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art 03-012, 11p.

PROPRIEDADES DE BIOMASSAS PARA USO COMO ENERGÉTICO NO SETOR


CERÂMICO

T.G. Jahn(1), V.P. Nicolau(1), A P. Dadam(1); Lehmkuhl, W.A.(2); Reinaldo, E.B. (1)
(1)
LabCet – Depto. de Eng. Mecânica - Universidade Federal de Santa Catarina
88040-900 - Florianópolis - SC - BRASIL.
vicente@emc.ufsc.br
(2)
SCGAS - Florianópolis - SC

RESUMO

O trabalho apresenta os resultados obtidos na avaliação das propriedades de


biomassas do leste catarinense, visando o uso como energético em indústrias da
região. Esta caracterização deu-se através de três ensaios: determinação da umidade,
densidade a granel e poder calorífico. A biomassa estudada refere-se ao resíduo
produzido pelas indústrias madeireiras, fábricas de papel e pelo desbaste e limpeza de
florestas. Estas florestas têm como objetivos a produção de madeira e também a
produção de energia, sendo cultivadas com gêneros exóticos como o pinus e o
eucalyptus. Os resultados obtidos mostram um padrão médio para cada região
estudada, e algumas peculiaridades. Algumas recomendações ainda são feitas
concernentes à influência da umidade no valor do poder calorífico da biomassa.

Palavras Chave: biomassa, combustível, serragem, poder calorífico, energia térmica.

INTRODUÇÃO

Do ponto de vista energético, biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria


orgânica (de origem animal ou vegetal), que pode ser utilizada na produção de energia.
Assim como a energia hidráulica e outras fontes renováveis, a biomassa é uma forma
indireta de energia solar. A energia solar é convertida em energia química, através da
fotossíntese, base dos processos biológicos de todos os seres vivos. Uma das
principais vantagens da biomassa é que, embora de eficiência reduzida, seu
aproveitamento pode ser feito diretamente, por intermédio da combustão em fornos,
caldeiras etc.
A médio e longo prazo, a exaustão de fontes não-renováveis e as pressões
ambientalistas poderão acarretar maior aproveitamento energético da biomassa.
Atualmente, a biomassa vem sendo cada vez mais utilizada na geração de eletricidade,
principalmente em sistemas de co-geração e no suprimento de eletricidade para
demandas isoladas da rede elétrica.
O Brasil tem desenvolvido tecnologia há vários anos para a utilização da biomassa
como fonte geradora de energia, gerando empregos e com muito pouco recurso
financeiro. Hoje são conhecidas diversas fontes renováveis de biomassa como: lenha,
carvão vegetal, babaçu, óleos vegetais, biogás, resíduos vegetais como o sisal, casca
de arroz, cana de açúcar (bagaço da cana, palha e álcool).
A biomassa estudada refere-se principalmente aos resíduos madeireiros (serragem,
cavaco e lenha), abundantemente encontrados em Santa Catarina, em função dos
grandes reflorestamentos ligados às indústrias de papel, madeireira e moveleira.
Assim os resíduos que formam a biomassa são em sua maioria representados pela
serragem, produzida quando se dá o corte da madeira em formatos geometricamente
definidos como tábuas, caibros, postes etc; pelo cavaco produzido a partir da trituração
de costaneiras (cascas e partes da madeira irregulares), e rebarbas durante os acertos
dos produtos; e também pelo pó e a maravalha, resultado do beneficiamento final da
madeira, geralmente secos.
Basicamente são dois os gêneros de plantas exóticas com os quais se produz a maior
parte do resíduo destinado à produção de energia térmica: são eles o “pinus” e o
“eucalyptus”. Ainda existem as madeiras nativas como a bracatinga e as provindas da
floresta amazônica, estas em uma escala tão reduzida que não serão introduzidas
neste estudo.
Esta caracterização deu-se através da realização de três ensaios que são:
determinação da umidade, densidade a granel e poder calorífico.
Estes ensaios foram planejados para que a sua realização possa ser facilmente
reproduzida em campo, a exceção da medição do poder calorífico, que necessita de
aparelhagem com maior grau de investimento e mão de obra especializada, sendo
portanto, mais adequado para determinação através de laboratórios equipados para tal
ensaio.
Na elaboração do trabalho foi realizada uma pesquisa acerca das normas técnicas, a
partir do trabalho de Nogueira, et al(1), e verificou-se que não existem normas
específicas para os ensaios propostos. Assim foi feito um apanhado de normas e
ensaios já realizados em outros trabalhos e se adaptou a metodologia para facilitar a
execução dos ensaios.

