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Informativo técnico de

TRÂNSITO 7
PROCEDIMENTOS PARA RETENÇÃO E REMOÇÃO DE VEÍCULOS
REFERÊNCIAS:
• Lei Federal n. 9.503, de 23SET97 – Institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
• Lei Federal nº 14.071, de 13OUT20 – altera a Lei Federal nº 9.503, de 23SET97 – Código de Trânsito
Brasileiro (CTB);
• Medida Provisória nº 1.050, de 18MAI21 (publicada em 19MAI21 no DOU) – altera a Lei Federal nº
9.503, de 23SET97 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
• Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – MBFT – Volume I e II (Resolução CONTRAN nº 371,
de 10DEZ10, e Resolução CONTRAN nº 561, de 15OUT15, respectivamente);
• Resolução CONTRAN nº 623, de 06SET16 - Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos ad-
ministrativos quanto à remoção, custódia e para a realização de leilão de veículos removidos ou
recolhidos a qualquer título, por órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito
– SNT;
• Parecer CETRAN-SP, s/nº, de 01JUN21, do Conselheiro Julyver Modesto de Araújo e aprovado, por
unanimidade, pelo Conselho.
1. Considerando as alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em razão da publicação e entra-
da em vigor dos expedientes referenciados 2 e 3, ficam definidos os procedimentos administrativos as
serem adotados pelos policiais militares quando da aplicação das medidas administrativas de RETEN-
ÇÃO e REMOÇÃO de veículos, sendo:
1.1. RETENÇÃO do veículo:
1.1.1. Código de Trânsito Brasileiro - CTB:
[...]

Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos neste Código.

§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veí-


culo será liberado tão logo seja regularizada a situação.

§ 2º Quando não for possível sanar a falha no local da infração, o veículo,


desde que ofereça condições de segurança para circulação, deverá ser liberado
e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Cer-
tificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-
-se ao condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar
a situação, e será considerado notificado para essa finalidade na mesma oca-
sião. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)

§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao condutor no


órgão ou entidade aplicadores das medidas administrativas, tão logo o veículo
seja apresentado à autoridade devidamente regularizado.

§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo


será removido a depósito, aplicando-se neste caso o disposto no art. 271. (Reda-
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se


tratar de veículo de transporte coletivo transportando passageiros ou veículo
transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de
segurança para circulação em via pública.

§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o § 2o, será


feito registro de restrição administrativa no Renavam por órgão ou entidade
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, que será retirada após
comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

§ 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2o resultará em


recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se, nesse caso, o disposto no
art. 271.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

[...]

1.1.2. Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – MBFT - Volume I e II:


[...]

8.1 - Retenção do Veículo

Consiste na sua imobilização no local da abordagem, para a solução de determi-


nada irregularidade.

[...]

Quando a irregularidade puder ser sanada no local onde for constatada a infra-
ção, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação.

Na impossibilidade de sanar a falha no local da infração, o veículo poderá ser


retirado, desde que não ofereça risco à segurança do trânsito, por condutor re-
gularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento
Anual, contra recibo, notificando o condutor do prazo para sua regularização.

Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será


recolhido ao depósito.

[...]

No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá providenciar a regularização do


veículo e apresentá-lo no local indicado, onde, após submeter-se a vistoria, terá
seu CLA/CRLV restituído.

[...]

Havendo comprometimento da segurança do trânsito, considerando a circula-


ção, o veículo, o condutor, os passageiros e os demais usuários da via, ou o con-
dutor não sinalizar que regularizará a infração, a retenção poderá ser transferida
para local mais adequado ou para o depósito do órgão ou entidade de trânsito.

Quando se tratar de transporte coletivo conduzindo passageiros ou de veículo


transportando produto perigoso ou perecível, desde que o veículo ofereça con-
dições de segurança para circulação em via pública, a retenção pode deixar de
ser aplicada imediatamente.

