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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR PALOTINA
CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

GESTÃO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS RECICLÁVEIS
Tratamento e Disposição Final
Docente: Eliane Hermes

2018
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Conjunto de decisões estratégicas e das ações voltadas à busca de
soluções para resíduos sólidos, envolvendo políticas, instrumentos e
aspectos institucionais e financeiros.

- Atribuição de todos

- Pautada nos 4 R’s da minimização:

REDUÇÃO REUTILIZAÇÃO

RECICLAGEM RECUPERAÇÃO DE ENERGIA


REDUÇÃO NA FONTE

Qualquer mudança no projeto, fabricação, compra ou uso de


materiais/produtos, inclusive embalagens, de modo a reduzir a sua
quantidade ou periculosidade, antes de se tornarem subprodutos (EPA).
Exemplos:
- Uso de correio eletrônico - Uso de ambos os lados de papéis
- Compra de produtos em tamanhos maiores ou a varejo
- Reduzir a quantidade de embalagens

REUTILIZAÇÃO
Aproveitamento sem sua transformação biológica, física
ou físico-química
SISNAMA, SNVS (Lei 12305/2010).
RECICLAGEM

Transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas


propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos.
Padrões estabelecidos pelo SISNAMA, SNVS, etc (Lei 12305/2010).

❑ BENEFÍCIOS

RECUPERAÇÃO DE ENERGIA
Recuperação de energia térmica gerada pela combustão dos resíduos sólidos
urbanos, por processos de tratamento por oxidação térmica, pirólise e gaseificação,
entre outros.

❑ Exemplo
TRATAMENTO DOS RESÍDUOS
O tipo de tratamento aos resíduos sólidos recicláveis
depende de vários fatores:

✓ características socioeconômicas e ambientais da região

✓ a diretriz da gestão municipal

✓ tipos de materiais contidos no resíduo

✓ mercado potencial para os materiais extraídos do resíduo

✓ recursos financeiros disponíveis


PAPEL
Há tecnologias que permitem a reciclagem de diversos tipos de papel,
até mesmo papéis considerados não recicláveis como as embalagens
laminadas (longa-vida) mas nem sempre isso é viável economicamente.

PAPEL Processos mecânicos Pasta celulósica de


(aparas) ou mecano-químicos aparas de papel

PAPEL Destintamento Filtração e


RECICLADO e/ou alvejamento secagem

O processos mecânicos ou combinações de processos


químicos e mecânicos, produzem uma qualidade diferente
de fibras de celulose com um maior rendimento do que os
processos químicos
PLÁSTICO
- Pré-separados de acordo com a sua densidade
- RECICLAGEM PRIMÁRIA: resíduos limpos, identificados, e não
contaminados, geração de um produto de qualidade equivalente ao
produzido com a resina original.

- RECICLAGEM SECUNDÁRIA (MECÂNICA): resíduos de lixões,


sistemas de coleta seletiva, sucatas ou outras fontes mistas.
Conversão em grânulos para serem usados na fabricação de outros
produtos, compostos somente por um ou por diversos tipos de resina.

Estágios da reciclagem mecânica


Fonte: Cerqueira, 2010
- RECICLAGEM TERCIÁRIA (QUÍMICA): quebrar quimicamente o
polímero para formar novamente o monômero inicial ou outros produtos
químicos que sejam atrativos a indústria.

- RECICLAGEM QUATERNÁRIA (ENERGÉTICA): queimados para


gerar energia. Alto poder calorífico, compatível aos derivados do
petróleo, possibilitando recuperação de cerca de 60% da energia
contida no monômero inicial.