COLETA DAS AMOSTRAS

Foram coletadas diversas amostras em várias regiões, conforme a Tabela 1, de


forma a torná-las mais representativas. Estas foram armazenadas em sacos plásticos
de uma certa espessura, a fim de se reter a umidade até o momento dos ensaios.
Foram coletadas aproximadamente 100 amostras das mais variadas, com o intuito de
se obter uma representatividade de cada região investigada.

Tabela 1 – Regiões consideradas para a coleta de amostras.


Região Abrangência
1 Joinville, São Bento do Sul e Mafra
2 Blumenau, Brusque, Itajaí e Rio do Sul
3 Região de Braço do Norte e Tubarão
4 Criciúma, Morro da Fumaça, Içara, Forquilhinha
5 São José e Vale do Tijucas

UMIDADE

O ensaio para a determinação da umidade foi realizado usando-se uma estufa com
ventilação, aquecida a uma temperatura de 105 ºC, e com as amostras depositadas em
bandejas metálicas. A Figura 1 mostra o acondicionamento das amostras na estufa.

Figura 1 – Vista interna da estufa com a disposição das bandejas com resíduo.
As bandejas têm as suas massas medidas, para posterior compensação no cálculo da
massa de cada amostra. Durante a realização dos ensaios as formas são retiradas do
interior da estufa para a determinação da massa, até o momento em que não há mais
variação da mesma. Pelas diferenças se calcula as quantidades de água em base
úmida, contidas na amostra em cada etapa do processo de secagem. A referência da
umidade em base úmida foi adotada por ser mais usual no meio técnico.
A Figura 2 apresenta uma curva de perda de massa com o tempo, referente à saída de
água da amostra. É uma curva que apresenta uma queda exponencial até a saída total
da umidade da amostra, com maiores taxas de secagem no início do processo e
menores no final, onde a curva passa a ser horizontal. Neste ensaio a amostra continha
uma umidade inicial de 29,5%. Todas as amostras foram submetidas a este
procedimento, com curvas semelhantes. Para a medição da massa da amostra foi
usada uma balança com resolução de 0,5 gramas. Assim os resultados apresentam
uma boa precisão, quando comparadas com as medições usuais realizadas pelos
fornecedores e consumidores para compra e venda de biomassa.

2300

2200

2100 Massa [g]

2000
Massa [g]

1900

1800

1700

1600

1500
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Tempo [hora]

Figura 2 – Variação da massa de uma amostra com tempo.

Observa-se ainda na Figura 2, que a extração da umidade final toma mais tempo,
tornando-se mais dispendiosa a sua extração, do que a extração da umidade inicial.
Portanto, na secagem da biomassa para uso energético, o custo da secagem final deve
ser considerado, bem como o ganho respectivo no aumento de poder calorífico. Em
alguns processos a biomassa não necessita estar totalmente seca para o consumo,
sendo que a consideração de custo da secagem final se torna pertinente.
Na Tabela 2 são apresentados os valores mínimos, médios e máximos para as
amostras coletadas em cada região. Valores gerais, em relação ao grupo de
consumidores e ao grupo de fornecedores também são apresentados. A classificação
também foi feita para os diferentes tipos de amostras: serragem, maravalha e lenha.

Tabela 2 – Percentuais de umidade das amostras coletadas.

Umidade [%] Valor Máximo Valor Médio Valor Mínimo


Geral 48,1 22,1 2,9
Consumidores 48,1 23,7 2,9
Fornecedores 38,6 18,7 3,0
Região 1 34,5 11,7 4,6
Região 2 45,8 23,6 2,9
Região 3 33,7 17,8 3,0
Região 4 39,8 21,2 3,1
Região 5 48,1 30,0 14,7
Serragem 48,1 23,3 3,1
Maravalha 40,8 9,3 2,9
Lenha 45,0 35,9 21,2
Cavaco 45,8 29,9 3,2

Os valores da Tabela 2 indicam que as amostras das regiões 1 e 3 possuem uma


umidade média menor do que as amostras das demais regiões. Essas regiões são
caracterizadas por indústrias que trabalham com beneficiamento de madeira mais seca,
na produção de móveis e molduras, sendo também responsáveis também por uma
maior produção de maravalha.

