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Medidas Administrativas e Penalidades a Luz do CTB

Orientações iniciais – Antes de iniciar o estudo das infrações de trânsito, propriamente ditas,
é importante que o aluno saiba diferenciar o que é Medida Administrativa e o que é Penalidade.
Além de saber a diferença entre ambas, é importante saber a quem cabe aplicar a Medida
Administrativa e a quem cabe a aplicação das Penalidades.
Com isso, nosso estudo deve desenvolver-se de forma sistemática. O que isso quer dizer?
Que seu estudo deve estar atento a lei como um sistema, como um todo, no qual tudo está
relacionado.
Primeiro vamos diferenciar Penalidade de Medida Administrativa -
1. Penalidades: Estas encontram-se elencadas no Art. 256 da Lei 9.503/97. As
penalidades são as PUNIÇÕES impostas pela AUTORIDADE DE TRÂNSITO àqueles
que cometeram Infrações de Trânsito, descritas no Capítulo XV do CTB, Artigos 161
ao 255.
2. Medidas Administrativas: Estas encontram-se elencadas no Art. 269 da Lei 9.503/97
e são medidas adotadas tanto pela AUTORIDADE DE TRÂNSITO, BEM COMO PELOS
SEUS AGENTES. Elas devem ser adotadas no ato da fiscalização de trânsito com o
intuito de fazer cessar imediatamente uma infração de trânsito.

Com o objetivo de enriquecer o conhecimento dos concurseiros trazemos o texto


do renomado especialista em Direito de Trânsito Major da PMESP JULYVER
MODESTO DE ARAUJO, que nos brinda com o seguinte texto, disponível em
https://www.ctbdigital.com.br/comentario/comentario269

“Diferentemente das penalidades, previstas no artigo 256 (que têm um caráter punitivo e
somente podem ser aplicadas pela autoridade de trânsito – dirigente máximo de órgão ou
entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito), as medidas
administrativas podem ser aplicadas tanto pela autoridade, quanto pelos seus agentes
(civis contratados para esta função, ou policiais militares / guardas municipais, mediante
convênio), no limite de suas competências e dentro de sua área de atuação (circunscrição
territorial).

Quando previstas para determinadas infrações de trânsito, as medidas administrativas são


de aplicação obrigatória (tendo em vista o princípio da legalidade estrita, inerente à
Administração pública); todavia, quando não ocorrerem, por qualquer motivo que seja,
tal omissão não constitui óbice para a aplicação da multa cabível à conduta infracional,
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por força do § 2º do artigo 269, sendo uma providência complementar à penalidade


principal.

As medidas administrativas possuem como principais finalidades:

I) permitir o saneamento de uma irregularidade constatada (retenção do veículo);

II) possibilitar a aplicação de uma penalidade que lhe seja correlata (o que ocorre, por
exemplo, no recolhimento da CNH, para que se efetive a suspensão do direito de dirigir);

III) promover a desobstrução da via e a fluidez do tráfego (remoção do veículo


estacionado irregularmente); ou

IV) verificar se a infração de trânsito realmente aconteceu (realização de teste de


alcoolemia).

A impossibilidade de ordem material (indisponibilidade momentânea de guincho ou de


vaga no depósito para remoção do veículo, por exemplo), devidamente motivada, justifica
a não adoção da medida administrativa (no caso, remoção do veículo). Assim como na
hipótese de impossibilidade material, eventual desídia por parte do agente de trânsito
também não contamina a aplicação das penalidades previstas para determinada infração
de trânsito.

Na mesma esteira, caso haja previsão de medida administrativa para a infração, não é
necessário que sua adoção se dê previamente à lavratura do auto de infração para a
regularidade deste.

O rol de medidas administrativas do artigo 269 não é taxativo, pois há, ainda, as de
apreensão das placas irregulares (art. 221), de recolhimento das placas (art. 243), de
remoção da mercadoria ou do material (art. 245) e de obrigação de retornar ao ponto de
evasão para fim de pesagem obrigatória (art. 278).

