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RESUMO
ABSTRACT
Most industrial activities allow the use of plastic material, a highly consumed polymer, due to
its diverse properties and its high contribution to the development of human health and survival,
resulting in easily observable consequences such as the accumulation of non-renewable
materials and difficult waste degradation of the environment. In this context, the use of green
or bioplastic plastic, from a renewable source, can be an alternative to minimize these problems.
These biodegradable materials result from renewable resources and, in some cases, have
properties like plastics produced from oil. This work aimed to obtain bioplastics from sweet
potato starch and to carry out qualitative tests of resistance, flexibility, texture, and degradation.
In which it was concluded that the tested structural characteristics of this bioplastic are
influenced by the addition or not of chemical agents in its composition and that, it was still
possible to develop a socio-environmental learning, which helps in the development of possible
solutions for the environment.
I
Estudante do curso de Tecnologia em Biocombustíveis pela Faculdade Nilo De Stéfani de Jaboticabal (Fatec-JB)
– São Paulo – Brasil. E-mail: gabriel.vecchio@fatec.sp.gov.br
II
Profa. Dra. da Faculdade Nilo De Stéfani de Jaboticabal (Fatec-JB) – São Paulo – Brasil. E-mail:
larissa.silva146@fatec.sp.gov.br
Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal-SP, v. 12, n. 1, 2020. Suplemento: anais do Simpósio de
Tecnologia Ambiental, Biocombustíveis e Marketing realizado no período de 03 a 06 de novembro de 2020.
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1 INTRODUÇÃO
Na atualidade podemos notar que um dos maiores vilões do aumento da produção de lixo
é o plástico proveniente do petróleo que não é biodegradável, ou seja, tem um tempo de
degradação muito elevado sendo ele de 100 a 400 anos. Uma opção para substituir o plástico
sintético e ajudar a diminuir o problema do aumento da produção de lixo é a fabricação de
plásticos biodegradáveis, isto é, que sejam degradados por microrganismos que estão no meio
ambiente, responsáveis por decomporem o material e que auxiliam no retorno a sua forma
natural, integrando-se mais rapidamente a natureza do que os plásticos convencionais (BRITO
et al., 2011).
O plástico biodegradável pode ser uma opção para diminuir esses efeitos, pois é composto
por matéria orgânica1 de origem renovável. Um constituinte muito eficaz utilizado na
fabricação de bioplástico é o amido encontrado nos tubérculos, cereais e raízes (RÓZ, 2004).
O amido é um polímero natural, ou seja, uma macromolécula formada por dois
polissacarídeos: a amilose e a amilopectina. Isso se encontra em múltiplas fontes vegetais com
muitas possibilidades de modificação física e química, ele pode ser convertido em um
biopolímero favorável para a produção de embalagens biodegradáveis, ajudando na preservação
do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável. (NEVES et al., 2013)
A hipótese levantada por este trabalho foi: “é possível a substituição do plástico derivado
do petróleo, uma vez que sua degradação é mais lenta, e substituí-lo por polímeros naturais, no
caso pelo amido extraído da batata-doce? Assim, o objetivo geral dessa pesquisa foi estudar a
produção do plástico biodegradável a partir do amido extraído da batata-doce. Os objetivos
específicos dessa pesquisa foram: estudar qualitativamente algumas características estruturais
e de degradação do bioplástico proveniente da batata-doce e pesquisar os processos de
fabricação do plástico biodegradável
A importância deste trabalho está em, além de contribuir para a conscientização
socioambiental, estimular buscas alternativas e inovadoras para a preservação do meio
ambiente, também em colaborar com a economia, já que se buscou a produção de um novo
produto que pode ser comercializado em um futuro próximo.
2 METODOLOGIA DE PESQUISA
1
Os plásticos obtidos a partir de derivados do petróleo também são orgânicos. A biodegradação ou não está
associada a estrutura de um polímero natural e/ou sintético.
