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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

BEATRIZ HELENA DA SILVA


BÁRBARA CRISTINA THOMAZ
CAMILA LUIZ DOTA
LORRANY BEATRIZ DIAS
MAYARA EMÍDIO DE OLIVEIRA
PAULA CANDIDO ANGELINO

AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA ACNE COM GEOTERAPIA

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO/SP


2018
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

BEATRIZ HELENA DA SILVA


BÁRBARA CRISTINA THOMAZ
CAMILA LUIZ DOTA
LORRANY BEATRIZ DIAS
MAYARA EMÍDIO DE OLIVEIRA
PAULA CANDIDO ANGELINO

AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA ACNE COM GEOTERAPIA

Trabalho apresentado no Curso


Superior de Estética e Cosmética da
Universidade Paulista - UNIP para o
Projeto Integrado Multidisciplinar II.

Orientadora: Prof.ª Flávia Clara


Bezerra Trevisan.

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO/SP


2018
BEATRIZ HELENA DA SILVA
BÁRBARA CRISTINA THOMAZ
CAMILA LUIZ DOTA
LORRANY BEATRIZ DIAS
MAYARA EMÍDIO DE OLIVEIRA
PAULA CANDIDO ANGELINO

AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA ACNE COM GEOTERAPIA

Trabalho apresentado no Curso


Superior de Estética e Cosmética da
Universidade Paulista - UNIP para o
Projeto Integrado Multidisciplinar II.

Orientadora: Prof.ª Flávia Clara


Bezerra Trevisan

APROVADO EM: ____/____/ ________

BANCA EXAMINADORA

_____________________________ _____/____/____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP

_____________________________ _____/____/____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP

_____________________________ _____/____/____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP
RESUMO

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Palavras-chave:
SUMÁRIO

1
INTRODUÇÃO 6

2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................8

2.1 A origem da Geoterapia....................................................................................8


2.1.1 Os diversos componentes da geoterapia............................................................8
2.1.2 Conceitos e definições de argila: formação, tipos, cores e propriedades...........8
2.1.3 Indicações e cuidados para a geoterapia............................................................8

2.2 Geoterapia e o tratamento para a acne............................................................8

2.2.1 Diagnóstico e classificação da acne....................................................................8


2.2.2 A argila no tratamento da acne e suas indicações e contraindicações ..............8
2.2.3 A efetividade do tratamento da acne por meio da geoterapia ............................8

3. OBJETIVOS...........................................................................................................8

3.1 Objetivos gerais.......................................................................................................8

3.2 Objetivos específicos..............................................................................................9

4. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................9

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................9

6. CONCLUSÃO...........................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................9
ANEXOS....................................................................................................................22
6

1. INTRODUÇÃO

Diante de um mercado em que crescem cada vez mais as opções de


tratamentos para a acne, com alternativas como peelings químicos e o uso da
isotretnoína, medicamento comercialmente conhecido como Rocutan, que atua na
glândula sebácea e pode causar efeitos colaterais bastante agressivos, o tratamento
com geoterapia pode ser uma alternativa interessante, por utilizar componentes
naturais não tão agressivos, detentores de uma série de benefícios.

Sabe-se que o uso da argila como medicamento não é novidade, pois ela vem
sendo extraída em diversas profundidades da terra em todo mundo e em jazidas a
céu aberto para fins cosméticos e terapêuticos há milênios, utilizada em abundância
inclusive por gregos e egípcios, conforme apontam uma série de registros históricos
(MEDEIROS, 2007).

Atualmente, o uso terapêutico das argilas vem sendo comprovado e


aprofundado por especialistas da estética, dermatologia e saúde que demonstram o
porquê deste componente natural ser considerado um dos três mais antigos e
poderosos medicamentos desde as civilizações mais antigas. Arqueólogos
descobriram que a argila é utilizada como medicamento desde a pré-história,
considerada tão antiga quanto a própria humanidade (CARRETERO, 2002).

