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BIOSSEGURANÇA - A QUESTÃO DA SEGURANÇA QUÍMICA E OS

RISCOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES DE LABORATÓRIOS


CIENTÍFICOS

PAULO ROBERTO DE CARVALHO


"Mestre em Sistemas de Gestão de Segurança do Trabalho".
Universidade Federal Fluminense

E-MAIL: prcarval@yahoo.com.br

MARIA ALICE ZACARIAS DO AMARAL

"Mestre em Ciências Biológicas"


Universidade Federal de Juiz de Fora.

E-MAIL: alicezamaral@yahoo.com.br
T

1. Introdução

Os primeiros estudos sobre a saúde dos trabalhadores, ao que se sabe, datam do século
XVI. Em 1700, Bernardino Ramazzine (1633-1714), publica o primeiro livro que é
considerado como um tratado sobre doenças ocupacionais, “De morbis artificum diatriba” (As
doenças dos trabalhadores), onde nessa obra Ramazzine descreve os riscos associados à
maioria das profissões da época, e enfatiza a necessidade das profissões desenvolvidas serem
mais conhecidas pelos médicos, e, com isso, se poder diagnosticar melhor a doença que
acometia o trabalhador. Desde então, estes estudos evoluíram, principalmente após a
Revolução Industrial, quando surgiram as primeiras leis trabalhistas visando a proteger o ser
humano de acidentes e possíveis doenças ocupacionais em suas relações de trabalho
(Waissmann & Castro, 1996).
A questão relacionada à saúde do trabalhador é de extrema relevância, e a Segurança
do Trabalho deve fazer parte do planejamento, organização, controle e execução do trabalho.
Para ser implementada, é preciso a participação de todos os trabalhadores, sem exceção; e que
tenham como meta a redução dos acidentes, eliminando perdas diversas e doenças do
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trabalho. Por ser a segurança inerente a qualquer atividade profissional, não se justifica a
ocorrência de acidentes nos ambientes de trabalho. Por mais importante e urgente que sejam
as tarefas ou qualquer situação emergencial, é extremamente necessário que sejam realizadas
e administradas sem prejuízo para o profissional ou para o ambiente interno e externo.
Segundo Laurell e Noriega (1989), a saúde dos trabalhadores, de qualquer forma, é
uma área prioritária de investigação, pois se mostra como um tema privilegiado para a
construção de um novo modo de entender e analisar a saúde-doença coletiva enquanto
processo social.
As atividades científicas na grande maioria são concebidas para atender as
necessidades do homem, sendo que a complexidade dos procedimentos, em geral, pode gerar
muitas incertezas quanto à segurança de suas aplicações, pois, quando realizadas
indevidamente, seus efeitos sobre a saúde humana, animal e, especialmente, sobre o meio
ambiente, podem ser imprevisíveis e irreversíveis. Para Roza et al (2003), atividades
insalubres são fato de, impossível eliminação; porém, existe a possibilidade da minimização e
eliminação das condições insalubres, seja em função de mudanças nos processos de trabalho,
seja pelo estabelecimento de medidas de controle individual e/ou coletivo.
Normalmente, os profissionais da área científica não estão treinados e capacitados
suficientemente para identificar outras variantes da questão da segurança do trabalho, pois
muitos agentes de riscos importantes ficam camuflados, não são percebidos e na maioria das
vezes são indutores de situações de maior complexidade para os trabalhadores. Por exemplo:
um microbiologista no laboratório, quando do desenvolvimento de uma atividade, a executa
com extrema segurança, cercando-se de todos os cuidados para não se auto contaminar
(dependendo do microorganismo, o mesmo pode gerar doenças graves) e impedir a
contaminação ambiental. Ainda no mesmo ambiente, esse mesmo microbiologista está
cercado de vários instrumentos, equipamentos e produtos químicos, que oferecem danos a sua
saúde, mas que não são considerados. Quando na necessidade em manipular um ácido forte
(extremamente corrosivo) ou algum solvente orgânico (inflamável e tóxico) ignora o quanto
esses produtos afetam a sua saúde. Além disso, pode também estar inserido num laboratório
onde as normas de segurança não são implementadas e ficar exposto a inúmeras condições
inseguras (fornecidas pelo próprio ambiente) que podem levar a situações emergenciais.
Quando se objetiva uma abordagem de assuntos ligados à biossegurança, é preciso que
fique registrado que no Brasil a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), por
intermédio da Legislação de Biossegurança estabelece as normas de segurança e mecanismos
de fiscalização do uso das técnicas de Engenharia Genética na construção, cultivo,
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manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte dos Organismos


