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SÃO PAULO - SP
241000OUT18
Atualizada em 061600JAN20
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RECOLHIMENTO DE DOCUMENTOS E VISTORIA DE VEÍCULOS.

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº CPRv-003/300/18

1. REFERÊNCIA:
1.1. Lei Federal nº 9.503, de 23SET97, Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
1.2. Portaria DETRAN nº 974, de 26AGO99, alterada pela Portaria DETRAN nº 1.279, de
09AGO03;
1.3. Resolução CONTRAN nº 371, de 10DEZ10;
1.4. Lei Estadual nº 15.266, de 26DEZ13;
1.5. Ordem de Serviço PM3-003/03/14, de 26JUN14;
1.6. Resolução CONTRAN nº 561, de 15OUT15;
1.7. Protocolo nº 015920/07/DER/2018.
2. FINALIDADES:
2.1. estabelecer normas gerais nos procedimentos relativos ao recolhimento de documentos
expressamente previstos na legislação de trânsito e que demande realização de vistoria;
2.2. disciplinar as rotinas de controle, tramitação e preenchimento do Auto de Recolhimento de
Documentos (ARD), no âmbito do Policiamento Rodoviário (Pol Rv), por meio das Unidades
subordinadas;
2.3. definir critérios para encaminhamento de documentos de porte obrigatório (CRLV,
CNH/PPD, ACC etc), recolhidos em decorrência de infrações de trânsito, ao Órgão ou Entidade
Executivo (DETRAN/CIRETRAN).
3. SITUAÇÃO:
3.1. o CTB estabeleceu no art. 269, a possibilidade de recolhimento de documentos tanto do
condutor quanto do veículo, que se dará sempre mediante recibo, como medida administrativa
complementar à elaboração do auto de infração de trânsito (AIT), pelo agente de trânsito;
3.2. o recolhimento da CNH e da Permissão para Dirigir (PPD) dar-se-á, mediante recibo, além
dos casos previstos no CTB, quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração,
consoante disposição do art. 272, do CTB;
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3.3. o art. 274, do CTB, dispõe que o recolhimento do CLA dar-se-á mediante recibo, além dos
casos previstos neste Código, quando:
3.3.1. houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
3.3.2. se o prazo de licenciamento estiver vencido;
3.3.3. no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser sanada no local;
3.4. estabelece, ainda, o § 2º do Art. 270, com a redação dada pela Lei nº 13.160, de 25AGO15:
3.4.1. “... que não sendo possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde que
ofereça condições de segurança para circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra
apresentação de recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a situação,
para o que se considerará, desde logo, notificado ...”;
3.5. já o § 3º do mesmo dispositivo legal, assevera que o CLA será devolvido ao condutor no
órgão ou entidade aplicadores das medidas administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
Autoridade devidamente regularizado;
3.6. assim, muito embora o CTB contemple a possibilidade de recolhimento de documentos
mediante recibo e vistoria de veículos pelos órgãos incumbidos da fiscalização, até o momento o
CONTRAN não emitiu qualquer norma disciplinando o recolhimento de documentos e vistoria
de veículos dos casos acima preconizados, restando, pois, aos órgãos, instituírem formulários e
estabelecer critérios próprios, com vistas ao melhor cumprimento do disposto em Lei;
3.7. por meio da Portaria nº 974, de 26AGO99, alterada pela Portaria nº 1.279, de 09AGO03, o
DETRAN, estabeleceu o procedimento administrativo específico para a expedição de novo
CRLV, na hipótese de recolhimento do documento de circulação;
3.7.1. assim, o DETRAN/SP reconheceu a validade do ARD, emitido pelo Pol Rv, portanto, com
validade em todo o Estado de São Paulo e, inclusive, para fins de emissão de um novo CRLV,
nos casos de recolhimento desse documento;
3.8. não obstante a existência de vários dispositivos legais disciplinando a sistemática, os
procedimentos adotados pelo Pol Rv, no que tange às medidas administrativas de recolhimento
de documentos para posterior vistoria nas OPM subordinadas, demonstrou pela experiência ser o
mais eficiente e eficaz, não somente no cumprimento dos preceitos legais, mas também pela
celeridade, economicidade e eficiência na prestação de seus serviços aos usuários e,
principalmente, por assegurar que irregularidades existentes nos veículos, atentatórias à
segurança do trânsito, sejam efetivamente sanadas.
4. OBJETIVOS:
4.1. padronizar e unificar o procedimento do Pol Rv de expedição, preenchimento e tramitação
do ARD, por meio das OPM subordinadas;
4.2. atualizar de forma adequada os PMRv para o cumprimento das missões Institucionais e
aplicação das normas vigentes reguladoras de sua atuação, evitando-se responsabilidades
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administrativas, penais e civis, bem como, desgaste da imagem Institucional;


