Você está na página 1de 15

12 ARGUMENTOS NA DEFESA

OU RECURSO DE MULTA DE TRÂNSITO

INTRODUÇÃ O I: ABUSO DOS MOTORISTAS X ABUSOS DOS Ó RGÃ OS DE TRÂ NSITO

A infraçã o por transitar acima da velocidade é uma das mais cometidas no nosso país.

E uma das razõ es disso, é que as autuaçõ es por excesso de velocidade sã o em sua grande
maioria, realizadas por aparelhos medidores instalados nas rodovias, estradas ou avenidas
das nossas cidades, onde autuam praticamente 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365
dias por ano.

Trata-se de verdadeiras má quinas de multar e consequentemente de arrecadaçã o!

Em outras palavras, sã o os melhores empregados que ó rgã os de trâ nsito podem ter,
porque nã o precisam comer nem beber e só recebem uma manutençã o uma vez por ano
(quando recebem)!

é um dos motivos que contribuem para esta estatística terrível!

INTRODUÇÃ O II: COMO ANULAR MULTAS POR EXCESSO DE VELOCIDADE?

As multas de trâ nsito em sua grande maioria, sã o anuladas por meio de defesa ou recurso,
quando contém erros Formais ou Processuais.

Dificilmente se consegue anular uma multa discutindo o mérito da autuaçã o, ou seja, se


você cometeu ou nã o a infraçã o.

Em outras palavras, é possível anular uma multa de trâ nsito mesmo tendo-a cometido!

No caso das multas por excesso de velocidade, que é o nosso estudo hoje, talvez seja bem
mais difícil de anular argumentando que nã o cometeu a infraçã o, uma vez que na maioria
das notificaçõ es de multa, a foto do veículo supostamente “comprova” o cometimento da
infraçã o.

Todavia, nã o é só porque você foi “flagrado” por uma foto de radar, lombada eletrô nica ou
pardal, que você nã o tem mais argumentos para se defender de uma infraçã o por excesso
de velocidade!

Longe disso!

Vou mostrar pra você que existem vá rias teses que poderã o ser usados para tentar anular
uma multa por excesso de velocidade!

Estes argumentos sã o voltados para erros formais cometidos pelo ó rgã o de trâ nsito, ou
pela negligência destes em nã o atender os requisitos previstos em Lei e das normas no
CONTRAN (Conselho Nacional de Trâ nsito).
Vou ensinar pra você como identificar estes erros e apontar na sua defesa ou recursos, e
ainda como prová -los se nã o estiverem visíveis na notificaçã o da multa ou nas rodovias e
estradas onde ocorrem as autuaçõ es.

Mas antes disso, veremos os aspectos legais para a aplicaçã o deste tipo de multa.

ASPECTOS LEGAIS PARTE 1: ART. 218 DO CÓ DIGO DE TRÂ NSITO

Qual é a base legal para os ó rgã os de trâ nsito autuar por Excesso de Velocidade?

O nosso Có digo de Trâ nsito prevê no Art. 218 as infraçõ es e penalidades para este tipo de
multa.

Vejamos:

Art. 218. Transitar em velocidade superior à má xima permitida para o local, medida por
instrumento ou equipamento há bil, em rodovias, vias de trâ nsito rá pido, vias arteriais e
demais vias:

I - quando a velocidade for superior à má xima em até 20% (vinte por cento) Infraçã o -
média;

II - quando a velocidade for superior à má xima em mais de 20% (vinte por cento) até 50%
(cinquenta por cento): Infraçã o - grave;

III - quando a velocidade for superior à má xima em mais de 50% (cinquenta por cento):
Infraçã o – gravíssima, Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensã o imediata do direito
de dirigir e apreensã o do documento de habilitaçã o.

Com a nova redaçã o deste artigo, dada pela Lei 11.334/06, houve a inclusã o da multa de
categoria média por excesso de velocidade em até 20%.

Já a multa por exceder a velocidade de 20% á 50% ficou como sendo Grave.