Muitos estudos vêm indicando que a geoterapia ou argiloterapia apresenta-se


efetiva no tratamento e prevenção da acne, definida como uma dermatose crônica,
bastante comum em adolescentes e também presente em alguns adultos, e que
atinge metade da população brasileira, conforme apontam os dados da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD, 2015). O surgimento da acne é resultado de uma
série de fatores, incluindo a produção hormonal na puberdade, fatores genéticos e
dentre outros, que podem afetar a vida do indivíduo consideravelmente, abaixando
sua auto-estima e até mesmo, em casos mais severos, colaborar para um quadro
depressivo (TEIXEIRA, 2012).
7

No tratamento contra a acne, a argila pode ser utilizada tanto na prevenção


como combate da acne na adolescência, momento mais comum da ocorrência deste
quadro, como na fase adulta. Técnicas da geoterapia fazem com que os minerais
encontrados na argila funcionem como potencializadores de efeitos antinflamatórios,
redução de oleosidade natural da pele, alívio de dores e da condição cutânea.
Experimentos e estudos apontam funções da argila hidratada com propriedades anti-
inflamatórias, antissépticas, bactericidas, desintoxicantes, analgésicas e
mineralizantes (VILA Y CAMPANYA, 2000).

Industrialmente, as argilas são ingredientes para cosméticos destinados à


pele e aos cabelos, com ação de limpeza, ação tensora e de aquecimento, ação
estimulante, suavizante e ionizante. Os efeitos deste componente são resultado do
contato dos elementos minerais presentes na argila com a pele, que resultam em
uma ação de troca de eletrólitos (EVELINE, 2010).

Apesar de apresentar-se eficaz e a argila não ser considerada perigosa, como


em qualquer tratamento existem contraindicações e outros cuidados com este
produto. Daí a importância da produção científica, analisando sua estrutura e
composição química, que oriente profissionais da área para que seu uso seja efetivo
e os pacientes não sofram com o mau uso da argila na pele.

Vale ressaltar que não são todas as argilas que podem ser utilizadas para
este fim. Disponíveis em diversas cores e composições, com procedências de
localidades distintas, as argilas devem ser classificadas e selecionadas pelos
profissionais para o uso em combate e prevenção da acne.

Mas então, qual o melhor tipo de argila para realizar este tratamento? Quanto
tempo leva para verificar os resultados? Toda acne pode ser curada somente com
argila? Ao longo deste trabalho estas questões serão respondidas e também será
8

discorrido sore os benefícios, modalidades de tratamento, conceitos elaborados por


estudiosos, metodologias mais e menos eficazes e efeitos diversos da geoterapia no
tratamento da acne.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 A ORIGEM DA GEOTERAPIA

A argila é um produto utilizado pela humanidade desde os primórdios da


história. Diversas civilizações ao redor do mundo usufruíram das suas propriedades
para diversos fins terapêuticos e, conforme apontam historiadores da Pré-História, o
uso da argila, da terra como terapia, acompanha a história da humanidade
(CARRETERO, 2002).

Entre os anos de 4.000 e 3.000 a.C., no antigo Egito, seus fins eram diversos,
podendo ser utilizada na estética, tratamentos de cura, mumificação e até mesmo na
conservação de manuscritos. Segundo Menezes (2005), “As mais antigas fontes
médico-farmacêuticas escritas são provenientes precisamente das civilizações da
Mesopotâmia e do Egito”.

Conforme apontam os registros gregos, que descrevem que até Hipócrates


(300 a.C.), uma das figuras mais antigas e ilustres da história da medicina, utilizava
argila em seus tratamentos e passava este conhecimento a seus discípulos
(GONSALVEZ, 1997).

Na Idade Média, nos séculos IX e X, a argila era um ingrediente comum tanto


nas medicinas populares como na veterinária. Neste período, o médico árabe
Avicena, autor da famosa obra "Canon de Medicina", onde está contido todo o
conhecimento médico de seu tempo, incluindo as teorias de Hipócrates, Galeno,
juntamente com suas observações e de outros médicos árabes, chegou a classificá-
la como medicamento (GOMES et al., 2009).
9

Vale lembrar que até os dias de hoje, na Índia, a argila é um componente


essencial no tratamento de muitas doenças por meio das técnicas da medicina
ayurvédica, que tem mais de 5.000 anos de registros (CARNEIRO, 2008).

No ocidente, a terra veio a ser observada como uma alternativa para


tratamentos de cura no final do século XIX, com a corrente naturalista. O primeiro
registro do retorno da geoterapia foi do médico Abade Sebastian Kneipp,
considerado também o pai da hidroterapia, que utilizava cataplasmas de argila junto
de vinagre em cataplasmas em animais (VILA Y CAMPANYA, 2000). Além dele,
também podem ser ressaltados o naturopata Adolf Just (859-1936), fundador da
“Heilerde-Gesellschaft”, Sociedade de Cura pela Terra, e Emmanuel Felke, também
naturopata que defendia o uso da argila e da Iridologia (GOMES et al., 2009).