4.3. ressaltar que todas as ações do Pol Rv são prioritariamente voltadas à proteção da vida e a
incolumidade física dos usuários das rodovias, revestidos de todos os aspectos legais;
4.4. disciplinar o encaminhamento de documentos recolhidos, por impossibilidade de
regularização de infrações, que prevejam medidas administrativas de retenção do veículo, para
que sejam submetidos a vistoria posterior, tornando mais célere o trâmite desses documentos,
otimizando a rotina atribuída à administração dos Pelotões (Pel Rv) e Companhias (Cia Rv),
visando a dignidade dos usuários das rodovias e a prestação do serviço público com qualidade.
5. MISSÃO:
5.1. as OPM subordinadas que, por conta de suas atribuições, deverão observar as regras de
recolhimento, encaminhamento e controle de documentos de porte obrigatório decorrentes da
fiscalização de veículos no âmbito do Pol Rv, bem como observar as regras de vistoria de
veículos nas BOp, conforme doutrina de emprego operacional estabelecida nesta NI.
6. EXECUÇÃO:
6.1. o CTB consubstanciou como medida administrativa, por meio dos incisos III, IV e VI, do
art. 269, o recolhimento da CNH, da PPD, do CRLV/CLA, respectivamente;
6.2. já, o art. 270, do CTB, disciplina os procedimentos nos casos de medida administrativa de
retenção do veículo:
“(...)
§ 2o Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de
segurança para circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante
recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se
prazo razoável ao condutor para regularizar a situação, para o que se considerará, desde logo, notificado;
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao condutor no órgão ou entidade aplicadores
das medidas administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade devidamente regularizado;
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido a depósito,
aplicando-se neste caso o disposto no art. 271;
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se tratar de veículo de transporte
coletivo transportando passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou perecível, desde que
ofereça condições de segurança para circulação em via pública; ...”

6.3. o art. 269, do CTB, estabelece como medidas administrativas o recolhimento da CNH/PPD,
e o art. 272 do mesmo diploma legal, estabelece que o recolhimento de tais documentos, dar-se-á
mediante recibo, além dos casos previstos no CTB, quando houver suspeita de autenticidade ou
adulteração;
6.4. o art. 274, do CTB, disciplina as hipóteses de recolhimento do CRLV. Esse documento deve
ser recolhido nos casos previstos no CTB, e ainda quando houver dúvida de autenticidade,
suspeita de adulteração, licenciamento vencido ou no caso de retenção do veículo e a
irregularidade não puder ser sanada no local;
6.5. nos termos da Resolução CONTRAN nº 371/10, que institui o Manual Brasileiro de
Fiscalização (MBFT) - Vol. I, medidas administrativas são providências de caráter
complementar, exigidas para a regularização de situações infracionais, sendo, em grande parte,
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de aplicação momentânea, e têm como objetivo prioritário impedir a continuidade da prática


