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CARTOGRAFIA TÁTIL

Disciplina: Expressão Gráfica

Professora: Lussandra

Alunos: Márcia Sousa


Mateus Jerônimo
Matheus Talma

INTRODUÇÃO
A possibilidade de compreensão de fenômenos espaciais é facilitada
pela representação do espaço através de mapas;

Como adaptar os mapas para atenderem às necessidades dos


portadores de deficiência visual?

Nascem os mapas táteis, produzidos com o objetivo de permitir a


leitura tátil da informações representadas nos mapas;

Essa forma especial de representação gráfica é um instrumento que


ajuda os deficientes visuais na concepção do mundo em que vivem.

OBJETIVOS

Fazer uma revisão bibliográfica sobre a Cartografia Tátil, buscando a


construção de uma fundamentação teórica sobre o tema.

Reconstruir o desenvolvimento da Cartografia Tátil, a partir dos


pontos de vista dos principais autores que abordam o assunto.

Destacar alguns conceitos importantes ligados ao tema, o que


permitirá uma melhor compreensão do assunto, com destaque para o
conceito de mapa tátil.

Identificar o desenvolvimento da Cartografia Tátil no Brasil.


Ressaltar a importância do desenvolvimento da Cartografia Tátil,
como elemento de inclusão social aos portadores de deficiência
visual.

A METODOLOGIA EMPREGADA NA
CONSTRUÇÃO DE MAPAS TÁTEIS

Produção automatizada (papel microcapsulado ou termoform);

Produção manual de mapas (papel, isopor, linhas, gesso, cortiça,


miçangas, etc.)

são seis as variáveis gráficas na forma tátil: elevação, tamanho, valor,


textura, forma e orientação, as quais podem ter implantação pontual,
linear ou zonal.

Cuidados na elaboração dos mapas:


é fundamental a escolha de materiais agradáveis ao toque e que não
se deformem ou se desfaçam;
Deve-se evitar a presença excessiva de informações.

Princípios importantes na construção de mapas táteis:


simplicidade, clareza e objetividade na transmissão das informações.
Aplicação de testes:
A escolha definitivamente de legendas e padrões será feita pelos
futuros usuários, após testarem a eficiência dos materiais
escolhidos;

Após a aplicação dos testes, cabe ao autor da representação gráfica,


realizar as mudanças indicadas pelos usuários.

OS ELEMENTOS DO MAPA TÁTIL


O mapa tátil possui variáveis gráficas táteis: a textura, a altura
(relevo), a forma, tamanho e os símbolos especiais:
Textura: alude a superfícies lisas ou enrugadas dos materiais táteis
utilizados.
Altura: faz referência ao relevo utilizado.
Forma: indica variações geométricas ou não.

Tamanho: diz respeito à largura das linhas limites ou tamanhos


diferentes de pontos de referência.

Símbolos especiais: são emblemas diferenciados que devem


proporcionar decodificação imediata sobre pontos específicos.

Contudo, o mapa tátil também tem que incorporar alguns elementos


comuns ao mapa convencional, como título, legenda, escala e
orientação.

A elaboração de um mapa tátil não se constitui em tarefa fácil.


O ESTADO DA ARTE NO MUNDO E NO
BRASIL
A ciência que trata da instrução intelectual e profissional dos cegos se
chama Tiflologia.

Espanha
A ONCE – Organização Nacional dos Cegos Espanhóis, produz
mapas que auxiliam na mobilidade dos deficientes visuais e usados
como material didático nas escolas;

A Grande maioria dos mapas é produzida de forma automatizada.

Portugal
A responsabilidade pela confecção de mapas táteis é do governo,
através do Ministério da Educação, no entanto, essa produção
destina-se apenas ao material didático.
Canadá
A metodologia empregada privilegia a simplicidade;

Os mapas se baseiam essencialmente no Braille;

Esse sistema de produção de mapas táteis gera economia de material,


melhora a compreensão e facilita a elaboração de mapas menores.

Brasil
há pesquisadores e instituições que se dedicam a estudos voltados
para o desenvolvimento da linguagem gráfica tátil, como forma de
auxiliar no ensino de Geografia e Cartografia para portadores de
deficiência visual;

Destacam-se pesquisas voltadas para o aprimoramento da linguagem


gráfica tátil; e

trabalhos que se dedicam a formular material prático e de acesso


imediato aos portadores de deficiência visual.

Algumas Experiências Brasileiras:

Segundo a autora, as variáveis visuais (tamanho, valor, granulação,


orientação, cor e forma), com exceção da cor, nos três modos de
implantação (pontual, linear e zonal), podem ser apreendidas pelos
deficientes visuais, se devidamente adaptadas.

O LABTATE – Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar, na


UFSC.

“Ensinando e Aprendendo com Mapas” (preocupa-se com a


transformação das representações do espaço geográfico, em algo
de fácil acesso para todos, focando, principalmente, o espaço
vivido);
“Mapas Táteis como Instrumento de Inclusão Social de Portadores de
deficiência Visual” (o estudo das variáveis táteis para a elaboração
de mapas; o estudo de materiais para a elaboração de matrizes dos
mapas táteis; a elaboração de uma Atlas Geográfico Tátil; e a
elaboração de globos táteis em duas escalas);

Outro exemplo de trabalho brasileiro, no entanto, de São Paulo


é:“Cartografia Tátil: Elaboração de Material Didático de Geografia e
Cartografia para Portadores de Deficiência Visual” (o principal
objetivo desse projeto foi desenvolver e divulgar material didático
que facilite a utilização da linguagem tátil no tratamento e
comunicação da informação geográfica)

A IMPORTÂNCIA DE SE CONSTRUIR MAPAS TÁTEIS

O mapa tátil desenvolve mecanismos de domínio da linguagem


cartográfica pelos deficientes visuais.

Os deficientes visuais passam a adquirir melhores noções de


localização e orientação.

o mapa tátil constitui-se em elemento de inclusão social aos


deficientes visuais: permite não só uma maior acessibilidade física
a essas pessoas, mas principalmente uma acessibilidade ao
conhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

o ensino da cartografia tátil exige tanto de conhecimentos


cartográficos, quanto o ensino da cartografia convencional a
pessoas sem nenhum tipo de deficiência.
é necessário a preparação da escola e a capacitação dos professores
da rede pública, para receberem os alunos deficientes.

é necessário maior desenvolvimento pelas universidades de novos


estudos em técnicas e metodologias de ensino à pessoas
portadoras de deficiência.

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