DENSIDADE A GRANEL

Para a biomassa triturada, a densidade avaliada foi a densidade a granel, a seco, após
a determinação do teor de umidade. Para a lenha foi realizada a medição através de
um cavalete com um volume de 1,0 m3. A Tabela 3 apresenta os valores referentes às
medições das amostras diversas.
Novamente as amostras das regiões 1 e 3 apresentam os menores valores de
densidade média da biomassa encontrada. Estas regiões incluem mais fornecedores
que trabalham com beneficiamento de madeira, produzindo uma maior quantidade de
maravalha, em razão do tipo de processo utilizado.

Tabela 3 - Densidades das amostras coletadas.


Densidade [kg/m3] Valor Máximo Valor Médio Valor Mínimo
Geral 238,4 147,9 40,3
Consumidores 238,4 147,7 41,1
Fornecedores 232,4 147,6 40,3
Região 1 185,6 153,7 97,1
Região 2 235,0 145,8 41,1
Região 3 163,2 99,8 40,3
Região 4 212,5 159,3 101,8
Região 5 238,4 162,1 68,5
Serragem 228,4 146,5 48,3
Maravalha 185,2 104,9 40,3
Cavaco 232,4 154,6 48,3

PODER CALORÍFICO SUPERIOR

As medições do poder calorífico superior foram realizadas em um calorímetro, instalado


no laboratório LIMA – Laboratório Integrado do Meio Ambiente, do Departamento de
Engenharia Sanitária - UFSC. Este equipamento permite a determinação do poder
calorífico superior (PCS), a partir da queima de uma amostra muito pequena de
material (Figura 3).
Todos os ensaios foram feitos com amostras já secas, obtidas a partir dos ensaios
anteriores, de secagem em estufa. O material, de tamanho variado é reduzido a grãos
menores, através de uma trituração, sendo em seguida colocado em uma célula no
interior do calorímetro. A célula é envolvida em água, cuja variação de temperatura é
usada para avaliar a quantidade de energia liberada. Os valores do PCS são
apresentados na Tabela 5.
Figura 3 – Preparação das amostras – trituração e colocação em calorímetro.

PODER CALORÍFICO INFERIOR

O poder calorífico inferior (PCI), de valor inferior ao PCS, e que não implica na
condensação do vapor d’água obtido na combustão, foi determinado através de
cálculos, uma vez que os calorímetros não permitem a medição e a simultânea
liberação dos vapores.
Para a estimativa do valor do PCI foi usada a Equação (A), e a composição química
média da madeira, apresentada na Tabela 4. Nesta tabela tem-se que: %C representa
o percentual de carbono; %H, o percentual de hidrogênio; %O, percentual de oxigênio;
%N, o percentual de nitrogênio e %Cz, o percentual de cinzas. Estes valores são
relativos à massa em base seca.
A equação utilizada foi sugerida por Bazzo(2), e o teor de hidrogênio (h) utilizado é o
valor médio para os três autores, listados na Tabela 4, de 6,0 %.

PCI = PCS − 2440i( 9ih + w ) (A)

O valor do PCI será obtido em [kJ/kg] e w, a umidade do combustível, em [kg umidade /


kg combustível]. Assim para o cálculo do PCI, w foi considerado como igual a zero,
padronizando todas as amostras para a base seca. Os valores do PCI são
apresentados na Tabela 5.
PODER CALORÍFICO INFERIOR – INFLUÊNCIA DA UMIDADE

Para a determinação do PCIúmido, foi feita a introdução da umidade na composição em


massa da madeira e assim foi realizado o cálculo. Desta forma tem-se uma mudança
no percentual de cada elemento constituinte da madeira, portanto uma redução do
poder calorífico, além da energia necessária ao aquecimento e evaporação da água.
Este valor do PCIúmido representa a energia disponível da biomassa no momento da
coleta da amostra, isto é, o valor real que efetivamente está sendo vendido ou
consumido.
Na Tabela 5 estão apresentados os valores do PCIúmido para o os diversos
agrupamentos propostos, juntamente com os valores do PCS e do PCI a seco.