infracional, garantindo a proteção a vida e a incolumidade física das pessoas, e não se
confundem com penalidades, sendo que:
6.5.1. compete à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e seus agentes aplicar as
medidas administrativas, considerando a necessidade de segurança e fluidez do trânsito;
6.5.2. diante da impossibilidade de aplicação de medida administrativa, prevista para infração,
não invalidará a autuação pela infração de trânsito, nem a imposição das penalidades previstas;
6.5.3. infere do contido no item “8.1” do MBFT, que versa sobre “retenção do veículo”:
6.5.3.1. consiste na sua imobilização no local da abordagem, para a solução de determinada
irregularidade;
6.5.3.2. a retenção se dará nas infrações em que esteja prevista esta medida administrativa;
6.5.3.3. quando a irregularidade puder ser sanada no local onde for constatada a infração, o
veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação;
6.5.3.4. na impossibilidade de sanar a falha no local da infração, o veículo poderá ser retirado
por condutor regularmente habilitado, desde que não ofereça risco à segurança do trânsito,
mediante recolhimento do CLA/CRLV, contra recibo, notificado o condutor do prazo para sua
regularização;
6.5.3.5. não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será recolhido
ao depósito;
6.5.3.6. no prazo assinalado no recibo, conforme subitem 6.18, desta NI, o infrator deverá
providenciar a regularização do veículo e apresenta-lo no local indicado, conforme relação de
BOp anexa a esta NI, onde, após submeter-se a vistoria, terá seu CRLV restituído;
6.5.3.7. havendo comprometimento da segurança do trânsito e/ou no caso do condutor sinalizar
que não irá regularizar a situação, no mesmo local da fiscalização, ou em local indicado,
conforme subitem anterior, o veículo deverá ser removido para o depósito;
6.6. a realização de vistoria de veículo, para fins de verificação do saneamento de irregularidade
de infrações de trânsito, conforme art. 270 e §§ seguintes, do CTB, não se encontra no rol das
competências atribuídas ao DER (art. 21 do CTB), contudo, em que pese não estar devidamente
explicitado em Lei, a realização de vistoria está implicitamente delineada no § 3º, do art. 270,
que versa:
(...)
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao condutor no órgão ou entidade aplicadores
das medidas administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade devidamente regularizado”;
(...)
6.7. infere-se do contido nesse dispositivo legal, que há uma incumbência do órgão executivo
rodoviário, não somente de aplicar a medida administrativa de recolhimento do CRLV, como
também, à posteriori, verificar a regularidade da infração, submetendo o veículo à vistoria;
6.8. o CONTRAN manifestou-se por meio do MBFT, vol. I, no item 8.1, que “... no prazo
assinalado no recibo, o infrator deverá providenciar a regularização do veículo e apresenta-lo no
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local indicado, onde, após submeter-se a vistoria, terá seu CLA/CRLV restituído”;
6.9. assim, resta concluir que o entendimento do local de apresentação do veículo para vistoria é
o local da aplicação da medida administrativa, ou seja, no Órgão com circunscrição do local da
constatação da infração de trânsito, ou seja, as Unidades Operacionais (UOp), do Comando de
Policiamento Rodoviário (CPRv);
6.10. por fim, no intuito de convalidar as ações do Pol Rv, nesse mister, este G Cmdo, por meio
do Ofício nº CPRv-001/331/18, de 06MAR18, formulou consulta ao DER, onde solicitou
manifestação do órgão, quanto aos procedimentos adotados em relação às medidas
administrativas de recolhimento do CRLV, aplicadas quando da impossibilidade do condutor
sanar as irregularidades no local da infração, mormente nos casos de infrações a legislação de
trânsito, que prevejam como medida administrativa de retenção para regularização;
6.11. em resposta, a referida Autarquia, por meio de sua Procuradoria Jurídica, emitiu parecer,
no sentido de se manter os critérios de recolhimento de documentos adotados pelo CPRv, nos
termos delineados pelo art. 270, § 2º, do CTB.
6.9. do porte e utilização do ARD:
6.9.1. todo PMRv, durante a execução do serviço operacional, deverá portar o talão de ARD;
6.9.2. nos casos de impossibilidade do condutor sanar as irregularidades no local da infração,
mormente nos casos de infrações à legislação de trânsito que prevejam como medida
administrativa de retenção para regularização, será elaborado o ARD que, após preenchido, a 2ª
via deste documento deverá ser entregue ao condutor/infrator que teve sua CNH/PPD, ACC ou
CRLV recolhido, toda vez que estes documentos ficarem sob a responsabilidade do Pol Rv;
6.10. do controle e entrega do ARD:
6.10.1. o ARD é um impresso cujo controle, distribuição e processamento não segue a mesma
sistemática utilizada no controle de talonários de AIT, no entanto, os BPRv, Cia e Pel Rv,
devem manter rigoroso controle da distribuição desses talonários, mantendo registro em livros
próprios ou por outro meio eletrônico, para fins de consultas, quando necessário;
6.11. da substituição do ARD:
6.11.1. o ARD deve ser preenchido obedecendo todas as formalidades legais previstas no Anexo
A, desta NI, sendo que, antes de entregar a 2ª via para o interessado, o PMRv deve conferir se
todos os campos estão corretamente preenchidos;
6.11.2. se, durante a conferência, o PMRv constatar erro ou rasura por ocasião do preenchimento
do ARD, deverá providenciar sua substituição, preenchendo outro impresso, corretamente;
6.11.2.1. o ARD substituído deve conter, ao menos, as informações relativas à hora, local,
identificação do veículo e do proprietário e/ou condutor, cujo documento será recolhido, o
motivo da substituição e a identificação do PMRv elaborador, como também serem feitos dois
riscos paralelos, a exemplo do AIT substituídos;
6.11.2.1.1. ainda, no ARD substituto, além das informações normais do seu preenchimento, deve
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ser lançado o número do ARD substituído;


6.11.2.2. as 1ª e 2ª vias do ARD substituído devem ser encaminhadas ao setor de triagem de
impressos da OPM;
6.11.3. não há necessidade de se elaborar documento solicitando o cancelamento do ARD, mas
sim encaminhá-lo à Administração para fins de controle;
6.12. da entrega da 2ª via do ARD ao infrator:
6.12.1. antes de coletar a assinatura do interessado, como prova de recebimento da 2ª via
(recibo), o PMRv deve conferir todos os campos do ARD;
6.12.2. a assinatura do ARD por parte do infrator não é obrigatória, devendo o PMRv esclarecer
que tal assinatura não implica em confissão ou mesmo aceitação da autuação que lhe é imposta,
sendo apenas um documento que lhe permitirá reaver o documento recolhido ou mesmo servir de
instrumento para emissão de um novo documento;
6.12.2.1. mesmo que devidamente esclarecido, ainda assim o infrator manifestar recusa em
assina-lo, no entanto manifestar interesse em receber a via respectiva, o PMRv elaborador deverá
assinalar no campo “16” do ARD;
6.12.3. o interessado (condutor/infrator) deve ser alertado de que o recibo é exigência legal para
que o PMRv possa recolher o seu documento e se constitui em prova de que o documento
recolhido ficou de posse do PMRv e substitui, no prazo nele assinalado, o documento recolhido,
bem como é condição sine qua non para que o veículo possa ser liberado, sob pena de, nos
termos do § 7º do art. 270 do CTB, ter seu veículo removido ao depósito;
6.12.4. caso o interessado (condutor/infrator), após receber a via do ARD, rasurá-lo,
dolosamente, o PMRv deverá adotar as providências de polícia judiciária cabíveis;
6.12.5. caso o interessado (condutor/infrator), após receber a via do ARD, ao deixar o local da
fiscalização, na condução do veículo, venha a atirar ou a abandonar na via, o PMRv deverá
adotar as providências relativas ao art. 172, do CTB;
6.13. da tramitação do ARD:
6.13.1. após devidamente preenchido, como regra geral, o ARD terá o seguinte destino:
6.13.1.1. 1ª via - órgão expedidor do documento (BPRv, Cia ou Pel), para posterior
encaminhamento à BOp designada para vistoria ou ao órgão de trânsito competente, DETRAN
ou CIRETRAN local, conforme o caso;
6.13.1.2. 2ª via - condutor/infrator;
6.13.1.3. 3ª via - talão;
6.13.2. a 1ª via, acompanhada do documento recolhido, deve ser protocolada na respectiva OPM
(BPRv, Cia, Pel ou BOp), impreterivelmente até o término do serviço pelo PMRv responsável
pela recolha do documento, ou por outro PMRv designado pelo seu Superior imediato;
6.14. do encaminhamento do CRLV:
6.14.1. o CRLV recolhido durante a fiscalização, para fins de vistoria nas UOp, do Pol Rv, deve
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ser encaminhado ao local designado, mediante Guia de Documento circular, impreterivelmente,


