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Gênero é uma categoria analítica que nos fornece uma perspectiva transversal
para a área da saúde, especialmente a saúde mental, campo que carrega em seu bojo a
psicopatologia tradicional. Esta ciência foi estruturada a partir de fundamentos de uma
medicina organicista, na passagem dos tempos medievais aos modernos, e foi ganhando
contornos positivistas que permitiram localizar e explicar as disposições afetivas
humanas com base em questões biológicas. Porém, quando pensamos que problemas de
saúde podem ser ocasionados por determinantes sociais, ou seja, por condições sociais
em que os indivíduos trabalham e vivem1, torna-se necessário avaliarmos o sofrimento
humano considerando seus contextos existenciais, em meio aos quais se destacam os
valores de gênero.
Pesquisas no campo da saúde mental (PHILLIPS; FIRST, 2008; ZANELLO;
FIUZA; COSTA, 2015; CAMPOS; ZANELLO, 2016; ZANELLO, 2018) apontam a
participação de valores e estereótipos de gênero na configuração de diversos sintomas
descritos nos transtornos mentais, nos manuais classificatórios. Isso ocorre tanto na
forma de expressão, quanto no conteúdo que se manifesta às vezes na mesma forma de
sintoma. Como exemplo do primeiro caso, pode-se citar o comportamento do choro,
aceitável, em sociedades sexistas como a brasileira, para mulheres, mas vista como um
elemento que fere o ideal de masculinidade, para os homens. Nesse sentido, o modo de
expressão da tristeza, no universo masculino, ocorre, muitas vezes, pela agressividade e
violência (ZANELLO, 2018) e não pelo choro, como é comum entre mulheres.
No segundo caso, temos a discussão sobre os delírios e as alucinações. Zanello e
Bukowitz (2011) apontaram em seu estudo em um hospital psiquiátrico brasileiro, o
quanto os temas das queixas e dos delírios era diferente entre homens e mulheres. No
caso dos homens, prevaleceram temas como trabalho, dinheiro, fama e sexualidade
ativa. Já no caso das mulheres, destacaram-se as queixas relacionais, que tiveram como
objeto a vida amorosa e a família. Como podemos entender a patoplastia no caso das
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, envolvem fatores econômicos, étnicos/raciais, culturais,
psicológicos e comportamentais (BUSS; PELLEGRINI FILHO, 2007).
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Segundo Del Priore (2000), esse padrão é decorrente de uma ideologia burguesa de higiene moral
surgida no século XX, que consiste em associar a juventude e a magreza como fatores indispensáveis à
saúde. Uma das categorias de análise referentes às ouvidoras de vozes que participaram deste estudo
tratará dessa questão.
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Neste estudo também utilizaremos o termo “audição de vozes” em referência às alucinações, termo que
se adequa mais à forma como o fenômeno é sentido.
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2018b), é necessário que o cuidador esteja atento a questões de gênero para conduzir o
seu manejo, principalmente em países como o nosso, caracterizado pelo sexismo e
misoginia (WAISELFIS, 2015; CERQUEIRA et al., 2019). Do contrário, há
possibilidade de que as pessoas sofram por não compreenderem suas vivências, e sejam
medicadas ou conduzidas a caminhos terapêuticos que não tenham muita resolutividade
– o que teria como efeito a permanência ou o agravamento da condição clínica.
Assim, em função da necessidade de uma escuta e de um manejo clínico da
audição de vozes que privilegie elementos que fazem parte do contexto cultural e
relacional do ouvidor, como possibilidade de maior abertura para a compreensão do
fenômeno, este artigo teve como objetivo analisar de que forma questões de gênero
contribuem para estruturar experiências de audição de vozes. Para tal, foram analisadas
narrativas de ouvidoras e ouvidores de vozes que faziam parte de um grupo destinado ao
manejo da alucinação auditiva em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS),
conforme os procedimentos descritos a seguir.
Método
Resultados e discussão
Os dados foram organizados segundo cinco categorias. Três delas são relativas
às mulheres, e foram nomeadas como: a) “mal-estar silenciado”; b) “ideal estético”; c)
“maternar”. As outras duas são relativas aos homens: “d) ser homem é (querer) foder
mulheres”; “e) ser homem é ser trabalhador e provedor”. Serão apresentados a seguir
cada uma das categorias e alguns recortes dos diários e das entrevistas. Antes ou ao final
de cada recorte, e dentro de parêntesis, foi especificada a forma de participação
(“entrevista”, ou “sessão” - seguida do número).
a) Mal-estar silenciado
com o marido não havia espaço para falar sobre seus conflitos emocionais (decorrentes,
por exemplo, da saudade da filha que morava em outra cidade), ou sobre as vozes, ela
preferia ficar calada, já que, do contrário, sofreria violências psicológicas. Janete sentia
solidão, e as vozes de comando, agressivas, se manifestavam diante dessas violências;
ainda assim, ela se continha, e sofria em silêncio.
