Valor Econômico.
Tabela 5
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, assim como demais empresas
de saneamento atuantes no MEGSA – Modelo de Excelência da Gestão do Saneamento,
conduzido pelo Prêmio Nacional da Qualidade no Saneamento, buscam a universalização
do saneamento em suas áreas de atuação (99% de atendimento à população ou mais).
Possui capital aberto e faz parte do segmento Novo Mercado da BM&FBovespa‑B3 (mais
altos níveis de Governança corporativa). Os resultados aqui apresentados referem‑se à
organização como um todo.
152
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Tabela 6
Exemplo de Aplicação
Observe que há elementos em comum nos modelos Baldrige, europeu e brasileiro, utilizados pela
Rede QPC.
• a tecnologia unindo povos e gerando influências que fazem com que as tendências, moda, hábitos
se pareçam mais iguais no mundo, ao mesmo tempo que os povos busquem a manutenção de
suas tradições e estas despertem a curiosidade dos demais;
A concorrência acirrada para manutenção nos mercados e entrada em novos tem feito as
organizações buscarem mais eficiência, avanços tecnológicos, pessoas bem‑preparadas – e, na sua falta,
desenvolvimento das competências dos integrantes de sua força de trabalho – agilidade, relacionamento
com as partes interessadas mais ético e transparente, entre outros.
153
Unidade II
Os acordos internacionais, como o Acordo de Paris (clima), Rio+20, os Princípios da OCDE – governança
e governança pública (2015) – blocos regionais (União Europeia, do Pacífico, Mercosul, entre outros) ou
blocos de integração, como os BRICS, bem como programas como os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável – Agenda 2030 ONU, estabelecem compromissos responsáveis de sustentabilidade:
desenvolvimento com preocupações ambientais, sociais, princípios éticos, transparência.
Os recursos, que a Economia (como ciência) nos alerta há tanto tempo serem escassos, e que ainda
hoje são mal geridos, são foco de atenção no relatório Perspectivas Ambientais OCDE para 2050 (OCDE,
2012), que aponta quatro ameaças ambientais, que requerem visão sistêmica e atenção:
• alterações climáticas: as mudanças, negadas por alguns como sendo um fenômeno natural não
provocado pelo homem, têm trazido impactos na agricultura (frutos menores e mais secos por
estiagem, devastação agrícola causada por tempestades diversas cada vez mais ferozes – chuvas,
ventos, furacões, tornados);
• água: aumento da poluição pelos esgotos urbanos e agricultura insustentável, falta de acesso à
água potável, falta de saneamento (para cada R$ 1,00 investido no saneamento, economiza‑se
R$ 4,00 na saúde);
As mudanças nas matrizes energéticas – União Europeia está a caminho de, até 2040 eliminar o
uso de combustíveis fósseis com plano definido em etapas, por exemplo –, com fortalecimento do uso
de energias alternativas, os avanços da internet, trazendo a internet das coisas, são novas formas de se
assegurar o conforto da vida moderna, o acesso à informação, à conectividade, as formas de vender e
de comprar.
A tecnologia propicia também novas formas de relações do trabalho, como o home‑office que, desde
a chegada da internet na década de 1990, tem acenado como alternativa, que muitos já experimentam,
mas não ainda disseminada.
154
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Com tudo isso, e não se esgota nessas questões, precisamos refletir sobre os modelos de gestão
futuros, que têm influências de todas essas questões e que não devem ser tratados de forma fragmentada,
mas de forma integrada, sistêmica.
Quadro 17
E para onde as organizações e os programas de fomento à melhoria da gestão devem mirar seus
modelos de gestão?
Em 2016, a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ conduziu o Fórum de Boas Práticas, com a
participação de representantes do Governo Federal, executivos de organizações brasileiras e dos
membros do Global Excellence Model Council (GEM). O GEM é formado por organizações sem fins
lucrativos reconhecidas como guardiãs dos modelos de excelência e processos de avaliação em suas
regiões ou blocos de atuação.
