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ILUSTRÍSSIMOS SENHORES JULGADORES DO DEPARTAMENTO

DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ/SC.

Lenoir Leandro, brasileiro, Casado, Aposentado, portador da CPF: 165.721.499-


00, inscrito na CNH: 02787166402. com endereço à Rua: Celestino Assis, 65
Coloninha, Araranguá/SC, Fone (048) 99632-1961, vem apresentar,
tempestivamente, RECURSO nos seguintes termos:

Que, entretanto tem o recorrente a alegar em sua defesa que não pode concordar
com a aplicação da penalidade acima e em sua defesa apela pela nulidade do auto de
infração de trânsito que consta a referida autuação, tendo em vista as seguintes
irregularidades:

Verifica-se que o policial militar lavrou um auto de infração de trânsito


inconsistente e desprovido de materialidade para a constatação da infração, visto ser
incoerente e irregular.

Tratava-se de uma acusação por Dirigir o condutor sem cinto de segurança, Auto
de infração P045S002T0, Art 167, Código do órgão Atuador 280270, na data
23/04/2021 às 15:57hs, Rua: Amaro José Pereira, placa QHA 0680.

“Art. 280. Ocorrendo infração prevista na Legislação de


trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:

V – identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou


agente atuador ou equipamento que comprovar a infração.

“§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de


trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de
infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos
constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto
no artigo seguinte.”

O § 3º do Artigo 280, deixa claro que a multa sem a ciência imediata do infrator
somente será lavrada, no caso da impossibilidade da autuação em fragrante. Isso
significa dizer que os esforços do agente de trânsito deverão se concentrar na lavratura
do auto de infração em flagrante e não simplesmente pela passagem do veículo, sem
qualquer admoestação ou ciência ao infrator.

Como consta no campo de observação da multa que a viatura em ponto de


monitoramento “físico”, o Agente de Trânsito não consignou os motivos que o
impediram de abordar o veículo e o condutor que teria cometido a infração.

O fato deixa duvidoso o veículo autuado pode ter sido autuado por engano,
no momento estar em uma via movimentada pelo horário da autuação, pode ter se
confundido pelo reflexo dos vidros, veículo com películas dentro da legislação
permitida, Sendo que o veículo e de ano 2015 tendo dispositivo luminoso no painel
e sonoro em caso de veículo em movimento o condutor estar sem cinto de
segurança, sendo assim não tem a possibilidade de conduzir o veículo sem cinto de
segurança.

O fato de ter anotado simplesmente no Auto de Infração a qualificação do veículo,


os dados do local e a tipificação da infração, comprova que o Agente não esgotou todos
os recursos disponíveis para abordar o veículo ou para alertar o condutor sobre a sua
transgressão à Lei de Trânsito.

Utilizando-se subsidiariamente do Paragrafo Único do Art. 278 do CTB,


verificamos que existe a penalidade adequada ao condutor que foge da ação policial:

PARÁGRAFO ÚNICO: No caso de fuga do condutor à ação


policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja
localizado, aplicando-se além das penalidades em que incorre
as estabelecidas no Art. 210.

Situação esta que reforça a necessidade de se envidar os esforços para lavrar o


auto de infração em fragrante, com a devida notificação do condutor, o que não ocorre
quando o veículo é autuado e o infrator somente toma conhecimento quando é
notificado vários dias após.
Nestes parâmetros verificando que o agente de trânsito não descreveu nenhuma
tentativa de fuga, movimentos tendenciosos à fuga do condutor necessário se faria a
abordagem do veículo, com a consequente autuação em flagrante junto ao condutor.

O que não podemos concordar também é que seja válida a autuação do veículo
sem que o condutor pelo menos note a presença do agente de trânsito ou que o Agente
não utilize:

a) GESTOS (Sinalização constante do Item “6” Letra a do ANEXO II do CTB ou;

b) SINAIS SONOROS (apito) para advertir os infratores. (Sinalização constante


do Item “7” do ANEXO II do CTB).

No caso em análise o agente de trânsito não estava nem ao menos no campo de


visão dos motoristas no logradouro onde o auto de infração fora aplicado, desta forma
fica subjetivo ao agente interpretar de seu “ponto estratégico de observação” os
movimentos dos motoristas ao ponto de sua interpretação gerar prejuízo com
“inverdades”, como o fato em discussão. Sendo que caso o agente estivesse em local
visível o mesmo teria condições de análise melhor e também a facilidade do mesmo em
abordar o veiculo e aplicar o auto de infração.

Há que se considerar que infração cometida por incorreta, insuficiência ou falta de


sinalização (inclusive gestos e sons) são motivos que invalidam ou tornam insubsistente
o Auto de Infração.

Finalmente, considerando que o Poder Público, segundo o, CTB de 1998, deve


orientar-se pelos seus atos, pela legalidade e moralidade e os atos que contiverem erros
(cristalinos e transparentes), de responsabilidade do Poder Público, deverão ser
corrigidos para demonstração de exemplo, não somente para a Administração Pública,
como também para o cidadão e condutor.

Diante do histórico e argumento apresentado, peço aos Ilmos. Srs., deste


respeitado Órgão, o Deferimento do recurso para anular o auto de infração, com
posterior cancelamento da multa e pontuação na CNH e arquivamento do processo
administrativo.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Araranguá/SC, 12 de maio 2021

____________________________

LENOIR LEANDRO
CPF: 165.721.499-00

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