Emissão de poluentes atmosféricos como CO2, NOx e Sox, substâncias


cancerígenas (dioxinas)

Plásticos mais reciclados PVC, PET, PS

Utilidades domésticas maior consumidor de reciclados

17,4%
✓ Resíduos de atividades rurais

44.528 toneladas destinadas corretamente (94%)


90% recicladas Tríplice lavagem
4% incineradas (ABRELPE, 2017)
Destinação Adequada de Embalagens Plásticas Primárias de Agrotóxicos no Brasil e em Países Selecionados

PRODUTOS RECICLADOS: tubo para esgoto, barrica


plástica para incineração, caixa de passagem para fios e
cabos elétricos, caixa de bateria automotiva, saco plástico
de descarte e incineração de lixo hospitalar.
Reciclagem do EPS (Isopor)
Trituração e redução mecânica para formar pérolas. Após o
aquecimento dos flocos em sistemas de extrusão, o ar é
liberado e eles são fundidos.

Concreto leve de EPS:

1. Regularização de lajes em geral


2. Pré-fabricados (lajotas/blocos pilares p/ muros)
3. Pavimentos (calçadas/regularização de áreas
diversas)
4. Móveis como bancos p/ ambientes externos/base
p/ montagens de sofás/balcões
5. Áreas de Lazer (quadras poliesportivas/bases p/
dispositivos p/ exercícios).
NOVOS PLÁSTICOS
Novas opções de matérias-primas de fontes renováveis e
o desenvolvimento de plásticos com propriedades de
biodegradabilidade e possibilidade de reciclagem.
VIDRO
- Fusão dos cacos

- Vidro não reciclado: 20% a mais de matéria–prima

- Mesmo que não seja viável reciclar o vidro: material de enchimento


e micro esferas de vidro, de espuma de vidro e de asfalto, etc.

Processo térmico de reciclagem:

Vidro/pó cerâmico (97%)


+
carbeto de silício (2%)
Fornalha a 900 °C,
+
refrigeração e
dimensionamento
sulfato de cálcio (0,5%)
+
carbonato de cálcio (0,5%)
METAL
IMPORTANTE - correta separação dos diferentes tipos de metal e
eliminação de impurezas ou metais secundários

INTERFERÊNCIA – estanho, cobre, níquel presente nas folhas de


flandres, que prejudica o aço produzido, causando fraturas.

Sua concentração aumenta durante cada ciclo posterior de


reciclagem

- AÇO
- Mantém as propriedades: dureza, resistência e versatilidade
- Novas latas ou utensílios como arames, peças de automóveis,
dobradiças, maçanetas, etc.
- Recicladas infinitamente
- Brasil – 70%
Cada tonelada de aço reciclada equivale a economia de 1140
kg de minério de ferro, 154 kg de carvão e 18 kg de cal

Redução da emissão de CO2

- ALUMÍNIO

- Economia de 95% de energia


- Fabricação de novas latas, indústria de autopeças, etc.

TRIAGEM LIMPEZA

FUNDIÇÃO PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE OUTROS


MATERIAIS E IMPUREZAS PRESENTES
EMBALAGENS LONGA-VIDA

Hidrapulper Bobina de papel Hidrapulper –


Fibras de papéis
início do processo de embalagens plástico alumínio
hidratadas
cartonadas longa agregado – final
vida pós-consumo do processo

PAPEL – caixas de papelão, papel para impressão, bandejas de ovos, etc.

PLÁSTICO E ALUMÍNIO - vassouras, cestos de lixo, canetas, placas e telhas

As telhas são consideradas inquebráveis, 50% mais


leves, não propagam chamas, possuem melhor
capacidade de isolar o calor e reduzem custos com
madeiramento de telhados.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
- 94% descartadas em aterros e lixões
- Manejo adequado Vazamento do gás interno que
contém mercúrio
Custo reciclagem

- Equipamentos para triturar o material no lugar de geração

TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO:

MOAGEM SIMPLES: quebra-se a lâmpada e um sistema de exaustão


capta o mercúrio, mas não separa os outros componentes.