Geneticamente Modificados (OGMs) e seus derivados, além de avaliar o risco biológico dos
OGMs e seus derivados e prestar apoio técnico consultivo e de assessoramento ao Governo
Federal."
Por outro lado, uma outra vertente da biossegurança se solidifica nas questões
relacionadas aos riscos ocupacionais dos muitos laboratórios das instituições de ensino e
pesquisa e também nas indústrias. Isso se dá, até mesmo por iniciativa de alguns profissionais
e professores das muitas instituições.
Outros pontos precisam ser evidenciados, pois essa “biossegurança praticada” e
defendida por muitos, nos laboratórios brasileiros, só atende a questão dos riscos biológicos,
não reconhecendo as demais condições de relevada importância, como por exemplo: o arranjo
físico inadequado de mobiliários e equipamentos; equipamentos desprovidos da proteção das
partes móveis (correias de bombas de vácuo), a ausência de cabines de segurança química;
riscos relacionados à eletricidade (fios desencapados, tomadas defeituosas, sobrecarga da rede
elétrica, uso de extensões); a armazenagem inadequada de produtos químicos perigosos e
materiais em geral; o uso de animais utilizados nas pesquisas (mordeduras e arranhões) e
demais outras situações, como o controle rígido de produtividade a que é submetido o
profissional em muitos locais de trabalho, que podem gerar uma infinidade de acidentes com
gravidade.
Riscos relacionados às questões ergonômicas também precisam e devem ser abordados
principalmente para que fique claro que, quando expostos a esses riscos, os profissionais
podem adquirir anomalias - não reconhecidas, na maioria das vezes como conseqüência aos
esforços e posturas adotadas erroneamente no trabalho - que vão proporcionar desconforto e
até mesmo o afastamento do trabalho para diagnósticos e tratamentos. Esforços físicos
intensos, levantamento e transporte de pesos excessivos (sem a ajuda de equipamentos
próprios para tal), exigência de postura inadequada quando do trabalho (o emprego de bancos
inapropriados, trabalho de pé, etc), imposição de ritmos acelerados de trabalho (aumento de
produtividade), monotonia e repetitividade de atividades (deficiência quanto ao planejamento
das atividades), jornada de trabalho noturno e demais situações que podem contribuir
sobremaneira para o agravo da saúde do profissional.
Outro ponto a considerar, refere-se ao fato de se encontrar em muitos laboratórios,
pessoas leigas que não dominam questões de maior complexidade. São pessoas que
desenvolvem atividades relacionadas à manutenção da higiene e limpeza dos locais de
trabalho, zeladores e outros. De acordo com Freitas (2003), o mesmo nos leva a algumas
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considerações importantes sobre os riscos, quando esses estão relacionados diretamente ao


público leigo: a questão da exposição involuntária por parte do profissional, a associação de
problemas de saúde a efeitos imediatos quando da exposição aos riscos, a falta de
conhecimento sobre os ricos à saúde, quando os riscos não são familiares às pessoas e
também a seleção dos riscos (o profissional elege aquele de menor complexidade para
gerenciar ignorando outros).

2. Metodologia adotada

A coordenação do curso de Desenvolvimento Profissional em Boas Práticas de


Laboratórios de Saúde Pública, oferecido pela Fundação Oswaldo Cruz - Escola Politécnica
de Saúde, e a docência em outros cursos realizados em laboratórios de saúde pública,
hemocentros, hospitais e universidades, possibilitou a convivência com vários profissionais
que desenvolvem atividades em laboratórios e também em empresas privadas. A partir desse
contato mais estreito em sala de aula, algumas informações foram obtidas, referentes às
questões de segurança nas diversas áreas de trabalho.
O artigo apresentado está fundamentado nos importantes relatos dos alunos que
trouxeram à tona suas preocupações quanto às condições ambientais nos laboratórios de
origem. Muitos foram categóricos ao afirmarem que em muitos laboratórios as regras básicas
de segurança não são contempladas. Sinalizaram também para o fato de que quando as regras
existem, as mesmas não são compreendidas e obedecidas pelos funcionários.
A partir de um questionamento mais apurado com o aluno-profissional, ficou patente
que a maioria entende a , simplesmente como a prevenção aos riscos biológicos, permitindo
lacunas significantes quanto aos demais riscos. Na maioria dos laboratórios os profissionais
não têm acesso às informações sobre os riscos químicos de forma mais aprofundada e de fácil
compreensão em manuais de segurança e procedimentos de trabalho.
Busca-se então, oferecer ao leitor, à possibilidade de uma reflexão para essas questões,
principalmente para aqueles que gerenciam e supervisionam laboratórios. Objetiva-se também
sensibilizar esses, quanto à necessidade de oferecer ao quadro técnico, treinamentos
(permanentes e consistentes) aos que manipulam, estocam e movimentam produtos químicos
nas suas atividades diárias. Acima de tudo, ressaltar que esses treinamentos devem
contemplar além do conjunto de elementos necessários ao exercício profissional seguro,
padrões adequados de qualidade.
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3. Cronologia da Biossegurança

