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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

ARQUITETURA E URBANISMO

ANDRESSA DE OLIVEIRA CARDOSO

CENTRO DE PSCOTERAPIA - ARQZEN


A IMPORTANCIA DA ARQUITETURA COMO PROCESSO DE CURA
DA SAÚDE MENTAL.

BRASÍLIA
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ARQUITETURA E URBANISMO

ANDRESSA DE OLIVEIRA CARDOSO

CENTRO DE PSCOTERAPIA - ARQZEN


A IMPORTANCIA DA ARQUITETURA COMO PROCESSO DE CURA
DA SAÚDE MENTAL.

BRASÍLIA
2023
ANDRESSA DE OLIVEIRA CARDOSO

CENTRO DE PSCOTERAPIA - ARQZEN


A IMPORTANCIA DA ARQUITETURA COMO PROCESSO DE CURA
DA SAÚDE MENTAL.

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Arquitetura e Urbanismo, Universidade
Paulista – Campus Brasília–DF, como
requisito parcial para a conclusão da
disciplina Trabalho de Conclusão de Curso.

Orientador: Brunno de Sá

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

/ /
Prof.ª Orientador Brunno de Sá
Universidade Paulista – UNIP

/ /
Prof.Convidados
Universidade Paulista – UNIP

/ /
Convidado Externo
RESUMO

Atualmente, a saúde mental vem ganhando uma considerável atenção


devido ao seu grande impacto no cotidiano da sociedade. Dentre os transtornos mais
abrangentes, encontram-se a depressão e a ansiedade, as quais apresentam ligações
diretas com diversos motivos. Fatores que incluem, mas não se limitam a padrões
estéticos culturalmente impostos, preconceitos relacionados a características étnicas e
orientações sexuais, experiências dolorosas de abuso físico, emocional e sexual. Nesse
contexto, será feito uma análise aprofundada desses transtornos e a compreensão da
influência da arquitetura no processo de recuperação daqueles que apresentam alguma
dessas patologias. Com o propósito de abordar essa complexidade, o presente trabalho
se dedica à concepção de uma clínica de psicoterapia situada no Riacho Fundo I. A
clínica então buscará implementar os benefícios da neuroarquitetura, da biofilia,
técnicas de iluminação e Conforto ambiental, todos essenciais para a eficácia do
tratamento direcionado a indivíduos que lutam contra tais distúrbios.

PALAVRAS-CHAVE: Neuroarquitetura, Psicoterapia, Clinica.

ABSTRACT

Currently, mental health has been gaining considerable attention due to its great
impact on the daily life of society. Among the most comprehensive disorders are
depression and anxiety, which are directly linked to various reasons. Factors that include
but are not limited to culturally imposed aesthetic standards, prejudices related to ethnic
characteristics and sexual orientations, painful experiences of physical, emotional and
sexual abuse. In this context, it will be an in-depth analysis of these disorders and the
understanding of the influence of architecture on the recovery process of those who
present any of these pathologies were made. In order to address this complexity, the
present work is dedicated to the conception of a psychotherapy clinic located in Riacho
Fundo I. The clinic will then seek to implement the benefits of neuroarchitecture,
biophilia, lighting techniques and environmental comfort, all essential for the efficacy of
the treatment of the targeted at individuals struggling with such disorders.

KEYWORDS: Neuroarchitecture, Psychotherapy, Clinical.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Via coletora a leste.......................................................................................... 15


Figura 2- Estacionamento, Samu.................................................................................... 15
Figura 3- Via arterial á norte .......................................................................................... 16
Figura 4- Via local a sul ................................................................................................. 16
Figura 5- UBS – Unidade básica de atendimento Riacho. ............................................. 18
Figura 6- CED 02 – Centro Educacional do Riacho fundo I. ......................................... 18
Figura 7- PCDF- 29° delegacia de polícia civil do Riacho fundo I. ............................... 19
Figura 8- Quadra de areia e Campo sintético. ................................................................ 19
Figura 9- Rampa e Calçada de Acesso as quadras existentes......................................... 20
Figura 10- Rampa de acesso a pec. ................................................................................ 22
Figura 11- PEC instalada no centro comunitário. .......................................................... 22
Figura 12- Rampa de acesso ao parquinho. .................................................................... 23
Figura 13- Parque Infantil .............................................................................................. 23
Figura 14- Ponto de ônibus. ........................................................................................... 24
Figura 15- imagem, satélite, vegetação. ......................................................................... 25
Figura 16- Proposta Urbanística ..................................................................................... 26
Figura 17: Tipos de Ansiedade ....................................................................................... 32
Figura 18 - Sintomas de Depressão. ............................................................................... 33
Figura 19- Ilustração da relação da arquitetura com os sentidos. ................................... 34
Figura 20- Ilustração trilogia interativa da neuroarquitetura. ......................................... 35
Figura 21- The vibes Office ........................................................................................... 36
Figura 22- The vibes Office ........................................................................................... 37
Figura 23 - Ilustração tipos de iluminação. .................................................................... 39
Figura 24- Fachada the vibes office ............................................................................... 42
Figura 25- Relação com o entorno. ................................................................................ 44
Figura 26- Planta de acessos .......................................................................................... 44
Figura 27- Planta Baixa térreo........................................................................................ 47
Figura 28- Planta Baixa Primeiro Pavimento. ................................................................ 48
Figura 29- Planta Baixa Segundo Pavimento. ................................................................ 48
Figura 30- Planta Cobertura ........................................................................................... 49
Figura 31- Corte 1 .......................................................................................................... 49
Figura 32- Corte 2 .......................................................................................................... 50
Figura 33- Corte 3. ......................................................................................................... 50
Figura 34- Representação dos materiais. ........................................................................ 51
Figura 35- Esquema de proteção solar. .......................................................................... 51
Figura 36- Esquema de ventilação. ................................................................................ 52
Figura 37- Diagrama de sustentabilidade. ...................................................................... 52
Figura 38- Fachada Primavera Office. ........................................................................... 53
Figura 39- Planta de acessos. ......................................................................................... 54
Figura 40 -Planta subsolo 1 e 2. ..................................................................................... 58
Figura 41- Planta baixa térreo e mezanino. .................................................................... 59
Figura 42- Planta tipo 2 ao 5 pavimento. ....................................................................... 60
Figura 43- Planta baixa 6 pavimento. ............................................................................. 61
Figura 44- Planta baixa mezanino 6 pavimento. ............................................................ 61
Figura 45- Planta Cobertura. .......................................................................................... 62
Figura 46- Corte 2 .......................................................................................................... 63
Figura 47- Corte 1 .......................................................................................................... 63
Figura 48- Fachada á Nordeste. ...................................................................................... 64
Figura 49- Fachada á Sudoeste. ...................................................................................... 64
Figura 50- Fachada á Sudeste. ........................................................................................ 65
Figura 51- Fachada á noroeste........................................................................................ 65
Figura 52- Área comercial, Primavera Office. ............................................................... 66
Figura 53- Hall de entrada Primavera office. ................................................................. 66
Figura 54- Fachada. ........................................................................................................ 67
Figura 55- Restaurante Primavera office. ....................................................................... 68
Figura 56- Fachada Unidade básica - UBS. ................................................................... 68
Figura 57- Planta acessos ............................................................................................... 70
Figura 58- Planta térreo e corte. ..................................................................................... 73
Figura 59- isometria explodida....................................................................................... 74
Figura 60- Espaços interno upa. ..................................................................................... 74
Figura 61- Sistema de ventilação e iluminação. ............................................................. 75
Figura 62- Pátios internos............................................................................................... 75
Figura 63- Fluxograma. .................................................................................................. 87
Figura 64- Identidade visual do Centro. ......................................................................... 88
Figura 65- Evolução da forma. ....................................................................................... 89
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diagnóstico do entorno -problemáticas .......................................................... 11


Tabela 2: Diagnóstico do entorno – Problemáticas ........................................................ 11
Tabela 3 - Valores de dB em ambientes hospitalares. .................................................... 38
Tabela 4 - Cores Quentes ............................................................................................... 40
Tabela 5- Cores Frias ..................................................................................................... 40
Tabela 6 - Sensação térmica e resposta fisiológica ........................................................ 41
Tabela 7- Programa de necessidades. ............................................................................. 45
Tabela 8- Programa de necessidades. ............................................................................. 46
Tabela 9- Programa de necessidades. ............................................................................. 47
Tabela 10- Programa de necessidades. ........................................................................... 55
Tabela 11- Programa de necessidades. ........................................................................... 56
Tabela 12- Programa de necessidades. ........................................................................... 56
Tabela 14- Programa de necessidades. ........................................................................... 57
Tabela 13 - Programa de necessidades. .......................................................................... 57
Tabela 15- Programa de necessidades. ........................................................................... 71
Tabela 16- Programa de necessidades. ........................................................................... 71
Tabela 17- Programa de necessidades. ........................................................................... 72
Tabela 18- Lei de uso e ocupação do solo- LUOS. ........................................................ 77
Tabela 19 - Parâmetros do lote. ...................................................................................... 77
Tabela 20- Programa de necessidades. ........................................................................... 85
Tabela 21- Programa de necessidades. ........................................................................... 85
Tabela 22- Programa de necessidades. ........................................................................... 86
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Depressão e Ansiedade no Brasil .................................................................. 28


Gráfico 2- Prevalência por País. ..................................................................................... 29

LISTA DE MAPAS

Mapa 1: Evolução Riacho fundo 1. .................................................................................. 9


