Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS

MADEIRAS

MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL II

UBERABA, MG
2023
RELATÓRIO SOBRE MADEIRAS

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina


Materiais da Construção Civil II como
requisito parcial para aprovação no 6º período
do Curso de Engenharia Civil, da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Profº Dr. Paulo de Castro Guetti.

UBERABA, MG
2023
1. INTRODUÇÃO
A madeira é um tecido vegetal com características definidas pela fisiologia da árvore,
sua estrutura é de um sistema vascular orientados na direção vertical e radial ao tronco,
formando assim fibras, formadas por fios de celulose, o que garante uma alta resistência ao
material. A madeira pode ser utilizada para várias finalidades e funções, como, combustível,
ferramentas, tábuas e outros.

Nesse relatório, focaremos na madeira relacionada à construção civil, na construção,


ela pode ser utilizada como elementos estruturais com um ótimo desempenho. Porém, ela
necessita de uma atenção a mais em relação a proteção contra insetos e fungos, e uma proteção
contra incêndios.

2. OBJETIVO
● Observar as propriedades mecânicas da madeira;
● Determinar a densidade e o teor de umidade do corpo de prova;
● Realizar a compressão paralela e normal às fibras, a fim de determinar a resistência da
peça
3. MATERIAIS

Corpo de prova de madeira;

● Trena;
● Paquímetro;
● Máquina de compressão;
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 ANÁLISE DIMENSIONAL

Tirar as medidas de altura, largura e comprimento do corpo de prova com o auxílio da


trena e paquímetro.

4.2 ANÁLISE OBSERVACIONAL

Observar o corpo de prova, com o intuito de visualizar os tipos de nós, inclinação dos
fios, bolsas de resina, fendas e descaios.

4.3 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO E DENSIDADE

● TURMA 1 - Pesar as peças e realizar a compressão axial às fibras do corpo de prova com a
umidade natural, a fim de se obter o diagrama de tensão x deformação, determinando a
resistência da peça. Pesar outras peças de madeira com a umidade natural, que não foram
comprimidas, e colocar na estufa para a secagem completa.

● TURMA 2 - Após 24h, retirar os corpos de prova da estufa (colocados pela turma 1), pesar
novamente a fim de determinar a densidade e teor de umidade. Realizar a compressão axial às
fibras do corpo de prova, a fim de se obter o diagrama de tensão x deformação, determinando
a resistência da peça.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com as instruções demonstradas acima, foi possível desenvolver o experimento.


Inicialmente, foi realizada a análise dimensional dos corpos de prova, utilizando a trena e o
paquímetro. Sendo assim, obteve-se os seguintes valores:

Dimensões Corpo pequeno (cm) Corpo grande (cm)

Comprimento 9,9 14,5

Largura 4,9 4,7

Altura 4,7 4,9

Diagonal 6,7 6,6

Fonte: Dos autores, 2023.


Analisando as fibras, podemos notar que ambos os corpos de provas apresentavam
fibras paralelas ao corte, sendo que o ideal seria possuir um corpo de prova de fibras paralelas
e outro de fibras perpendiculares ao corte, para observarmos suas diferenças.

Partindo para o ensaio de compressão, os corpos de prova analisados pelos grupos


apresentaram capacidade de suportar 11.050 Kgf, no caso do corpo de prova pequeno. E 11.930
Kgf no caso do corpo de prova maior.

Ainda durante o dia da realização deste experimento, os corpos de provas analisados


por outros grupos apresentaram os seguintes comportamentos:

O gráfico Carga X Tempo, referente à estes dados, apresentou o seguinte comportamento:


Nota-se que mesmo possuindo dimensões parecidas, os valores de resistência
suportados pelos corpos de prova variaram, isso pode ser atribuído à possibilidade de não
pertencerem ao mesmo lote, ou ainda podem apresentar fibras com comportamentos diferentes,
bem como o índice de umidade.

A turma seguinte, ficou responsável por analisar os corpos de prova, após passarem 24
horas em uma estufa, de modo a retirar a umidade presente neles, estes possuíam as mesmas
dimensões que os corpos de prova apresentados anteriormente. Com isso, foram
disponibilizados dos seguintes resultados:

É possível analisar, que para este caso, os corpos de prova com menores dimensões
apresentaram maiores resistências, já os corpos de provas maiores apresentaram resistências
menores em comparação com os corpos de prova que não passaram por estufa. No caso do
corpo de prova cônico, não há como realizar uma comparação, visto que não há dados para o
corpo de prova menor.

O gráfico referente à esta análise apresentou o seguinte comportamento:


Em comparação com o gráfico dos corpos de prova com umidade, é possível constatar
que o tempo até a ruptura é menor.

Para a determinação do índice de umidade, foi aferida a massa do corpo de prova em


estado úmido e em estado seco. Sendo que os valores da massa úmida e da massa seca foram
0,293 kg e 0,274 kg, respectivamente. Com isso, utilizando a equação para determinar a
Absorção de água, temos que:

𝟎, 𝟐𝟗𝟑 − 𝟎, 𝟐𝟕𝟒
𝑨𝑩𝑺 = ∗ 𝟏𝟎𝟎 → 𝑨𝑩𝑺 = 𝟔, 𝟗𝟑%
𝟎, 𝟐𝟕𝟒

Para o caso da densidade do material, é feita uma relação entre massa e volume, sendo
que, para o caso do corpo de prova úmido, temos a seguinte densidade:

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 0,293 𝑘𝑔
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = → = 781,33 𝐾𝑔/𝑚³
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 0,000375 𝑚³

Já para o caso da densidade do material seco, temos que:

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 0,274 𝑘𝑔
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = → = 730,67 𝐾𝑔/𝑚³
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 0,000375 𝑚³

6. CONCLUSÃO
De acordo com a norma NBR 7190/1997 o teor de umidade não deve ultrapassar os
12%, no caso do experimento, não se teve problemas em relação a umidade, pois o corpo de
prova obteve um teor de 6,93%. Em relação a tensão de ruptura dos corpos, observamos que
quando o corpo é comprimido a favor das fibras obtemos uma tensão máxima do corpo, já
quando o mesmo é comprimido com as fibras em sentidos paralelos, a tensão de ruptura
observada é menor. Foi possível observar também que com os corpos úmidos, os corpos com
uma altura menor, obtiveram uma resistência maior que os corpos com um comprimento
menor.
Como resultado final pode se dizer que quase todos os corpos se mostraram dentro dos
padrões da norma para o uso de material em obra, a norma estabelece um mínimo de resistência
de 44 Mpa e todos os corpos se encontravam acima dessa resistência, apenas um se encontrou
abaixo do resultado esperado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190:1997: Projeto de estruturas de


madeira. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. Disponível em: https://www.totalconstrucao.com.br/wp-
content/uploads/2019/12/NBR-7190.pdf. Acesso em: 25 fev. 2023.

Você também pode gostar