Nos anos 70, governos e grupos de cientistas implementaram debates sobre a questão
da biossegurança, e surgem propostas que visavam as normatizações nessa área,
principalmente no que diz respeito à prevenção ou minimização da exposição dos
trabalhadores, lançando-se mão de uma infraestrutura adequada, e das medidas de segurança
biológica. Ainda nessa década, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definia a
biossegurança como: "práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o
homem" (WHO, 1993).
Em 1974, o Centers for Disease Control (CDC) elaborou e publicou um manual sobre
classificação de agentes etiológicos com base no risco. Esse manual passou então a ser
considerado referência para algumas atividades com agentes infecciosos em laboratórios, e foi
reeditado como manual de “Biossegurança em Laboratórios Microbiológicos e Biomédicos” .
O National Institutes of Health (NIH, EUA) publicou também em 1974, o manual
“Guia de Segurança para Biorisco”. Nesse manual, é enfatizada a necessidade de controle do
bio-risco para evitar acidentes e infecções em trabalhadores de laboratório e para assegurar a
validade do trabalho de pesquisa evitando contaminações. Segundo Sant’ Ana (1996), é
também do NIH a iniciativa das primeiras diretrizes referentes a biossegurança, onde em 1976
esse instituto divulga normas de segurança laboratorial que deveriam ser obrigatoriamente
observadas pelos projetos que contassem com verbas federais.
No inicio de 1975, a Academia de Ciências dos Estados Unidos convocou cientistas
para uma reunião, onde a proposta central era a de discutir, entre outros temas, parâmetros de
contenção física e biológica e classificação das manipulações genéticas, conforme os riscos
apresentados. Neste evento, propôs-se, ainda substituir a expressão que era empregada, “Bio-
risco” pelo termo “” (Carvalho, 2003).
Até 1978, muito pouco se tinha em em legislação relativa à avaliação profissional no
Brasil, e neste ano então, o Ministério do Trabalho publicou a Portaria 3.214/78 que
estabelece, em sua Norma Regulamentadora Nº 15 (NR 15), o Limite de Tolerância, que é
definido, no item 15.1, como: a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada
com a natureza e o tempo de exposição aos agentes que não causarão danos à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral (Carvalho, 2003).
Em 1992, o Rio de Janeiro foi sede da Convenção de Biodiversidade, evento
integrante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento
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(CNUMAD), e, nesse evento definiu-se como o “conjunto de medidas a serem adotadas


visando à preservação das espécies do planeta”.
No Brasil, a década de 90, é marcante para questões relacionadas a biossegurança, e
em 05 de janeiro de 1995, o Diário Oficial da União, publicou a Lei de Biossegurança nº
8.974/95, que foi aprovada pelo Congresso Nacional, a partir de substitutivo elaborado por
técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa). O órgão regulador dessa Lei é a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio), integrada por vários profissionais de diversos ministérios e
indústrias biotecnológicas.
“Esta Lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso de
técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte,
comercialização, consumo, liberação e descarte de organismo geneticamente modificado
(OGM), visando a proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como
o meio ambiente”.
A biossegurança vai, então, se modelando à realidade brasileira, e começa a ser tratada
de forma diferenciada pela comunidade científica brasileira que a vê, não só tratando dos
organismos geneticamente modificados (OGM), mas sim considerando-a em sua dimensão
ampla, isto é, aquela que envolve, além dos riscos biológicos, os demais associados ao
trabalho em laboratório: físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes, presentes nos
processos biotecnológicos. Portanto, hoje, a biossegurança, em alguns locais de trabalho,
como nos hospitais, laboratórios de saúde pública, laboratórios de pesquisas, hemocentros,
escolas técnicas e de nível superior, começa a ocupar um espaço importante e extremamente
relevante. Cursos de pós-graduação promovem cursos de biossegurança e obrigam os alunos à
matricula na disciplina.
Uma outra definição sobre biossegurança é apontada por Teixeira & Valle, (1996), que
define a mesma como “o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação
do meio ambiente e a qualidade dos resultados”.
É de extrema relevância que se registre e se reconheça que todas as áreas de trabalho,
ligadas a atividades científicas, são, na verdade constituídas por sistemas complexos, onde as
situações de risco e as possibilidades da geração de acidentes dependem rigorosamente das
condições de segurança do local, além de outros fatores como, a valorização dos recursos
humanos, a otimização e humanização dos processos de trabalho, o processo de comunicação
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adotado no local, o conjunto de ações reguladoras, necessárias para o desenvolvimento das


