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INTRODUÇÃO
Considerar o ensino a distância como solução para carências educacionais e/ou rejeitá-lo
por qualidade insuficiente é colocar mal a questão,
As experiências de televisão escolar, do Terceiro Mundo nos anos 70, baseia-se no uso
intensivo de um meio tecnológico, que possibilitaria substituir rápida e efetivamente o
professor em sua formação especializada. Esta idéia foi muito usada como mais um dos
planos mirabolantes da então chamada “tecnoestrutura” no poder do regime militar.
Os problemas destas experiências de EaD não se situam tanto no lado da oferta, ou seja, do
ensino, no qual a qualidade varia muito, mas de modo geral não é totalmente ruim, sendo
possível aproveitá-las com resultados satisfatórios. Os problemas estão no lado da
demanda, ou seja, da aprendizagem, na qual não há tradição nem condições de auto-estudo,
em que a recepção é tecnicamente ruim e a motivação inexistente dos professores (péssima
formação inicial, ganha um salário mínimo e trabalha em condições miseráveis). De
qualquer modo, a questão fundamental não está tanto na modalidade do ensino oferecido –
se em presença ou a distância, mas sobretudo na capacidade de quem ensina de inovarem e
adaptarem quanto aos conteúdos e às metodologias de ensino, para assim poderem criar
soluções para os problemas antigos e também para aqueles problemas novíssimos gerados
pelo avanço técnico.
Chegada do Neoliberalismo.
A “velha” carência e baixa qualidade do ensino público brasileiro forma uma multidão de
estudantes sequiosos por educação com a qualidade exigida pelo mercado, na esperança de
se tornarem “empregáveis” .Isto forma um filão a ser explorado por interesses privados.
a supervalorização da educação pelos liberais Ressurge a teoria do capital humano associada
à empregabilidade
A educação a distância privada pode erodir padrões de qualidade unitários e abrir espaços
privilegiados para a oferta de grande diversidade de programas educacionais à margem de
avaliações criteriosas. Ao mesmo tempo, confundem objetivos universitários com
interesses mercantis de curto prazo. A própria escola é concebida como instituição obsoleta
diante do advento das redes de informática e avessa às índoles autonomistas e competitivas
A educação a distância, sob controle privado, ao invés de socializar o acesso à educação
pública refina a exclusão social
O caso da UNIREDE
Em tese, o ideário da UNIREDE tem como meta o ensino público. Contudo manifestam-se
dificuldades de explicitar este propósito, tendo em vista a captação e a gestão de recursos
financeiros. A idéia da autonomia já traz subjacente a perspectiva da auto-sustentação
financeira.