no primeiro dia útil subsequente ao seu recolhimento;
6.14.2. o CRLV com o licenciamento (exercício) vencido, deverá ser encaminhado ao órgão de
trânsito de origem (DETRAN/CIRETRAN), mediante ofício, contendo a descrição dos motivos
e respectivos embasamentos legais que ensejaram sua recolha, por exemplo: ARD contendo o
CRLV recolhido por infração ao art. 230 inciso V, CTB;
6.14.3. ressalta-se que o recolhimento de CRLV vencido deverá observar o disposto na Ordem
de Serviço nº PM3-003/03/14, que disciplina a fiscalização de licenciamento veicular;
6.15. do encaminhamento da CNH/PPD e ACC:
6.15.1. a CNH/PPD ou ACC recolhida durante a fiscalização, acompanhada de seu respectivo
auto de recolhimento de documento (ARD), deve ser protocolada na respectiva OPM (BPRv,
Cia, Pel ou BOp), impreterivelmente, até o término do turno de serviço, pelo PMRv responsável
pela sua recolha, ou por outro PMRv, desde que designado pelo seu Superior imediato, de forma
a evitar transtornos para Administração e/ou usuário;
6.15.2. a CNH/PPD ou ACC recolhida por estar com a validade (exame médico) vencida,
suspensa ou cassada deverá ser encaminhada ao órgão de trânsito de origem
(DETRAN/CIRETRAN), mediante ofício, contendo a descrição dos motivos e respectivos
embasamentos legais que ensejaram a recolha, por exemplo: ARD contendo o CNH/PPD ou
ACC recolhida por infração ao art. 162, inciso V, CTB;
6.15.3. a CNH ou PPD, recolhida mediante recibo (ARD) do condutor autuado pelas condutas
previstas nos art. 165 e 165-A, do CTB (alcoolemia/recusa), deverá ser encaminhada (entregue),
na BOp mais próxima do local da fiscalização, onde o documento deverá ser registrado em livro
de controle e ficará sob custódia da Polícia Militar, até que o condutor compareça e comprove
que não está com a capacidade psicomotora alterada, no prazo máximo de 5 dias, a partir do
primeiro dia útil subsequente à operação. Após este prazo, o documento deverá ser encaminhado
ao órgão de trânsito de origem (DETRAN/CIRETRAN), nos termos do subitem anterior;
6.15.3.1. no ato de recolhimento, anotar no campo de observações do ARD: “A CNH deve ser
retirada exclusivamente pelo condutor, no prazo de até 5 dias, no seguinte local: ______
(endereço da OPM). Após esse prazo, o documento será encaminhado ao órgão executivo de
trânsito(DETRAN/CIRETRAN) responsável pelo registro da habilitação, onde o condutor
deverá buscá-lo”;
6.16. da tramitação do expediente (ofício/guia) contendo o ARD:
6.16.1. poderá o ARD ser enviado por meio da Empresa de Correios, utilizando-se recurso
financeiro próprio da OPM, caso tenha disponibilidade financeira, conforme normas internas em
vigor;
6.16.2. diretamente ao destinatário, entregue pessoalmente à OPM designada para vistoria ou ao
Órgão de Trânsito, observando:
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6.16.2.1. em havendo mais de um ofício a ser entregue no mesmo destinatário, deverá ser
elaborado Guia de Remessa, contendo a relação dos documentos encaminhados, colhendo-se o
“recibo” por parte do representante do órgão destinatário e arquivando-a na OPM Rv de origem,
para o devido controle;
6.16.2.2. na cidade de São Paulo, a sede administrativa do DETRAN/SP, para onde deverão ser
entregues as documentações relativas à recolha de CRLV e CNH/PPD, está localizada à Rua Boa
Vista, 221 - Centro - CEP: 01014-001 (setor de protocolo de documentos - atendimento de
segunda a sexta-feira, das 08:00h às 17:00h);
6.17. do local para apresentação do veículo para vistoria:
6.17.1. fica estabelecido que o local da apresentação do veículo para fins de vistoria, será a BOp,
do Pol Rv mais próxima do local da fiscalização, onde o documento recolhido (CRLV)
permanecerá sob custódia da Polícia Militar, até que o condutor compareça e comprove que
sanou a irregularidade, que motivou o recolhimento do documento, observando-se os prazos
estabelecidos no subitem 6.18, desta NI;
6.17.2. está autorizado o envio para BOp diversas daquelas mencionadas no subitem anterior,
desde que necessário ao atendimento dos interesses da Administração e do usuário;
6.17.2.1. considerando que existem BOp que funcionam em regime de “monitoramento”, ou
seja, não permanecendo o PMRv diuturnamente na instalação para pronto atendimento, e
visando o fiel cumprimento das rotinas atinentes ao envio de ARD para outras BOp, diversa da
área do Pel responsável pela fiscalização, deverá o PMRv certificar-se que o referido documento
será efetivamente enviado para local onde haja, initerruptamente, a prestação do serviço de
atendimento à usuários, conforme relação de BOp constante do anexo B, desta NI;