atividades e as tecnologias praticadas (Marinho, 1997).

4. R e s u l t a d o s e d i s c u s s ã o

A partir dos resultados das observações e informações adquiridas, foi possível a


elaboração do trabalho em questão, tendo em vista que as mesmas geraram que poderão
contribuir no aprimoramento das metodologias de trabalho e na elaboração e implementação
de normas de prevenção de acidentes nas muitas atividades laborais.
Os acidentes, em qualquer atividade profissional não acontecem por acaso. São, na
verdade gerados e potencializados pela inexperiência, falta de treinamento, falta de motivação
ou até mesmo pela negligência do trabalhador quando esse não considera as normas básicas
de segurança e quando não há também, por parte do empregador, uma preocupação com
relação à implementação de uma política de segurança eficiente que promova a
conscientização e principalmente a sensibilização do trabalhador.
Equipamentos defeituosos, a falta de manutenção preventiva dos mesmos, a
qualidade de materiais empregados nas atividades rotineiras em geral e a carência de
investimentos em novas tecnologias (mais seguras) que garantam a integridade física do corpo
técnico de trabalho podem ser geradores em potencial de acidentes de toda a ordem. Os
acidentes podem envolver além do próprio trabalhador que está à frente das atividades, outros
profissionais que prestam serviços temporários, estagiários, estudantes e demais profissionais
da área administrativa e visitantes. Quando do acidente, o trabalhador pode ficar afastado de
suas atividades por longo período de tempo devido às lesões sofridas, e, em alguns casos, esse
trabalhador pode ser obrigado a se desligar definitivamente das suas atividades, seja por
incapacidade ou até mesmo por morte.
Produtos químicos, quando manipulados indevidamente, podem gerar combustão
espontânea e conseqüentemente levar à explosões originando incêndios. Segundo Carvalho
(2002), em caso de derramamentos de produtos químicos, a situação deve ser imediatamente
administrada, e medidas urgentes devem ser implementadas, a fim de evitar a perda de tempo
e o controle da situação, pois produtos derramados também podem ser facilitadores para
combustão. Incêndios em laboratórios, além de causar danos às instalações prediais, podem
acarretar a perda parcial ou total de equipamentos, instrumentos e outros materiais além de
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comprometer a integridade do pessoal ali inserido, tendo em vista que além do fogo a fumaça
gerada pode levar à morte as pessoas por asfixia.
É imprescindível que em todos os laboratórios estejam disponíveis manuais de e de
operações, adaptados às suas atividades específicas, que identifiquem os possíveis riscos e
apontem as ações e práticas que os minimizem ou eliminem. Devem estar disponíveis para
todos os trabalhadores sendo ainda recomendável que haja um espaço de discussão/reflexão
sobre seu conteúdo (Marinho, 1977).
Certamente é preocupante o fato de que em muitos laboratórios, o quadro técnico é
multi-profissional, isto é, composto por profissionais com formações diferenciadas. Esse
conjunto de trabalhadores pode não apresentar a vivência e experiência requeridas no que
tange às questões relacionadas aos riscos químicos. A partir daí, tornam-se alvos fáceis da
contaminação química, o que pode acarretar prejuízos irreversíveis relacionados à saúde.
A recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), estabelece que aos
Serviços Médicos de Empresas compete:
“Assegurar proteção dos trabalhadores contra todo risco que prejudique a sua
saúde e que possa resultar de seu trabalho ou das condições em que este se efetue;
Contribuir à adaptação física e mental dos trabalhadores, em particular pela adequação do
trabalho aos trabalhadores e pela sua colocação em lugares de trabalho correspondentes às
suas aptidões e Contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível
do bem-estar físico e mental dos trabalhadores”.
O avanço da ciência como um todo, principalmente no que se refere à tecnologia, a
busca constante da qualidade dos produtos finais, a necessidade de se adotar normas de
segurança nas instituições que visam à integridade física do trabalhador e do patrimônio, e o
rigor das legislações, podem vir a contribuir para a redução dos acidentes nas dependências
dos laboratórios.
Visando comentar as definições legais dos agentes potenciais de danos – riscos – à
saúde do trabalhador, citam-se os itens que seguem que fazem parte da Norma
Regulamentadora (NR 9) – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Esta norma
Regulamentadora a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando a prevenção da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
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Para efeito desta Norma Regulamentadora, consideram-se riscos ambientais os agentes