Mapa 2: Localização ...................................................................................................... 10
Mapa 3- Luos - Lei de uso e ocupação do solo. ............................................................. 13
Mapa 4- Hierarquia viária. ............................................................................................. 14
Mapa 5- Equipamentos Urbano ...................................................................................... 17
Mapa 6- Mobiliários urbano ........................................................................................... 21
Mapa 7- Vegetação......................................................................................................... 25
Mapa 8: Proposta Urbanística ....................................................................................... 26
Mapa 9- Localização ...................................................................................................... 30
Mapa 10Localização CAPS no DF................................................................................. 30
Mapa 11- Localização Vietnã......................................................................................... 43
Mapa 12- Localização Florianópolis. ............................................................................. 54
Mapa 13- Localização Brasilia. ...................................................................................... 69
Mapa 14- Localização. ................................................................................................... 76
Mapa 15- Uso do solo. ................................................................................................... 78
Mapa 16- Gabarito de altura e skyline. .......................................................................... 79
Mapa 17- Topografia 1 em 1 metro................................................................................ 80
Mapa 18- Topografia 5 em 5 metros. ............................................................................. 80
Mapa 19- Vegetação. ...................................................................................................... 81
Mapa 20- Mobiliário urbano. ......................................................................................... 82
Mapa 21- Equipamentos Urbano e infraestrutura. ......................................................... 82
Mapa 22- Percurso solar. ................................................................................................ 83
Mapa 23- Implantação .................................................................................................... 90
SUMÁRIO

1 INTERVENÇÃO URBANA .......................................................................................................... 9

1.1 HISTÓRICO DA REGIÃO ADMINISTRATIVA. ..................................................................... 9

1.1.2 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 10

1.1.3 DIAGNÓSTICO ............................................................................................................ 11

1.1.4 DIRETRIZES ................................................................................................................ 11

1.2 ANÁLISE DOS MAPAS..................................................................................................... 12

1.2.2 USO DO SOLO ............................................................................................................ 12

1.2.3 HIERARQUIA VIARIA ........................................................................................................ 13

1.2.3 MOBILIÁRIOS E EQUIPAMENTOS URBANOS ................................................................... 17

1.2.4 VEGETAÇÃO ..................................................................................................................... 24

1.2.5 DETALHAMENTO ....................................................................................................... 26

Capítulo 1 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 26

3. JUSTIFICATIVA....................................................................................................................... 27

4 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................... 31

4.1.1 OBJETIVOS GERAIS......................................................................................................... 31

4.1.2 METODOLOGIA ................................................................................................................ 31

5. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................................... 32

5.1.1 ANSIEDADE ...................................................................................................................... 32

5.1.2 DEPRESSÃO ...................................................................................................................... 33

5.1.3 PREVENÇÃO ..................................................................................................................... 34

6. NEUROARQUITETURA .......................................................................................................... 34

7 BIOFILIA ................................................................................................................................ 35

8 CONFORTO AMBIENTAL ........................................................................................................ 37

8.1 CONFORTO ACÚSTICO ........................................................................................................ 37

8.1.1 CONFORTO LUMINOTÉCNICO ......................................................................................... 38

8.1.2 HIDROTÉRMICO ............................................................................................................... 41


6
9. ESTUDO DE CASO ................................................................................................................. 42

9.1.1 THE VIBES OFFICE ............................................................................................................ 42

9.1.2 RELAÇÃO COM O ENTORNO ............................................................................................ 43

9.1.3 ACESSOS ......................................................................................................................... 44

9.1.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................................... 45

9.1.5 PLANTA BAIXA E SETORIZAÇÃO ....................................................................................... 47

9.1.6 CORTES ............................................................................................................................ 49

9.1.7 MATERIAIS E SISTEMA CONSTRUTIVO ............................................................................ 50

9.1.8 CONFORTO AMBIENTAL E SUTENTABILIDADE ................................................................ 51

9.2 PRIMAVERA OFFICE ....................................................................................................... 53

9.2.1 IMPLANTAÇÃO E ACESSOS .............................................................................................. 54

9.2.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................................... 55

9.2.3 PLANTA BAIXA E SETORIZAÇÃO ....................................................................................... 58

9.2.4 CORTES ...................................................................................................................... 62

9.2.5 FACHADAS ..................................................................................................................... 64

9.2.6 SISTEMA CONSTRUTIVO E MATERIAIS ............................................................................ 65

9.2.7 BIOCLIMATIMO E SUSTENTABILIDADE ...................................................................... 67

9.3 UNIDADE BASICA DE SAUDE (UPA) – PARQUE RIACHO FUNDO ................................... 68

9.3.1 IMPLANTAÇÃO E ACESSOS .............................................................................................. 70

9.3.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................................... 70

9.3.3 PLANTA BAIXA/CORTE E SETORIZAÇÃO .......................................................................... 72

9.3.4 SISTEMA CONTRUTIVO E MATERIAIS .............................................................................. 73

4.5 CONFORTO AMBIENTAL ..................................................................................................... 75

10 DIAGNÓSTICO DO TERRENO ................................................................................................ 76

10.1.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 76

10.1.2 PARAMETROS DO TERRENO .......................................................................................... 77

10.1.3 USO DO SOLO ................................................................................................................ 78

10.1.4 GABARITO DE ALTURA E SKYLINE .................................................................................. 78


7
10.1.5 TOPOGRAFIA ................................................................................................................. 79

10.1.7 EQUIPMETOS E MOBILIÁRIOS URBANO ........................................................................ 81

10.1.8 BIOCLIMATISMO ............................................................................................................ 83

11. PROPOSTA .......................................................................................................................... 84

11.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES ........................................................................................ 84

11.2 FLUXOGRAMA .................................................................................................................. 86

11.3 CONCEITO ......................................................................................................................... 87

11.4 PARTIDO ........................................................................................................................... 89

11.5 IMPLANTAÇÃO.................................................................................................................. 89

11. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 90

12. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 91

8
1 INTERVENÇÃO URBANA

Neste capitulo será realizado uma intervenção urbana referente a RA – Região


Administrativa do Riacho Fundo I com o propósito de coletar e analisar dados para melhor
caracterização do entorno.

1.1 HISTÓRICO DA REGIÃO ADMINISTRATIVA.

Segundo o GDF ( GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL), O riacho fundo


tem sua origem na antiga granja do mesmo nome, situada as margens do ribeirão
Riacho Fundo. Esta granja foi estabelecida logo apos a inauguração de Brasilia e
inicialmente servia como uma vila residencial para os funcionários. Como parte de um
programa gorvenamental para eliminar as favelas nas areas perifericas das cidades,
a granja Riacho fundo foi loteada em 13 de março de 1990. Isso resultou na
tranferencia de moradores da invasão do bairro Telebrasilia e outras localidades do
Distrito Federal para o local. A partir dessa ação, o assentamento passou a ser a XVII
região administrativa instituída pela Lei nº 620/93 e pelo Decreto nº 15.514/94.

Mapa 1: Evolução Riacho fundo 1.

9
Fonte: Geoportal, editado pela autora (2023).
O Riacho Fundo ocupa uma área de 1.778,11 hectares e 44.464 habitantes, entre
área urbana e rural. (PDAD 2021). Em fevereiro de 1994, houve o parcelamento do riacho
fundo II, como uma extensão do Riacho Fundo I e em 2003 esse território foi elevado ao status
de uma nova Região Administrativa. A cidade conta com parque Ecológico, shopping, Feira
permanente, um skate parque, praças, várias quadras de esportes e muito mais

1.1.2 LOCALIZAÇÃO

Mapa 2: Localização

Fonte: Google Maps, modificado pela autora (2023).

O Riacho Fundo I está localizado próximo a BR-060 (que liga a capital federal
a Goiânia) a 21 km do Plano Piloto, O acesso principal á Ra é através da Entrada parque
Núcleo Bandeirantes – EPNB (BR-075), tem seus limites de conexão com o Riacho fundo
2, Taguatinga, Samambaia, Areal, núcleo bandeirante, candanga, entre outros.

10
1.1.3 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é necessário para a melhor visualização das necessidades da


região, facilitando a compreensão para que as diretrizes possam ser implementadas.
Primeiro serão analisadas as potencialidades e as problemáticas (Tabela 1 e 2), e
através dessa analise será estabelecida uma diretriz propondo melhoria ao entorno da
área estudada.

Tabela 1: Diagnóstico do entorno -problemáticas


Tabela 1: Diagnóstico do entorno – Problemáticas

Fonte: Autoral (2023).

Tabela 2: Diagnóstico do entorno – Problemáticas

Fonte: Autoral (2023).

1.1.4 DIRETRIZES

Com base na avaliação realizada após a análise dos dados e mapas do local as
orientações de projetos destinadas a abordar as questões identificadas são:

11
• Implementar faixas de ciclovias propondo incluir mobilidade segura e acessível para
diferentes modos de transportes;
• Revitalização de uma praça próxima ao terminal rodoviário propondo uma área
melhor de convívio;
• Reconstrução e dimensionamento das calçadas com acessibilidade aplicada, com o
objetivo de integrar uma ciclovia e melhorar o fluxo das calçadas;
• Planejamento paisagísticos com o foco na criação de áreas sombreadas para melhor
interação das pessoas com a natureza;
• Adição de novas faixas de pedestres próximas as paradas, propondo melhorar a
segurança dos pedestres.