6.17.2.2. compete às UOp que mantêm o funcionamento de BOp em regime de “monitoramento”
informar, de imediato, este Grande Cmdo acerca de eventuais alterações de endereços, telefones
e funcionamento das respectivas BOp subordinadas, para fins de difusão às demais UOp;
6.17.3. como regra geral, fica determinado que a apresentação do veículo para vistoria deverá
ocorrer nos locais mencionados nos subitens anteriores, estando autorizado, excepcionalmente, a
vistoria no mesmo local da fiscalização, caso o veículo, após liberado para sanar a irregularidade,
retorne ao mesmo local da adoção dos procedimentos administrativos primários com a
irregularidade(s) sanada(s), devendo-se, neste caso, cientificar o superior imediato de serviço
(CGP, ou equivalente), anotando-se tal circunstância em relatório de serviço;
6.17.4. findados os procedimentos de vistoria mencionados nos subitens anteriores, o PMRv,
após verificado que a regularidade foi sanada, promoverá a entrega do CRLV ao
condutor/infrator, e encaminhará o ARD à Administração, para fins de controle e arquivo;
6.18. dos prazos para apresentação do veículo para vistoria:
6.18.1. haja vista que nem o CTB, tampouco o CONTRAN, estabeleceram prazos para vistoria
de veículos decorrentes de infrações de trânsito, restando consolidado, conforme Parecer da
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Procuradoria Jurídica do DER, que este prazo deve ser razoável, de maneira que o fato gerador
da autuação seja sanado, o PMRv deverá fixar e anotar no ARD a data limite para sanar a
irregularidade e comparecer à BOp, observando-se os seguintes prazos:
6.18.1.1. 05 (cinco) dias, contados a partir do primeiro dia útil subsequente à fiscalização, já
sanada(s) a(s) irregularidade(s), na BOp com circunscrição do local de fiscalização, nos termos
determinados no subitem 6.17.1, desta NI;
6.18.1.2. 30 (trinta) dias corridos, caso a vistoria seja realizada em BOp diversa daquela
mencionada no subitem anterior;
6.18.1.2.1. aplica-se o mesmo prazo assinalado no subitem 6.18.1.2 aos veículos que:
6.18.1.2.1.1. transportando cargas, estejam impossibilitados de retornarem num prazo menor;
6.18.1.2.1.2. cuja gravidade das irregularidades (p.e.: alteração de características etc), dependam
da disponibilidade de serviços públicos ou privados necessários para sanar a irregularidade;
6.18.1.2.1.3. veículo envolvido em sinistro, que resulte na classificação de dano de “pequena
monta”;
6.18.1.2.1.4. outras situações, após criteriosa análise e, desde que, autorizado pelo respectivo
Cmt Pel;
6.18.2. nas situações em que o infrator/condutor ou proprietário do veículo comprove não
conseguir sanar a regularidade no prazo estipulado pelo PMRv, após criteriosa análise do Cmt
Pel, os prazos acima poderão ser prorrogados;
6.18.3. nos casos de infrações de trânsito constatadas em veículo envolvido em acidente de
trânsito, onde tenha sido enquadrado como “média” ou “grande monta”, mesmo que sejam
passíveis de recolhimento do CRLV, deverá o PMRv elaborar tão somente o respectivo AIT, não
se aplicando, nestes casos, a medida administrativa de recolhimento do CRLV, pois conforme
dispõe os artigos 4º e 5º, da Resolução CONTRAN nº 544/15, que estabelece a classificação de
danos decorrentes de acidentes, para a regularização, transferência e baixa dos veículos
envolvidos, o boletim de ocorrência elaborado será encaminhado ao órgão de trânsito
(DETRAN/CIRETRAN) para fins de bloqueio administrativo do veículo sinistrado, sendo
necessário passar por inspeção veicular para retirada do referido bloqueio;
6.18.4. o PMRv deverá orientar corretamente o usuário, mormente nos casos de vistoria em BOp
de outra OPM, que os prazos que lhe foi concedido, é medida excepcional, que visa tão somente
atender à sua necessidade de sanar a irregularidade e realizar a vistoria em local determinando,
bem como para permitir a tramitação do respectivo documento até a UOp de destino, não lhe
conferindo o direito de exigir o documento num prazo inferior ao estabelecido, mormente nos
casos em que o documento ainda não tenha dado entrada no local indicado para vistoria;
6.18.5. o PMRv deverá consignar, ainda, além do endereço de destino, o respectivo telefone da
UOp para onde será enviado o documento, ou seja, o local onde o veículo deverá ser apresentado
para vistoria, de forma que o usuário possa contatar previamente a Administração Pública
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Militar, com o fito de verificar, previamente, se o documento aportou naquela instalação,