físicos, biológicos e químicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador.

São considerados agentes físicos dentre outros as diversas formas de energia a que
possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, iluminação, umidade
bem como o infra-som e ultra-som. Os agentes biológicos são, dentre outros: as bactérias,
fungos, rickettsia, helmintos, protozoários e vírus. Os agentes químicos são, dentre outros; as
substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória,
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele
ou por ingestão.
Consideram-se, ainda, como riscos ambientais, para efeito das Normas
Regulamentadoras da Portaria 3.214/78, os agentes mecânicos e outras condições de
insegurança existentes nos locais de trabalho capazes de provocar lesões à integridade física
do trabalhador.
Um agente químico é caracterizado como toda a substância orgânica ou inorgânica,
natural ou sintética que, pode contaminar a atmosfera do ambiente de trabalho, bem como
acarretar danos aos trabalhadores durante a fabricação, manuseio, transporte, armazenamento
ou uso.
A inalação de vapores de solventes pode gerar efeitos tóxicos, e, ainda provocar
transtornos dos mais variados como a falta de coordenação, sonolência e isso aumentar a
possibilidade de acidentes graves. A partir daí,sugere-se que os profissionais desenvolvam
suas atividades sempre em ambientes ventilados e acompanhados de outros colegas de modo
que na eventualidade ao aparecimento de algum sintoma característico do uso do solvente,
haja intervenções imediatas. A maior parte dos solventes orgânicos além de produzirem
danos ao sistema respiratório podem produzir também lesões cutâneas em caso de contato
prolongado e rotineiras com os mesmos. A lesão na pele deve-se à capacidade que tem o
solvente de agir na camada de gordura natural ali encontrada o que acarreta os muitos efeitos
corrosivos levando à alergias (Carvalho 1999).
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Os agentes químicos que se fazem presentes na atmosfera do ambiente laboratorial


apresentam-se em três formas, isto é, segundo o estado físico, os efeitos no organismo e as
vias de penetração no organismo.
O agente químico pode apresentar-se na forma de aerodispersóides sólidos ou líquidos
e como gases ou vapores. Os danos causados pelos aerodispersóides vão depender das suas
características físicas, químicas e físico-químicas, como tamanho, densidade, reatividade,
velocidade de reação e concentração na atmosfera.
O quadro a seguir mostra a ação de solventes e agentes químicos sobre o organismo
humano.

SITIO DA LESÃO CONSEQÜÊNCIAS


Cérebro/sistema nervoso Intoxicações agudas podem causar anestesia e crônicas,
central provocar lesões irreparáveis.
Alguns agentes químicos, por exemplo, os solventes
orgânicos, têm ação irritante aguda sobre as mucosas dos
Olhos olhos. Nos casos de exposições prolongadas, a córnea pode
ser afetada com perda da capacidade visual.
Alguns produtos: solventes por exemplo, podem afetar o
Coração ritmo cardíaco.
Pode ser afetado gravemente com lesões crônicas por
Fígado álcoois, ésteres.
Concentrações elevadas de químicos podem provocar
Rins necrose nos tecidos renais; em exposições prolongadas há
possibilidade do aparecimento de nefrite crônica.
Terminações nervosas podem ser afetadas sob efeito de
Nervos solventes diminuindo a sensibilidade e a força muscular
das pernas e braços.
Hidrocarbonetos aromáticos, como benzeno, podem afetar
Medula e sangue o tecido hematopoiético, provocando a má formação de
glóbulos vermelhos e anemias.
Irritações agudas, enxugamento das mucosas, afetando a
Nariz sensibilidade ao odor, aumentando ou diminuindo-a, esta
última, na maioria das vezes.
Mucosas bucais podem ser sensibilizadas modificando o
Boca gosto e provocando hálito desagradável.
Diversos aspectos negativos poderão ocorrer no sistema
Vias respiratórias respiratório.
Pode haver perturbações nesse órgão, comandadas pelo
Estômago sistema nervoso afetado, ou diretamente nele, por ingestão
de produtos químicos.
Solventes orgânicos lipossolúveis dissolvem a camada de
Pele gordura que protege a pele provocando eczemas,
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dermatites, etc.
Alguns produtos químicos podem causar mutações, dentre
Óvulos, eles os que emitem radiações ionizantes (radioativos),
espermatozóides, feto césio, urânio, rádio, etc.
Fonte: Segurança Química. Risco Químico no Meio Ambiente de Trabalho 1999