E a multa por ultrapassar a velocidade limite acima de 50% de categoria gravíssima, gera a
suspensã o do direito de dirigir.

Você precisa ficar atento quando receber uma multa por excesso de velocidade gravíssima,
pois, somente esta infraçã o já pode suspender a sua CNH!

Recebo semanalmente muitos e-mails de motoristas que foram autuados na infraçã o


prevista no inciso III, e que nã o sabiam que esta multa poderia gerar a suspensã o da CNH.

Só ficam sabem disso quando recebem a notificaçã o de instauraçã o do processo de


suspensã o do direito de dirigir.

Traçada esta explicaçã o, quero tratar de um assunto interessante a respeito do Inciso III
do Art. 218 e suas penalidades.
O inciso III diz que haverá a “suspensã o imediata do direito de dirigir e apreensã o do
documento de habilitaçã o”.

Há dois erros aqui.

Primeiro é que nã o é possível a suspensã o imediata do direito de dirigir, uma vez que
antes disso é necessá rio que o suposto infrator se defenda contra a multa a ele aplicada
através da defesa de autuaçã o (ou defesa prévia), e de Recurso em 1ª e 2ª instâ ncia
administrativa, garantindo assim seu direito a ampla defesa.

Segundo, se houver o indeferimento dos recursos contra a multa, ou se o motorista optou


por nã o apresentar defesa contra a autuaçã o, ainda o DETRAN DEVERÁ instaurar
o Processo de Suspensã o do Direito de Dirigir, onde o motorista também pode se defender
antes de entregar a CNH para cumprir a suspensã o (caso nã o for Deferido obviamente).

Uma ú ltima observaçã o nã o menos importante referente a este inciso III, é quanto a
apreensã o do documento de habilitaçã o mencionada na ú ltima parte.

Aqui é importante ressaltar que o CTB nã o prevê neste Art. 218, a MEDIDA
ADMINISTRATIVA de recolhimento da CNH no ato do cometimento da infraçã o, assim
como em outras infraçõ es como, por exemplo, de dirigir sob a influência de á lcool do
Art. 165.

Tã o somente diz apreensã o do documento.

Desse modo, destacamos que a palavra apreensã o quer dizer confiscar algo ou se
apropriar legalmente de alguma coisa que pertence a outra pessoa.

Já recolhimento, conforme prevê o Có digo de Trâ nsito como medida administrativa


prevista no Art. 269 III, é o ato ou efeito de recolher algo ou alguma coisa.

Talvez as duas expressõ es possuam o mesmo sentido, mas dentro do contexto do inciso III
do Art. 218, entendo que o legislador quis realmente dizer com a palavra apreensã o, que
é confiscar a CNH do motorista apó s o cometimento da infraçã o, no ATO da abordagem,
haja vista que antes disso previu a “suspensã o imediata”(que como já vimos é impossível).

Ressalto que é este o entendimento que tenho como operador do direito, mas respeito a
sua opiniã o se nã o concordar comigo.

Entã o, analisando o conjunto da obra, tenho por mim que o motorista que transitou acima
de 50% da velocidade permitida, deveria sim ter a sua CNH apreendida imediatamente
apó s ser flagrado!

No entanto, assim como você já pode ter observado, que hoje em dia isso é praticamente
impossível de ocorrer!

E as razõ es disso sã o as seguintes:

Primeiro é que a maioria das multas por excesso de velocidade sã o realizadas por
aparelhos medidores fixos como radar e lombada eletrô nica, o que obviamente torna
impossível a apreensã o da CNH do motorista, uma vez que nã o há agentes de trâ nsito na
Rodovia monitorando a velocidade a todo o momento.

Segundo, quando a autuaçã o é realizada por aparelho mó vel, está tico ou portá til (veremos
as definiçõ es adiante), dificilmente os policiais ou agentes de trâ nsito abordam o
motorista, e quando abordam geralmente nã o apreendem a CNH, e liberam o motorista
(sim, eu sei que nã o é prevista tal medida administrativa).