1.2 ANÁLISE DOS MAPAS

1.2.2 USO DO SOLO

De acordo com a Lei de Uso e Ocupação do solo (LUOS)


Lei complementar nº 948, de 16 de janeiro de 2019, é permitido no entorno variações de
usos, como, institucionais, comerciais, residenciais e mistos. Com base nas tabelas
disponibilizadas pela luos a região administrativa do Riacho fundo 1 se caracteriza pelos
seguintes usos, CSII 2 destinado a prestação de serviços e comércios. CSIIR 1 NO e CSIIR
2 NO destinados a comércios, prestação de serviços e em alguns casos, institucional,
residencial e industrial. CSIIR 2 destinado a Centro Urbano, Prestação de serviços,
comercial, residencial e alguns usos institucionais, no caso identificado no mapa do Riacho
Fundo o uso de CRII 2 são específicos em usos comerciais e prestação de serviços e é um
dos usos predominantes do entorno. INST E INST EP destinados a institucional e
institucional equipamento público. PAC 2 destinado a postos de abastecimento. RO 1 e RO
2 destinados a uso residencial unifamiliar e é também um uso predominante no entorno.

12
Mapa33-- Luos
Mapa Luos -- Lei
Lei de
de uso
uso ee ocupação
ocupação do
do solo.
solo.

Fonte: Geoportal e Qgis, modificado pela autora (2023).

1.2.3 HIERARQUIA VIARIA

As vias presentes no entorno são identificadas por vias arteriais que é uma estrada
de alta capacidade projetada para o trafego de veículos, geralmente conectando áreas
urbanas importantes e facilitando o fluxo de tráfego intenso; as coletoras que são estradas
projetadas para coletar e distribuir o trafego de várias ruas e estradas secundarias,
proporcionando acesso às áreas comerciais e residenciais, geralmente com menor
velocidade e maior segurança em comparação as vias arteriais; As locais que são estradas
projetadas para trafego local de curta distância, é uma via de acesso as propriedades
residenciais e comerciais e é caracterizada por velocidades mais baixas e menor volume de
trafego.

13
Mapa
Mapa4-
4 -Hierarquia
Hierarquiaviária.
viária.

Fonte: Geoportal e Qgis, modificado pela autora (2023).

A via coletora a leste (figura) desempenha um papel importante na região pois é


a via que passa pela avenida central onde se encontra a maior parte dos comércios do
Riacho fundo I, incluindo a Administração e a feira permanente. É considerada uma via de
alto fluxo por ser compartilhada com veículos, transporte público e pedestres e não possui
ciclovias, o que acaba tornando em horários de pico uma via de trafego lento. Ao longo das
vias é concentrado a maior parte dos estacionamentos, propondo atender as demandas
geradas pelos comércios (figura).

14
Figura 1-
Imagem: Via
Via coletora
coletora a leste
a leste

Fonte: Google Maps (2023).

Figura 2- Estacionamento, Samu.


Imagem: Estacionamento, Samu.

Fonte: Google Maps (2023).

15
As vias arteriais a norte (figura), corta transversalmente a avenida central, com
sentido sul e norte, possui duas faixas de mão única e conecta as vias do Riacho fundo 1
com a EPNB, é uma via com o fluxo mais alto e é compartilhada também com pedestres,
transporte público e veículos, ela está ligada diretamente aos comércios o que gera uma
grande movimentação principalmente em horários de pico, não possui estacionamentos o
que ocasiona no embarque e desembarque ao longo da avenida gerando congestionamento.

Figura 3- Via arterial á norte


Imagem: Via arterial a norte

Fonte: Google Maps (2023).

Fonte: Google Maps (2023).

As vias locais a sul (figura) conectam diretamente as quadras residenciais, são faixas
com sentido duplo de aproximadamente 3m, apesar de ser uma via com menor trafego, em
algumas ocasiões por conta de calçadas estreitas e paradas de carros ao longo das vias
ocorre de a circulação ser prejudicada atrapalhando a mobilidade entre os pedestres.
Figura 4- Via local a sul
Imagem: Via local a sul

Fonte: Google Maps (2023). 16


1.2.3 MOBILIÁRIOS E EQUIPAMENTOS URBANOS

Segundo a base de dados do mapa , foram analisados que os esquipamentos


estão bem distribuidos e atendem as demandas do entorno, dentro desses equipamentos
se encontram uma Unidade basica de saude - UBS 03; um Centro Educacional 02 - CED 02
; um Posto de gasolina - Petrobras; uma 29° delegacia de policia civil - PCDF; e um Posto
Policial - PMDF; Alem de espaços comunitarios e do terminal rodoviário.

Mapa5:5-Equipamentos
Mapa EquipamentosUrbano
Urbano

Fonte: Geoportal e Qgis, modificado pela autora (2023).

Unidade básica de saúde - UBS 03 (figura) voltada para atenção primaria e


preventiva à saúde, atende especificamente a população do Riacho fundo 1 e está localizada
na QN 07 Área Especial 09, ao lado terminal rodoviário, segundo a população a estrutura
está precária e a demanda de atendimento não é devidamente atendida;

17
Figura
Imagem: UBS –– Unidade
5- UBS Unidade básica
básica de
de atendimento
atendimento Riacho.
Riacho
fundo I

Fonte: Google Maps (2023)

Centro Educacional 02 localizado na Qn 07 do riacho fundo 1, foi inaugurada em


1997 e hoje atende o ensino fundamental do 6° ao 9° ano e Ensino de jovens e adultos –
EJA. Possui uma boa localização e acessibilidade necessitando apenas de alguns reparos.

Figura 6- CED 02 – Centro Educacional do Riacho fundo I.


Imagem: CED 02 – Centro Educacional do Riacho fundo I.

Fonte: Google Maps (2023).

18
A 29° Delegacia (imagem) é um órgão do sistema de segurança pública ao qual
é voltada para o apoio da comunidade propondo atende as demandas da população e do
entorno. Está localizada na Qs 06/12, proxima as residencias e ao centro comunitario, alem
da Delegacia há tambem um posto policial localizado na Qs 06 Avenida central.;
Figura 7- PCDF- 29° delegacia de polícia civil do Riacho fundo I.

Fonte: Google Maps (2023).

Centro comunitário do Riacho Fundo está localizado na Qs 06 ao lado da 29°


Delegacia, possui equipamentos versificados como quadra de areia e campo sintético

Figura 8- Quadra de areia e Campo sintético.

Fonte: Google Maps (2023).

19
conforme a (imagem). É um parque bastante frequentado, porem carece de acessibilidade
e infraestrutura, com a necessidade de reparação das calçadas (imagem).

Figura 9- Rampa e Calçada de Acesso as quadras existentes.

Fonte: Google Maps (2023).

Os mobiliários urbanos referem-se a objetos, estruturas e equipamentos instalados


em espaços públicos, com objetivo de melhorar a funcionalidade, estética e segurança das
áreas urbanas. Foram identificados no entorno os seguintes mobiliários, Aparelho de
ginastica, Campo sintético, parque infantil, Pec, quadra de areia e quadra poliesportiva.
Quanto a infraestrutura ligada a esses mobiliários, há faixas de iluminação, faixas de
pedestre e paradas de ônibus, é relevante ressaltar que diante essa infraestrutura os postes
de iluminação não atendem o entorno ocasionando escuridão a noite e insegurança aos
pedestres já as paradas de ônibus e as faixas de pedestre estão bem posicionadas e atende
a demanda do entorno.

20
Mapa 6- Mobiliários urbano

Fonte: Geoportal e Qgis, modificado pela autora (2023).

O PEC está localizado na Qs 06 onde se encontra o centro comunitário do Riacho.


Os equipamentos estão bem conservados, mas não há infraestrutura, incluindo a falta de
sombreamento, tendo apenas um pergolado existente, necessário que haja uma
requalificação das rampas e dos passeios (imagem), além de implementações de
arborização para promover um maior conforto bioclimático.

21
Figura 11-PEC
Imagem: PECinstalada
instaladano
nocentro
centrocomunitário.
comunitário.

Fonte: Google Maps (2023).

Figura 10- Rampa de acesso a pec.

Fonte: Google Maps (2023).

O parque infantil (imagem) está situado na Qs 06 próximo a administração do


riacho fundo, é um parque com infraestrutura precária quanto as calçadas e aos bancos

22
existentes (imagem) e falta de acessibilidade apesar de seus equipamentos estarem em
bom estado. É necessária uma reconstrução das vias e de acessibilidade.
Figura 13-Parque
Imagem: ParqueInfantil
Infantil

Fonte: Google Maps (2023).

Figura 12- Rampa de acesso ao parquinho.

Fonte: Google Maps (2023).

23
No entorno estudado há duas paradas de ônibus situada uma próxima ao Centro
educacional 02 (figura) e outra próxima ao terminal rodoviária, com relação ao ponto está
bem localizada, mas há divergência de acessibilidade.

Figura 14- Ponto de ônibus.

Fonte: Google Maps (2023).

1.2.4 VEGETAÇÃO

As áreas verdes incluídas no contexto urbano desempenham um papel crucial ao


melhorar a qualidade de vida, oferecendo um ambiente mais agradável gerando inclusão
entre a natureza e o pedestre.

24
Mapa 7- Vegetação.

Fonte: Geoportal e Qgis, modificado pela autora (2023).

Foi identificado quanto áreas verdes uma boa proporção, mas apesar de ter grande
áreas verdes, essas áreas não possuem arborizações o que torna o ambiente não muito
agradável, as áreas que mais possuem arborizações são próximas as áreas comercias.

Figura 15- imagem, satélite, vegetação.