Ao penetrarem no organismo dos trabalhadores, os agentes químicos são capazes de


induzir ou produzir alterações de ordem fisiológicas estruturais ou funcionais. As lesões
estruturais consistem na destruição total ou parcial da célula enquanto as funcionais
modificam o funcionamento da membrana celular.
. Os agentes químicos tóxicos podem agir de forma local ou sistêmica, sendo que na
forma local, atuam diretamente nas vias de penetração no organismo, geralmente com poder
irritativo ou cáustico. Os agentes que seguem a rota tóxico-cinética e concentram suas
atividades nos órgãos diversos, são os chamados sistêmicos; normalmente são de ação
seletiva.
Os agentes químicos, quanto aos efeitos fisiopatológicos, podem classificar-se de
acordo com o quadro abaixo:

Agentes Características
Partículas inertes que quando inaladas não produzem
mudanças nos tecidos pulmonares, mas causam desconforto
Incômodos
ou irritações menores. Como exemplo: o gesso, mármore,
caulim.
Causam mudanças físicas na estrutura dos pulmões com
aparecimento de nódulos e fibrose restringindo a capacidade
Fibrogênicos
de troca gasosa. Como exemplo: a sílica cristalina e o
amianto.
Partículas quimicamente ativas que irritam, inflamam e
ulceram o trato respiratório. Causam desconforto imediato.
Irritantes
Como exemplo: as névoas ácidas e alcalinas.
Produzem calafrios seguidos de febre intensa, efeitos que
podem demorar horas, após a exposição, para aparecerem.
Produtores de febre
Como exemplo: os fumos de zinco e de cobre.
Causam danos a órgãos e sistemas do corpo humano. Como
exemplo: os compostos solúveis de cádmio, chumbo,
Sistêmicos
manganês.
Podem causar reações alérgicas mesmo em pequenas
concentrações. Com exemplo tem-se o pólen, pêlos de
Alergênicos
animais, resinas, fungos, metais.
Cancerígenos Após períodos latentes podem produzir câncer. Como
l t i t t di líd
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exemplo tem-se o amianto, cromatos, radionuclídeos.


Mutagênicos e Induzem mutações no nível celular ou alterações genéticas.
Teratogênicos Como exemplo: o chumbo.
Provocam inflamação devido à ação química ou física, nas
Irritantes áreas de contato, principalmente pele e mucosas do trato
respiratório.
Substâncias que independente da via de penetração no
Tóxicos organismo, distribuem-se provocando diversos efeitos.
Anestésicos e Substâncias lipossolúveis que atuam como depressores do
Narcóticos sistema nervoso central; sua atuação depende da concentração
que chega ao cérebro.
Agentes que afetam alguns indivíduos mais sensíveis; sua
Alergógenos ação regular requer predisposição fisiológica (cromo,
monômeros, resinas, aromáticos, poeiras).