Mercúrio sulfeto de mercúrio (insolúvel)

Não retira o mercúrio impregnado nas partes internas do vidro


MOAGEM COM TRATAMENTO TÉRMICO:
- Esmagamento: sep. dos componentes: terminais de alumínio, pinos de
latão, vidro, poeira fosforosa rica em mercúrio, isolante baquelítico.

- Destilação do mercúrio: poeira retirada do filtro e transferida para uma


unidade de destilação para recuperação do mercúrio

Demais materiais – testados e reciclados


Tecnologia cara – pequena escala de produção VAPORIZAÇÃO

MOAGEM COM TRATAMENTO QUÍMICO:

- Esmag.: sob água para que o Hg seja retido: separação vidros e metais
Líquido: decantado ou filtrado remoção do pó de fósforo
- Contenção do mercúrio: precipitado é destilado para retirada do HgS
- Desv: utilização de água reciclada no processo
TRATAMENTO POR SOPRO:
Para lâmpadas em formato tubular
Quebra dos soquetes das extremidades por um sistema de aquecimento e
resfriamento.
O tubo de vidro recebe um sopro de ar e o pó de fósforo com mercúrio é
retirado Ciclones ou filtros
com carvão ativado
NÃO HÁ COMPLETA REMOÇÃO DO MERCÚRIO DA LÂMPADA

PROCESSO DE SOLIDIFICAÇÃO:
Esmagamento e os materiais resultantes são encapsulados em concretos ou
materiais ligantes e enviados a aterros de resíduos perigosos.
PILHAS E BATERIAS
CONAMA 401 (2008) – chumbo, cádmio e mercúrio

TRATAMENTO TRATAMENTO
TRIAGEM
FÍSICO METALÚRGICO

Moagem e separação Mineralúrgico


magnética do ferro Pirometalúrgico
Hidrometalúrgico

PROCESSO MINERALÚRGICO – operações de tratamento de minérios.


É um processo de menor custo, menor qualidade do material reciclado.

Baterias industriais de grande porte


Remoção do eletrólito seguida da desmontagem do invólucro da bateria
PROCESSO HIDROMETALÚRGICO
Dissolução ácida ou básica dos metais moídos
Os metais podem ser recuperados por: Geração de resíduos
perigosos
- Precipitação (variando-se o pH)
- Extração por solventes: ligação com íons metálicos, Baixo consumo de
energia
separando-os da solução

PROCESSO PIROMETALÚRGICO: metais separados pelo seu PF.


Aquecimento inicial – Hg, parte de Cd ou do Zn
Materiais com alto grau de pureza
Resíduo Sólido > 1000°C
Aquecimento – destilação de: Mn e Ni

Não geração de resíduos


sólidos perigosos

Alto consumo de energia


800 a 1500 °C
RESÍDUO ELETRÔNICO
Reciclagem das placas de circuito: recuperação dos metais

- Trituração das placas


- Processamento por empresas especializadas (smelters)

A responsabilidade da reciclagem é
dos fabricantes e importadores
(PNRS, 2010), prevê
LOGISTA REVERSA

- Parte de computadores descartados ainda pode ser utilizada.


RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A Resolução CONAMA (2002), estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil.

CLASSIFICAÇÃO:
I – Classe A – Reutilizáveis ou recicláveis como agregados
II – Classe B – Recicláveis
III – Classe C – Reciclagem não viável economicamente
IV – Classe D - Perigosos

Equipamentos utilizados no sistema de britagem:


• BRITADOR DE MANDÍBULAS: indicado quando são focados grandes produções
e custo total baixo
Fragmentação por compressão
Britador primário por gerar maior quantidade de grãos graúdos
• BRITADOR DE IMPACTO: impacto contra o revestimento, permitindo grande
redução das dimensões do material
Grãos mais cúbicos
Alto grau de redução do material beneficiado

O custo do metro cúbico do agregado reciclado é de R$3,00 contra


R$35,00 do material virgem

Produtos obtidos:

❑ briquetes para calçada

❑ sub-base e base de rodovias

❑ blocos para muros e alvenaria

❑ agregado miúdo para revestimento

❑ agregados para meios-fios, bocas-de-lobo

Reciclagem de Resíduos de Construção. (A) Ponto de


apoio. (B) Britador triturando o resíduos. (C) Diversos
tipos de agregados gerados. (D) Artefatos produzidos na
Usina de Reciclagem
RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE

PROCESSOS TÉRMICOS:
▪ Autoclavagem

▪ Microondas

▪ Incineração

PROCESSO QUÍMICO:

▪ Desinfecção química
AUTOCLAVAGEM

Consiste em manter o material contaminado em contato com vapor


d’água, a uma temperatura elevada, durante período de tempo
suficiente para destruir potenciais agentes patogênicos ou reduzi-los
a um nível que não constitua risco.

Pressão: 3 a 3,5 bar Temperatura: até 135°C

Familiar aos técnicos de saúde, que o utilizam


para processar diversos tipos de materiais
hospitalares

Processo de autoclavagem comporta as seguintes operações:

PRÉ-VÁCUO INICIAL ADMISSÃO DE VAPOR EXPOSIÇÃO


Níveis de Inativação microbiana de acordo com a Environment
Protection Agency – EPA, EUA
Nível de Inativação Descrição
Nível 1 Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus
lipofílicos com uma redução maior ou igual a 6 LOG 10
Nível 2 Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus
lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e microbactérias com
uma redução maior ou igual a 6 LOG 10
Nível 3 Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus
lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e microbactérias com
uma redução maior ou igual a 6 LOG 10 e inativação de
esporos de B. staerotermophilus ou B. subtilis com
uma redução maior ou igual a 4 LOG 10
Nível 4 Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus
lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e microbactérias e
inativação de esporos de B. staerotermophilus ou B.
subtilis com uma redução maior ou igual a 6 LOG 10
Fonte: Technical Assistance Manual: State Regulatory Oversight of Medical Waste Treatment
Technology (EPA)
MICROONDAS DE ALTA OU BAIXA FREQUÊNCIA
Consiste na descontaminação dos resíduos com emissão de ondas de alta ou baixa
frequência, a uma temperatura elevada (95 a 105 °C) por cerca de 30 minutos.

Os resíduos devem ser submetidos previamente a


processo de trituração e umidificação

INCINERAÇÃO
Reação química em que materiais orgânicos combustíveis são gaseificados, num
período de tempo prefixado. Oxidação dos resíduos com oxigênio contido no ar.

Destruição da matéria orgânica,


especialmente organismos patogênicos

800 a 1000°C
CeH CO2 e H2O
RESÍDUOS GERADOS:

▪ POLUENTES GASOSOS:
▪ HCl, Ácido fluorídrico, Óxidos de enxofre, Óxidos de nitrogênio,
metais pesados, particulados, dioxinas e furanos

CONTRIBUIÇÃO PARA O
EFEITO ESTUFA

▪ CINZAS, ESCÓRIAS E OUTROS POLUENTES SÓLIDOS

Metais Pesados em
altas concentrações

▪ EFLUENTES LÍQUIDOS

Atender padrões de lançamento – CONAMA 430 (2011)


DESINFECÇÃO QUÍMICA
Depende das propriedades do agente químico para inativação microbiana.
Agem em níveis:
Celular: danificar a parede celular ou a membrana celular.
Molecular: alterar a síntese de proteínas e DNA ou causar inibição por meio
de reações enzimáticas.
Produtos químicos utilizados: alcoóis, ácidos, compostos de
metais pesados, detergentes, etc.

Economia operacional e de manutenção;


eficiência do tratamento dos resíduos

requerem muita água e posterior controle dos


efluentes líquidos gerados
RESÍDUO RADIOATIVO

❑ Aterro geológico - onde os resíduos são enterrados em invólucros hermeticamente


fechados, onde tais resíduos serão vitrificados em contêineres cerâmicos ou de vidro.