E aqui encontramos mais erros (veja que uma coisa puxa a outra)

Acompanhe o meu raciocínio que você ficará surpreso com as inú meras possibilidades
para se argumentar numa eventual defesa contra este tipo de infraçã o!

E isso que nem chegamos ainda nos 12 argumentos!

Pois bem, se o legislador do Có digo de Trâ nsito diz que deverá ser apreendida a carteira
de habilitaçã o quando o motorista infringir esta norma do Art. 218 III é porque existe uma
razã o para isso, de acordo com os motivos que contextualizamos acima.

(Dizem que a lei nã o contém palavras inú teis, mas me parece que neste caso nã o se aplica
esta “má xima”).

O motivo do Legislador para dizer que a CNH do motorista deve ser apreendida quando
ocorrer a infraçã o por excesso de velocidade, é porque o objetivo do Có digo de Trâ nsito é
a proteçã o á vida das pessoas!

Em outras palavras, um motorista flagrado acima da velocidade permitida, tem mais


chances de causar um acidente de trâ nsito e consequentemente até tirar a vida de alguém
ou dele mesmo, ou na melhor das hipó teses apenas danos materiais no veículo (ou
veículos caso haja colisã o) ou danos corporais.

Veja o que diz o CTB:

Art. 1º

§ 2º O trâ nsito, em condiçõ es seguras, é um direito de todos e dever dos ó rgã os e


entidades componentes do Sistema Nacional de Trâ nsito, a estes cabendo, no â mbito das
respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.

§ 3º Os ó rgã os e entidades componentes do Sistema Nacional de Trâ nsito respondem, no


â mbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadã os em
virtude de açã o, omissã o ou erro na execuçã o e manutençã o de programas, projetos e
serviços que garantam o exercício do direito do trâ nsito seguro.

§ 5º Os ó rgã os e entidades de trâ nsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trâ nsitodarã o


prioridade em suas açõ es à defesa da vida, nela incluída a preservaçã o da saú de e do meio-
ambiente.

Note quantos direitos nó s temos a respeito do Trâ nsito, sendo o principal deles aproteçã o
da vida!
Assim sendo, nã o seria mais coerente retirar de circulaçã o (mesmo que temporariamente)
este motorista que está assumindo o risco de causar um acidente de trâ nsito, por meio da
apreensã o da sua CNH impedindo-o de continuar a viagem?

Se os ó rgã os de trâ nsito realmente quisessem cumprir o que está previsto no CTB a
respeito da proteçã o á vida e a saú de das pessoas, deveriam arrumar um jeito de aplicar a
apreensã o da CNH QUANDO O MOTORISTA FOI FLAGRADO ACIMA DA VELOCIDADE e nã o
apenas autuar!

Vamos continuar com o estudo.

ASPECTOS LEGAIS PARTE 2: TIPOS DE MEDIDORES DE VELOCIDADE

Passamos agora a estudar os tipos de aparelhos medidores de velocidade, de acordo com a


RESOLUÇÃ O Nº, 396 DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011 do CONTRAN que dispõ e sobre
requisitos técnicos mínimos para a fiscalizaçã o da velocidade de veículos automotores,
reboques e semirreboques, conforme o Có digo de Trâ nsito Brasileiro.

É importante conhecer os tipos de aparelhos e as suas definiçõ es técnicas, para usar nos
argumentos contra as multas por excesso de velocidade conforme veremos mais adiante.

O Art. 1º da Resoluçã o 396/11, diz que a mediçã o das velocidades desenvolvidas pelos
veículos automotores nas vias pú blicas, deve ser efetuada por meio de instrumento ou
equipamento que registre a velocidade medida, com ou sem dispositivo registrador de
imagem dos seguintes tipos:

I - Fixo: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em local definido e em


cará ter permanente;

II - Está tico: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em veículo parado
ou em suporte apropriado;

III - Mó vel: medidor de velocidade instalado em veículo em movimento, procedendo a


mediçã o ao longo da via;

IV - Portá til: medidor de velocidade direcionado manualmente para o veículo alvo.