Aqueles que impedem a chegada do oxigênio aos tecidos. São


Asfixiantes os asfixiantes químicos e os asfixiantes simples.
Substâncias que podem provocar o crescimento desordenado
Carcinogênicos das células.
Aerodispersóides sólidos, que se depositam nos pulmões e se
Pneumoconióticos acumulam, provocando pneumopatias e degeneração fibrótica
do tecido pulmonar.
Independentemente de outros efeitos no organismo, em
Dermacóticos contato com a pele provocam irritações ou reações alérgicas
ou fotossensibilização.
Fonte: Riscos Químicos em Biotérios, 2003

Algumas substâncias desencadeiam mais do que um dos efeitos citados no quadro


acima. Há também outras possibilidades, como a presença de mais do que um agente químico
no mesmo ambiente ocupacional, ocasionando o efeito simples: quando a ação contaminante é
sobre órgãos distintos; efeitos adicionais: quando vários contaminantes agem sobre um
mesmo órgão ou sistemas fisiológicos; efeitos potenciais: quando um ou mais agentes
químicos potencializam a ação de outros agentes.
O quadro apresentado abaixo retrata os efeitos de algumas substâncias químicas de uso
rotineiro nos laboratórios.
O quadro apresentado abaixo retrata os efeitos de algumas substâncias químicas de uso
rotineiro nos laboratórios.

Substância Química Efeitos Notificados


São corrosivos e podem promover queimaduras sérias. São
Ácidos irritantes das vias respiratórias
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Acetona Ligeira irritação dos olhos, da mucosa nasal e da garganta;


sonolência
Amoníaco Irritação ocular e a longo prazo pode causar edema
pulmonar
Possibilidade de abortos espontâneos em mulheres
Anestésicos expostas. Outros efeitos estão relacionadas a anomalias
Halotano e congênitas, problemas hepáticos, renais e neurológicos.
Metoxifluorano
São potencialmente corrosivas promovendo queimaduras
Bases profundas e dolorosas.
Dor de cabeça, náuseas, icterícia ligeira, anorexia e
Clorofórmio sonolência. A longo prazo pode levar a fibrose hepática e
hepatite tóxica.
Dióxido de Carbono Pode promover a asfixia quando o gás é liberado em
Gás Carbônico ambientes fechados e sem ventilação.
Menos tóxico do que o metanol, mas pode se tornar
Etanol agressivo se manipulado em grandes quantidades por longo
Álcool etílico período de tempo. Se ingerido em grandes quantidades pode
causar lesões no fígado.
Ressecamento da pele podendo causar dermatite. A longo
Éter etílico prazo pode causar irritação da garganta e do nariz, perda do
apetite, tontura excitação e sonolência.
Fenol Irritação cutânea e queimaduras graves, dor abdominal,
Fenóis Sintéticos (orto- vômitos, diarréia. Se projetado nos olhos pode causar
fenol, orto-benzil- queimaduras graves e até mesmo a cegueira. Gera
paraclorofenol) transtornos do sistema nervoso central, coma e morte.
Compostos liberadores de Irritação dos olhos e da pele. Se projetado nos olhos pode
cloro ativo. (água causar lesões sérias com comprometimento da visão.
sanitária)
Irritação das vias respiratórias, da pele e das mucosas. A
Formaldeído longo prazo
(formol) existe a possibilidade de mutagenicidade, teratogenicidade e
carcinogenicidade.
Glutaraldeído Irritação da pele, mucosas e olhos. A longo prazo pode
sensibilizar a pele e provocar dermatite.
Iodóforos Irritantes para os olhos e para a pele quando em exposição
acentuada
Metanol Causa sonolência, irritação das mucosas. A longo prazo
(álcool metílico) pode causar
danos à retina e ao nervo ótico.
Altamente tóxico, facilmente inflamável e explosivo, além
de ser carcinogênico, mutagênico, teratogênico e
neurotóxico. Seus subprodutos podem ser absorvidos,
Óxido de Etileno adsorvidos ou reagir com alguns materiais específicos,
alterando a estrutura química e característica original dos
produtos, com liberação de substâncias tóxicas ou
permanência de resíduos, que induzem a riscos reais e
potenciais à saúde dos usuários.
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Afeta os olhos, nariz, sistema reprodutor e sistema


Óxido Nítrico respiratório. Causa irritação na garganta. Regulador do
sono. Pode estar relacionado aos transtornos patológicos da
doença Alzheimer.
Pesticidas Possibilidade de agir sobre o organismo diminuindo nível
Fosforados e Clorados de imunoglobulinas. Pode também afetar o sistema nervoso
central
Quaternários de Amônio São compostos de baixa toxicidade.Porém tornam-se
agressivos quando as medidas de proteção à pele e olhos
não são adotadas.
Causa dor de cabeça, náuseas e tontura. A longo prazo pode
Tetracloreto de carbono gerar icterícia ligeira, anorexia, sonolência, lesão hepática e
renal e transtornos gastrintestinais.
Causa sonolência. A longo prazo promove efeitos
Tolueno hepatotóxicos e nefrotóxicos e deficiências neurológicas
inespecíficas. Pode afetar o feixe nervoso do ouvido
causando alterações de audições.
Causa sonolência, dor de cabeça, vertigem, fadiga, náuseas.
xilol A longo prazo promove efeitos hepatotóxicos e
nefrotóxicos. Promove deficiências neurológicas
inespecificas.
Fonte: Adaptado do Manual de Biossegurança em Laboratório, Organização Mundial de Saúde, 1994