[...]
1.1.3. Diante do acima exposto, nos casos de retenção deverá o Policial Militar:
1.1.3.1. se SANADA A IRREGULARIDADE (artigo 270, § 1º, do CTB):
1.1.3.1.1. artigos dos CTB: 167; 168; 170; 221; 223; 228; 230, incisos VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII,
XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XXIII; 231, incisos I, II, III, IV, V, IX e X; 232; 235; 237; 244, incisos
I, II, III, V, X e XI; e 248;
1.1.3.1.2. providências: elaborar a devida autuação e liberar o veículo, SEM o recolhimento
do Certificado de Licenciamento Anual (CLA/CRLV), nos termos do § 1º, do artigo 270, do CTB;
1.1.3.2. se NÃO SANADA A IRREGULARIDADE:
1.1.3.2.1. desde que o veículo ofereça condições de segurança para circulação (nos termos
do artigo 270, § 2º, do CTB);
1.1.3.2.1.1. artigos dos CTB: 167; 168; 170; 221; 223; 228; 230, incisos VII, IX, X, XI, XII, XIII,
XIV, XV, XVI, XVII, XIX e XXIII; 231, incisos I, II, III, IV, V, IX e X; 232; 235; 237; 244, incisos I,
II, III, V, X e XI; e 248;
1.1.3.2.1.2. providências:
1.1.3.2.1.2.1. elaborar a devida atuação e liberar o veículo, desde que esteja devidamente
licenciado, para condutor regularmente habilitado, e RECOLHER o CLA/CLRV, caso seja físico
(papel moeda), assinalando no campo “observações” do Comprovante de Recolhimento e
Remoção (CRR): ““CRR para fins de vistoria junto ao DETRAN. Concedido o prazo de 30 dias
para regularizar a situação. Este CRR não autoriza a circulação do veículo sem que a irregula-
ridade seja sanada”;
1.1.3.2.1.2.2. diante da impossibilidade de recolher o documento digital (CRLV-e) ou impres-
so (em folha sulfite A-4), elaborar o CRR, especificando no campo de observações: “CRR para
fins de vistoria. Concedido o prazo de 30 dias para regularizar a situação. Condutor portava
o CRLV impresso ou digital, exibido pelo aplicativo CDT, razão pela qual deixo de recolher o
documento do veículo. Este CRR não autoriza a circulação do veículo sem que a irregularidade
seja sanada”;
1.1.3.2.2. desde que o veículo NÃO ofereça condições de segurança para circulação (nos ter-
mos dos §§ 2º e 7º, do artigo 270):
1.1.3.2.2.1. artigos dos CTB: 230, incisos VIII e XVIII;
1.1.3.2.2.2. providências: elaborar a devida autuação e remover o veículo ao pátio de custó-
dia/depósito (confecção do CRR);
1.1.3.3. SITUAÇÃO ESPECIAL:
1.1.3.3.1. artigos do CTB: 162, incisos I, II, III, V e VI; 165; e 165-A;
1.1.3.3.2. providências:
1.1.3.3.2.1. se for apresentado outro condutor, devidamente habilitado e, em condições de
dirigir, ou se o condutor do veículo sanar a irregularidade, elaborar a devida autuação e libe-
rar o veículo SEM o recolhimento do CLA/CRLV;
1.1.3.3.2.2. se NÃO for apresentado outro condutor, devidamente habilitado e, em condições
de dirigir, ou se condutor NÃO sanar a irregularidade, elaborar a devida atuação e remover o
veículo ao pátio/depósito, nos termos do § 4º, do artigo 270, do CTB;
1.2. REMOÇÃO do veículo:
1.2.1. Código de Trânsito Brasileiro - CTB:
[...]

Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste Código, para
o depósito fixado pelo órgão ou entidade competente, com circunscrição
sobre a via.