O medidor FIXO sã o as lombadas eletrô nicas e os chamados “pardais”, e para a sua


operaçã o nã o é necessá ria a presença do policial ou agente de trâ nsito.

Contudo, estes equipamentos obrigatoriamente devem registrar a imagem do


veículo quando da autuaçã o. Além disso, para a sua instalaçã o em determinado trecho de
rodovia, rua ou avenida, o estudo técnico é obrigató rio conforme veremos mais adiante.

O medidor ESTÁ TICO é operado pelo policial ou agente de trâ nsito e geralmente é
colocado em um tripé junto á rodovia.

O medidor MÓ VEL é instalado em veículo em movimento. Geralmente é confundido com


medidor portá til e é o menos usado nas autuaçõ es.

O medidor PORTÁ TIL é direcionado manualmente para o veículo pelo agente ou policial.
Importante destacar, que os medidores MÓ VEL, PORTÁ TIL e ESTÁ TICO nã o é obrigató rio
que registrem a imagem do veículo, diferentemente dos medidores fixos que sã o
obrigató rios.

Apenas para título de conhecimento, destacamos as definiçõ es previstas no § 1º:

a) medidor de velocidade: instrumento ou equipamento destinado à mediçã o de


velocidade de veículos.

b) controlador eletrô nico de velocidade: medidor de velocidade destinado a fiscalizar o


limite má ximo regulamentado para a via ou trecho por meio de sinalizaçã o (placa R-19)
ou, na sua ausência, pelos limites definidos no art. 61 do CTB;

c) redutor eletrô nico de velocidade (barreira ou lombada eletrô nica): medidor de


velocidade, do tipo fixo, com dispositivo registrador de imagem, destinado a fiscalizar a
reduçã o pontual de velocidade em trechos considerados críticos, cujo limite é diferenciado
do limite má ximo regulamentado para a via ou trecho em um ponto específico indicado
por meio de sinalizaçã o (placa R-19).

Agora que estudamos os aspectos legais para que os ó rgã os de trâ nsito autuem os
motoristas, veremos entã o os 12 argumentos que podem ser usados na sua defesa ou
recurso contra a autuaçã o por excesso de velocidade.

Estes argumentos sã o baseados na Resoluçã o 396/11 do CONTRAN.

Obviamente que existem outros erros formais e processuais que poderã o anular a multa,
mas nã o trataremos neste estudo uma vez que já os vimos em outros artigos deste blog.

Cabe ainda lembrar a você, que os argumentos que veremos neste estudo, nem sempre sã o
possíveis de serem provados, mas é necessá rio que sejam colocados na defesa ou recurso.

ARGUMENTO 1: MEDIDOR DE VELOCIDADE NÃ O INSPECIONADO PELO INMETRO

O Art. 280 do CTB em seu § 2º, diz que a infraçã o deverá ser comprovada por declaraçã o
da autoridade ou do agente da autoridade de trâ nsito, por aparelho eletrô nico ou por
equipamento audiovisual, reaçõ es químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente
disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.

A Ú NICA maneira do ó rgã o de trâ nsito autuar um motorista por excesso de velocidade é
através de um aparelho eletrô nico.

Nã o existe outra forma!

Sendo assim, os medidores de velocidade se tornam indispensá veis na fiscalizaçã o de


trâ nsito.

Por esta razã o, estes equipamentos medidores devem ser previamente regulamentados
pelo CONTRAN, o que ocorre através desta Resoluçã o 396/11.

Todavia, para que estes equipamentos possam autuar, é necessá rio que sejamaprovados e
inspecionados pelo INMETRO.
Vamos ver o que diz a norma:

Art. 3º O medidor de velocidade de veículos deve observar os seguintes requisitos:

I - ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
- INMETRO, atendendo à legislaçã o metroló gica em vigor e aos requisitos estabelecidos
nesta Resoluçã o;

II - ser aprovado na verificaçã o metroló gica pelo INMETRO ou entidade por ele delegada;

III - ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele delegada obrigatoriamente com
periodicidade má xima de 12 (doze) meses e, eventualmente, conforme determina a
legislaçã o metroló gica em vigência.

