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SERRA
2021
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ENGENHARIA QUÍMICA – FACULDADE DO CENTRO LESTE
SERRA
2021
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SUMÁRIO
1. Memorial Descritivo.....................................................................................4
1.1. Introdução teórica...............................................................4
1.2. Processos de conversão termoquímica.............................5
1.2.1. Combustão................................................................5
1.2.2. Gaseificação.............................................................5
1.2.3. Pirólise......................................................................5
1.2.3.1. Pirólise Lenta.............................................6
1.2.3.2. Reator de Leito Fixo..................................7
1.3. Parâmetros operacionais que influenciam o processo de
Pirólise................................................................................7
1.3.1. Temperatura de reação............................................8
1.3.2. Tempo de residência................................................9
1.3.3. Taxa de aquecimento...............................................9
1.3.4. Tipo de Atmosfera..................................................10
1.3.5. Pressão..................................................................10
1.4. Material e métodos...........................................................10
1.4.1. Fonte de biomassa..................................................11
1.4.2. Composição da madeira.........................................11
1.4.3. Influência das características da biomassa no
rendimento e qualidade dos produtos da pirólise..12
2. Memorial de Cálculo..................................................................................12
2.1. Dimensionamento do Reator.............................................12
2.1.1. Determinação da altura do reator............................12
2.1.2. Balanço de massa e energia...................................13
2.1.3. Perda de carga........................................................16
2.2. Dimensionamento do Aquecedor.......................................16
2.2.1. Controle de Temperatura........................................16
2.3. Dimensionamento do Condensador..................................16
2.3.1. Capacidade térmica................................................16
2.3.2. Controle de temperatura.........................................17
2.3.3. Potência térmica......................................................17
2.4. Dimensionamento da partícula..........................................17
2.4.1. Densidade básica....................................................17
2.4.2. Caracterização química da madeira........................18
2.4.3. Poder calorífico.......................................................20
3. Referências Bibliográficas........................................................................23
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1. MEMORIAL DESCRITIVO:
4
madeira, por meio da pirólise lenta, em carvão. Material de valor
agregado, que pode ser utilizado posteriormente como fonte de
energia.
1.2.2. GASEIFICAÇÃO
1.2.3. PIRÓLISE
5
Figura 1. Esquema da reação de pirólise.
6
pirolítico é um produto rico em carbono, com alto
conteúdo de carbono fixo (˃ 75 %) que pode ser
utilizado em aplicações energéticas como combustível
sólido. Apresenta ainda potencial em aplicações como
remediador do solo, adsorventes, precursor de carvão
ativado e para sequestro de carbono
(DEMIRAL;KUL, 2014; MOHAN et al., 2014).
7
processo como temperatura de reação, tempo de residência dos
gases, taxa de aquecimento e tipo de atmosfera.
8
1.3.2. TEMPO DE RESIDÊNCIA
9
gerado. Isso ocorre devido a redução de condensações
secundárias e reações de desidratação, além disso o
conteúdo de oxigênio na fração líquida também decresce
(APAYDIN-VAROL; PUTUN; PUTUN, 2007; ISAHAK et al.,
2012).
1.3.5. PRESSÃO
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pressão do processo faz com que o rendimento de carvão
aumente e o rendimento de líquido diminua. O mecanismo de
ação da pressão está relacionado com o tempo de contato
entre os reagentes, ou seja, os voláteis e o produto sólido na
temperatura do reator (CARNEIRO, 2013).
11
Localizando-se, predominantemente, nas paredes secundárias
das células. (ROWELL,2004; SJÖSTRÖM, 1993).
As hemiceluloses são polissacarídeos formados por
diferentes unidades de açúcares. As principais são as
galactoglucomananas, arabinoglucouranoxilanas,
arabinogalactanas, glucoranoxilanas e as glucomananas. As
hemiceluloses apresentam cadeias ramificadas e representam
de 15 a 25% da constituição química da madeira (BARNETT;
JERONIMIDIS, 2003).