Tabela 4 – Composição química de alguns tipos de biomassa, em base seca.


Autor Tipo %C %H %O %N %Cz
(2)
Bazzo Madeira mista 49,0 6,0 44,0 - 1,0
(3)
Scarpinela Madeira eucalyptus 50,0 6,0 44,0 - -
(4)
Vlassov Madeira mista 47,5 6,0 44,0 1,0 1,5
(4)
Vlassov Bagaço de cana 47,0 6,5 44,0 - 2,5
(4)
Vlassov Borra de café 48,5 9,6 35,8 - 4,1

A Tabela 5 mostra pouca dispersão entre os valores do PCS e também do PCI em


base seca, comparando-se as diferentes regiões. Um motivo importante para os
valores mostrarem pouca dispersão, se deve a grande mistura entre os resíduos,
sendo o pinus o principal componente, uma vez que é a madeira mais utilizada na
construção civil, em móveis, molduras e papel, e portanto a mais beneficiada, gerando
mais resíduos.
Observa-se ainda na Tabela 5 uma maior dispersão nos valores do PCIúmido, decorrente
dos teores de umidade já apresentados na Tabela 2. A Região 5 é a que possui o
menor valor médio do PCIúmido, igual a 2.571 kcal/kg, refletindo que a umidade média
encontrada nesta região também é a maior (30,0%, para uma média geral de 22,1%).
Este resultado mostra a total dependência do poder calorífico da biomassa com a
umidade, visto que o valor médio encontrado para a região é de 4.209 kcal/kg e de
todas as regiões é de 4.156 kcal/kg, para o PCI das amostras secas.
A Figura 4 apresenta os valores do PCIúmido representados em função da umidade da
amostra, sendo traçada uma curva de tendência linear. A reta ajustada também está
representada na Equação (B), estabelecida para umidades no intervalo de 0 a 50 %.
Tabela 5 – Valores de Poder Calorífico referentes às amostras coletadas.

Poder Calorífico PCS PCI PCIúmido


Médio [kcal/kg] [kcal/kg] [kcal/kg]
Geral 4.471 4.156 3.045
Consumidor 4.485 4.170 2.969
Fornecedor 4.450 4.135 3.216
Região 1 4.396 4.081 3.460
Região 2 4.512 4.197 3.001
Região 3 4.392 4.077 3.384
Região 4 4.456 4.141 3.064
Região 5 4.524 4.209 2.571
Serragem 4.426 4.111 2.969
Maravalha 4.412 4.097 3.647
Lenha 4.870 4.555 2.603
Cavaco 4.418 4.103 2.659

PCIúmido = −47,2iU + 4.079,7 (B)

sendo o PCIúmido o poder calorífico inferior para uma dada umidade, em [kcal/kg] e U a
umidade da amostra em [%], em base úmida. Esta curva pode servir de referencial
para cálculos do PCIúmido das amostras na indústria, a partir do conhecimento da
umidade de cada amostra, definindo as vantagens de se adotar um processo de
secagem da biomassa, antes do seu uso na combustão.
4.500

PCI úmido [kcal/kg]


4.000
Curva de Tendência Linear

3.500
PCI úmido [kcal/kg]

3.000

2.500

2.000

y = -47,194x + 4079,7
1.500
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0
Umidade [%]

Figura 4 – Ajuste linear para o PCIúmido em função da umidade da amostra.