Abaixo, algumas explicações sobre cada uma das medidas administrativas constantes do
artigo 269:

RETENÇÃO DO VEÍCULO: consiste na manutenção do veículo no local em que se


encontra (conforme artigo 270), ou em um pátio designado para retenção (de acordo com
o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – Resolução do CONTRAN n. 925/22),
com a finalidade de que a irregularidade constatada seja sanada pelo condutor do veículo.
Caso não seja possível sanar a irregularidade, o veículo deve ser liberado, mediante o
recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.

As únicas infrações de trânsito em que a retenção do veículo pode acarretar a sua remoção
ao pátio são aquelas em que:

- o Código prevê a retenção até a apresentação de condutor habilitado: CNH vencida há


mais de 30 dias (artigo 162, V); inobservância das restrições da CNH (artigo 162, VI);
influência de álcool (artigo 165); e recusa à submissão aos testes de alcoolemia (artigo
165-A); e
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- o veículo não oferecer condições de segurança para ser liberado, nos termos do artigo
270, § 2º, alterado pela Lei n. 13.160/15 (artigo 230, incisos VIII e XVIII).

REMOÇÃO DO VEÍCULO: configura-se na retirada do veículo de onde se encontra,


com destino ao pátio fixado pela autoridade competente (artigo 271), com o objetivo de
que seja sanada a irregularidade (como nos casos de licenciamento vencido, falta de placa
ou placa ilegível) ou quando for necessária a liberação da via (infrações de
estacionamento, exceto na contramão de direção – artigo 181; reparo de veículo em vias
de grande movimento – artigo 179; e falta de combustível – artigo 180); com a inclusão
do § 9º ao artigo 271, pela Lei n. 13.160/15 (e com redação dada pela Lei n. 14.071/20),
“não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no local da infração”;
portanto, se a placa estiver encoberta por uma borracha, por exemplo, e for resolvida a
questão, bem como, na infração de estacionamento, caso o condutor compareça ao local
e se proponha a retirar o veículo, não deve ser imposta compulsoriamente a remoção ao
pátio;

RECOLHIMENTO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO OU DA


PERMISSÃO PARA DIRIGIR: esta medida está associada, na completa maioria dos
casos, à penalidade de suspensão do direito de dirigir e, portanto, somente deveria ocorrer
ao final do processo administrativo exigido pelo artigo 265, sob pena de se antecipar uma
penalidade que depende da garantia ao direito de defesa do infrator; vale lembrar, ainda,
que a CNH equivale a documento de identidade (artigo 159) e, desta forma, não pode ser
retida, nos termos da Lei federal n. 5.553/68. O único caso em que, pelo exposto, não
haveria óbice para o recolhimento imediato, pelo agente da autoridade de trânsito
competente, ocorre quando o condutor está com o direito dirigir suspenso ou com o
documento de habilitação cassado e permanece com a CNH em seu poder (infração do
artigo 162, VI). Apesar disso, o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (Resolução
do CONTRAN n. 925/22) estabelece que, se a infração de trânsito prevê o recolhimento
da CNH e a irregularidade não for sanada no local, o agente de trânsito DEVE recolher a
CNH, a qual permanecerá por até 5 dias no órgão ou entidade de trânsito responsável pela
autuação, após o que será encaminhada ao órgão responsável pelo seu registro (é o que
acontece, por exemplo, na condução do veículo sob influência de álcool, ou na recusa de
submissão ao teste de alcoolemia, infrações previstas no artigo 165 e 165-A, e cujo
recolhimento da CNH já havia sido regulamentado pela Resolução n. 432/13). O
CONTRAN ainda disciplinará o “recolhimento” do documento de habilitação, no formato
digital.