§ 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante prévio paga-


mento de multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros
encargos previstos na legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
2015)

§ 2o A liberação do veículo removido é condicionada ao reparo de qual-


quer componente ou equipamento obrigatório que não esteja em perfeito
estado de funcionamento.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que não possa ser


tomada no depósito, a autoridade responsável pela remoção liberará o veí-
culo para reparo, na forma transportada, mediante autorização, assinalan-
do prazo para reapresentação.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)

§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo poderão ser


realizados por órgão público, diretamente, ou por particular contratado
por licitação pública, sendo o proprietário do veículo o responsável pelo
pagamento dos custos desses serviços.(Redação dada pela Lei nº 13.281,
de 2016)
§ 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no ato de remo-
ção do veículo, sobre as providências necessárias à sua restituição e sobre
o disposto no art. 328, conforme regulamentação do CONTRAN.(Incluído
pela Lei nº 13.160, de 2015)

§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no momento


da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias
contado da data da remoção, deverá expedir ao proprietário a notificação
prevista no § 5º, por remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil
que assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser
feita por edital.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)

§ 7o A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietá-


rio do veículo ou por recusa desse de recebê-la será considerada recebida
para todos os efeitos. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

§ 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação será feita por


edital.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no


local da infração.(Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)

§ 9º-A Quando não for possível sanar a irregularidade no local da infração,


o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação, será
liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante reco-
lhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de
recibo, assinalando-se ao condutor prazo razoável, não superior a quinze
dias, para regularizar a situação, e será considerado notificado para essa
finalidade na mesma ocasião.(Incluído pela Medida Provisória nº 1.050, de
2021)

§ 9º-B O disposto no § 9º-A não se aplica à infração prevista no inciso V


do caput do art. 230. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.050, de 2021)

§ 9º-C Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o § 9º-A,


será feito registro de restrição administrativa no Renavam por órgão ou
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, que será
retirada após comprovada a regularização. (Incluído pela Medida Provisória
nº 1.050, de 2021)

§ 9º-D O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 9º-A resul-


tará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se, nesse caso, o
disposto neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.050, de 2021)

§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será corresponden-


te ao período integral, contado em dias, em que efetivamente o veículo
permanecer em depósito, limitado ao prazo de 6 (seis) meses. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016)

§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados por particula-


res poderão ser pagos pelo proprietário diretamente ao contratado. (Incluí-
do pela Lei nº 13.281, de 2016)

§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o respectivo ente da


Federação estabelecer a cobrança por meio de taxa instituída em lei. (In-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do recolhimento com-


provar, administrativa ou judicialmente, que o recolhimento foi indevido ou
que houve abuso no período de retenção em depósito, é da responsabilida-
de do ente público a devolução das quantias pagas por força deste artigo,
segundo os mesmos critérios da devolução de multas indevidas. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016)

[...]

1.2.2. Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – MBFT - Volume I e II (parte introdutória):


[...]

8.2 - Remoção do Veículo

A remoção do veículo tem por finalidade restabelecer as condições de se-


gurança e fluidez da via ou garantir a boa ordem administrativa. Consiste
em deslocar o veículo do local onde é verificada a infração para depósito
fixado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via.

A medida administrativa de remoção é independente da penalidade de


apreensão e não se caracteriza como medida antecipatória da penalidade
de apreensão.

A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado para esse fim ou,
na falta deste, valendo-se da própria capacidade de movimentação do veí-
culo a ser removido, desde que haja condições de segurança para o trân-
sito.

A remoção do veículo não será aplicada se o condutor, regularmente habi-


litado, solucionar a causa da remoção, desde que isso ocorra antes que a
operação de remoção tenha sido iniciada ou quando o agente avaliar que
a operação de remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez
da via.

Este procedimento somente se aplica para o veículo devidamente licencia-


do e que esteja em condições de segurança para sua circulação.

[...]

1.2.3. Resolução CONTRAN nº 623, de 06SET16:


[...]

Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução, entende-se por:

I - remoção de veículos: medida administrativa aplicada pelo agente da


Autoridade de Trânsito, quando da constatação da infração de trânsito que
caracterize a necessidade de se retirar o veículo do trânsito, que será re-
colhido em local apropriado, conforme o estabelecido no art. 271 do CTB.

[...]
Art. 4º Caberá ao agente da Autoridade de Trânsito, responsável pelo reco-
lhimento do veículo, emitir a notificação por meio do termo de recolhimento
de veículo ou documento equivalente, mediante identificação e assinatura, ou
por meio de sistema informatizado que possibilite a identificação do respon-
sável, que discriminará:

I - os objetos deixados no veículo por conveniência e inteira responsabilidade


do condutor;

II - os equipamentos obrigatórios ausentes;

III - o estado geral da lataria, pintura e pneus;

IV - os danos do veículo causados por acidente e a sua condição de trafegar


em vias públicas;

V - identificação do proprietário e do condutor, sempre que possível;

VI - dados que permitam a precisa identificação do veículo, registrado a termo,


se irregular;

VII - o prazo para a retirada do veículo, sob pena de ser levado a leilão.