evitando deslocamentos desnecessários até o local indicado;
6.18.6. deve o PMRv observar a validade do licenciamento do veículo e, caso ocorra o
vencimento do licenciamento dentro do prazo assinalado para vistoria, consignar no campo de
“Informações Complementares” a seguinte informação:

“Licenciamento válido até __/__/__ - Este documento poderá ser utilizado


para emissão de novo CRLV - Portaria DETRAN/SP nº 1279/03.”

6.18.6.1. nesse caso, deve ainda ser esclarecido ao proprietário/condutor, que a emissão de 2ª via
do CRLV junto ao órgão de trânsito, não o desobriga de apresentar o veículo para vistoria até a
data estabelecida, sujeitando-o à sanção prevista no art. 195 do CTB;
6.18.7. embora existem infrações que não geram necessariamente riscos à segurança do trânsito,
ainda que vinculadas a adoção de medidas administrativas de retenção para regularização, como
por exemplo, art. 230, XVI (película), art. 230, XIII (alteração do sistema de
iluminação/sinalização), dentre outras, deve, o condutor/proprietário do veículo, promover a
regularização da infração no menor prazo possível, principalmente daquelas infrações que
comprometam a segurança viária, tais como art. 230, XVIII (pneus lisos), art. 230, IX ou X
(equipamentos obrigatórios) etc;
6.19. da fiscalização de veículo portando ARD dentro do prazo assinalado para vistoria:
6.19.1. se eventualmente o veículo for objeto de nova fiscalização estando o condutor/infrator
com a via do ARD, dentro do prazo estabelecido para vistoria, o PMRv deverá:
6.19.1.1. caso não tenha sanado a irregularidade que ensejou a elaboração do ARD, e desde que
não se constate outra infração passível de retenção ou a remoção do veículo, reiterar quanto ao
trânsito do veículo nessas circunstâncias no sentido de promover a regularização o mais breve
possível, adotando as demais medidas administrativas cabíveis, liberando-o para prosseguir a
viagem;
6.19.1.1.1. neste caso, o PMRv deverá lançar no verso do ARD: “nesta data, condutor orientado
a regularizar”, lançando Posto/Graduação, nome, RE, data e assinatura;
6.19.2. no caso de constatar infração que preveja medida administrativa de retenção e, não sendo
possível sanar no local, deve o PMRv promover a remoção do veículo ao depósito;
6.19.3. nos casos em que a infração constatada preveja a medida administrativa de remoção, o
veículo deverá ser removido ao depósito;
6.20. da fiscalização de veículo portando ARD fora do prazo (vencido) assinalado para
vistoria:
6.20.1. se eventualmente o veículo for objeto de nova fiscalização estando o condutor/infrator
com a via do ARD fora do prazo estabelecido para vistoria (vencido), mas já sanada a
irregularidade que ensejou o recolhimento do documento, e desde que não seja constatada outra
Continuação da Nota de Instrução nº CPRv-003/300/18, de 24OUT18. fl. 11

infração que demande retenção ou remoção, o PMRv deve orientar o condutor a dirigir-se à
OPM designada para vistoria para reaver seu documento, caso este já não tenha sido
encaminhado ao órgão de trânsito, alertando-o da possibilidade de autuação nos termos do art.
195 do CTB, pela não apresentação do veículo no prazo e local estabelecido;
6.20.1.1. se a irregularidade não foi sanada, o veículo deverá ser recolhido ao depósito nos
termos do § 7º, do art. 270, do CTB;
6.21. do preenchimento do ARD :
6.21.1. para o correto preenchimento do ARD o PMRv deverá observar o contido no Anexo A
desta NI (Instruções para o preenchimento do Auto de Recolhimento de Documento);
6.21.2. em todas as situações, o PM Rv deve orientar corretamente o condutor/infrator sobre as
providências a serem adotadas e o local onde deve apresentar o veículo para vistoria, registrando
no ARD, obrigatoriamente:
6.21.1.1. prazo concedido para a correção, observando o contido no subitem 6.17, desta NI (Até
__ / __ / __ );
6.21.1.2. local da vistoria, assinalando: VISTORIA NA BASE DE______________(CIDADE,
KM, RODOVIA E TELEFONE), não fazendo uso de abreviaturas militares, como por exemplo:
BOp 270/4, pois o usuário, por vezes, não entende tais codificações de instalações militares;
6.21.1.3. VALIDADE RESTRITA AO ESTADO DE SÃO PAULO: essa informação é de suma
importância, pois, em que pese previsão legal (§ 2º, art. 270, CTB), o CONTRAN não
regulamentou qualquer tipo de formulário para essa finalidade, de forma a ser aceito no
Território Nacional, e, diante da possibilidade de veículos transitam por Rodovias Federais ou de
outros Estados, caso surpreendidos em fiscalização por agente de trânsito que não reconheça a
validade do ARD emitido pelo Pol Rv em seu Estado, culminando na adoção de medidas que
gerem transtornos e questionamentos de toda ordem;
6.22. da lavratura do artigo 195 do CTB:
6.22.1. o não comparecimento do infrator no prazo assinalado, implicará na responsabilização do
infrator pela infração descrita no artigo 195 c/c Artigo 270, § 6º, do CTB, devendo ser
esclarecido no campo das “informações complementares” a motivação da autuação (a não
apresentação do veículo para vistoria) e, após, o CRLV deve ser encaminhado ao Órgão de
Trânsito expedidor do documento para fins de bloqueio administrativo;
6.22.2. para a lavratura do AIT referente o artigo 195, do CTB, o PMRv autuador, que poderá ser
tanto o responsável pela BOp, como outro designado pelo Cmt Pel (ou equivalente) para essa
finalidade, deve lançar como local da infração, o mesmo local onde o veículo fora fiscalizado e
constatada a irregularidade que ensejou o recolhimento do documento;
6.23. da dilação do prazo concedido para vistoria:
6.23.1. nos casos em que o infrator compareça à BOp solicitando dilação do prazo concedido
para regularização, desde que por motivos sejam relevantes e devidamente justificáveis, o Cmt
Continuação da Nota de Instrução nº CPRv-003/300/18, de 24OUT18. fl. 12