Fonte: Google Maps (2023). 25


1.2.5 DETALHAMENTO

Capítulo 1 Mapa 8: Proposta Urbanística

Fonte: Qgis, modificado pela autora (2023).

Figura 16- Proposta Urbanística


Imagem: Proposta Urbanística

Fonte: Autoral (2023)

26
2. INTRODUÇÃO

O arquiteto e urbanista desempenha um papel fundamental no cuidado com o


bem-estar humano e na harmonia com o ambiente a ser frequentado, tornando-se crucial a
sua sensibilidade às necessidades individuais de cada pessoas
Sendo assim, este trabalho tem como base a identificação dos aspectos positivos
da arquitetura como um elemento fundamental no tratamento de pacientes com transtornos
mentais, mais especificamente correlacionados a ansiedade e a depressão. A proposta
consiste em desenvolver um centro de psicoterapia humanizado, fundamentado na
neuroarquitetura, na biofilia e nos conceitos de conforto ambiental (iluminação, acústica e
temperatura), com o objetivo de promover um ambiente eficaz e acolhedor para os
pacientes. O foco principal está em compreender a importância da neuroarquitetura, da
biofilia e do conforto ambiental no contexto do tratamento, e também em desenvolver as
melhores estratégias arquitetônicas e urbanísticas para um centro de psicoterapia, com base
nas pesquisas.

3. JUSTIFICATIVA

No contexto atual, é evidente que os distúrbios mentais mais prevalentes no início


do século XXI são a depressão e a ansiedade, conforme destacado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
A depressão e ansiedade têm manifestações diferentes, mas
possuem fundamentos corriqueiros, que são síndromes
heterogêneas, supostamente relacionadas devido a características
cotidianas, são fenômenos separados, os quais podem alternar-se ao
longo do tempo, são manifestações distintas (SANTOS, 2018, p.46).

A OMS relata que a depressão é um transtorno psicológico que afeta


aproximadamente 4,4% da população no mundo, manifestando-se através de sintomas
como, persistente tristeza e perda de interesse ou vontade em atividades previamente
gratificantes. A organização ressalta que esses sintomas podem variar em intensidade,
podendo ser leves ou graves, resultando em perturbações no padrão de sono e no apetite,
assim como fadiga e dificuldade de concentração (OMS,2017, p. 7 a 8).

27
Quanto a ansiedade ela pode ser caracterizada como um transtorno mental quando
os sintomas não são mais saudáveis, comparado ao sentimento de angustia frequente,
sofrimento por antecipação, medo, sentimento de ansiedade que persiste mesmo que não
tenha ocorrido nada ou apenas imaginação. (SERSON, 2016, p. 34-35).

Gráfico 1- Depressão e Ansiedade no Brasil

Fonte: Desconhecido, (2023).

Tanto a depressão quanto a ansiedade são condições patológicas que geram


preocupações para a sociedade. De acordo com os dados da organização Mundial da Saúde
(OMS) de 2017, aproximadamente 322 milhões de indivíduos em todo o mundo sofrem de
depressão, enquanto 264 milhões enfrentam ansiedade. O Brasil ocupa a segunda posição
mundial, com 5,8% da população vivenciando transtornos de depressão, o que corresponde
a cerca de 11,54 milhões de pessoas. Em contrapartida, os transtornos de ansiedade lideram
a lista estando em 1 lugar, afetando 9,3% da população brasileira, com o total de 18,65
milhões de pessoas. Essas estatísticas são ilustradas nos seguintes gráficos. (gráfico).

28
Gráfico 2- Prevalência por País.
Gráfico 2: Prevalência por País.

Fonte: Desconhecido, (2023).

Destacam-se como principais pontos de apoio psicossocial no Distrito Federal:


O Centro de atenção Psicossocial (CAPS), que se trata de uma unidade de saúde mental
presente no sistema de saúde brasileiro, especificamente na Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS). Os CAPS desempenham um papel fundamental no cuidado e tratamento de
pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, como depressão grave, entre
outros.
Tendo em vista as localidades que estão presentes no mapa 1, os CAPS situados
no DF estão concentradas ao oeste, e apesar de serem localidades próxima ao terreno
escolhido, a demanda de atendimentos acaba sendo maior que a capacidade atendida,
ocasionando a falta de apoio necessário.
Sendo assim, foram estudadas as regiões que mais se encaixassem na proposta
de um Centro de psicoterapia, contando com características de fácil acesso e disposição ao
máximo de regiões próximas, e a região escolhida foi a RA XVII – Riacho Fundo I.

29
Mapa 9- Localização

Fonte: GDF, modificado pela autora (2023)

Mapa 10Localização CAPS no DF.

Fonte: GDF, modificado pela autora (2023)

30
Segundo o PDAD (2021) o Riacho Fundo I ocupa uma área de 1.778,11 hectares e
44.464 habitantes, sendo 47,4% do sexo masculino e 52,6% do sexo feminino, com 11,5%
de raça preta e 2,5% LGBTQIA+. Quanto a distribuição de saúde a PDAD afirma que dentro
do estudo realizado apenas 29,9% da população possui plano de saúde enquanto os 70,1%
não possuem.
Ao analisar o perfil de necessidades do Riacho fundo I, é possível perceber a falta
de serviços públicos quanto ao apoio psicológico e de auxílios para esse atendimento, sendo
a maior parte de apoios particulares. Assim o centro entra como influencia crucial para esse
apoio contando propor o atendimento á pessoas, incluindo estudantes de baixa renda.

4 OBJETIVO GERAL
Elaborar um projeto relacionado a um Centro de Psicoterapia, localizado no
Riacho Fundo I, visando oferecer um atendimento mais eficiente, humanizado e acolhedor
para adultos e adolescentes que sofrem de transtornos mentais relacionados a ansiedade e
depressão, possibilitando atender melhor às demandas da população afim de complementar
as maneiras de tratamento.

4.1.1 OBJETIVOS GERAIS

• Analisar e propor uma intervenção urbana no local de implantação do projeto;


• Definir os principais tipos de transtornos mentais, incluindo depressão e ansiedade,
suas causas e quais as necessidades do pulico alvo;
• Compreender a neuroarquitetura, a biofilia e o conforto ambiental como importante
no espaço para tratamento;
• Desenvolver, com base nos estudos de caso e pesquisas, as melhores estratégias
arquitetônicas e urbanísticas para um centro de Psicoterapia;
• Conhecer e analisar a área escolhida para elaboração da proposta;
• Desenvolver diretrizes necessárias para concepção do projeto arquitetônico.

4.1.2 METODOLOGIA

Serão necessários para a elaboração conceitual do trabalho as seguintes


metodologias.

31
• Pesquisas bibliográficas que incluem, artigos, trabalhos de curso do mesmo tema e
sites relacionados;
• Estudos de casos, sendo 1 nacional e 1 internacionais e 1 local, visando abranger os
conhecimentos dentro do tema selecionado;
• Visitas técnicas e fotográficas para captação de dados para intervenção urbana no
local de implantação do projeto;
• Pesquisas sobre o tema através do referencial teórico;
• Divisão do plano de necessidades do projeto proposto;
• Esquema volumétrico.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1.1 ANSIEDADE

A ansiedade pode ser definida como um estado emocional desagradável de


agitação, acompanhado por uma série de queixas físicas que, em alguns pacientes, são
mais perceptíveis do que as manifestações emocionais. As queixas mais comuns incluem:
Taquicardia, respiração acelerada, tremores, dores, formigamentos, dormências, sensação
de sufocamento, tensão, insegurança, entre muitos outros.
E que a maneira prática de se diferenciar ansiedade normal
de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa
é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do
momento ou não. Se houver estímulos ansiosos para acontecimentos
que não existem ou ainda não possuem a possibilidade de existência,
torna-se patológico (CHAVES; CORRÊA, 2018, p.7).

Figura 17: Tipos de Ansiedade

Fonte: Autor desconhecido, (2023). 32


A ansiedade de acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID-10, cataloga os episódios de transtornos ansiosos como (F41)
podendo variar de acordo com o seu grau.

5.1.2 DEPRESSÃO

A Depressão pode manifestar-se de diversas maneiras, exibindo sintomas


psicológicos como humor deprimido, ideias de morte e suicídio, fadiga, sensação de
esgotamento, diminuição da concentração, dificuldade de tomar decisões, entre muitos
outros. Além disso, podem ocorrer queixas físicas, como alterações no sono, aumento ou
diminuição do apetite e peso, redução da libido e dores inexplicáveis sem causas aparentes.

Figura 18 - Sintomas de Depressão.

Fonte: Autor desconhecido, (2023).

A depressão, de acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de


Comportamento da CID-10, cataloga os episódios depressivos como (F32), podendo variar
de acordo com o seu grau.
33
5.1.3 PREVENÇÃO

Sabe-se que nem sempre é possível a inserção dessas práticas ao dia a dia, mas
como uma das formas de ajudar o processo de tratamento é necessário adotar algumas
práticas;
Manter um estilo de vida saudável envolve a adoção de praticas como manter uma
dieta equilibrada, realizar atividades físicas regularmente e reservar tempo para atividades
pra atividades prazerosas, afim de combater o estresse. Recomenda-se particularmente a
pratica de esportes, e em casos de depressão, é fundamental evitar o consumo de álcool e
drogas, reduzir a ingestão de cafeína e jamais interromper as formas de tratamento sem
orientação médica.