§ 1º O termo de recolhimento de veículo ou documento equivalente será


preenchido em, no mínimo, duas vias, admitida a hipótese de uso de arquivos
informatizados que permitam sua impressão e utilização em processos instruí-
dos, sendo:

I - a primeira destinada ao proprietário ou condutor do veículo recolhido, a


qualquer título;

II - a segunda destinada ao órgão ou entidade responsável pela custódia do


veículo, que instruirá o devido processo administrativo;

III - a terceira, se necessário, à entidade contratada ou conveniada pelo acolhi-


mento do veículo em depósito, quando for o caso; e

IV - a quarta, se necessário, ao agente de trânsito responsável pelo recolhi-


mento.

§ 2º O condutor do veículo flagrado, mesmo que não habilitado e ainda que


não seja o proprietário que conste do registro, poderá ser notificado e receber
o termo de recolhimento ou documento equivalente, com eficácia de notifi-
cação.

§ 3º Considera-se notificado o proprietário ou condutor presente no momento


do recolhimento, ainda que se recuse a assinar o termo de recolhimento.

[...]

Art. 6º Em caso de veículo transportando carga de produto perigoso ou pe-


recível e de transporte coletivo de passageiros, a remoção imediata poderá
não ocorrer, a critério do agente, verificadas as condições de segurança para
circulação, nos termos do § 5º do art. 270 do CTB.

[...]
1.2.4. Diante do acima exposto, nos casos de remoção deverá o Policial Militar:
1.2.4.1. se SANADA A IRREGULARIDADE (artigo 271, § 9º, do CTB):
1.2.4.1.1. artigos dos CTB: 179, inciso I; 180; 181, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII,
XIII, XIV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX; 184, inciso III; 210; 229; 230, incisos I, II, III, IV, V, VI e XX;
231, inciso VI; 234; 238; 239; 253 e 253-A;
1.2.4.1.2. providências:
1.2.4.1.2.1. elaborar a devida autuação e liberar o veículo, desde que esteja devidamente licen-
ciado e em condições de segurança para sua circulação;
1.2.4.1.2.2. caso o veículo não ofereça condições de segurança para sua circulação o veículo de-
verá ser removido ao pátio de custódia/depósito nos termos do item 8.2 da parte introdutória
dos MBFT, Volume I e II, sendo:
[...]

8.2 - Remoção do Veículo

[...]

A remoção do veículo não será aplicada se o condutor, regularmente ha-


bilitado, sanar a irregularidade no local, desde que isso ocorra antes que a
operação de remoção tenha sido iniciada, ou quando o agente avaliar que
a operação de remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez
da via.

Este procedimento somente se aplica para o veículo devidamente licencia-


do e que esteja em condições de segurança de circulação.

[...]

1.2.4.2. se NÃO SANADA A IRREGULARIDADE:


1.2.4.2.1. desde que o veículo ofereça condições de segurança para circulação (nos termos
do artigo 271, § 9º-A, do CTB);
1.2.4.2.1.1. artigos 179, inciso I; 180; 181, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV,
XVI, XVII, XVIII, XIX e XX; 184, inciso III; 210; 229; 230, inciso II; 234; 238; 239; 253 e 253-A do
CTB:
1.2.4.2.1.1.1. providências: elaborar a devida atuação e liberar o veículo, desde que esteja de-
vidamente licenciado, o condutor regularmente habilitado, EXCETO quando a remoção tiver
como objetivo a desobstrução da via, oportunidade em que:
1.2.4.2.1.1.1.1. se o condutor COMPARECER no local e se dispuser a retirá-lo, liberar o veículo;
1.2.4.2.1.1.1.2. se o condutor NÃO comparecer no local, remoção do veículo ao pátio de cus-
tódia/depósito, atentando para que:
1.2.4.2.1.1.1.2.1. no município de São Paulo o Policial Militar deverá elaborar o respectivo
Auto de Infração de Trânsito (AIT) e acionar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para
elaboração do Relatório de Vistoria e Custódia (RVC – documento que formaliza a remoção do
veículo), disponibilizar o serviço de guincho e a vaga no pátio de custódia/depósito;
1.2.4.2.1.1.1.2.2. nos demais municípios, seguir o regramento estabelecido pela municipalida-
de local;
1.2.4.2.1.1.2. artigos 230, incisos I, III, IV, VI e XX; 231, inciso VI, do CTB:
1.2.4.2.1.1.2.1. providências:
1.2.4.2.1.1.2.1.1. elaborar a devida atuação e liberar o veículo, desde que esteja devidamente
licenciado, para condutor regularmente habilitado e, RECOLHER o CLA/CLRV, caso seja físico
(papel moeda), assinalando no campo “observações” do CRR: “CRR para fins de vistoria junto
ao DETRAN. Concedido o prazo de 15 dias para regularizar a situação. Este CRR não autoriza a
circulação do veículo sem que a irregularidade seja sanada”;
1.2.4.2.1.1.2.1.2. diante da impossibilidade atual de recolher o documento digital (CRLV-e) ou
impresso (em folha sulfite A-4), elaborar o CRR, especificando no campo de observações: “CRR
para fins de vistoria junto ao DETRAN. Concedido o prazo de 15 dias para regularizar a situação.
Condutor portava o CRLV impresso ou digital, exibido pelo aplicativo CDT, razão pela qual deixo
de recolher o documento do veículo. Este CRR não autoriza a circulação do veículo sem que a
irregularidade seja sanada”;
1.2.4.2.1.1.3. artigo 230, incisoV, do CTB: elaborar a devida atuação e remover o veículo ao
pátio de custódia/depósito, nos termos do § 9º-B, do artigo 271, do CTB;
1.2.4.2.2. desde que o veículo NÃO ofereça condições de segurança para circulação (nos
termos dos §§ 9º-A e 9º-D, do artigo 271):
1.2.4.2.2.1. artigos dos CTB: 179, inciso I; 180; 181, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII,
XIII, XIV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX; 184, inciso III; 210; 229; 230, incisos I, II, III, IV, V e VI; 231,
inciso VI; 234; 238; 239; 253 e 253-A;
1.2.4.2.2.2. providências: elaborar a devida autuação e remover o veículo ao pátio de custódia/
depósito (confecção do CRR);
1.2.4.3. SITUAÇÃO ESPECIAL:
1.1.4.3.1. artigos do CTB: 173; 174 e 175 (conforme Parecer CETRAN-SP, s/nº, de 01JUN21, em
resposta ao OFÍCIO Nº CPTran-013/130/21, de 21MAI21);
1.1.4.3.1.1. providências:
1.1.4.3.1.1.1. quando se tratar de evento organizado e estando presente, ainda, a necessidade
de garantir a boa ordem administrativa, prevista no item 8.2. da parte introdutória do MBFT,
de forma a evitar, em tese, a continuidade do cometimento da infração objeto da fiscalização
(cometidas as condutas durante a realização de eventos e competições) - elaborar a devida
autuação e, sendo possível a abordagem do veículo e condutor, a remoção do veículo ao pá-
tio/depósito, constando no campo “observações do AIT e CRR, além da situação observada,
as seguintes informações: “Veículo removido a fim de atender ao princípio da supremacia do
interesse público sobre o interesse privado, de modo a garantir a boa ordem administrativa.
Trata-se de evento programado, conforme diligências anteriormente realizadas”;
1.1.4.3.1.1.2. quando constatados de forma isolada, situação em que será mera presunção,
sem lastro fático, imaginar que a conduta se perpetuará no tempo, caso o veículo não seja