Nesse sentido, o primeiro argumento que você deve utilizar é questionando o ó rgã o de
trâ nsito sobre a aferiçã o do INMETRO no aparelho que realizou a autuaçã o, se o mesmo foi
verificado nos ú ltimos 12 meses como manda o CONTRAN.

Se você já foi autuado numa infraçã o por excesso de velocidade, provavelmente já tenha
observado que na notificaçã o geralmente consta a data em que o aparelho medidor de
velocidade foi aferido ou inspecionado pelo INMETRO pela ú ltima vez.

E como você já pode adivinhar a data é sempre inferior a 12 meses.

Todavia, tal informaçã o pode estar incorreta.

Mesmo que na notificaçã o da multa consta que a data da ú ltima verificaçã o do INMETRO
seja inferior a 12 meses, é necessá rio requerer mediante defesa ou recurso, que o ó rgã o de
trâ nsito junte aos autos do processo administrativo o laudo que aferiu o aparelho medidor
de velocidade usado pra lhe autuar.

Apesar de que o ó rgã o de trâ nsito como parte da administraçã o pú blica goza da presunçã o
de legitimidade de seus atos, a chamada “fé pú blica”, ainda assim podem ocorrer erros
(propositais?) referente a data de aferiçã o.

Portanto, na sua defesa você deve questionar se o aparelho foi ou nã o aferido pelo
INMETRO nos ú ltimos 12 meses, e caso nã o tenha sido, peça a anulaçã o da multa.

Este é o primeiro argumento.

ARGUMENTO 2: AUSÊ NCIA DE SINALIZAÇÃ O

A sinalizaçã o nas vias por meio de placas é essencial e necessá ria para que os motoristas
possam ser informados a respeito da velocidade permitida para aquele determinado
trecho de rodovia.

Se nã o existir a sinalizaçã o ou ela for insuficiente ou incorreta, é possível anular uma


multa por excesso de velocidade.

O Art. 90 do CTB ensina que nã o serã o aplicadas as sançõ es previstas no Có digo de


Trâ nsito por inobservâ ncia à sinalizaçã o quando esta for insuficiente ou incorreta.
Sendo assim, o ó rgã o de trâ nsito com circunscriçã o sobre a via é o responsá vel pela
implantaçã o da sinalizaçã o, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
colocaçã o (§ 1º).

Nesse sentido, diante destas normas legais, se na rodovia, estrada, rua ou avenida em que
você tenha sido autuado por infraçã o de excesso de velocidade, nã o houver sinalizaçã o
informando o limite de velocidade para aquele trecho, ou se esta nã o for suficiente para
informar o motorista, deve a multa ser anulada.

No entanto, é necessá rio produzir provas desta alegaçã o.

Se for, por exemplo, numa rodovia em que você tenha sido autuado e por onde você nã o
retornará por um bom tempo, dificilmente se conseguirá provar que nã o há sinalizaçã o
naquela rodovia.

Salvo se o Google lhe ajudar é claro!

Mas o ideal seria tirar fotos e juntar na defesa.

Já nos casos de avenidas do seu município onde geralmente é instalado um medidor de


velocidade tipo fixos, ficaria até mais fá cil comprovar a falta ou a insuficiência da
sinalizaçã o, e assim poder anular a multa.

Este, portanto é o 2º argumento que você pode usar na sua defesa.

ARGUMENTO 3: A OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA DO AGENTE DE TRÂ NSITO NO


LOCAL DA AUTUAÇÃ O

O Art. 280 do CTB diz que a infraçã o deverá ser comprovada por declaraçã o da autoridade
ou do agente da autoridade de trâ nsito, e que o agente da autoridade de trâ nsito
competente para lavrar o auto de infraçã o poderá ser servidor civil, estatutá rio ou
celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trâ nsito com jurisdiçã o
sobre a via no â mbito de sua competência (§§ 2 e 4).

