Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
4. QUÍMICA DE PRESA
Os sistemas quimicamente ativos empregam o peróxido de benzoíla como o iniciador
que é ativado pela amina aromática terciária, este processo denominado sistema de indução
peróxido amina.
Suas principais formas de apresentação são: (a) sistema pasta-pasta, em que uma
delas é o iniciador e a outra o ativador; (b) sistema pó-líquido, no qual o ativador é colocado no
pó e o iniciador no líquido.
Nos sistemas fotoativos, as substâncias químicas desencadearão a reação quando em
presença do agente ativador, ou seja, a luz ultravioleta ou luz visível. O sistema ultravioleta
emprega o éter metílico de benzoíla ou éteres alquílicos de benzoíla como ativadores do
sistema peróxido. O éter é decomposto, liberando radicais livres que desencadeiam a
polimerização, quando expostos à luz ultravioleta (360nm).
O sistema luz visível emprega como agente ativador uma “diquetona”, que absorvendo
a energia de radiação da faixa 420 – 450nm, forma um complexo de estado ativado junto como
agente redutor (amina terciária) que se “quebra” para produzir radicais livres e iniciar a
polimerização.
5. CLASSIFICAÇÃO
As resinas compostas podem ser classificadas quanto ao tamanho das partículas
inorgânicas; quanto ao método de polimerização e quanto ao seu escoamento.
mas, com a impropriedade quanto a sua fragilidade e pequena resistência a fratura e desgaste
em processo de fadiga. As marcas comerciais mais comuns seriam Durafill VS (Kulzer), Silux
Híbridas: são compostas por macro e micropartículas que apresentam tamanho médio
entre 1 e 5 micrometros. Estas podem ser subdivididas em:
- Micro-híbridas: apresentam uma combinação entre micropartículas (0,04
micrometros em maior quantidade) e partículas maiores (máximo 2
micrometros). O tamanho médio das partículas é entre 0,6 a 0,8
micrometros.
- Híbridas convencionais: combinação proporcional
- Híbridas condensáveis: reforçada com fibras vítreas
Quanto ao escoamento:
Alto escoamento (flow) – apresentam alto escoamento e são denominadas tipo flow.
Possuem uma menor quantidade de carga e alta fluidez. O uso de ponteiras adaptadas às
seringas desses compósitos permite sua aplicação nas cavidades.
Médio escoamento: são as resinas compostas microhíbridas e microparticuladas que
são inseridas nas cavidades com auxílio de espátulas.
Baixo escoamento (condensáveis) – apresentam como principal característica uma
resistência ao escoamento, mesmo com a ação de um condensador. Na realidade, possuem
uma maior resistência ao escoamento e mantêm a forma por algum tempo após a inserção na
cavidade antes da fotopolimerização.
6. PROPRIEDADES
7. VANTAGENS
· Excelente estética, especialmente a curto e médio prazo capaz de reproduzir a cor do
dente
· Utiliza tecnologia adesiva
· Apresenta baixa condutibilidade térmica
· Restauração em única sessão
· Em relação às restaurações metálicas fundidas e coroas totais em metalo-plástica ou
metalo-cerâmica, as restaurações de resina compostas têm seu custo
consideravelmente reduzido, podendo algumas vezes, representar a única alternativa
estética contra a perda precoce de muitos dentes que vêm sendo extraídos por razões
econômicas
· A ausência de vapores de mercúrio, corrosão e corrente galvânicas que, geralmente
estão associadas às restaurações de amalgama
· Reforço da estrutura dental remanescente
8. DESVANTAGENS*
• Contração de polimerização
• Sorpção de água e pigmentos
• Envelhecimento da matriz orgânica
• Degradação em meio ácido e álcool
• Manchamento
• Técnica sensível: contaminação, manipulação, inserção, polimerização e acabamento
9. INDICAÇÕES
• Restaurações de dentes decíduos e permanentes
• Colagem da fragmento dental
• Associação com o emprego de selantes: em restaurações preventivas, nas superfícies
oclusais pode-se associar a resina composta com os selantes.
• Substituição de dentina: é indicado por razões estéticas ou mecânicas. Está indicado
visto que a resina composta é mais resistente que o ionômero de vidro para suportar o
esmalte socavado.
• Confecção de núcleos de preenchimento: tanto em pré-molar como em molar.
• Facetas estéticas
• Correções estéticas
• Confecção de incrustação inlay e onlay
10. LIMITAÇÕES DO SEU USO
• Impossibilidade de realizar isolamento absoluto do campo operatório. Em dentes
posteriores, e em especial nos inferiores, devido ao maior risco de ocorrer
contaminação com fluidos orais após a realização do condicionamento ácido e durante
a inserção do sistema adesivo e compósito, é preferível conseguir realizar isolamento
absoluto para indicar a confecção de restauração com resina composta.
• Extensão da área a ser restaurada. Quanto maior a área a ser restaurada,
principalmente se houver envolvimento de cúspide, menor será a expectativa em
relação à longevidade clínica da restauração devido ao estresse mecânico e
conseqüente possibilidade de fadiga ou desgaste oclusal ao qual estará sujeita.
• Possibilidade de manchamento superficial. Especialmente em pacientes fumantes ou
que ingerem com freqüência substâncias corantes há um maior risco de ocorrer
alteração de cor na superfície das restaurações diretas com resina composta.
• Em pacientes fumantes e/ou que ingerem freqüentemente substâncias corantes: é
importante que o dentista informe ao paciente a influência negativa desses agentes
sobre a superfície da resina composta, em especial a possibilidade de ocorrer
alteração precoce de coloração da restauração.
• Em pacientes que realizem bruxismo: esse é um fator que pode limitar a longevidade
clínica especialmente da restaurações tipo IV, tipo V ou lesão cervical se o profissional
não tomar as medidas preventivas quanto ao equilíbrio oclusal.
• Características inerentes à resina composta: contração de polimerização, translucidez,
quando em pequena espessura, e manchamento superficial são alguns dos fatores que
podem comprometer o desempenho clínico de restaurações de resina composta caso o
dentista não observe cuidadosamente esses detalhes durante as etapas de confecção
da restauração.
BAUM, L.; PHILLIPS, R.; LUND, M. Dentística operatória. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan, 1996. cap. 9, p. 190-200: Restaurações estéticas.
BUSATO, A.L.S. Dentística: restaurações em dentes anteriores. São Paulo: Artes Médicas,
1997. cap. 6, p. 71-89: Resinas compostas restauradoras.
CONCEIÇÃO, E.N. et al. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
341p.
COSTA, S. X. S.; Resinas compostas: considerações gerais. Recife, 1999. (Monografia da
Disciplina de Materiais Dentários do Curso de Especialização em Dentística) 38p. Pós-
graduação em odontologia – UFPE