155
Unidade II
Saiba mais
Durante o Fórum, cada representante apresentou o que o programa considera ser o caminho para a
gestão do século XXI. Destacam‑se os principais pontos e temas a serem considerados:
• O programa de Singapura destacou que a evolução local se deveu à qualificação da mão de obra a
partir da década de 1970 e desenvolvimento da tecnologia nas décadas de 1980 e 1990. A década
de 1990, assim como no Brasil, também focalizou a produtividade e eficiência. Nos anos 2000, o
foco foi a retenção do conhecimento. Considera que tendência agora é a cultura da inovação.
• O programa indiano, Confederação da Indústria Indiana – CII, destacou que, no início da década
de 1980, o programa começou com o controle de processos – e que até 2010 focaliza o controle
em processos estatísticos – e a gestão da qualidade. A certificação da ISO foi adotada na década
de 1990 para fortalecimento da indústria para competir globalmente. Nos anos 2000, tanto o
setor público quanto o privado passam a seguir o programa. A partir de 2010 passou a adotar
o Modelo Europeu de Excelência (da EFQM), para aproximação com clientes – clientes estão no
centro – e o foco nos processos e resultados.
156
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
• O programa japonês Japan Quality Assurance Organization (JQA) inciou seu modelo em 1995
baseado no modelo Baldrige, tendo como conceitos‑chave:
— Mudança.
— Gestão baseada em valores.
— Processos.
— Emergências.
— Diálogo.
— Pensamento estratégico.
— Marca.
— Inovação.
Acreditava‑se que o modelo era para grandes empresas. Agora, ele migra para médias e pequenas
empresas, assim como para organizações sem fins lucrativos. Para isso, estão desenvolvendo programas
específicos; portanto, a disseminação do programa é o maior desafio.
— Pensamento crítico.
— Análises inovadoras (“pensar fora da caixa”).
— Inovação com simplicidade, adotada desde 2011.
• O Prêmio Iberoamericano já começa com o desafio de duas línguas: dois países de língua
portuguesa, 20 de língua espanhola, e dois modelos de gestão: um para a administração
pública e outro para a iniciativa privada, seguindo o modelo Europeu (EFQM). O foco deverá
ser nos valores em transformação, alinhado às necessidades de clientes e da sociedade, bem
como o capital humano.
• A European Foundation for Quality Management – EFQM, criada em 1988, modelo com lógica
simples e de fácil aprendizado, nasceu com missão de melhorar a concorrência global de cada
organização‑membro, bem como a competitividade do todo. Já nasceu holístico: possuía foco no
meio ambiente, algo avançado e inovador para a época. Tendências:
157
Unidade II
— antecipar o inesperado;
Saiba mais
Você pode observar que a inovação é um foco a ser perseguido em
vários programas.
Dois programas no Brasil estimulam a inovação por meio um sistema
de avaliação específico:
O Prêmio Nacional da Qualidade do Saneamento desenvolveu em 2005
o Inovação da Gestão no Saneamento – IGS, pelo qual as organizações
participantes submetem casos de inovação implantados. O modelo de
avaliação, os cases premiados, bem como os finalistas, são publicados no
site do PNQS: <www.pnqs.com.br>.
O Prêmio Paulista da Qualidade da Gestão adotou em 2016 o mesmo
modelo do IGS, denominando Mérito de Inovação em Gestão:
<www.ppqg.org.br>
Em relação à própria FNQ, seu novo modelo, não mais por critérios e sim por fundamentos, pretende
dar maior flexibilidade para as organizações refletirem sobre seus modelos. O primeiro ciclo ocorre ao
longo de 2017 e, como um PDCL, será avaliado ao final para verificar a necessidade de novas melhorias.
158
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
Gestão pública:
Governança: tem como diretriz o documento Principles of Corporate Governance – The Principles (em
português, Princípios de Governança Corporativa – Os Princípios), que foi atualizado pela Organização
para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico – OCDE em 2015 e ratificado pelo G20. A questão
de atração de investimentos em um mundo globalizado, com tendências protecionistas fortalecidas
pelo Brexit, requer qualidade de informação, transparência e comportamento ético em relação a todas
as partes interessadas.