Após milhares de anos do uso terapêutico da argila vir sendo comprovado


pela comunidade científica, também vieram avanços para a aplicação estética e o
desenvolvimento de geoprodutos cosméticos (SILVA, 2011) que, finalmente, vêm
demonstrando ter sucesso no combate à acne.

2.1.1 Os diversos componentes da geoterapia

Para Franco (2004), as argilas utilizadas para a saúde possuem composições


químicas que variam uma das outras, permitindo obter aplicações terapêuticas
específicas. Ribeiro (2010) aponta que seus componentes, assim como
propriedades, estão sujeitos à decomposição de milhões de anos, das rochas
feldspáticas e sedimentares.

Na definição dos componentes da argila, Costa (1996, p. 129), diz:

Em termos mais amplos, a terra é formada por três componentes


minerais fundamentais: Quartzo: formado pelo óxido de silício (SiO2),
possui elevado grau de dureza e transparência. É o principal
constituinte dos cristais de rocha. Mica: formada por sais e ésteres
provenientes do alumínio e de metais alcalinos. Frequentemente é
encontrada com o magnésio e o ferro. Feldspato: possui base
alumínica e associa-se normalmente ao potássio, sódio e cálcio.
10

Bontempo (1999) indica que os componentes químicos e geológicos não são


suficientes para explicar a eficácia da argila, outros fatores devem ser observados.
Um desses fatores são os raios solares, que proporcionam energia calorífica e
radiante que ativam os cristais presentes na argila e outros elementos que acabam
impregnando beneficamente o corpo humano. Outro fator evidenciado pelo autor é a
energia lúrico/magnética advinda do campo vibratório do planeta, que fortalece os
componentes, e a energia intrínseca da própria terra, relacionando-se com a
localidade, idade das camadas e do solo, fatores climáticos e outras variações do
meio-ambiente.

2.1.2 Conceitos e definições de argila: formação, tipos, cores e propriedades

Dário (2008) define a argila como um composto natural terroso, de granulação


fina que quando umedecida em água adquire certa plasticidade. Os compostos
encontrados na argila (minerais) funcionam como potencializadores de determinados
efeitos, conforme sua concentração. Esta pode ser encontrada em diversas alturas e
profundidades. Normalmente são extraídas de jazidas a céu aberto, posteriormente
são encaminhadas às indústrias para manipulação, processamento e distribuição.

A composição básica da argila são partículas cristalinas micrométricas de


minerais como o alumínio hidratado e silicato (estes são os componentes mais
abundantes na composição de qualquer argila, independente de cor ou região).
Também estão presentes outros componentes como o magnésio, ferro, cálcio,
sódio, potássio, etc. Podem ser classificadas em primárias, secundárias ou
sedimentos; as primárias possuem partículas mais grossas e coloração mais claras,
pouco plásticas e muito puras; as secundárias ou sedimentos são as mais plásticas
e finas, podendo conter algumas impurezas (RIBEIRO, 2010).

As formulações são variadas, tanto quanto à composição quanto as cores das


argilas utilizadas para fabricação dos produtos, pois seus princípios quem irão
determinar sua finalidade. Eveline (2010) cita que as características são de acordo
com os minerais ou materiais orgânicos presentes na composição.
11

Hoje em dia a argila é utilizada como base para produtos cosméticos para
pele e cabelo devido aos inúmeros benefícios que vão desde a purificação e
remineralizarão da pele, ação tensora e aquecimento, promoção da ação
estimulante, suavizante, ionizante, anti-caspas, cicatrizante e combate a oleosidade
da pele (VALENZUELA, et al., 2009; TERRAMATER, 2010).

O que irá influenciar na coloração da argila (amarela, roxa, branca, marrom,


azul, cinza ou verde) é a quantidade de óxido de ferro hidratado (limonita)
(BOURGEOIS, 2006). Segundo Langreo (1999) a argila negra é pouco usada,
devido a grande quantidade de carbono, sendo utilizada apenas para efeito de
oclusão.