Tratamento definido a partir de 3 classes de resíduos:

1) Os resíduos radioativos de baixo nível de radiação são aqueles que apresentam


valores menores que 0,3 microcurie por litro, quando são provenientes de instalações
industriais, podem ser filtrados, diluídos e lançados em esgotos normais.

2) Os resíduos radioativos de nível intermediário de radiação são aqueles com valores


de 0,3 a 30 microcurie por litro, para seu tratamento exige-se filtração, precipitação
química, troca iônica, evaporação, absorção por material poroso e disposição em bloco de
concreto, antes de serem enterrados.

3) Os resíduos radioativos de alto nível de radiação são rejeitos de usinas nucleares, os


quais exigem inúmeros procedimentos. Após estocagem em piscinas, esses são
solidificados em cilindros de vidro ou cerâmica cristalina, dispostos em invólucro cilíndrico
de aço inoxidável, chumbo e titânio. Posteriormente são guardados em blocos de concreto,
a serem enterrados em cavernas escavadas em rocha sólida, revestidas com concreto a
grande profundidade.
RECICLAGEM DE PNEUS, PNEUMÁTICOS E SIMILARES
CONAMA 416 (2009):
RECAPAGEM – um pneu usado é reformado pela substituição de sua banda
de rodagem
RECAUCHUTAGEM – um pneu usado é reformado pela substituição de sua
banda de rodagem e dos ombros – 40% vida útil do pneu
REMOLDAGEM – um pneu usado é reformado pela substituição de sua
banda de rodagem, ombros e toda a superfície de seus flancos.

DURABILIDADE SUPERIOR

REALIZADO 1 VEZ EM PNEUS DE CARROS


QUEIMA DOS PNEUS EM FORNO DE CLÍNQUER PARA
PRODUÇÃO DE CIMENTO

❑ Pneu + outros resíduos = APROVEITAMENTO TÉRMICO

❑ Nos EUA 30% dos pneus são queimados para obtenção de energia em
fornalhas próprias para isso
CO2 e elevado índice de Zn e Cr

❑ Eliminação de resíduos inservíveis a altas temperaturas em fornos de cimento

❑ Regulamentada pela Resolução CONAMA 264 (1999)

PIRÓLISE
❑ Materiais de composição química complexa são submetidos a temperatura
e pressão apropriados
❑ Transf. em hidrocarbonetos: gases combustíveis, óleos lubrificantes, etc
Aproveit. do pneu: 40 a 50% pode ser transformado em óleo e 4% de gás
❑ Outros materiais obtidos – carbono, lona e aço das bandagens
ADIÇÃO DE BORRACHA AO ASFALTO

VANTAGENS:

❑ melhora a impermeabilidade do asfalto


❑ aumenta a elasticidade e vida útil em até 3 x
❑ reduz o ruído do tráfego
Triturada em partículas < 5 mm
❑ aumenta a sua aderência
❑ reduz o espaço de frenagem Incorporada na proporção de 1 a 3%
❑ reduz a espessura do asfalto necessário em peso ao asfalto
❑ custos com manutenção
DESVULCANIZAÇÃO

Quebra das ligações químicas


1) Quando os resíduos contém aço e nylon
2) Para resíduos que estejam isento de aço e nylon

Reator ou autoclave
Contato com vapor de solventes, álcalis ou óleos minerais a 180 °C e pressão de
15 bar para o rompimento das ligações
Borracha: tanque de secagem com recuperação do solvente

Borracha apta para nova vulcanização

O teor médio de borracha desvulcanizada e ser utilizada como


matéria-prima é de 5 a 15 %

USOS: pisos, isolamentos acústicos ou térmicos, tapetes de automóveis,


artefatos de borracha, pneus de bicicleta.
ÓLEO LUBRIFICANTE

ÓLEO USADO

DESIDRATAÇÃO 180 °C (água e solvente)