Resumo
Exercícios
Questão 1. (Enade 2006) A Quitutes da Tia Zuzu é uma pequena empresa brasileira que produz
misturas pré-preparadas para bolos e tortas. O sucesso desta empresa é tal que os diretores estão
considerando expandir o composto de produtos, comercializando bolos e tortas prontos. Os gerentes de
produto, no entanto, temem que as novas linhas de produtos canibalizem a linha de misturas. Como a
empresa pode se proteger da possibilidade de canibalização?
I – Direcionando a comunicação do novo produto para um público com perfil psicográfico diferente
daqueles que compram as misturas pré-preparadas.
II – Comercializando a nova linha de produtos com uma marca diferente, usando uma estratégia de
multimarcas.
A) I.
B) II.
C) III.
160
ADMINISTRAÇÃO INTEGRADA
D) I e II.
E) I e III.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a segmentação psicográfica faria com que os consumidores das misturas pré-preparadas
fossem diferentes dos consumidores de bolos e tortas prontas, evitando a canibalização.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a adoção de marcas diferentes, por si só, não equivale à segmentação dos consumidores.
De fato, essa estratégia permitiria, e até incrementaria, a canibalização.
Com base no texto, é correto afirmar que os administradores tomam decisões num contexto de
racionalidade:
A) instrumental.
B) legal.
C) limitada.
D) plena.
E) técnica.
161
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
PECI, A.; SOBRAL, F. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson, 2011, p. 5.
Figura 2
PECI, A.; SOBRAL, F. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson, 2011, p. 2.
Figura 3
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 4
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 5
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 6
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 7
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ). Modelo de Excelência da Gestão – MEG. 3. ed. São Paulo,
2015b, p. 4.
Figura 8
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 9
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 10
Grupo Unip-Objetivo.
162
Figura 11
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 12
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 13
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 14
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 17
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ). Critérios de Excelência. 20. ed. São Paulo, 2014, p. 7-8.
Figura 18
SCHAUFF, C. Efeitos PNQS 1997-2015. Belo Horizonte, 2017. Disponível em: <http://abes-dn.org.br/
pnqsnew/efeitos-pnqs-1997-2015/>. Acesso em: 9 fev. 2018.
Figura 19
SCHAUFF, C. Efeitos PNQS 1997-2015. Belo Horizonte, 2017. Disponível em: <http://abes-dn.org.br/
pnqsnew/efeitos-pnqs-1997-2015/>. Acesso em: 9 fev. 2018.
Figura 20
SCHAUFF, C. Efeitos PNQS 1997-2015. Belo Horizonte, 2017. Disponível em: <http://abes-dn.org.br/
pnqsnew/efeitos-pnqs-1997-2015/>. Acesso em: 9 fev. 2018.
Figura 21
SCHAUFF, C. Efeitos PNQS 1997-2015. Belo Horizonte, 2017. Disponível em: <http://abes-dn.org.br/
pnqsnew/efeitos-pnqs-1997-2015/>. Acesso em: 9 fev. 2018.
Figura 22
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ). Rede QPC. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://
www.fnq.org.br/parcerias/micro-e-pequenas-empresas/micro-e-pequenas-empresas/mdias/rede-qpc>.
Acesso em: 9 fev. 2018.
Figura 25
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ). Critérios Rumo à Excelência. 500 pontos. 7. ed. São
Paulo, 2016c.
Figura 26
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ). Critérios Compromisso com a Excelência. 250 pontos. 7.
ed. São Paulo, 2016a, p. 17.
Figura 27
Figura 29
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ). Critérios Primeiros Passos para a Excelência. 125 pontos.
7. ed. São Paulo, 2016b, p. 14-19.
Figura 31
Figura 32
Grupo Unip-Objetivo.
Figura 33
SUZANO PAPEL E CELULOSE. Relatório da Gestão “Nossas Práticas” 2008 – Sumarizado. São Paulo,
2008, p. 18.
Figura 34
SUZANO PAPEL E CELULOSE. Relatório da Gestão “Nossas Práticas” 2008 – Sumarizado. São Paulo,
2008, p. 18.
164
Figura 35
Figura 36
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Exercícios
169
170
171
172
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000