Existem algumas teorias no meio jurídico que afirmam que as multas de aparelho
eletrô nico como as por excesso de velocidade seriam ilegais, uma vez que nã o sã o
realizadas por um agente de trâ nsito ou policial.

Por motivos ó bvios, essa tese dificilmente irá vingar.

No entanto, a Resoluçã o 396/11 do CONTRAN traz algo de interessante.

O Art. 4º e § 1º diz que nã o é obrigató ria a presença da autoridade de trâ nsito ou de seu
agente, no local da infraçã o, quando utilizado o medidor de velocidade com
dispositivo registrador de imagem.

Ora, entã o se presume que quando a autuaçã o ocorrer por aparelho que nã o registra a
imagem do veículo, é necessá rio que o agente ou policial esteja no local da suposta
infraçã o!
É ó bvio que isso também nã o é muito fá cil de provar, mas se conseguir, entendo que a
multa deve ser anulada.

Tal norma quer dizer que o agente ou policial possui a fé pú blica, ou seja, que os seus atos
possuem validade até que se prove o contrá rio.

Nesse contexto, se o aparelho medidor de velocidade usado para autuar seja um que nã o
registra a imagem do veículo no momento da autuaçã o, a presença do agente de trâ nsito
ou do policial supriria a ausência de foto na notificaçã o da multa, presumindo-se que o
“Estado” na pessoa do policial constatou a infraçã o.

ARGUMENTO 4: AUSÊ NCIA DE ESTUDO TÉ CNICO

O Art. 4º da Resoluçã o 396/11 prevê que à autoridade ou ó rgã o de trâ nsito autuador com
circunscriçã o sobre a via, é o responsá vel por determinar a localizaçã o, a sinalizaçã o, a
instalaçã o e a operaçã o dos medidores de velocidade do tipo fixo.

Para que estes medidores de velocidade sejam instalados nas rodovias e passem a
funcionar e a autuar motoristas, é necessá rio que seja realizado um estudo técnicoque
venha a comprovar a necessidade de controle ou reduçã o do limite de velocidade no
local, garantindo a visibilidade do equipamento (§ 2º).

Portanto, quando você for autuado numa infraçã o por excesso de velocidade sendo o
aparelho um tipo fixo, como lombada eletrô nica ou pardal, é necessá rio que tenha sido
realizado estudo técnico que determine a necessidade da instalaçã o deste aparelho
naquele trecho de rodovia.

Desta maneira, quando você apresentar a sua defesa contra a autuaçã o ou o recurso, faça o
pedido para que o ó rgã o autuador junte o estudo técnico no processo administrativo.

Os estudos técnicos devem estar disponíveis ao pú blico na sede do ó rgã o ou entidade de


trâ nsito, devendo ser encaminhados à s Juntas Administrativas de Recursos de Infraçõ es –
JARI dos respectivos ó rgã os, e ainda ser encaminhados ao ó rgã o má ximo executivo de
trâ nsito da Uniã o e aos Conselhos Estaduais de Trâ nsito - CETRAN ou ao Conselho de
Trâ nsito do Distrito Federal - CONTRADIFE, quando por eles solicitados (§ 6º, inc. I, II e
III).

Se este estudo nã o foi realizado pelo ó rgã o autuador, entã o a multa é nula de pleno direito,
uma vez que deixou de obedecer as normas do CONTRAN, o que torna inviá vel a aplicaçã o
da multa.