6. NEUROARQUITETURA

Para Paiva, 2019, esse termo consiste no estudo da neurociência aplicado a


arquitetura. Essa ciência busca compreender os impactos que os ambientes têm sobre a
mente, emoções e comportamentos humanos.
Para que a neuroarquitetura seja aplicada com eficácia, é crucial levar em
consideração a percepção e a sensorialidade, que se manifestam através dos cinco
sentidos: tato, audição, olfato, paladar e visão.
De acordo com PALLASMA (2011, p.11) toda experiencia emocionante com a
arquitetura é verdadeiramente multissensorial, pois as características do espaço, da matéria
e da escala são avaliadas igualmente pelos nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua,
esqueleto e músculos. A arquitetura enriquece a experiência da existência, fortalecendo
nossa sensação de pertencimento ao mundo, e isso é fundamentalmente uma experiencia
que reforça nossa identidade.
Figura 19- Ilustração da relação da arquitetura com os sentidos.

34

Fonte: Autoral (2023).


No entanto, é importante destacar que o desempenho do cérebro não é afetado
apenas pelo ambiente físico, mas também por fatores como personalidade, hábitos e
costumes, que tem impacto nas funções orgânicas individuais. Além disso, os elementos
incorporados ao ambiente devem estar alinhados com a utilização planejada do espaço, de
modo a estimular comportamentos apropriados, como o aumento da criatividade, a melhoria
da produtividade, a redução d afadiga, o reforço da concentração, entre outros
(PAIVA,2018).

Figura 20- Ilustração trilogia interativa da neuroarquitetura.

Fonte: Autoral (2023)

O autor Rodrigues, 2002, descreve que a nomenclatura utilizada está relaciona a


atividade do cérebro e áreas como o córtex cerebral, o hipocampo e a amígdala com as
condições físicas e os ambientes.

7 BIOFILIA

Conforme mencionado por Fonseca (2009, p.6) a biofilia é um termo que


representa a conexão entre os seres humanos e a natureza, essa conexão está
intrinsecamente ligada a saúde física e ao bem estar psicológico. Isso implica na
35
necessidade de um relacionamento direto ou indireto entre seres humanos e o ambiente
natural. Diante disso o contato natural reduz sintomas de transtorno de déficit de natureza,
além de ser aplicada em edifícios que contribuam para a recuperação e a saúde das
pessoas.
O princípio da biofilia é unir as pessoas com a natureza para recuperar o bem-
estar. Isto deve ser feito com a integração da natureza nos projetos, os
profissionais responsáveis como arquitetos e designers, devem adicionar as
propriedades da natureza aos ambientes projetados (STOUHI, 2019, s.p).

Para alcançar o bem-estar, é necessária uma estratégia que incorpore as


características do mundo natural nos espaços construídos. Isso inclui elementos como água,
vegetação, luz natural, madeira e pedra. Em situações como essa, o uso de formas
orgânicas e silhuetas botânicas desempenha um papel fundamental em projetos biofílicos,
permitindo estabelecer conexões visuais entre luz e sombra. Isso, por sua vez, valoriza a
relação entre o ambiente construído e a natureza de varias maneiras, resultando em uma
série de benefícios psicológicos e neurológicos.
Segundo (BONI,2019) o Curso d’água tem capacidade de proporcionar
tranquilidade aos sentidos, trazendo bem-estar e estimulando a produtividade enquanto a
ventilação natural é essencial para alcançar o conforto térmico aumentando a produtividade.
De acordo com (RANGEL,2018) A iluminação natural essencial para o equilíbrio
de ciclo biológico humano, pois a exposição á luz solar ajuda na regulação do ritmo
circadiano. Quando a iluminação é artificial, o corpo não consegue discernir as variações
naturais de luz e sombra, o que prejudica a produção de melatonina, o hormônio que facilita
o relaxamento e o sono. Isso pode resultar em fadiga física e metal, bem como dificuldades
para adormecer.

Um exemplo de projeto biofílico é o THE VIBE OFICCE localizado no Vietnã, que


é um edifício de um escritório bioclimáticos oferece uma variedade de espaços abertos e
Figura 21- The vibes Office

Fonte: Archdaily, 2019. 36


áreas verdes em quantidade suficiente para proporcionar uma atmosfera serena e tranquila
em meio a um ambiente urbano. (IMAGEM)

Figura 22- The vibes Office

Fonte: Archdaily, 2019.

8 CONFORTO AMBIENTAL

Em nível projetual a aplicabilidade dos conceitos de conforto ambiental é


indispensável, e é uma poderosa ferramenta do arquiteto para proporcionar o bem-estar dos
indivíduos. Frota e Schiffer (2016, p.17) citam que “a arquitetura deve servir ao homem e ao
seu conforto”, e esse deve ser o principal propósito quando se projeta e constrói um ambiente
voltado aos cuidados mentais. Pois o ambiente possui influência direta na recuperação dos
pacientes.

8.1 CONFORTO ACÚSTICO

Segundo Goes (2004, p. 107), ao abordar as diferentes facetas do conforto


acústico, é necessário considerar elementos como “A posição e orientação do edifício, as
37
dimensões e localização das aberturas, a eficácia do isolamento das paredes e as
propriedades acústicas dos materiais utilizado, bem como a minimização das fontes internas
de ruido.”
Compreender o conceito do fenômeno sonoro e sua propagação, mesmo em uma
abordagem simplificada, desempenha um papel essencial na busca por oferecer o máximo
de conforto acústico aos usuários. A ANVISA (2014, p. 51) esclarece que o nível de
intensidade sonora (NIS) é determinado pela quantidade de energia sonora e expresso em
unidades de decibéis (dB). O decibel é a unidade de medida empregada na quantificação
de níveis de ruido em um determinado ambiente. Cada decibel corresponde a uma pressão
sonora de o,0002 dinas por centímetro quadrado.
De acordo com GOES (2004, p.107) os sons podem ter um impacto significativo
sobre as pessoas. O ouvido humano possui capacidade de detectar diferentes níveis de
ruídos, como por exemplo, 90 decibéis ao ouvir a atividade de um motociclista a uma
distância de 8 metros e 85 decibéis ao escutar o choro de bebes. Em Ambientes hospitalares,
a Associação Brasileira de normas técnicas (2000) recomenda níveis de ruido entre 35 e 55
decibéis (ABNT,2000, s.p).
Com base na NBR 10152/1987, que aborda os critérios de níveis de ruido para
garantia do conforto acústico, foi viável criar uma tabela, relacionada aos espaços
encontrados em clinicas de suporte psicológico:

Tabela 3 - Valores de dB em hospitalares.

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados apresentados na NBR 10152 (1987, p.2).

8.1.1 CONFORTO LUMINOTÉCNICO

Para garantir a criação de ambientes confortáveis, é fundamental levar em


consideração o conforto visual. Conforme indicado no Manual de Conforto Ambiental em
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA,2014, p.71), os elementos relacionados
á iluminação e cores desempenham um papel importante na promoção da sensação de

38
conforto visual dos usuários e têm como finalidade facilitar o desempenho das atividades a
serem realizadas.

• ILUMINAÇÃO
A luz natural, aquela que é produzida naturalmente, sem interferência do ser
humano, auxilia na fixação de vitamina D no organismo, desde que a luz possa ser
controlada, evitando o ganho excessivo de calor ou desconforto. Martins (2004, p. 64) em
sua obra, aponta a importância da luz natural na qualidade visual dos ambientes, isto porque,
ela pode interferir diretamente na recuperação do paciente ou na amenização de transtornos
mental.
Quando se trata de iluminação artificial, esta pode ser classificada como direta,
quando o fluxo de lux incide diretamente em um local, ou indireta, quando a luz primeiro
reflete em uma superfície antes de se espalhar por todo espaço. Além disso, existe a opção
de iluminação de efeito, que é quando a luz é embutida, exemplificado na (imagem).

Figura 23 - Ilustração tipos de iluminação.

Fonte: PEREIRA, 2018, s.p., modificado pelo autor.

39
• COR

Segundo Cunha 2004, assim como na arte, o uso das cores na Arquitetura pode
favorecer, ou desfavorecer um ambiente, realçar ou esconder e também promover diferentes
sensações em quem as vê. Se usada de forma incorreta as cores podem atrapalhar a
execução das atividades cotidianas de um ambiente hospitalar, tal como causar emoções
indesejáveis nos pacientes.
Goes (2010, p.53) destaca o fato de que cada cor evoca sensações distintas
nas pessoas. Nesse contexto, o autor elaborou uma tabela que relaciona as cores quentes
e frias com os sentimentos que elas despertam:
Com isso, enfatiza-se a importância de escolher as cores adequadamente ao considerar
o conforto visual, uma vez que elas podem influenciar diretamente a percepção de espaço
pelos usuários.
Tabela 5 - Cores Quentes

Fonte: Elaborado pela autora de acordo com dados fornecidos por Góes (2004, p.109 -
110) e Lira Filho (2002 p. 39 – 45).