A performance de Janete corresponde a um tipo de agressividade permitido às
mulheres: a autoagressividade. Esse modo de ser que retém sentimentos, em vez de
expressá-los, faz com que as mulheres implodam psiquicamente (SHOWALTER, 1987;
ZANELLO, 2018), como aconteceu com as ouvidoras do grupo. E em razão de as
emoções e sentimentos (como raiva e culpa) serem um dos principais gatilhos para a
audição de vozes (CORSTENS; LONGDEN, 2013), o silenciamento frente às situações
de violência foi um fator que as levou a ouvir vozes ou a sofrer uma intensificação
delas. Cabe destacar que o silêncio foi uma performance adotada por alguns homens4;
porém, no caso das ouvidoras, ele teve o intuito de renunciar a si, visando o cuidado de
outrem – motivo frequente entre as mulheres (ZANELLO, 2018).
O silêncio também foi adotado pelas ouvidoras diante de experiências de
violência sexual. Das 11 mulheres que tiveram seus relatos analisados, duas haviam
sofrido tentativa de violência sexual (uma na infância e a outra na fase adulta), e seis
(54,5%) declararam que haviam sido estupradas (três delas na infância). Tal quantitativo
é superior aos índices levantados pela Organização Mundial da Saúde, que constatou
um percentual de 33% em mulheres adultas (WORLD HEALTH ORGANIZATION,
2013), e 20% no período da infância (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014).
Segundo Virgínia: “Na época conheci o Cris e começamos a namorar. A gente nem
beijava na boca, só andava de mão dada. Um dia ele me chamou na casa dele pra
conhecer sua irmã, mas não tinha ninguém, ele tentou me estuprar” (entrevista).
Virgínia contou nas sessões do grupo sobre outras violências, perpetradas pelo
ex-marido, e acreditava que elas estivessem relacionadas ao surgimento das vozes. Os
relatos de Virgínia e das outras sete ouvidoras corroboram achados de pesquisas que
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Isso se deu para que mantivessem sua autossuficiência. A maioria deles ouvia vozes que questionavam
as virilidades laborativa e sexual, como veremos neste estudo, e o silêncio era adotado para não serem
julgados como “fracos” ou “viados” (dentre outros significantes presentes na nossa cultura, que
"desonram" o ser homem).
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atestaram uma alta correlação entre abuso sexual e alucinações (SHEVLIN et al., 2007;
LONGDEN; WATERMAN, 2012), tanto no tocante ao surgimento desse sintoma,
quanto no seu agravamento. As vozes atuavam também em decorrência de lembranças
ou pensamentos sobre os estupros, como no caso de Raíssa: “Com o meu pai, com cinco
anos de idade ele me abusou, e teve um primo meu também (...) e quando tô sozinha em
casa é que as lembranças vêm, as vozes, e fico desesperada” (sessão 31).
Outro fator gerador de silêncio foi a religião, elemento mencionado por sete
participantes, que servia tanto para dar sentido e conforto a algumas experiências de
sofrimento - no caso das ouvidoras ligadas ao espiritismo – quanto para apagar ou
reforçar situações de opressão – em se tratando das evangélicas -, como Bruna relatou
na entrevista:
A irmã teve revelação que eu comi algo que me fez mal, que quando eu
comecei eu senti muito enjoo, era como se algo tivesse dentro de mim e
quisesse sair, e aí ela falou “olha Bruna, o processo da sua vida é, vai ser
um negócio contínuo, porque é uma doença, o espírito que veio sobre tua
vida e te afrontava pra você se sentir oprimida, espírito da tristeza, da
depressão, e você tem que procurar se libertar disso, com louvor, na palavra.
Bruna sublinhou na entrevista que sua tristeza começou já na infância, por não
ter tido afeto do pai (que tem diagnóstico psiquiátrico), tampouco da mãe (que se
separou do marido em função de violência doméstica e preferiu deixar Bruna com uma
irmã para que ela não sofresse diante desse cenário), e que, após o término do segundo
relacionamento abusivo, esse sentimento se intensificou. A primeira crise com audição
de vozes veio em uma festa, quando ingeriu muita bebida alcoólica, e trouxe à tona o
sentimento de ódio pelos ex-companheiros – a ponto de ela se desfazer de tudo o que
estava associado ao primeiro relacionamento (roupas e outros pertences) ao chegar em
casa. O discurso religioso (do pastor e da irmã da igreja) desconsiderou a trajetória
biográfica de Bruna.