280 °C Frações
DESTILAÇÃO FLASH
leves do óleo usado

380 °C
DESASFALTAMENTO
Fração asfática

TRATAMENTO QUÍMICO – BORRA ÁCIDA H2SO4

Correção
CLARIFIÇAÇÃO E NEUTRALIZAÇÃO
de acidez

FILTRAÇÃO

ÓLEO BÁSICO VIRGEM


DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
Consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais
previamente separados para recebê-los. Pela legislação brasileira a
disposição deve obedecer a critérios técnicos de construção e operação,
para as quais é exigido licenciamento ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA n° 237 (1997). O projeto deve seguir as normas da ABNT.

Formas atualmente utilizadas para a disposição de resíduos:

▪ lixão ou vazadouro

▪ aterro controlado

▪ aterro sanitário

▪ aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais)

▪ valas sépticas
LIXÃO OU VAZADOURO

O prazo para encerramento de lixões foi


2 de agosto de 2014 (Lei nº 12.305/10)
e, partir desta data, os rejeitos devem
ter uma disposição final ambientalmente
adequada.
Fonte: www.ambientegaia.com.br

ATERRO CONTROLADO

Fonte: www.ambientegaia.com.br
ATERRO SANITÁRIO

Fonte: www.ambientegaia.com.br

✓ VANTAGENS: baixo custo de


investimento, baixo custo de operação,
apresenta pouco rejeitos a serem
tratados em outras instalações,
flexibilidade operacional.

✓ DESVANTAGENS: não trata os


resíduos, requer áreas cada vez
maiores, a operação sofre ação das
condições climáticas, risco de
contaminação do solo e água.
Um aterro sanitário deve ter:

✓ Sistema de impermeabilização
Geomembrana de PEAD

✓ Sistema de drenagem de lixiviados:


redes de drenos horizontais, situados na base
ou entre as camadas de resíduos do aterro

✓ Sistema de tratamento de lixiviados

- Destino do chorume tratado

Fonte: CETESB (2009)


✓ Sistema de drenagem de gases

Aterro sanitário
de Cascavel

✓ Sistema de tratamento de gases: queima de gases - condições controladas

A exploração comercial
do biogás é viável em
aterros com
recebimento de no
mínimo 200 ton. de
resíduos por dia
✓ Sistema de drenagem de águas pluviais

✓ Sistema de cobertura – camada de material terroso


✓ Sistema de monitoramento
▪ Sistema de monitoramento das águas subterrâneas
▪ Sistema de monitoramento das águas superficiais
▪ Sistema de monitoramento geotérmico

✓ Sistema de isolamento físico – controle de acesso às instalações


✓ Sistema de isolamento visual – ruídos, poeira e mais odores
A garantia do controle e minimização dos impactos ambientais de aterros
sanitários começa pela escolha de uma área apropriada.

Critérios básicos segundo a ABNT NBR 15849 (2010):


1. Tipo de solo: deve ter composição predominantemente argilosa e ser o
mais impermeável e homogêneo possível
2. Topografia: áreas devem apresentar declividades situadas entre 1 e 30%
3. Profundidade do lençol freático: no mínimo 3 metros para solo argiloso
4. Distância das residências: mínimo de 500 m de residências e 2000 m
de áreas urbanizadas
5. Distância de corpos d’ água: mínima de 200 m

PLANO DE ENCERRAMENTO
DO ATERRO
ATERRO DE RESÍDUOS PERIGOSOS CLASSE I
Disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou
riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando
procedimentos específicos de engenharia para o confinamento destes.

NBR 10157/1987

Fonte: www.química.com.br
VALA SÉPTICA
Esta técnica, com a impermeabilização do solo de acordo com a
norma da ABNT, é chamada de Célula Especial de RS e é
empregada em pequenos municípios.

Fonte: ANVISA (2006)

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