A lignina é um polímero amorfo, altamente complexo, cuja
formação é dada, principalmente, por unidades aromáticas de
fenilpropano, com, aproximadamente 70% localizada na
parede secundária da célula (BARNETT; JERONIMIDIS, 2003;
ROWELL, 2004). É considerada o constituinte mais importante
na produção de carvão, pois tem implicações diretas no
rendimento gravimétrico e no teor de carbono fixo. Os
rendimentos mais elevados encontrados para as amostras
com maiores teores de lignina devem-se à maior resistência à
decomposição, quando comparada com a celulose e com a
hemicelulose, devido à complexidade de sua estrutura. Da
mesma forma, os maiores teores de carbono fixo no carvão
produzido a partir de madeiras mais lignificadas são
decorrência da maior porcentagem de carbono elementar
(65%) em sua composição, quando em comparação com a
holoceluse (45%).
2. MEMORIAL DE CÁLCULO:
12
possível para ser aquecido a 500°C com uma resistência
elétrica de 900W, chegando ao dimensionamento de 0,43 m
de comprimento.
13
Tabela 3. Balanço de massa e energia para uma tonelada de madeira,
com poder calorífico de 19,47 x 106 kJ t -1.
𝐸𝑚 = 𝑃𝐶𝑚 + 𝑀𝑚
𝐸𝑚 = 11,534 + 0,660
𝐸𝑚 = 12,194 𝑀𝐽
𝐸𝑐 = 𝑃𝐶𝑐 + 𝑀𝑐
𝐸𝑐 = 5,782 + 0,185
𝐸𝑐 = 5,967 𝑀𝐽
Onde:
• 𝐸𝑚 é a energia madeira, em 𝑀𝐽
• 𝑃𝐶𝑚 é o poder calorífico da madeira, em 𝑀𝐽𝑘𝑔−1
• 𝑀𝑚 é a massa da madeira, em 𝑘𝑔
• 𝐸𝑐 é a energia do carvão, em 𝑀𝐽
• 𝑃𝐶𝑐 é o poder calorífico do carvão, em 𝑀𝐽𝑘𝑔−1
• 𝑀𝑐 é a massa do carvão em 𝑘𝑔
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Utilizando a equação abaixo para transformar em 𝑀𝐽𝑘𝑔−1 :
22,4
𝑃𝐶𝑀𝐽𝑘𝑔−1 = 𝑃𝐶𝑀𝐽𝑁𝑚3 𝑥
𝑀𝑚
Onde:
Onde:
𝐸𝐶
%𝐸𝑐 = ∗ 100
𝐸𝑀
5,967
%𝐸𝑐 = ∗ 100
12,194
%𝐸𝑐 = 48,93 %
𝐸𝐺𝑆
%𝐸𝐺𝑆 = ∗ 100
𝐸𝑀
5,149
%𝐸𝐺𝑆 = ∗ 100
12,194
%𝐸𝐺𝑆 = 42,22 %
15
Onde:
𝐶 = 𝑚𝑥𝑐
𝐶 = 𝑚𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 ∗ 𝑐𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 + 𝑚á𝑔𝑢𝑎 ∗ 𝑐á𝑔𝑢𝑎
𝐶 = 226,9 ∗ 0,16 + 333,2 ∗ 1
16
𝐶 = 369,5 𝑐𝑎𝑙/°𝐶
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ser de ordem genética, ambiental ou resultado da interação
entre seus efeitos.
Os autores agrupam as espécies de Eucalyptus da
seguinte forma para as condições brasileiras: madeiras de
densidade baixa, variando de 0,430 a 0,500 g/cm3 no caso
dos Eucalyptus grandis, saligna, dunnii e botryoides; madeiras
de densidade média, variando de 0,500 a 0,580 g/cm3 para os
Eucalyptus pilularis, resinifera, propinqua e urophyla, e
madeiras de densidade alta apresentando valores acima de
0,580 g/cm3, observados em Eucalyptus microcorys e
cloenziana.