Pel analisará o pedido e, respeitada a conveniência e oportunidade, prorrogará o prazo pelo


tempo suficiente e necessário para a efetiva regularização, lançando no verso do ARD do
condutor, como também na via do ARD, que se encontra sob a custódia da Polícia Militar:

AUTO DE RECOLHIMENTO DE DOCUMENTO


Prorrogado até: ____/____/____.
Assinatura do PM:______________
Posto/Graduação, Nome de Guerra e OPM:____________

6.23.2. a competência prevista no subitem anterior, poderá ser delegada pelo Cmt Pel aos PMRv
sob seu comando, mediante determinação específica e devidamente registrado no ARD a ser
prorrogado;
6.24. do encaminhamento do CRLV ao Órgão ou Entidade Executivo de registro do veículo
(DETRAN/CIRETRAN):
6.24. não comparecendo à BOp o condutor infrator, ou o proprietário do veículo no prazo
assinalado no ARD, e findado o prazo para vistoria na BOp indicada, desde que não havendo
pedido de prorrogação do prazo inicialmente estabelecido, caberá à Administração Pública
Militar encaminhar o CRLV, nos termos do artigo 270, § 6º do CTB, visando o registro de
restrição administrativa no RENAVAM, ao órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal (DETRAN/CIRETRAN), que será retirada após comprovada a
regularização;
6.24.1. fica estabelecido como regra geral, que órgão ou entidade executivo de trânsito
(DETRAN/CIRETRAN), para qual será encaminhado o ARD, contendo o respectivo CRLV,
mediante ofício, deverá ser o do local onde foi realizada a fiscalização;
6.24.2. excepcionalmente, o CRLV poderá ser encaminhado ao órgão ou entidade executivo de
trânsito de origem (DETRAN/CIRETRAN), desde que não seja recebido pelos referidos órgãos
nos termos do subitem anterior;
6.25. prescrições diversas:
6.25.1. nos termos da Resolução CONTRAN nº 61/98, “o Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo (CRLV), conforme modelo anexo à Resolução 16/98, é o Certificado
de Licenciamento Anual (CLA) de que trata o Código de Trânsito Brasileiro”;
6.25.2. nos termos do Parágrafo único do art. 133 do CTB, o porte do Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo - CRLV, será dispensado quando, no momento da fiscalização, for
possível ter acesso ao devido sistema informatizado, para verificar se o veículo está licenciado,
caso em que não caberá autuação por infração ao art. 232 do CTB;
6.25.3. se durante fiscalização o PMRv abordar veículo, cujo condutor não porte o CRLV,
verificada a regularidade do documento por meio dos terminais de consulta informatizados e, se
constatar infração que preveja a medida administrativa de retenção do veículo para
Continuação da Nota de Instrução nº CPRv-003/300/18, de 24OUT18. fl. 13