Foi comum no grupo a utilização de alguns significantes, como “carma”,
“castigo”, e “culpa”, por exemplo, independentemente da religião da ouvidora, para
justificar situações de opressão ou de vulnerabilidade social: era uma punição de Deus
pelo mal cometido em outras vidas, ou o destino que ele havia traçado para elas. A
religião, bem como a religiosidade e a espiritualidade, portanto, são elementos que
podem contribuir para o silenciamento de contextos de vida opressores, e daí a
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b) Ideal estético
Outra questão que se fez presente nos relatos das ouvidoras do grupo foi a de se
estar fora do ideal estético apregoado pela cultura, em função da obesidade. As quatro
mulheres do grupo que afirmaram estar com sobrepeso reclamaram ter sofrido pressão
de familiares, amigos, conhecidos ou mesmo o olhar desqualificador de outras pessoas
quanto a essa condição, e, em três delas, as vozes estavam associadas com o stress que
sentiam em decorrência das pressões. Foi em razão da lipofobia que Úrsula decidiu
fazer cirurgia bariátrica, como declarou na entrevista: “Fui obesa mórbida na
adolescência, sofria muita discriminação, tinha dificuldade de me relacionar com as
pessoas (...) Eu tinha pavor de ser obesa. E hoje se eu fosse obesa, acho que seria mais
feliz.”
Úrsula não sofre mais pelo fato de estar acima do peso. Mas a discriminação
sofrida por ela (e pelas outras ouvidoras que se julgavam “gordas”) se enquadra na
ideologia de higiene moral que associa magreza e juventude à saúde (DEL PRIORE,
2000). Na tentativa de adequar-se ao ideal estético, Úrsula passou por várias dietas, fez
uso de muitas medicações e veio a sofrer consequências deletérias para sua saúde:
“Uma coisa que influenciou muito nessas vozes foi as medicações da época, que eram
anfetaminas, eu tenho certeza disso” (entrevista).
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c) Maternar
emocionalidade) foi introjetado” (p. 156). Tal sentimento esteve presente de forma
intensa no caso de três mulheres que haviam perdido o contato com suas filhas - ainda
que essas perdas tivessem se dado não por responsabilidade delas, mas por fatores
externos (uma por suicídio, uma por ter sido presa, e uma por necessidade de estudos) -,
e eliciava as alucinações. Estela foi uma delas; com o suicídio da filha ela passou a se
isolar, a escutar vozes de comando de morte, e ter vontade de se suicidar: “ela escuta a
filha chamando, e vai ao cemitério visitá-la. É o único lugar que se sente bem. Mas
quando volta pra casa, fica pior; sente-se culpada por deixar a filha novamente” (sessão
35).
A perda de entes queridos (dentre outras que implicam processos de luto) é um
dos fatores que pode levar pessoas a ouvir vozes (CORSTENS; LONGDEN, 2013). E o
sentimento de culpa pode intensificar as manifestações e contribuir também para que
elas permaneçam, como foi verificado no discurso das ouvidoras que são mães.
Damares, que tem um filho com necessidades especiais, e que dificilmente tem ajuda de
outra pessoa para os cuidados com ele ao longo do dia, foi uma delas: “Damares não
aguenta mais cuidar do filho, quer sumir e deixá-lo com outra pessoa, e já conversou
sobre isso com ele. Sente-se extremamente culpada por pensar assim, por tratar o filho
mal, e isso piora a vivência com as vozes” (sessão 22).
Damares contava com o apoio de um familiar para cuidar do filho até alguns
anos atrás, mas ele foi morto; ela então se viu sozinha. Em razão da sobrecarga com os
cuidados, chegou à exaustão, entrou em depressão grave, e com isso deixou de cumprir
algumas rotinas de saúde necessárias a ele. Quanto ao pai do rapaz, assim que ficou
sabendo da condição clínica dele, decidiu se afastar5. E Damares preferia não demandar
os cuidados desse homem, nem chegou a mover um processo contra ele pelo não
pagamento de pensão, pois alegou que ele fazia uso de drogas ilícitas, e tinha medo de
que pudesse perder a guarda do filho - ele já havia feito ameaças nesse sentido, pois ela
era “louca” e por isso ele ganharia o processo.