RECOLHIMENTO DO CERTIFICADO DE REGISTRO: o artigo 273 prevê dois casos


em que deve ocorrer o recolhimento: I – se houver suspeita de inautenticidade ou
adulteração; ou II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo
de trinta dias. A Resolução n. 809/20 revogou a Resolução n. 61/98 e definiu que o
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo em meio digital (CRLV-e) contém o
Certificado de Registro de Veículo (CRV) e o Certificado de Licenciamento Anual
(CLA). O CONTRAN ainda disciplinará o “recolhimento” do CRV contido no CRLV-e;

RECOLHIMENTO DO CERTIFICADO DE LICENCIAMENTO ANUAL: a Resolução


n. 809/20 revogou a Resolução n. 61/98 e definiu que o Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo em meio digital (CRLV-e) contém o Certificado de Registro
de Veículo (CRV) e o Certificado de Licenciamento Anual (CLA). O CONTRAN ainda
disciplinará o “recolhimento” do CLA contido no CRLV-e.
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O recolhimento do CLA (ou CRLV) ocorre, basicamente, nas infrações passíveis de


retenção ou de remoção do veículo, quando não for sanada a irregularidade, para posterior
vistoria (artigos 270, § 2º e 271, § 9º-A).

TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA: trata-se de medida necessária à infração


de excesso de peso, para que o excedente seja transferido para outro veículo, a fim de que
o infrator prossiga viagem; caso não seja possível efetuar o transbordo, prevê o parágrafo
único do artigo 275, que o veículo infrator deve ser removido ao pátio, sendo liberado
somente após sanada a irregularidade;

REALIZAÇÃO DE TESTE DE DOSAGEM DE ALCOOLEMIA OU PERÍCIA DE


SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE OU QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA
OU PSÍQUICA: os testes para verificação da alcoolemia estão previstos no artigo 277 do
CTB, complementado pela Resolução do CONTRAN n. 432/13 e, basicamente, são
QUATRO: I) exame de sangue; II) exame em laboratórios especializados, para
substâncias psicoativas (embora não tenha sido alterado o artigo 269, a Lei n. 11.705/08
substituiu a palavra “entorpecente” por “psicoativa”, na infração de trânsito do artigo
165); III) teste de ar alveolar (pelo equipamento denominado etilômetro, vulgo
“bafômetro”); e IV) verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade
psicomotora (por exame clínico realizado pelo médico perito ou pela constatação objetiva
do agente de trânsito);

RECOLHIMENTO DE ANIMAIS QUE SE ENCONTREM SOLTOS: esta medida não


se relaciona a qualquer infração de trânsito, mas é de aplicação obrigatória aos órgãos de
trânsito, para que se mantenha a segurança do trânsito; embora existam centros de
controle de zoonoses, em diversos municípios, que se encarregam de tal atribuição, o
CTB deixou o recolhimento dos animais soltos a cargo dos órgãos de trânsito, aplicando-
se, inclusive, as mesmas regras existentes para os veículos removidos – se não reclamados
em sessenta dias, devem ir a leilão público (artigo 328). Para a liberação dos animais
recolhidos, conforme artigo 271, devem ser previamente quitadas as despesas com
remoção e estada. No que tange à estada dos animais no depósito, é razoável que o valor
apurado das despesas contemple os gastos com ração e, eventualmente, com veterinários
e medicamentos. Em regra, os órgãos e entidades do SNT não dispõem de depósito
apropriado para o recolhimento de animais. Dessa forma, em boa parte dos casos, é dada
destinação a esses animais bem antes do prazo legal (sessenta dias) que poderiam ser
levados à leilão;

REALIZAÇÃO DE EXAMES DE APTIDÃO FÍSICA, MENTAL, DE LEGISLAÇÃO,


DE PRÁTICA DE PRIMEIROS SOCORROS E DE DIREÇÃO VEICULAR: a medida
administrativa constante do último inciso do artigo 269 não possui qualquer relação com
o cometimento de infrações de trânsito, estando totalmente fora do contexto deste
dispositivo legal; na verdade, a realização destes exames constitui providências
administrativas, adotadas pelo órgão de trânsito, para a concessão da CNH.”