Aldori (2009) discorreu em seus artigos sobre os benefícios da argiloterapia


de acordo com a sua coloração:

 Argila Amarela: rica em dióxido de silício e silício possui componente


catalisador para a formação base de colágeno da pele, combate o envelhecimento
cutâneo, nutrindo a pele sem ressecar com ação adstringente e purificante, é
hidratante e reduz inflamações;

 Argila Branca: com alta concentração de alumínio, possui ação


cicatrizante, com um pH próximo ao da pele, é indicada para peles mais sensíveis,
também possui ação clareadora e absorve a oleosidade sem desidratar. Ativa a
regeneração celular, auxilia na eliminação de toxinas e combate radicais livres;

 Argila Cinza: esta é encontrada em regiões vulcânicas, possui o pH


mais alcalino devido à grande quantidade de sílica na sua composição. É
antiedematosa, secativa, e melhora a circulação sanguínea favorecendo a
regeneração celular;

 Argila Marrom: possui grande quantidade de silício, alumínio e titânio,


extremamente eficaz para pele acnéica. Esta estimula a circulação, possui ação
adstringente, desintoxicante e purificante;
12

 Argila Verde: possui grande quantidade de minerais na sua


composição é rica em oligoelementos e silício, com pH neutro, possui ação secativa,
combate edemas, antisséptico, bactericida, cicatrizante e analgésica, regulando a
produção sebácea, super eficaz no controle da acne e oleosidade.

Quanto às suas propriedades, os estudos de Peretto (2009) falam sobre outra


função da argila: armazenamento e liberação de energia retida. Além disso, ela
impede a proliferação de parasitas e favorece a reconstituição celular.

2.1.3 Indicações e cuidados para a geoterapia

2.2 Geoterapia e o tratamento para a acne

Caracterizada como uma dermatose cutânea, a acne que pode resultar em


um em impactos psicológicos e no meio social do indivíduo afetado, pois a face é a
área mais visível do corpo, sendo difícil de escondê-la no cotidiano (COTTERRIL,
2002). O período mais comum de manifestação da acne ocorre na adolescência,
devido a estímulos hormonais da puberdade, mas pode se apresentar também na
fase adulta, alterando a qualidade de vida da pessoa como já citado.

Em casos de acne, a geoterapia possui ação absorvente, combatendo a


produção do sebo e consequentemente no aparecimento da acne na pele do
indivíduo. Também importante para o tratamento é a ação bactericida proporcionada
pela argila, que atua diretamente no microorganismo Propionibacterium acnes,
principal causador da inflamação local junto de mediadores biológicos ativos que se
propagam pelos folículos (CUCÉ, 2001). A argila dificulta a liberação dos ácidos
graxos livres que quando entram em contato com a pele causam irritação e
inflamação.
13

Durante as aplicações da argila quente na pele também ocorre a promoção


de um aumento de perspiração da cútis e secreção sebácea, que acaba fluindo com
maior facilidade através dos orifícios pilo-sebáceos. Neste processo ocorre a
eliminação de substâncias como ureia, sódio, cloro e potássio, que ativa a troca
metabólica e descarta catabólitos (ZAGUE, 2007).

2.2.1 Diagnóstico e classificação da acne

O reconhecimento da acne é clínico, e se estabelece por várias lesões


localizadas principalmente no rosto, costas e tórax e deve ser classificada para que
o tratamento geoterápico seja efetivo (FIGUEIREDO, 2011; MAIO 2011).

A acne vulgar pode ser classificada de I a V. acne grau I, não


inflamatória ou comedoniana, apresenta predomínio de comedões,
graus II, III, IV e V são responsáveis pela acne inflamatória. Na acne
grau II há predomínio de comedões (lesão primária da acne), lesões
pápulo-pustulosas. Na acne grau III nódulos e cistos podem ser
observados, há ruptura da parede folicular com reação inflamatória
aos comeócitos e bactérias formando os nódulos, clinicamente
repletos de pus. A acne grau IV ou conglobata é uma forma severa
da doença com múltiplos nódulos inflamatórios, formação de
abscessos e fístulas. Uma forma rara e grave, acompanhada de
manifestação sistêmicas (febre e leucocitose), podendo ser fatal, é a
acne fulminante grau V (SAMPAIO, 2001; MENESES, 2009,p?).