Tabela 4- Cores Frias

Fonte: Elaborado pela autora de acordo com dados fornecidos por Góes (2004, 40
p.109 - 110) e Lira Filho (2002 p. 39 – 45).
8.1.2 HIDROTÉRMICO

Conforme estabelecido na Norma Técnica ABNT NBR7.256, o conceito de


desempenho térmico de edificações é definido como a “satisfação psicofisiológica de um
indivíduo em relação às condições térmicas do ambiente” (ABNT,2005, p. 30). De acordo
com Olaf Fagner (FANGER,1972, s.p citado por ANVISA,2014 p. 30), a neutralidade térmica
é a preferência do indivíduo pela temperatura que não é nem mais quente nem mais fria do
que a temperatura do ambiente em que ele se encontra.
O conforto térmico é frequentemente avaliado com base na temperatura do ar, que
é o indicador mais comumente utilizado. No entanto, outros elementos também
desempenham um papel significativo, como a umidade relativa do ar. Portanto, é adotado o
conceito hidrotérmico para abranger esses fatores adicionais. Além disso, existem outros
elementos a serem considerados, incluindo fatores ambientais, como a temperatura radiante
do ar e a velocidade do ar, bem como fatores pessoais, como o calor metabólico e o tipo de
vestuário (ANVISA,2014, p. 33).
Quando se trata de ambientes de saúde, há ainda outras considerações
importantes a serem feitas em relação ao conforto hidrotérmico.

Tabela 6 - Sensação térmica e resposta fisiológica

41
Fonte: FUNARI, 2006, s.p., apud ANVISA, 2014, p.35
9. ESTUDO DE CASO

Neste capítulo, serão explorados três estudos de caso de projetos que exercerão
uma influência indireta no contexto projetual do Centro de Psicoterapia em desenvolvimento.
Os projetos selecionados estão fundamentados na promoção da saúde e bem-estar por meio
do ambiente construído. O projeto "The Vibes Office", em escala internacional, desempenha
um papel significativo nas escolhas de materiais, soluções bioclimáticas e na incorporação
da natureza no espaço, seguindo os princípios da biofilia. Em nível nacional, o projeto
"Primavera Office" influencia as decisões relativas aos materiais e à estrutura empregados.
E por fim o projeto UPA- Riacho fundo 2 em uma escala local, influenciando na distribuição
de áreas da saúde e na centralização de pátios internos como solução de humanização dos
espaços.

9.1.1 THE VIBES OFFICE

Ficha Técnica:

• Arquitetos: Arquitetura Infinitiva;


• Localização: AN PHU; VIETNÃ
• Área: 1555 m2;
• Ano: 2021.

Figura 24- Fachada the vibes office

Fonte: Archdaily, 2019. 42


O Vibes é um espaço corporativo que incorpora espaços abertos e áreas verdes,
proporcionando uma atmosfera tranquila em meio a uma área urbana. Foi projetado pelo
infinitive architecture em AN PHU no Vietnã, conta com área total de 1555 m2 e foi finalizado
em 2021. Embora situado em uma rua residencial estreita, algumas adaptações foram
necessárias para converter o ambiente residencial em um espaço funcional de trabalho.
O projeto conta com aspectos biofílicos com o objetivo de proporcionar aos
espaços colaborativos um ambiente de bem estar, através de uma construção saudáveis,
que inclui elementos como iluminação natural, ventilação natural, alta qualidade do ar,
temperatura agradável e níveis reduzidos de ruído.
.

9.1.2 RELAÇÃO COM O ENTORNO

Mapa 11- Localização Vietnã

Fonte: Google Maps, modificado pela autora (2023).


Fonte: Google Maps, editado pela autora (2023).
editado pela autora (2023).
Sendo um edifício corporativo, o escritório se destaca pela singularidade em
editado pela autora (2023).
seu uso, nos materiais empregados e em suas formas, quanto a escala também há
Fonte: Google Maps, editado pela autora (2023).
editado pela autora (2023).

43
uma considerável diferença tendo em vista que o uso predominante do entorno é
residencial.
Figura 25- Relação com o entorno.

Figura: 1 aaaaaaa

Fonte: Archdaily, 2019.

9.1.3 ACESSOS

O acesso principal ocorre pela fachada sudoeste que está voltada para a rua
enquanto a fachada principal e o acesso ao escritório se encontram em uma posição mais
recuada, O pátio frontal e a fachada exterior desempenham o papel de criar espaços de
transição para o acesso. Quanto a entrada de serviço há apenas uma que se encontra na
mesma fachada que a entrada principal.

Figura 26- Planta de acessos

Figura: 1 aaaaaaa

Fonte: Archdaily, 2019. 44


9.1.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Os ambientes foram divididos em áreas sociais, de bem estar, serviço e


administrativas dentro delas espaços de lazer, salas de reunião e de gerenciamentos,
banheiros, terraços e uma área de descanso. A forma retangular propõe ambientes amplos
e com possibilidades de modificações, todos os espaços foram pensados com o objetivo de
propor bem estar e maior produtividade.

Tabela 7- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral, (2023).


45
Tabela 8- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral, (2023). 46


Tabela 9- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral, (2023).

9.1.5 PLANTA BAIXA E SETORIZAÇÃO

No Primeiro pavimento (figura 27) as áreas de maior foco são os espaços de bem
estar, como os pátios, Lobby e as salas de descanso.

Figura 27- Planta Baixa térreo.

Fonte: Archdaily, 2019. 47


No primeiro pavimento (figura 28) estão especificamente as salas de reuniões e de
trabalho com áreas de estar e copa disponíveis.

Figura 28- Planta Baixa Primeiro Pavimento.

Fonte: Archdaily, 2019.

No terceiro Pavimento (figura 29) se encontram as salas de gerenciamentos de


design, e um deck aberto como espaço de trabalho.

Figura 29- Planta Baixa Segundo Pavimento.

48
Fonte: Archdaily, 2019.
Já no ultimo pavimento (figura 30) estão as jardineiras como um espaço verde social.

Figura 30- Planta Cobertura

Fonte: Archdaily, 2019

9.1.6 CORTES

Através dos cortes é possível compreender o pé direito com relação a volumetria,


todos os pés direito matem um padrão de altura.

Figura 31- Corte 1

49
Fonte: Archdaily, 2019
Figura 32- Corte 2

Fonte: Archdaily, 2019

Figura 33- Corte 3.

Fonte: Archdaily, 2019

9.1.7 MATERIAIS E SISTEMA CONSTRUTIVO

Os principais materiais que compões o edifício são: Vidro em quase todas as


divisões proporcionando espaços com iluminação natural, Aço nas estruturas e pilares,
Bambu, blocos de concreto armado, entre outros componentes, como vegetação e pedras
como composição dos ambientes. Algumas cores predominantes são o preto, terra e o verde
das vegetações.

50
Figura 34- Representação dos materiais.

Fonte: Archdaily, 2019

9.1.8 CONFORTO AMBIENTAL E SUTENTABILIDADE

O Clima presente no Vietnã é o tropical, e como um edifício que busca levar o bem
estar e conforto foram implementadas algumas soluções bioclimáticas no edifício.
O planejamento de espaços amplamente abertos, recuos que criassem pequenos
jardins dentro e fora do escritório além das aberturas das janelas tornaram o acesso a
ventilação natural melhores, além da implantação de um espelho D’água que ocupa 1/5 da
área do jardim como contribuição para melhorar o microclima. O uso de cores leves e
vegetações também foram utilizados como melhoria do ar,
Figura 35- Esquema de proteção solar.

51
Fonte: Archdaily, 2019
A camada de pele de bambu serve como uma proteção solar reduzindo
significativamente a incidência de radiação térmica nas fachadas envidraçadas das áreas de
escritório, com vantagens de ambientes naturalmente iluminados contribuindo assim para a
redução do consumo de energia operacional.

Figura 36- Esquema de ventilação.

Fonte: Archdaily, 2019

As escolhas que compõem o vibes desde a seleção dos materiais até as soluções
bioclimáticas contribuem para construção de um projeto sustentável, assim outros elementos
foram implementados como escolhas sustentáveis, o uso de energia renováveis, (Painéis
Solares); Aproveitamento de Água da Chuva para uso em irrigação e descarga; Utilização
de materiais recicláveis.

Figura 37- Diagrama de sustentabilidade.

Fonte: Archdaily, 2019 52


9.2 PRIMAVERA OFFICE

Ficha Técnica:

• Arquitetos: ARK7 Arquitetos;


• Localização: Florianópolis, Santa Catarina;
• Área: 20856 m2;
• Ano: 2020

Figura 38- Fachada Primavera Office.

Fonte: Archdaily, 2023

O Primavera Office é um edifício de uso misto, que abriga áreas comerciais, salas
corporativas, e espaços de lazer. Está localizado na cidade de Florianópolis, Santa Catarina
e situado às margens da rodovia SC 401, foi desenvolvido pelo escritório ARK7 Arquitetos e
concluído em 2020.
A proposta arquitetônica buscou integrar o edifício ao contexto Urbano, com
estratégias que proporcionam conforto térmico, qualidade do ar, eficiência energética e de
uso de água, além de espaços que proporcionam bem-estar e produtividade.
O edifício também é sede da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), que
apoia o desenvolvimento de inovações e empresas de tecnologia na região e possui
Certificação LEED Platinum

53
Mapa 12- Localização Florianópolis.

Fonte: Google Maps, modificado pela autora (2023).

9.2.1 IMPLANTAÇÃO E ACESSOS

A entrada principal para o edifício ocorre pela fachada á noroeste em frente ao


Primavera Garden Center, já os acessos de serviço e ao subsolo acontecem á sudeste,
algumas lojas presentes no edifício contem entrada independente com acesso apenas ao
lado de fora. Quanto a sua implantação, o edifício foi colocado em meio a outros
acontecimentos o que facilita a interação do espaço com os outros ambientes de lazer,
alguns deles são restaurantes, cafés e o Passeio Primavera.

Figura 39- Planta de acessos.