Ciência & Tecnologia: Fatec-JB, Jaboticabal-SP, v. 12, n. 1, 2020. Suplemento: anais do Simpósio de
Tecnologia Ambiental, Biocombustíveis e Marketing realizado no período de 03 a 06 de novembro de 2020.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com Róz (2004), o bioplástico possui como agente essencial para sua formação
à glicerina, que lhe confere as propriedades de um plástico convencional, como por exemplo, a
maleabilidade e a elasticidade, características também observadas nos resultados encontrados,
principalmente no experimento 2, em que foi adicionado glicerina em excesso. A glicerina age
como plastificante, separando as cadeias, reduzindo as interações moleculares entre elas e
incrementando flexibilidade
Ao atingir uma temperatura específica de aproximadamente 65 °C, na mistura de água e
amido, ocorreu o rompimento das ligações de hidrogênio e o intumescimento dos grânulos de
amido. Este fenômeno foi identificado pelo aumento de volume dos mesmos e pela
gelatinização, relatado também por Róz (2004). Com a prolongação do aquecimento, atingindo
a temperatura de aproximadamente 80 °C, observou-se a liquefação do amido. Este fenômeno
pode ser explicado pela lixiviação da amilose para fora dos grânulos e a perda da organização
estrutural da amilopectina ocasionando o fim da gelatinização (DENARDIN; SILVA, 2009).
Desta forma, as características estruturais dos bioplásticos obtidos de diferentes fontes de
amido, como o da batata-doce, estão diretamente relacionadas com a eficiência no processo de
gelatinização. Além disso, pode-se melhorar estas características, tais como, resistência e
flexibilidade adicionando aditivos plastificantes, em que os mais usados são a água e a glicerina.
Nas fotos a seguir (Figura 1) pode-se observar os resultados obtidos da produção do bioplástico
de batata-doce, em quatro diferentes situações, já descritas na seção 2.
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Observando-se nas fotos da Figura 1 que nos dois primeiros experimentos, em que se
utilizou a casca do tubérculo foi obtido um bioplástico mais escuro e no Exp. 2, devido ao
excesso de glicerina, o bioplástico apresentou uma característica pegajosa, tornando-se inviável
o seu manuseio. Por isso, concluiu-se que a adição de um agente plastificante na produção de
bioplásticos de fonte de amido deve ser controlada, para se evitar as perdas das características
estruturais requeridas para este tipo de produto.
Ainda na Figura 1, observou-se que no experimento três (Exp. 3), em que se usou a casca
da batata-doce com peróxido de hidrogênio, houve o clareamento do material obtido, porém
não foi possível manusear, pois a adição do agente químico comprometeu a formação do filme
plástico. Já no Exp. 4, que não se usou a casca do tubérculo e se controlou a espessura do
produto, foi possível concluir que o filme obtido tinha características estruturais satisfatórios,
ou seja, era translúcido, com certa flexibilidade e resistência. Estes resultados corroboraram
com Lima et al. (2017), que também pesquisaram o bioplástico a partir do amido da batata-
doce e concluíram que os biofilmes encontrados foram flexíveis, com bolhas visíveis a olho nu
e menos amarelados, devido a retirada da casca do tubérculo.
Outro teste realizado foi o tempo de degradação do bioplástico obtido no Exp. 1, em que
se constatou a parcial degradação quando exposto a umidade, fungos e bactérias do solo. Com
este resultado pode-se inferir que o plástico biodegradável contribui para o meio ambiente se
comparado com o plástico derivado do petróleo que demora de 100 a 400 anos para se decompor
danificando e agredindo cada vez mais a natureza (BRITO et al., 2011).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DENARDIN, C. C.; SILVA, L. P. Estrutura dos grânulos de amido e sua relação com
propriedades físico-químicas. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 39, n. 3, p. 945-954. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0103-84782009000300052
&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 16 out. 2020
LIMA, A. C. R.; SOUZA, B. S. G.; SILVA, H. S.; LOPES, J. S.; TORO, M. J. U.; SILVA, S. Y.
S. Produção e caracterização de biofilmes de Amido de batata doce e crueira plastificados com
glicerol e sorbitol. 72º Congresso Anual da ABM, ISSN 2594-5327 vol. 72, num. 1. Disponível
em: https://www.researchgate.net/publication/320725872_producao
_e_caracterizacao_de_biofilmes_de_amido_de_batata_doce_e_crueira_plastificados_com_glicero
l_e_sorbitol. Acesso em: 18 out. 2020
NEVES, J.M. et al. Produção de bioplástico a partir da casca da batata (solanum tuberosum):
o desenvolvimento de um protótipo interdisciplinar. Rio Grande do Sul, 2013.
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