removido – elaborar a devida autuação e, mesmo sendo possível a abordagem do veículo e do
condutor, liberar o veículo, desde que esteja devidamente licenciado e não haja outra infração
que preveja a remoção ao pátio de custódio/depósito, a condutor regularmente habilitado e em
condições, nos termos do § 9º, do artigo 271, do CTB.
2. Lembrando que:
2.1. conforme o parágrafo único do artigo 133, do CTB, que exige ao condutor portar o CLA/CRLV,
“O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido
sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado” e, nesta condição, não caberá
a autuação pelo artigo 232 do CTB (“Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório
referidos neste Código”);
2.1.1. todavia, se o Policial Militar não tiver acesso ao sistema informatizado para verificar se o
veículo está licenciado, e o condutor não estiver portando ao CLA/CRLV físico, digital ou impresso,
caberá:
2.1.1.1. autuação com base no artigo 232 do CTB, devendo ainda se assegurar da procedência
licita do veículo; e
2.1.1.2. havendo infração de trânsito que preveja a medida administrativa de retenção e NÃO
sanada a irregularidade, além da confecção do respectivo AIT, MESMO que o veículo ofereça
condições de segurança para circulação, em razão da ausência do CLA/CRLV e de informações do
banco de dados, deverá o veículo ser removido ao pátio de custódia/depósito, nos termos dos §§
2º e 7º, do artigo 270, do CTB;
2.2. quando faltarem meios para a remoção do veículo ao pátio de custódia [(i) indisponibilidade
de pátio, (ii) falta de vaga no pátio, (iii) indisponibilidade de guincho e (iv) indisponibilidade de
guincho compatível para o tipo de veículo a ser removido, a exemplo de caminhões e suas com-
binações de transporte de cargas - treminhões, bitrens, rodotrens etc.], o Policial Militar deverá:
2.2.1. cientificar o respectivo CFP (ou equivalente) ou, na ausência deste, o CGP (ou equivalente),
a que estiver imediatamente subordinado, para ciência acerca da impossibilidade de recolher o
veículo;
2.2.2. liberar o veículo a condutor habilitado (nos termos dos princípios administrativos da Re-
serva do Possível e da Publicidade), consignando no campo de “observações” do AIT o motivo
que impossibilitou a remoção (falta de vaga e/ou indisponibilidade de guincho, além do contato
realizado);
2.2.3. nos caso em que faltarem meios para o recolhimento do veículo ao pátio, mas houver in-
fração que implique a necessidade de vistoria do veículo no órgão de trânsito e o condutor não
portar o CRLV em papel moeda ou apresentá-lo em formato eletrônico /impresso, além da lavra-
tura do AIT, o Policial Militar deverá elaborar o CRR, sem anexar qualquer documento impresso
ou equipamento eletrônico, consignando no campo observações informações complementares:
“Para fins de bloqueio – condutor portava o CRLV digital – CRLV-e ou impresso em papel sulfite
branco em formato A-4, razão pela qual deixo de recolher o documento do veículo, este CRR não
autoriza a circulação do veículo sem sanar a irregularidade apontada”, consignando o prazo para
regulariza de acordo com a medida administrativa a ser aplicada [retenção (30 dias) e remoção
(15 dia)];
2.3. considerar-se-á o início da operação de remoção do veículo com a transmissão da custódia do
veículo (entrega do veículo, chaves e CRR) para o funcionário da empresa prestadora do serviço
de remoção (credenciado nos termos do art. 271 do CTB), momento em que o veículo não estará
mais sob a custódia da Polícia Militar, portanto, não podendo mais ser restituído ao condutor/
proprietário do veículo ou sana a irregularidade no local da infração.
2.4. quando da abordagem de veículo que possua, após consulta junto ao sistema PRODESP
(TMD, TPD ou rede-rádio), bloqueio administrativo (RENAVAN) em razão da falta de vistoria, cabe-
rá a elaboração da devida autuação com base no artigo 195 do CTB, e outras constatadas, além
da remoção do veículo ao pátio de custódia/depósito, nos termos dos §2º e § 7º, do artigo 270
(retenção) ou dos § 9º-C e § 9º-D, do artigo 271 (remoção), ambos do CTB.
3. Os prazos de encaminhamento dos AIT, CRR e demais objetos recolhidos permanecem inaltera-
dos, conforme estipulado na Portaria Detran.SP nº 115, de 1 de março de 2016.

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