54
Fonte: Archdaily, 2023
9.2.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades foi divido em áreas comerciais, salas corporativas,


serviço e espaços de lazer, assim o edifício contem 6 pavimento, sendo térreo, 1 pavimento
duplex com mezanino, 4 pavimentos tipos, além de 2 pavimentos subsolos para
estacionamento e por fim a cobertura como um espeço comercial e de lazer.

Tabela 10- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

55
Tabela 12- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

Tabela 11- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

56
Tabela 14 - Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

Tabela 13- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

57
9.2.3 PLANTA BAIXA E SETORIZAÇÃO

Ao todo as os dois subsolos possuem aproximadamente 356 vagas de carro sendo


3 PCDS, 31 vagas para motos e 60 para bicicletas, além das vagas contém as áreas de
circulação vertical, depósitos e as áreas técnicas.

Figura 40 -Planta subsolo 1 e 2.

Fonte: Archdaily, 2023

No térreo ocorre o acesso principal para os demais pavimentos e as lojas comerciais


independentes com aberturas para o lado de fora. Na área do térreo possui também um tipo
de mezanino com apenas áreas de circulação e deslocamento para os pavimentos
superiores que serve como acesso de serviços.

58
Figura 41- Planta baixa térreo e mezanino.

Fonte: Archdaily, 2023

59
Do segundo ao quinto pavimento são plantas tipos com áreas comerciais.

Figura 42- Planta tipo 2 ao 5 pavimento.

Fonte: Archdaily, 2023

O sexto andar compartilha espaço com um mezanino e é dedicado principalmente


às áreas administrativas, incluindo salas de trabalho e salas de reunião. Destaca-se também
um ambiente de lazer, o café.

60
Figura 43- Planta baixa 6 pavimento.

Fonte: Archdaily, 2023

Figura 44- Planta baixa mezanino 6 pavimento.

Fonte: Archdaily, 2023


61
Por fim a cobertura ocupa um espaço de lazer com restaurante e áreas abertas como
um espaço social.

Figura 45- Planta Cobertura.

Fonte: Archdaily, 2023

9.2.4 CORTES

Os cortes passam por diferentes áreas identificando os espaços com o pé direito


padrão e as áreas que contem mezanino e pé direito mais altos.
62
Figura 47- Corte 1

Fonte: Archdaily, 2023

Figura 46- Corte 2

Fonte: Archdaily, 2023


63
9.2.5 FACHADAS

Todas as fachadas mantem uma mesma linguagem visual, a composição dos


materiais utilizados nas fachadas, como vidro laminado, propôs ao interior do edifício uma
ampla visualização do entorno, tornando os ambientes um mais lugar relaxantes.

Figura 48- Fachada á Nordeste.

Fonte: Archdaily, 2023

Figura 49- Fachada á Sudoeste.

Fonte: Archdaily, 2023

64
Figura 50- Fachada á Sudeste.

Fonte: Archdaily, 2023

Figura 51- Fachada á noroeste.

Fonte: Archdaily, 2023

9.2.6 SISTEMA CONSTRUTIVO E MATERIAIS

O Sistema construtivo do edifício foi planejado com base nos critérios da


sustentabilidade, assim a estrutura é convencional, com uso de alvenarias, concreto e
estruturas metálicas, alguns materiais que compõem o espaço são: Madeira, Vidro laminado
e vegetações.

65
Figura 52- Área comercial, Primavera Office.

Fonte: Archdaily, 2023

Figura 53- Hall de entrada Primavera office.

Fonte: Archdaily, 2023

66
9.2.7 BIOCLIMATIMO E SUSTENTABILIDADE

Para otimizar o conforto térmico nas fachadas expostas ao sol, foram aplicados vidros
laminados com proteção solar e vegetação. Essa abordagem reduz o impacto da insolação
direta, proporcionando ambientes mais confortáveis, naturalmente iluminados e ventilados.
Além disso, o edifício Primavera incorpora um sistema de ar condicionado inverter para
melhorar a sensação térmica. Em termos de sustentabilidade, o projeto inclui um sistema
fotovoltaico com 84 módulos no telhado, reduzindo o consumo de energia em 45%, e um
sistema de reaproveitamento de água da chuva, economizando 78% no uso de água.

Figura 54- Fachada.

Fonte: Archdaily, 2023

67
Figura 55- Restaurante Primavera office.

Fonte: Archdaily, 2023

9.3 UNIDADE BASICA DE SAUDE (UPA) – PARQUE RIACHO FUNDO

Ficha Técnica:

• Arquitetos: Saboia+Ruiz Arquitetos;


• Localização: Riacho Fundo, Brasília;
• Área: 2150 m2;
• Ano: 2021

Figura 56- Fachada Unidade básica - UBS.

Fonte: Archdaily, 2023 68


A UBS Parque do riacho é uma unidade de saúde de atendimento primário, que
oferece serviços de saúde básico á população, foi desenvolvido através de um concurso de
arquitetura do qual foi vencedor, pelos arquitetos Saboia + Ruiz Arquitetos, o concurso
ocorreu em 2016, mas foi concluído recentemente em 2021, está localizado no Parque do
Riacho em Brasília.
O projeto se destaca por ter uma abordagem inovadora ao tema da saúde pública,
busca abandonar a estética comum e rígida dos hospitais tradicionais, em favor de uma
linguagem mais leve e humanizada na busca de propor ambientes mais confortáveis e
acolhedores, tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

Mapa 13- Localização Brasilia.

Fonte: Google Maps, modificado pela autora (2023).

69
9.3.1 IMPLANTAÇÃO E ACESSOS

O acesso principal ocorre pela fachada norte a partir de uma praça, enquanto a de
serviço pela sudoeste. A implantação permitiu com que os blocos tivessem maior interação
com o natural do terreno, apesar de ter sido dificultoso considerando que o terreno é bem
maior que a edificação, assim os blocos foram dispostos para ampliar o volume do edificio e
ocupar maior área possivel do terreno

Figura 57- Planta acessos

Fonte: Archdaily, 2022

9.3.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa é subdividido em três blocos térreos interconectados por passarelas,


abrangendo áreas dedicadas a atendimento, serviços, administração e espera. A disposição
dos blocos é estrategicamente planejada para assegurar a eficácia e a rapidez na prestação
de serviços.

70
Tabela 15- Programa de necessidades.

Fonte: Archdaily, 2023

Tabela 16- Programa de necessidades.

71
Fonte: Archdaily, 2023
Tabela 17- Programa de necessidades.

Fonte: Archdaily, 2023

9.3.3 PLANTA BAIXA/CORTE E SETORIZAÇÃO

A edificação é composta por três blocos distintos. O bloco central é destinado


principalmente às áreas administrativas, como salas de reunião, auditório, recepção,
almoxarifado e sala de arquivos. Além disso, abriga a farmácia e a área de triagem. No bloco
ao norte, encontram-se as instalações de apoio, como vestiários, copas, banheiros e
esterilizador de equipamentos, além dos consultórios de odontologia. Por fim, o bloco sul é
dedicado integralmente aos serviços de atendimento, englobando consultórios, atendimento
a mulheres, sala de curativos, dispensação de medicamentos, área de coleta, procedimentos
e demais consultórios especializados.
Quanto ao corte, é perceptível a variação no pé direito em distintas áreas. Os
blocos ao sul e ao norte apresentam uma uniformidade na altura do pé direito, já o
bloco central exibe um pé direito mais elevado.

72
Figura 58- Planta térreo e corte.

Fonte: Archdaily, 2022

9.3.4 SISTEMA CONTRUTIVO E MATERIAIS

O projeto apresenta uma estrutura de embasamento com lajes de concreto armado


moldadas "in loco", com vigas baldrame recuadas proporcionando um pequeno balanço
perimetral. Essa elevação é crucial para o conforto térmico passivo e suporta um piso
elevado para instalações técnicas, permitindo ajustes internos. Rampas conectam os níveis
em três blocos, com pilares em tubo de aço contraventados sustentando treliças planas de
cobertura. Os materiais principais incluem pilares metálicos, drywall, vidro, concreto,
cobogós e vegetação nos pátios internos, visando qualidade espacial e funcional para uma
Unidade Básica de Saúde.

73
Figura 59- isometria explodida.

Fonte: Archdaily, 2023

Figura 60- Espaços interno upa.

74
Fonte: Archdaily, 2023
4.5 CONFORTO AMBIENTAL

Os pátios internos funcionam como coletores de água pluvial, utilizada para a


irrigação dos jardins, proporcionando fontes de ar fresco e úmido. A fachada dupla atua
como uma barreira externa de cobogós horizontais para resfriar e difundir luz natural,
enquanto internamente funciona como barreiras, mantendo umidade e bloqueando ruído
externo. A ventilação noturna utiliza variações térmicas para refrigerar paredes, e a
ventilação diurna permite a entrada de ar refrigerado e umidificado através de um sistema
passivo, eliminando a necessidade de condicionamento artificial do ar. Além da utilização
dos espaços verdes como espaços de humanização propondo ambientes relaxantes e
confortáveis.

Figura 62- Sistema de ventilação e iluminação.

Fonte: Archdaily, 2022

Figura 61- Pátios internos.

75
Fonte: Archdaily, 2022
10 DIAGNÓSTICO DO TERRENO

Com o propósito de aprimorar a compreensão e a análise da região administrativa


selecionada para o projeto, e com o objetivo de promover um desenvolvimento mais eficaz,
é imperativo realizar um diagnóstico ambiental abrangente. Esse diagnóstico é essencial
para compreender e obter conhecimentos necessários

10.1.1 LOCALIZAÇÃO

O Terreno escolhido está localizado na região administrativa Riacho Fundo I,


próximo ao terminal rodoviário.