regularização, e o condutor não tenha condições de sanar tal irregularidade no local, deverá ser
lavrado o respectivo AIT, removendo o veículo ao depósito, nos termos dos §§ 2 e 7º, do art.
270, do CTB;
6.25.4. na hipótese descrita no subitem anterior, diante da impossibilidade de remoção do
veículo, quer seja por falta de vagas no depósito ou outros motivos que inviabilize tal medida, o
PMRv deverá elaborar o ARD, para fins de regularização e posterior apresentação do veículo
para vistoria, fazendo a devida observação que o condutor/infrator “não portava o CRLV”,
atentando para os prazos estabelecidos nesta NI;
6.25.4.1. quando a apresentação do CRLV se der no formato eletrônico, até que seja
disponibilizado pelo órgão competente, DENATRAN, o bloqueio sistêmico, o PMRv deverá
elaborar o ARD, para fins de regularização e posterior apresentação do veículo para vistoria,
fazendo a devida observação que o condutor/infrator “portava o CRLV-e”, atentando para os
prazos estabelecidos nesta NI;
6.25.4.2. importante salientar, que o condutor deve ser igualmente orientado, quanto às
implicações de não apresentar o veículo para vistoria no local designado e dentro do prazo
estabelecido, pois estará sujeito às sanções previstas no CTB, quais sejam, art. 195 do CTB e
consequente bloqueio administrativo do veículo junto ao órgão de trânsito competente;
6.25.4.3. além das orientações constantes no subitem 6.25.4.2. o PMRv deverá consignar ainda
no campo de OBSERVAÇÕES do ARD que: “o não comparecimento ao local de vistoria no
prazo concedido, acarretará em nova autuação do artigo 195, bem como o bloqueio
administrativo do veículo”; Tal determinação extingue a possibilidade de reclamação posterior
do infrator.
6.25.5. nos casos de necessidade de apresentação do condutor/infrator ao DP, eventuais
documentos recolhidos pelo PMRv que forem requisitados pela Autoridade de Polícia Judiciária,
deve-se fazer a entrega, mediante cópia do Auto de Exibição e Apreensão (AEA). Neste caso, a
1ª e 2ª vias do ARD e a cópia do AEA devem ser encaminhadas a Administração, que deve
adotar as medidas cabíveis relativas ao arquivamento em pasta própria;
6.25.6. em hipótese alguma deve ser recolhido documento que apresente indícios de falsidade
material ou ideológica, sendo que nesses casos o PMRv deve diligenciar no sentido de apresentar
o portador do documento a Autoridade de Polícia Judiciária competente do local do fato, para
que seja apurada a responsabilidade penal;
6.25.6.1. antes das providências mencionadas no item anterior, é imprescindível que o PMRv
esgote todos os meios disponíveis para a verificação da legalidade do documento, por meio de
consulta aos sistemas informatizados disponíveis (PRODESP etc);
6.25.7. o Certificado de Registro de Veículo (CRV) é o documento que comprova a propriedade
de um veículo automotor e o seu consequente registro junto à base nacional, chamada de
RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores), organizado e mantido pelo órgão
Continuação da Nota de Instrução nº CPRv-003/300/18, de 24OUT18. fl. 14

máximo executivo de trânsito da União (DENATRAN), conforme artigo 19, inciso IX, do CTB;
6.25.7.1. sua emissão é obrigatória quando do registro inicial do veículo (artigo 121), devendo
ser expedido novo Certificado quando ocorridas as hipóteses do artigo 123;
6.25.7.2. tendo em vista que o porte do CRV não é obrigatório, e as infrações de trânsito
correspondentes somente serão constatadas no órgão ou entidade executivo de registro do
veículo (DETRAN/CIRETRAN), o PMRv não deverá recolher o documento em questão;
6.25.8. as OPM do Pol Rv devem manter o controle dos recolhimentos de documentos em livro
próprio ou sistema informatizado que atinja a mesma finalidade, onde deve constar, no mínimo:
6.25.8.1. número do ARD;
6.25.8.2. tipo e número do documento recolhido;
6.25.8.3. data, hora e local do recolhimento;
6.25.8.4. motivo do recolhimento;
6.25.8.5. encaminhamento (número do documento e destinatário);
6.25.9. para o cumprimento das determinações contidas nesta NI, todos BPRv deverão manter
relação atualizada das UOp subordinadas, até nível de BOp, bem com das Superintendências
Regionais de Trânsito (DETRAN/CIRETRAN), visando o correto encaminhamento dos
documentos;
6.25.10. os endereços das Superintendências Regionais de Trânsito (DETRAN/CIRETRAN),
podem ser obtidos no website: www.detran.sp.gov.br;
6.25.11. a presente NI, tem caráter doutrinário permanente, devendo ser objeto de ampla
divulgação em todas as OPM do Policiamento Rodoviário, por meio de CEP, CFSd, EAP e ITP,
arquivando-se cópia até o nível de BOp, para eventuais consultas;
6.25.12. dúvidas e/ou sugestões que visem o aprimoramento da presente NI, devem ser
encaminhadas à Div Op/CPRv (via setor de Doutrina e Pesquisa no endereço:
cprvdoutrina@policiamilitar.sp.gov.br), respeitados os canais técnicos;
6.25.13. ficam revogadas as disposições em contrário, em especial, a Norma de Procedimento nº
CPRv-003/9.3/01, de 07MAR01, as Ordens de Serviço nº CPRv-012/9.3/05, de 11MAI05,
CPRv-014/03/15, de 06JUL15 e CPRv-016/03/15, de 14AGO15.

LUÍS HENRIQUE DI JACINTHO SANTOS


Cel PM Comandante

ANEXO: A - Instruções para preenchimento do Auto de Recolhimento de Documentos;


B - Relação de Bases Operacionais (atualizada até a presente data).
Continuação da Nota de Instrução nº CPRv-003/300/18, de 24OUT18. fl. 15

DISTRIBUIÇÃO:
Cmt 1° ao 5° BPRv (cada).............................................................................................................................. ....................01

Ch EM/CPRv................................................................................................ .....................................................................01

Arquivo............................................................................................................................. .................................................................01
Total........................................................................................................................ ...........................................................................07

_________________________________________________________________________________________________________________
“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana”.

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