PEGA O BIZU - De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a autoridade de


trânsito é o dirigente máximo do órgão ou entidade executivo integrante do SNT ou
pessoa por ele expressamente credenciada. (Trecho extraído do MANUAL DO
GOVERNO FEDERAL PARA GESTORES DE TRÂNSITO DOS MUNICÍPIO, 2016).
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Exemplo: O presidente do DETRAN-RJ é a autoridade de trânsito e os servidores do


DETRAN, que trabalham na fiscalização e Policiais Militares, que são credenciados pelo
DETRAN, são os AGENTES DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO.
MUITO IMPORTANTE! O Agente da autoridade de trânsito é quem lavra o AUTO DA
INFRAÇÃO DE TRÂNSITO (AIT) que irá gerar um Processo Administrativo, nesse
processo àquele que cometeu a infração exercerá o direito de contraditório e ampla
defesa, através dos RECURSOS junto a JARI e ao término desse processo é que será
decidido pela AUTORIDADE DE TRÂNSITO (e não pelo AGENTE DA AUTORIDADE) se a
PUNIÇÃO deve ser aplicada ou não aquele que cometeu a infração de trânsito.

Quais são as PENALIDADES aplicadas pela AUTORIDADE DE TRÂNSITO? A resposta


para essa questão está disciplinada no Art 256 do CTB, conforme se segue:

Redação do Art. 256 do CTB

Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas


neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele
previstas, as seguintes penalidades:

I - advertência por escrito;

II - multa;

III - suspensão do direito de dirigir;

IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;

VI - cassação da Permissão para Dirigir;

VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.

§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide as


punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito,
conforme disposições de lei.

COMENTÁRIOS: As esferas administrativas e criminais são independentes,


bem como a civil. Isso quer dizer que caso uma pessoa cometa um crime
de trânsito, ela também sofrerá as sanções administrativas, referentes
infração de trânsito e poderá ser responsabilizada civilmente, tendo que
arcar com os custos gerados pela sua conduta.

§ 2º (VETADO)
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§ 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades


executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento do veículo e habilitação
do condutor.

COMENTÁRIOS: Lembre-se que o Sistema Nacional de Trânsito é formado


por diversos órgãos da União, Estados e Municípios e que nestes
desempenhas funções Normativas, Executivas, Fiscalização e Recursos
(TEMA DA AULA ANTERIOR, DISPONÍVEL:
https://www.youtube.com/watch?v=W5U1MSrol4o). Sendo assim, sendo
você condutor de veículo automotor e sofre uma penalidade pela
autoridade de trânsito do Município. Essa autoridade DEVE comunicar ao
DETRAN (órgão executivo com responsabilidade delegada pelo
SENATRAN para expedição do licenciamento e habilitação) a penalidade
aplicada; O mesmo ocorre com uma penalidade aplicada pelo DER.

Estudo das Penalidades

ADVERTÊNCIA POR ESCRITO:

Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração
de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não
tenha cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses.

MULTA – é a pena pecuniária, encontra-se prevista no Art. 258 do CTB


com a seguinte redação:

As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade,


em quatro categorias:

I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$


293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23


(cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos); (Redação dada
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

III - infração de natureza média, punida com multa no valor de R$ 130,16


(cento e trinta reais e dezesseis centavos); (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
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IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38


(oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).

ATENÇÃO! Esses valores podem sofrer aumento, através da aplicação do


fator multiplicador a depender da infração cometida.