Na maioria dos casos de acne vulgar, a realização do diagnóstico pelo


esteticista não encontra muitas dificuldades. O quadro clínico é bastante típico,
apresentando lesões e sintomas locais de fácil identificação e ausência de
manifestações sistêmicas. Dentre os principais diagnósticos diferenciais destacam-
se foliculites, rosácea, dermatite perioral, erupções acneiformes e tumores benignos
como hiperplasia sebácea, siringoma e esclerose tuberosa (BRENNER, 2006).

Em uma análise profunda, a acne é constituída por um conjunto de lesões.


Quando cada aspecto é analisado isolado ou em conjunto, pode-se definir o tipo e
gravidade da acne (FIGUEIREDO, 2010). São eles:
14

• Comedão – surge em consequência da hiperceratose de


retenção no folículo pilo-sebáceo. De início fechado, manifesta-se
como pequeno grão miliar, levemente saliente na pele sã. Quando o
orifício folicular se dilata passa a comedão aberto, tomando o
aspecto de um ponto negro. Esta pode ser chamada de lesão
elementar e primária da acne;
• Pápula: surge como área de eritema e edema em redor do
comedão, com pequenas dimensões (até 3 mm);
• Pústula (ou«borbulha») – sobrepõe-se àpápula,por
inflamação da mesma e conteúdo purulento;
• Nódulo: tem estrutura idêntica à pápula, mas é de maiores
dimensões, podendo atingir 2 cm;
• Quisto: grande comedão que sofre várias rupturas e
recapsulações; globoso, tenso, saliente, com conteúdo pastoso e
caseoso;
• Cicatriz: depressão irregular quem contêm pele atrófica em
sua superfície, finamente telangiectásica, resultante da destruição do
folículo pilo-sebáceo por reacção inflamatória (ATUTOR, ANO,
PÁGINA)

2.2.2 A argila no tratamento da acne e suas indicações e contraindicações

Para fins terapêuticos a argila é utilizada principalmente em forma de


máscaras, cataplasmas e compressas. Inicia-se o processo com a preparação da
pele, através de uma limpeza, com sabonete específico para o tipo de pele, e loção
adstringente para reequilibrar o pH (ZAGUE, 2007).

A máscara pode ser aplicada sob a pele ou gazes, ela é dissolvida em água
destilada morna devendo ser retirada após a secagem. A compressa pode ser feita
sob a pele ou bandagens, pode ser feita com água morna ou fria, devendo ser
retirada trinta minutos após a aplicação. O cataplasma é o único aplicado
diretamente sob a pele, com água destilada fria e deve ser retirado uma hora após a
aplicação (ZAGUE, 2007).

O uso tópico facial da argila quase não possui contra indicações, a não ser
em casos agudos de acne onde é preciso orientação médica. Também se aconselha
moderação com o usodo produto, devido a ação esfoliante, que quando utilizado em
excesso pode causar inflamações e manchas (SOUZA, 2009).
15

Deve-se tomar bastante cuidado quanto à procedência, o armazenamento e a


manipulação do material, para que não haja perda de propriedades e contaminação
durante o processo de tratamento.

2.2.3 A efetividade do tratamento da acne por meio da geoterapia

A constatação da efetividade do tratamento da acne pela geoterapia se deu


pela documentação de casos de sucesso por diversos especialistas após rigorosos
testes e anos de estudo da ligação das propriedades das argilas com os fatores de
diminuição da acne já citados. Destacam-se os trabalhos de Souza, Zague e
Bourgeois.

Graças à sua estrutura molecular com propriedades de absorção, extração de


toxinas e substâncias nocivas do organismo e os constatados efeitos antissépticos,
antimicrobianos, seborreguladores e de oxigenação, é possível verificar melhorias
nos quadros de acne (BROD, 2012).
16

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Conhecer os benefícios que a geoterapia oferece no tratamento da acne.