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Esse tipo de comportamento, do abandono de mulheres por conta de alguma limitação de saúde por
parte dela ou da criança, é comum no Brasil (ROCHA; CRUZ; VIEIRA; COSTA; LIMA, 2016; PORTO;
COSTA, 2017).
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suas relações; uma delas estava criando condições para se divorciar, e a outra fez com
que o marido compreendesse seu sofrimento – o que contribuiu para a redução das
violências psicológicas que ele cometia.
As onze ouvidoras participantes deste estudo passaram a alucinar ou tiveram
uma intensificação das vozes em função dos dispositivos amoroso ou materno, e
sofreram violências domésticas ou extra-domésticas cometidas principalmente por
familiares e/ou companheiros.
Nesse recorte, vê-se que Tales foi cobrado pelo pai para que não se comportasse
como mulher, fato que corresponde a um dos processos fundadores da masculinidade,
qual seja, o da necessidade de provar que é homem perante outros homens (KIMMEL,
2016), e de não assumir uma performance de “mulherzinha” – que Zanello (2018)
associou com a misoginia. Afastar-se/combater a feminilidade, jogar bola e ser bruto,
foram as primeiras provas pelas quais o ouvidor deveria passar para se tornar homem,
dentro de um processo que Welzer-lang (2001, p. 462) nomeou como “casa dos
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Heitor chegou ao grupo alegando que haviam feito uma macumba para ele na
encruzilhada, e que por isso passou a ouvir vozes. Com a frequência nas sessões do
grupo, ele passou a compreender que uma das explicações possíveis para suas crises
com as vozes estava relacionada à pressão na faculdade e no trabalho (estudava de dia,
trabalhava de noite, e dormia pouco), e que, desde sua primeira experiência de trabalho,
ele sentia dificuldades relacionadas à virilidade laborativa: “Quando servia no Batalhão
TAL não aguentei a pressão também, que uma vez fiquei quatro dias preso porque não
quis cumprir uma ordem do tenente. Mas aí eu não aguentei e pedi pra ir embora
depois, era muito ralado” (sessão 32).
Walter e Kalebe se ressentiam de solidão, e reclamaram que haviam sido
abandonados pela família. Porém, no caso de Walter - que passou sua infância e
adolescência presenciando violências domésticas do pai contra sua mãe -, a forma como
ele se relacionava com os familiares, e principalmente com sua mãe, era de uma enorme
agressividade, a qual emergia todas as vezes em que se sentia contrariado por eles. No
mesmo sentido se deram os relatos de Kalebe, que possuía alguns problemas graves de
saúde (como surdez). Quando familiares ou pessoas que se dispunham a morar com ele
tiravam alguma coisa da ordem em sua casa, ou questionavam alguns de seus hábitos,
ele ficava muito irritado.
Em ambos os casos, a sensação de perda do controle trazia muita raiva e
angústia, e isso era um fator eliciador das vozes. Havia, portanto, uma necessidade de
controle, que em Walter e Kalebe se manifestava todas as vezes em que eles se sentiam
questionados em sua capacidade de serem autônomos.
Os dados mostram que os ouvidores homens foram afetados pelo dispositivo da
eficácia, em suas virilidades sexual e laborativa. Isso se deu por conta das limitações
decorrentes da condição clínica e do tratamento psiquiátrico. Tais questões os
colocavam em uma posição de subalternidade (e não mais de dominação, como antes do
“adoecimento”) em relação a homens que não possuíam diagnósticos psiquiátricos, e,
portanto, significavam uma ameaça à condição viril masculina (ZANELLO, 2018). Esse
sofrimento foi sentido e materializado (como palavra e verbo) por meio das vozes que
ouviam.
Ou seja, por serem identitárias, a virilidade sexual e laborativa parecem ser
interpeladas na formação das alucinações auditivas dos ouvidores, comparecendo
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através de vozes que os desqualificavam como homens, seja em função de seu desejo
interditado ou a falta de desejo por mulheres, seja em função do não desempenho
laboral como ideal e socialmente se sente que deveria ter. As próprias vozes parecem
criar uma nova dificuldade, ao colocarem em xeque a eficácia que ainda se tinha, no
campo laboral e sexual, o que leva à piora do quadro, sobretudo quando sua ocorrência
acarreta a demissão do sujeito, a dificuldade de estabelecer relacionamentos afetivos, ou
a quebra identitária, dentre outras consequências.
Considerações finais
Referências
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