Mapa 14- Localização.

Fonte: Google Maps, modificado pela autora (2023).

76
10.1.2 PARAMETROS DO TERRENO

Com base na tabela da Luos, o terreno escolhido, tem o uso predominante CSIIR 2
que acolhe atividades de prestação de serviço, e tem como subclasses atividades de
psicologia, psicanalise e nutrição, ambos presentes no projeto a ser desenvolvido. Os
paramentos disponibilizam também a capacidade de construção no terreno, como
metragem, altura e dimensões.
A escolha do terreno foi baseada na ampla possibilidade de implantação do projeto,
por ser um terreno espaçoso, além de estar localizado próximo ao terminal de ônibus,
facilitando o acesso dos pacientes a edificação.

Tabela 18- Lei de uso e ocupação do solo- LUOS.

Fonte: Archdaily, 2022

Tabela 19 - Parâmetros do lote.

Fonte: Archdaily, 2022

77
10.1.3 USO DO SOLO

Os usos identificados no entorno são, institucionais, religiosos, misto, comerciais e


residenciais. Os institucionais estão localizados mais ao centro e são edifícios voltados a
prestação de serviço como escolas, atendimento á saúde, edifícios governamentais, entre
outros, Os residenciais sendo o uso predominante do entorno estão concentrados nas vias
locais e são multifamiliares e unifamiliares de grande e pequeno porte, as edificações mistas
e religiosas se encontram próxima as vias coletoras e se dividem em comercial e residencial
e igrejas, E o comercial que estão distribuídos entre as vias.

Mapa 15- Uso do solo.

10.1.4 GABARITO DE ALTURA E SKYLINE

As áreas edificadas possuem gabaritos variados, que vão desde pavimentos térreos
até o máximo de 7 pavimentos. Os que maior se destacam são as edificações térreas por
serem encontradas nas áreas residenciais. A altura permitida na área de implantação do
projeto é de 26 metros.

78
Mapa 16- Gabarito de altura e skyline.

10.1.5 TOPOGRAFIA

A análise topográfica do terreno identificou um desnível de aproximadamente 4


metros. Essa elevação é relevante para a concepção do edifício a ser construído, pois
influenciará no encaixe e na volumetria do projeto. Quanto ao ponto de vista do pedestre, o
desnível exigirá alguns ajustes para possibilitar para garantir a acessibilidade como rampas
e escadas. Sabendo que a parte mais alta esta á nordeste e a mais baixa a sudoeste, a
possibilidade de alagamento será menor além de simplificar as abordagens necessárias para
a execução do projeto.

79
Mapa 17- Topografia 1 em 1 metro.

Mapa 18- Topografia 5 em 5 metros.

80
10.1.6 VEGETAÇÃO

O mapa identifica pouca presença de vegetações ao redor do lote, como estratégia para
solucionar serão implantadas arborizações que servira para auxiliar na barreira solar ao mesmo
tempo em que cria espaços sombreados ao longo do terreno.

Mapa 19- Vegetação.

10.1.7 EQUIPMETOS E MOBILIÁRIOS URBANO

Com base no mapa, a análise aproximada revelou uma distribuição de


equipamentos, como a Unidade Básica de Saúde (UBS 03), o Posto de Gasolina Petrobras
e o terminal rodoviário. Os mobiliários urbanos, que incluem objetos e estruturas públicas
para aprimorar funcionalidade e estética estão bem distribuídos, No entanto, a infraestrutura
relacionada a esses mobiliários apresenta desafios, pois os postes de iluminação
inadequados geram escuridão noturna e insegurança, enquanto as paradas de ônibus e
faixas de pedestre estão bem posicionadas, atendendo às demandas locais.

81
Mapa 20- Mobiliário urbano.

Mapa 21- Equipamentos Urbano e infraestrutura.

82
10.1.8 BIOCLIMATISMO

Brasília possui um clima tropical de altitude, com duas estações bem definidas: verão
e inverno. O verão é úmido e chuvoso, com temperaturas que podem chegar a 30°C. O
inverno é seco e relativamente frio, com temperaturas que podem cair para 12°C.A
temperatura média anual é de 21°C e a umidade relativa do ar é de 70%, podendo chegar a
15% no inverno.
Com relação a posição do sol as fachadas noroeste e sudoeste tem maior
incidência solar na parte da tarde enquanto a fachada nordeste e sudoeste com maior
incidência na parte da manhã, a relação com os ruídos é relativamente baixas, ocorrendo
mais em horários de pico em decorrência de maior movimentação das avenidas.
Como estratégia para amenizar o impacto solar e melhorar o conforto térmico dos
ambientes, a posição em que o edifício se encontra foram distribuídas estrategicamente de
forma em que os ambiente que terão mais incidência sejam os de menor uso. Além da
posição dos blocos, a escolha de fachada dupla com elementos vazado, foram dispostas em
todas as fachadas como barreira solar, além disso a criação de pátios centrais entre blocos
ajudou na ventilação e iluminação cruzada entre os ambientes, proporcionando conforto e
métodos naturais de iluminação e ventilação.

Mapa 22- Percurso solar.

83
NORDESTE SUDOESTE
SUDESTE NOROESTE

11. PROPOSTA

11.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades realizado com base nos estudos de caso apresentados


e nas normas RDC N° 50 (2022), Código de Obras e Edificações (COE-DF, 2018) e NBR
9050 (2020), propõem um espaço de atendimento psicológico e está divido em 4 blocos, os
blocos foram divididos pensando na privacidade e acolhimento dos pacientes, assim o bloco
1 se divide em salas de atendimentos psicológicos, psiquiátricos e nutricionais para auxilio
a saúde física e mental, 2 banheiros de uso público e um espaço de espera. O bloco 2
contém a área de auxilio, hall de entrada e espera. No bloco 3 estão as áreas de apoio, como
setores de serviço e setores administrativo, contem também uma sala recreativa, para
pacientes com filhos. O 4° bloco será exclusivo para espaços de socialização e área de
pratica do yoga. Todos os blocos contem pátios centrais com proposito de criar espaços de
bem-estar além de auxiliar na estratégia de espaços biofílicos.

84
Tabela 20- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

Tabela 21- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

85
Tabela 22- Programa de necessidades.

Fonte: Autoral (2023)

11.2 FLUXOGRAMA

O fluxo é subdividido em três: Pacientes, Profissionais e Serviço. A entrada


principal ocorrerá através do Bloco 2, enquanto uma entrada exclusiva para
profissionais será disponibilizada pelo Bloco 1. Os blocos foram designados de
maneira independente para garantir que não haja interferência nos fluxos, sendo
apenas os Blocos 2 e 3 estarão diretamente conectados ao Bloco 4. A gestão do
fluxo de serviço e admirativo será centralizada no Bloco 3.

86
Figura 63- Fluxograma.

Fonte: Autoral (2023)

11.3 CONCEITO

O espaço ARQZEN foi desenvolvido com base nas necessidades básicas do público
que sofre de transtornos mentais, com foco na ansiedade e depressão. Devido ao alto índice
de ocorrência desses casos é notório a necessidade de espaços que acolham essas
pessoas. Desse modo, o projeto propõe ser um ambiente que abriga a arquitetura como um
espaço de cura e bem-estar. A relevância do conforto para a saúde física e mental de cada
indivíduo foi considerada em todas as decisões durante o desenvolvimento. Dessa forma,
foram aplicadas todas as normas necessárias para garantir que o projeto seja acessível e
flexível, tornando os espaços confortáveis e acolhedores para todos.

87
Cuidadosamente, a escolha do nome ARQZEN reforça a unificação da arquitetura na
promoção de um espaço que se importa e acolhe a necessidade do usuário, isso é
demostrado por meio da utilização de métodos, como cores leves, formação de espaços de
lazer que auxiliam na socialização, ambientes com iluminação natural, que ajuda no ciclo
circadiano, todos pensados não só no método de conversação do paciente com o
profissional, mas na forma indireta do projeto de ajudar nesse processo.

Figura 64- Identidade visual do Centro.

Fonte: Autoral (2023)

88
11.4 PARTIDO

A forma do projeto foi pensada a partir de um bloco retangular, com o melhor


encaixe ao terreno, o bloco se divide em 4 e subtrai partes prevendo a criação de pátios centrais
como solução bioclimática e de espaços que promove o bem-estar. O edifício será térreo
cabendo todos os setores necessários para atendimento ao público alvo.

Figura 65- Evolução da forma.

Fonte: Autoral (2023)

11.5 IMPLANTAÇÃO

A implementação da volumetria no terreno e sua integração com o entorno são


realizadas com o objetivo de facilitar o acesso e a circulação, aproveitando as
características favoráveis do terreno para beneficiar o edifício. O destaque principal
será dado ao planejamento paisagístico, à presença de massas arbóreas e aos
espaços criados pelos pátios. O aspecto visual será enfatizado na fachada com a
presença de elementos vazados.
89
Mapa 23- Implantação

Fonte: Autoral (2023)

11. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto apresenta total qualidade quanto ao planejamento dentro do objetivo


especifico, os ambientes, o conforto visual e físico foi dedicadamente pensado para levar
total satisfação ao público alvo, o cuidado com a saúde mental e inclusão da arquitetura
como algo não só esteticamente bonito, mas também com capacidade de proporcionar
qualidade de vida ao usuário foram a base.

90
12. BIBLIOGRAFIA

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Vibes Co-space by Infinitive Architecture. BluPrint; OneMegaGroup. https://bluprint-
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91
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