Exemplo: o condutor que se recusar a realizar o teste do “bafômetro” poderá


sofrer a penalidade de multa no valor de R$ 2.937,47. Isso ocorre por força da
própria lei. Observe a redação do Art. 165-A do CTB:

Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou


outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de


2016) (Vigência)

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12


(doze) meses;

- Então vejamos, o valor da multa gravíssima é de R$ 293,47. Porém, conforme o


artigo 165-A determina a multa é multiplicada por dez. Então o valor da
PENALIDADE de MULTA para a infração do ART 165-A é de R$ 2.937,47.
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SISTEMA DE PONTOS

O artigo 259 do CTB atribui a cada tipo de infração uma pontuação. Essas serão
utilizadas no prontuário do motorista, como forma de controle do cometimento
das infrações e seu somatório poderá gerar uma penalidade de SUSPENSÃO
DO DIREITO DE DIRIGIR.

Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes números de


pontos:

I - gravíssima - sete pontos;

II - grave - cinco pontos;

III - média - quatro pontos;

IV - leve - três pontos.

SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR X CASSAÇÃO DO DIREITO DE


DIRIGIR

Esclarecemos que as duas penalidades retiram o direito de dirigir do


motorista infrator. Porém, a suspensão possui caráter de punição temporária.
Enquanto na CASSAÇÃO (Art. 263 do CTB) essa punição possui caráter
definitivo.

Dessa forma, se um motorista é punido com a SUSPENSÃO (Art. 261


CTB) ele deverá passar por um curso de reciclagem para poder reaver sua CNH.
Já aquele motorista punido com a CASSAÇÃO deverá submeter-se a todo
procedimento de retirada da 1º (primeira) Habilitação.

Veremos nesse momento como ocorre a aplicação dessas sanções,


conforme a redação dos artigos pertinentes, conforme se segue:

SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR – Art 261. do CTB

Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta nos


seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)

I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259 deste Código, o


infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de
pontos: (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
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a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações


gravíssimas na pontuação; (Incluído pela Lei nº 14.071, de
2020) (Vigência)

b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na


pontuação; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)

c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima


na pontuação; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)

II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código, cujas


infrações preveem, de forma específica, a penalidade de suspensão do direito
de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de


dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)

I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e, no caso


de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois)
anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para


as infrações com prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses,
respeitado o disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência)

§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacional


de Habilitação será devolvida a seu titular imediatamente após cumprida a
penalidade e o curso de reciclagem.

§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina


a quantidade de pontos computados, prevista no inciso I do caput ou no § 5º
deste artigo, para fins de contagem subsequente. (Redação dada pela Lei nº
14.071, de 2020) (Vigência)

§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)

ATENÇÃO!!! MOTORISTA PROFISSIONAL:

§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao


veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir de que trata
o caput deste artigo será imposta quando o infrator atingir o limite de
pontos previsto na alínea c do inciso I do caput deste artigo,
independentemente da natureza das infrações cometidas, facultado a ele
participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12
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(doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme regulamentação do


Contran. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)

§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, o condutor terá


eliminados os pontos que lhe tiverem sido atribuídos, para fins de contagem
subsequente. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não poderá fazer


nova opção no período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)

§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de serviço


público tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos, na forma do art.
259, aos motoristas que integrem seu quadro funcional, exercendo atividade
remunerada ao volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela
Lei nº 13.154, de 2015)

§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o condutor que,


notificado da penalidade de que trata este artigo, dirigir veículo automotor em
via pública. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se refere o


inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado concomitantemente ao
processo de aplicação da penalidade de multa, e ambos serão de competência
do órgão ou entidade responsável pela aplicação da multa, na forma definida
pelo Contran. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)

§ 11. O Contran regulamentará as disposições deste


artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

CASSAÇÃO DO DIREITO DE DIRIGIR – Art. 269 do CTB

Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:

I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer


veículo;

II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações


previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;

III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o


disposto no art. 160.

IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.304, de 2022) (Vigência)

§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na


expedição do documento de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o
seu cancelamento.
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§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de


Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a
todos os exames necessários à habilitação, na forma estabelecida pelo
CONTRAN.

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