CONCLUSÕES

No conjunto de amostras coletadas de biomassa, nas várias regiões citadas, obteve-se


um valor médio de PCS de cerca de 4.470 kcal/kg, com as medições sendo efetuadas
com a biomassa seca. Os valores variam para cima e para baixo em até cerca de 10%.
Os valores de PCI são um pouco menores, com um valor médio 4.156 kcal/kg e
também experimentam variações semelhantes, de cerca de 10%.
A densidade, por sua vez, apresenta um valor médio de cerca de 148 kg/m3, medida a
seco, mas com variações de até 61% acima e 73 % abaixo desta média,
caracterizando uma ampla faixa de variação. Esta variação depende fortemente do tipo
de material e de sua granulometria. A maravalha é decorrente de operações de
aplainamento da madeira, resultando em tiras helicoidais, que ocupam um grande
volume. Sobretudo neste material a energia total produzida por metro cúbico passa a
ser muito pequena, devendo-se usar a massa como base e não o seu volume, embora
este último seja ainda usado na comercialização.
A terceira variável a ser considerada na avaliação é a umidade das amostras, que com
um valor médio de 22,1 %, teve valores acima, até 48,1% e um valor mínimo de 2,9%.
A faixa de variação é muito ampla, com uma forte influência sobre o PCI, conforme a
Figura 4. Cada ponto percentual na umidade reduz o PCI em cerca de 1,16%. São
consideradas as parcelas de energia necessárias à evaporação da umidade e também
a influência do peso da água que substitui o peso de biomassa seca. Não estão
incluídos os custos do transporte desta água que forma a umidade.
As amostras coletadas de lenha apresentaram poder caloríficos ligeiramente superiores
aos dos resíduos, e acredita-se que isto se deve à permanência de partes mais nobres
neste material, enquanto que em alguns cavacos pode haver a preponderância de
cascas e partes externas. Também se deve considerar que a lenha ensaiada era lenha
de eucalyptus, geralmente com maior poder calorífico do que o pinus, este pouco
usado para a queima como lenha.
Pelos resultados apresentados conclui-se que qualquer cálculo relativo à biomassa
deve levar em conta a densidade e o teor de umidade do material em questão. A
influência destas variáveis é muito grande, podendo levar a discrepâncias significativas
na avaliação dos custos.
Pode-se acrescentar ainda que foi observado em campo que a oferta se mantém
estável, embora grandes empresas estejam surgindo no ramo de madeiras
reconstituídas, como na fabricação de placas de aglomerado e “MDF”. Este fato tem
elevado o preço do insumo, como também tem levado ao surgimento de empresas
intermediárias que fazem o recolhimento dos resíduos nas empresas que beneficiam a
madeira e entregam para estas empresas de aglomerado e “MDF”. Por outro lado, a
busca na segurança de fornecimento e o retorno financeiro, têm incentivado muitas
empresas a investirem em reflorestamentos, já de longa data, contribuindo para que a
oferta continue estável.

REFERÊNCIAS

(1)
NOGUEIRA, M.F.M.; RENDEIRO, G.; OLIVEIRA, A.G.P.; FEITOSA NETTO, G.B.;
COUTINHO, H.W.M.. Caracterização Energética de Biomassas Amazônicas. 6º
AGRENER-GD, CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E
ENERGIA NO MEIO RURAL, UNICAMP, Campinas, SP, 06/2006.
(2)
BAZZO, E. Geração de Vapor. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 1995, 216 p.
(3)
SCARPINELA, G. A. Reflorestamento no Brasil e o Protocolo de Quioto. 2002,
182 p. Dissertação de mestrado, Programa Inter-Unidades de Pós-graduação em
Energia; Universidade de São Paulo.
(4)
VLASSOV, D. Combustíveis, Combustão e Câmaras de Combustão. 1ª. ed.
Curitiba: UFPR, 2001, 185 p.

PROPERTIES OF BIOMASS FOR USE AS AN ENERGY SOURCE IN THE CERAMIC


INDUSTRIES

ABSTRACT

The paper presents some results of a properties evaluation program relative to the
biomass produced and consumed in the east of Santa Catarina state, intended to use
such biomass as energy source in the local industries. Three properties have been
determined: moisture content, the bulk density and the caloric power value. Biomass
study refers to the waste produced by industries timber, paper mills and forests
exploitation. These forests have goals as the production of wood and energy production,
and are planted with exotic genera such as pine and eucalyptus. The results show a
pattern average for each region studied, and some peculiarities. Some
recommendations are made concerning the influence of moisture in the caloric power of
the biomass.

Keywords: biomass, fuel, sawdust, caloric power, thermal energy.

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