Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Equipe:
Hanna Francielle Padilha
Maiara Masiero Fianco
DOIS VIZINHOS
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 3
2. OBJETIVO................................................................................................................................4
3. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................... 4
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................................ 5
5. CONCLUSÃO.........................................................................................................................10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................11
1. INTRODUÇÃO
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Finalizadas as medições, as seis amostras foram levadas para a estufa do laboratório para que
toda água contida no seu interior fosse retirada e que a madeira estivesse totalmente seca. Após
a secagem na estufa, no dia 09/05 foram realizadas as medições das amostras totalmente secas,
do mesmo modo que das anteriores.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a coleta dos dados, os mesmos foram planilhados e os cálculos foram realizados por
meio do software Excel. Inicialmente, calculou-se o volume de cada corpo de prova nas três
datas de medição, por meio da fórmula:
𝑉𝑜𝑙 = 𝑏 · ℎ · 𝑙 [cm³]
Em seguida, calculou-se o teor de umidade para cada corpo de prova, nas duas primeiras
medições efetuadas, por meio da equação:
𝑃𝑢−𝑃𝑠
𝑡𝑢 = 𝑃𝑠
· 100 [%]
Ao longo das duas semanas que se passaram (18/04 até 02/05) entre uma medição e outra os
corpos de prova ficaram submersos em água, portanto, a tabela abaixo mostra os valores de teor
de umidade (%) obtidos por meio do cálculo. Nota-se que os corpos de prova de Araucária
estavam totalmente saturados ao final do processo, já os de Itaúba não atingiram o Ponto de
Saturação das Fibras (PSF).
.
Tabela 1 - Teores de umidade da madeira.
Teor de umidade (%)
Espécie 18/04 02/05
1 9,2 20,98
Itaúba 2 12,7 10,23 23,74 21,57
3 8,8 20,00
1 15,7 102,00
Araucária 2 16,3 16,03 96,89 100,03
3 16,1 101,20
Fonte: As autoras, 2023.
Em seguida, foi calculada a densidade aparente para cada data de medição; a densidade
aparente é calculada considerando o teor de umidade, por meio da seguinte equação:
𝑚12%
𝐷𝐴𝑝.12% = 𝑉𝑜𝑙12%
Durante uma semana, do dia 02 a 09/05, os corpos de prova foram secos em estuda; a
densidade aparente medida no dia 09/05, resultou em valores de densidade iguais a 0,8840g/cm³
para Itaúba e 0,6468g/cm³ para Araucária, como apresenta a tabela abaixo:
Após a secagem em estufa e medição dos corpos de prova, foi possível realizar o cálculo da
densidade básica, a qual consiste em relacionar a massa seca com o volume verde (saturado),
sendo um importante parâmetro da qualidade da madeira. O cálculo é realizado por meio da
equação:
𝑚𝑠 (𝑔)
𝐷𝐵 = 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑎𝑡 (𝑐𝑚³)
Com os cálculos acima descritos, foi possível verificar que a densidade da Itaúba é maior que
a da Araucária, sendo a densidade básica de 0,7520g/cm³, enquanto para Araucária é de
0,6096g/cm³, no caso da densidade aparente, a densidade da Araucária é maior na situação da
madeira saturada, em que ela atingiu valor de 1,2192g/cm³ enquanto a Itaúba teve a densidade
de 0,9136g/cm³.
Também foi feito o cálculo da umidade máxima, que expressa a relação entre o teor de
umidade e a densidade do material, por meio da equação:
𝑈𝑚á𝑥 = ⎡⎢0, 28 +
⎣ ( 1,50−𝐷0%
1,50·𝐷0% )
⎤ · 100
⎥
⎦
Os resultados de umidade máxima obtidos para cada uma das espécies estão expressos na
tabela abaixo:
α𝑉𝑜𝑙𝑚á𝑥 = ( 𝑉𝑜𝑙𝑢−𝑉𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑠 ) · 100 e β𝑉𝑜𝑙𝑚á𝑥 = ( 𝑉𝑜𝑙𝑢−𝑉𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑢 ) · 100
Inchamento volumétrico
Volume úmido Volume seco
Inchamento vol. máx.
Espécie (cm³) (cm³)
1 76,010 67,814 12,09
Itaúba 2 85,582 69,908 22,42 18,92
3 84,547 71,094 18,92
1 62,131 57,721 7,64
Araucária 2 60,990 58,212 4,77 5,90
3 61,797 58,354 5,90
Fonte: As autoras, 2023.
Neste caso, percebe-se que o sentido tangencial, em ambas as madeiras possui capacidade
muito maior de sofrer inchamento, comparado ao sentido radial e longitudinal. O sentido
tangencial incha 1,6 a 2 vezes mais que o sentido radial, pois o sentido radial tem maior
presença dos raios da madeira, que funcionam como “travas” à passagem de água.
5. CONCLUSÃO
Com este trabalho foi possível verificar que a densidade da espécie Itaúba é maior que a da
Araucária, cenário que se inverte apenas na avaliação da madeira úmida, quando a Araucária
apresenta densidade de 1,2192g/cm³ enquanto a Itaúba, de 0,9136g/cm³; esta variação pode ser
explicada pelo teor de umidade em que se encontravam as madeiras, pois enquanto a Araucária
atingiu 100% da saturação, a Itaúba não ultrapassou o ponto de saturação das fibras, ficando em
22% de saturação.
Na avaliação de contração e inchamento volumétrico máximos, a madeira de Itaúba
apresentou maiores valores, demonstrando que, sua capacidade de aumentar ou diminuir de
tamanho conforme a influência do teor de umidade, é maior que a madeira de Araucária. Outro
aspecto que influencia na contração e/ou inchamento volumétrico é a densidade da madeira, ou
seja, madeiras menos densas, como a Araucária, possuem mais espaços vazios e,
consequentemente, menos potencial de alterar seu tamanho.
De maneira geral, a execução do trabalho possibilitou verificar na prática as diferenças entre
as espécies e os desafios na execução deste tipo de serviço; deve-se atentar para diversos
detalhes que podem interferir no resultado final, como a identificação dos corpos de prova, tanto
no momento de imersão em água, quanto na secagem em estufa, uma vez que a cor se altera e
pode acabar apagando as marcações. Outra observação importante é quanto às condições do
corpo de prova, se, previamente aos testes ele estiver de alguma forma danificado, esta
informação deve ser considerada na avaliação dos resultados obtidos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CNCFlora. Mezilaurus itauba in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro
Nacional de Conservação da Flora. Disponível em
<http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Mezilaurus itauba>. Acesso em 02 de julho
2023.