Muitas substâncias químicas podem afetar a saúde dos profissionais quando esses
estão a frente de atividades que os obrigam à manipulação ou inalação de vapores. As muitas
substâncias químicas existentes apresentam variados efeitos tóxicos e podem afetar o
profissional promovendo lesões nas vias respiratórias, sangue, pulmões, fígado, rins e no
aparelho gastrintestinal, assim como em outros órgão e tecidos podendo gerar os mais graves
efeitos. É sabido que certas substâncias químicas podem ser agentes carcinogênicos e
teratogênicos.
Muitos países publicam listas de substâncias químicas perigosas, que mostram os
níveis máximos admissíveis. Existem também publicações de referência sobre substâncias
químicas tóxicas e perigosas e sobre riscos radiológicos.

5 . Conclusão

Segurança é uma responsabilidade do gerenciamento e deve estar estabelecida na


descrição formal da política do local. Não somente o gerente e os demais profissionais devem
conhecer os riscos envolvidos, mas todos devem estar diretamente interessados e envolvidos
na promoção de condições seguras. Procedimentos específicos devem ser estabelecidos de
forma analítica. Quando não existir métodos descritos, o trabalho deve ser supervisionado por
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um responsável que conheça ou possa avaliar os riscos envolvidos em uma operação rotineira
ou emergencial. Nos laboratórios em geral, um consultor geral ou higienista deve ser indicado
para dar suporte de informações e supervisão geral e, pelo menos, analisar criticamente os
procedimentos utilizados nos como uma pessoa externa ao grupo. A experiência mostra que
esta visão dissociada do grupo de trabalho é indispensável como elemento facilitador da
análise de riscos simples que possam ser negligenciados.
Com a finalidade de se minimizar ou, até mesmo, eliminar dos ambientes de trabalho,
ou seja, dos laboratórios, a possibilidade da geração de acidentes que podem afetar
sobremaneira a saúde dos profissionais, é preciso que se identifiquem todas as atividades no
laboratório onde há o uso de produtos químicos, e a partir daí, buscar as informações
pertinentes aos produtos principalmente quanto aos riscos químicos ocupacionais a que estão
expostos os trabalhadores.
Trabalhos que para serem executados, necessitam do uso de produtos químicos devem
ser realizados dentro das mais rígidas normas de segurança, estando os executores
devidamente protegidos, além daqueles que direta ou indiretamente estejam participando na
condição de auxiliares. Os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais originadas pela
exposição indevida aos agentes químicos não somente acarretam danos aos trabalhadores,
como igualmente afetam financeiramente as instituições, trazendo também prejuízos aos
cofres públicos da nação quando essas são instituições públicas.
Neste sentido, conclui-se que é de extrema necessidade que se implemente, de forma
patente, diagnósticos dos riscos químicos a que estão submetidos os trabalhadores de
laboratórios, visando subsidiar os mesmos com informações importantes e necessárias para o
desenvolvimento de suas atividades, uma vez que se dá maior ênfase a questões relacionadas
aos riscos biológicos, enquanto os riscos químicos, em grande parte, são bem maiores,
principalmente quando somados aos riscos biológicos.
Outro ponto importante a considerar é o de alertar quanto aos riscos químicos, os
novos trabalhadores, principalmente os recém formados, estagiários e estudantes que
transitam por esse grandioso mundo da ciência, pois não são devidamente preparados pela
escola no decorrer da vida acadêmica. A cada ano as escolas lançam no mercado de trabalho
profissionais que não dispõem das mínimas noções básicas de segurança. Grande parte dos
acidentes que são gerados e que envolvem os profissionais inseridos em laboratórios de
instituições científicas, hospitais e universidades, é atribuída à deficiência nas informações
passadas ainda nos bancos escolares (Carvalho et al, 2001). Portanto, entende-se que a
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“biossegurança” deveria ser disciplina obrigatória nas escolas de forma a contribuir na


formação do profissional de saúde.

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