18
diz respeito às procedências quanto espécies. Observa-se que
os valores de cinzas variaram entre 0,17 e 0,26% para as
procedências de Eucalyptus cloeziana, de 0,14 a 0,25% para
Eucalyptus grandis e de 0,18 a 0,21% para procedências de
Eucalyptus saligna.
Relativo ao teor de extrativos, embora tenha sido
estatisticamente semelhante entre procedências, apresentou
diferença significativa entre espécies, sendo a espécie
Eucalyptus cloeziana a que apresentou maiores teores de
extrativos, com valores médios de 11,14%; enquanto
Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna foram
estatisticamente iguais entre si e com valores de 7,99% e
7,87%, respectivamente. Esses valores estão acima dos
observado por Lima et al. (2007), que ao estudarem a
qualidade de colagem em madeira de clones de Eucalyptus
urophylla, encontraram teor de extrativos médio na madeira
entre 4,79 e 5,54%. Os autores ainda mencionaram que altos
valores de extrativo influenciam na cor, no odor, na
fluorescência, na durabilidade natural, na relação água-
madeira, na polpação e na colagem da madeira.
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densidade básica da madeira, contribui de forma positiva para
o rendimento em carvão vegetal (TRUGILHO et al., 1997).
Quanto ao teor médio de holocelulose, observa-se na
Tabela 3 que não houve diferença estatística entre os valores
encontrados para as procedências, porém, o mesmo não
ocorreu entre as espécies, sendo a espécie Eucalyptus
cloeziana aquela que apresentou menor teor (59,14%) quando
comparada às demais, enquanto o Eucalyptus grandis e o
Eucalyptus saligna não apresentaram diferenças estatísticas
significativas entre si, com teores de holocelulose de 62,66 e
62,63%, respectivamente. Andrade et al. (2011) encontraram
valor superior de holocelulose, igual a 66,6%, para a madeira
do híbrido clonal de Eucalyptus urophylla. Neves et al, (2011)
ao estudarem clones de Eucalyptus, encontraram valor médio
de holocelulose de 67,4%, e concluiram que teores altos de
holocelulose contribuem para um menor rendimento em
carvão vegetal.
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Os valores de PCS para a madeira Eucaliptus costumam
variar entre 4.300 a 4.900 kcal/kg secos (18 a 20,5 GJ/t
secas). Já para a casca variam entre 3.400 a 3.900 kcal/kg
secos (14,2 a 16,3 GJ/t secas).
9𝐻
𝑃𝐶𝐼 = 𝑃𝐶𝑆 − 600 ( )
100
9𝑥6
𝑃𝐶𝐼 = 𝑃𝐶𝑆 − 600 ( )
100
(100 − 𝑈)
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 𝑃𝐶𝐼 𝑥 [ ]−6𝑥𝑈
100
Onde:
• U = Teor percentual de umidade base peso úmido;
• PCI = Poder Calorífico Inferior (kcal/kg seco);
• PCUtil = Poder Calorífico Útil na umidade tal qual
(kcal/kg tal qual).
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(100 − 50)
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 4.400 𝑥 [ ] − 6 𝑥 50
100
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 1.900 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑎𝑙
𝑘𝑔
(100 − 30)
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 4.400 𝑥 [ ] − 6 𝑥 30
100
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 2.900 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑎𝑙
𝑘𝑔
(100 − 20)
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 4.400 𝑥 [ ] − 6 𝑥 20
100
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑃𝐶𝑈𝑡𝑖𝑙 = 3.400 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑎𝑙
𝑘𝑔
𝑘𝑐𝑎𝑙
0,5𝑘𝑔 𝑠𝑒𝑐𝑜 − 1.900
𝑘𝑔
1𝑘𝑔 𝑠𝑒𝑐𝑜 − 𝑥
𝑘𝑐𝑎𝑙
𝑥 = 3.800 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑘𝑔
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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