3.2 Objetivos específicos

Demonstrar a viabilidade da geoterapia, conhecer as variedades e diferenças


oferecidas pelos tratamentos mais utilizados, verificar a existência de riscos para a
saúde e estética do paciente e identificar as principais vantagens de optar por este
tipo de tratamento.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho pretende demonstrar a eficácia da geoterapia como tratamento


da acne.  Através de uma pesquisa bibliográfica detalhada, objetivou-se reunir dados
sobre os benefícios que a geoterapia pode trazer para os pacientes em questão. A
finalidade deste projeto é demonstrar o pesquisador interessado conteúdos
desenvolvidos por outros autores em livros, artigos científicos e divulgação de
pesquisas de institutos reconhecidos pela comunidade médica e estética,
apresentando aquilo que já foi levantado, discutido e comprovado na área. As fontes
dos dados advêm das de bibliotecas virtuais como Scielo, Ebsco, Science Direct,
além de livros, artigos científicos, teses, dissertações e revistas.
17

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6. CONCLUSÃO
18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALDORI, A.; Caracterização de argilas para uso em saúde e estética. Unesc. Criciúma,
2009.
BONTEMPO, Márcio. Medicina Natural. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 1999.
BOURGEOIS, Pierre. El Extraordinário poder curativo de la Argila. Barcelona: De Vicchi,
2006.
BRENNER F.M. et al. Acne: um tratamento para cada paciente. Rev. Ciênc. Méd.,
Campinas, 15(3):257-266, maio/jun., 2006. Disponível em: http://periodicos.puc-
campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/viewFile/1117/1092. Acesso em: 01
out. 2018.
BROD, Mariana E.; OLIVEIRA, Sílvia P. Tratamento da acne com argiloterapia.
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Epidemiologia, etiopatogenia, clínica, classificação, impacto psicossocial, mitos e realidades,
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FIGUEIREDO, Américo et al. Avaliação e tratamento do doente com acne – Parte II:
Tratamento tópico, sistêmico e cirúrgico, tratamento da acne na grávida, algoritmo
terapêutico.RevPortClin Geral;27:66-76, 2011.
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19

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Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 2015. Disponível em:
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/09/15/noticias-saude,187066/acne-afeta-
mais-da-metade-da-populacao-brasileira-conheca-os-tipos.shtml. Acesso em agosto de
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SOUZA, V. M.; JUNIOR, D. A. Ativos Dermatológicos. Vol I a IV. São Paulo, 2009.
TEIXEIRA, Vera. Ricardo VIEIRA, Américo FIGUEIREDO; Impacto psicossocial da acne.
Revista SPDV 70(3) 2012. Disponível em:
https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/4/4 . Aceso em: Outubro de 2018.
VALENZUELA, Maria das Graças da Silva; CASSAROTTE, Ana Rachel Bernardes; et. al.
Caracterização de argilas funcionais para cosméticos. Trabalho acadêmico (graduação) –
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
ZAGUE, V. Argilas: natureza nas máscaras faciais. Cosmetics & Toiletries. Vol. 18, 2007.

ANEXO A

FICHA DE CONTROLE - PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM


INFORMAÇÕES DO GRUPO:
CURSO: Estética e Cosmética CAMPUS:
TURMA: TURNO: GRUPO:
NOTA PIM ESCRITO: NOTA APRES.: NOTA FINAL:

COMPONENTES DO GRUPO:
20

VISTO DO
RA NOME e-mail
ALUNO

PROFESSOR ORIENTADOR:
_______________________________________________

REGISTROS:

DATA DO VISTO DO VISTO DO


OBSERVAÇÕES
ENCONTRO PROFESSOR ALUNO
10/08/18 Formação do grupo.
17/08/18 Definição do Título do Projeto e Sumário

24/08/18 Elaboração da Introdução, dos Materiais


e Métodos e levantamento bibliográfico.
31/08/18 Elaboração da Introdução, dos Materiais
e Métodos e levantamento bibliográfico.
03/09/2018 Montagem dos grupos

14/09/18 Desenvolvimento do projeto: revisão de


literatura.
21/09/18 Desenvolvimento do projeto: revisão de
literatura.
28/09/18 Desenvolvimento do projeto: revisão de
literatura.
05/10/18 Desenvolvimento do projeto: revisão de
literatura.
21

19/10/18 Desenvolvimento do projeto: conclusão


e resumo.
26/10/18 Desenvolvimento do projeto: conclusão
e resumo.
09/11/18 Desenvolvimento do projeto: formatação
e ajustes finais.
16/11/18 Entrega da cópia impressa do PIM para
correção
19/11/18 Postagem do PIM no sistema

23/11/18 Preparação para apresentação do


trabalho perante uma banca
examinadora.
30/11/2018 Preparação para apresentação do
trabalho perante uma banca
examinadora.
07/12/2018 Preparação para apresentação do
trabalho perante uma banca
examinadora.
14/12/2018 Apresentação do trabalho perante uma
banca examinadora.

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