ARGUMENTO 5: DISTÂ NCIA ENTRE OS EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE VELOCIDADE

O Art. 4 § 7º da Res. 396/11, diz que quando em determinado trecho da via houver
instalado medidor de velocidade do tipo fixo, os equipamentos dos tipos está tico, portá til e
mó vel, somente poderã o ser utilizados a uma distâ ncia mínima daquele
equipamento de quinhentos metros em vias urbanas e trechos de vias rurais com
características de via urbana, e dois quilô metros em vias rurais e vias de trâ nsito rá pido (I
e II).
Portanto, quando houver um medidor tipo fixo instalado, a fiscalizaçã o com outros tipos
de aparelhos somente poderã o ser utilizados a determinadas distâ ncias como vemos
acima.

O nã o cumprimento deste dispositivo poderá gerar a nulidade da infraçã o.

ARGUMENTO 6: AUSÊ NCIA DE INFORMAÇÃ O OBRIGATÓ RIA NO AUTO DE INFRAÇÃ O (OU


NA NOTIFICAÇÃ O)

O Art. 5º da Res. 396/11 e seus 3 incisos, determinam que a notificaçã o da autuaçã o ou a


de penalidade, devem conter além do previsto no CTB e na legislaçã o
complementar, expressas em km/h, a velocidade medida pelo instrumento ou
equipamento medidor de velocidade; a velocidade considerada para efeito da aplicaçã o da
penalidade; e a velocidade regulamentada para a via.

Quando a norma diz que “além do disposto no CTB”, está se referindo também ao Art.280 e
seus incisos que preveem que quando ocorrer qualquer infraçã o prevista noCTB, deverá
ser lavrado o auto de infraçã o que constará a tipificaçã o da infraçã o, o local, data e hora do
cometimento da infraçã o, os caracteres da placa de identificaçã o do veículo, sua marca e
espécie, e outros elementos julgados necessá rios à sua identificaçã o, além do prontuá rio
do condutor sempre que possível (este nã o possui qualquer validade), a identificaçã o do
ó rgã o ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a
infraçã o e a assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificaçã o do
cometimento da infraçã o.

Desta maneira, se a notificaçã o de autuaçã o nã o conter algum destes itens acima previsto,
trata-se de um erro de formalidade do ó rgã o de trâ nsito o que gera a anulaçã o e
arquivamento da multa por excesso de velocidade.

ARGUMENTO 7: ERRO DE MEDIÇÃ O DA VELOCIDADE CONSIDERADA

Outro erro cometido pelos ó rgã os de trâ nsito que pode ser usado como argumento para
requerer a anulaçã o das multas por excesso de velocidade, diz respeito a porcentagem de
tolerâ ncia entre o limite de velocidade para aquela via, a mediçã o de velocidade e a
velocidade considerada.

No Art. 5º e § 1º da Res. 396/11 do CONTRAN, objeto do nosso estudo, diz que


paraconfigurar aas infraçõ es previstas no art. 218 do CTB, a velocidade considerada para
efeito da aplicaçã o da penalidade será o resultado da subtraçã o da velocidade medida pelo
instrumento ou equipamento pelo erro má ximo admitido previsto na legislaçã o
metroló gica em vigor, conforme tabela de valores referenciais de velocidade e tabela para
enquadramento infracional constantes do Anexo II.

Vejamos algumas partes da tabela apenas como exemplo. Se você quiser ver a tabela
inteira, baixe no site do DENATRAN (www.denatran.gov.br/Resoluçõ es).

POSTAR TABELA ANEXO II

Observaçõ es:
1. VM – VELOCIDADE MEDIDA (Km/h) VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (Km/h)

Para velocidades medidas superiores aos indicados na tabela, considerar o erro má ximo
admissível de 7%, com arredondamento matemá tico para se calcular a velocidade
considerada.

Já no que diz respeito ao enquadramento, segue a tabela:

POSTAR TABELA ANEXO II PARTE 3

Portanto, se a velocidade considerada nã o estiver de acordo com estas tabelas, a multa


deve ser anulada.

ARGUMENTO 8: PLACA R-19 EM DESACORDO COM AS NORMAS

Já vimos acima no argumento 2º, que a sinalizaçã o é obrigató ria nas vias de trâ nsito para
que o motorista seja informado a respeito da velocidade má xima permitida.

Logicamente, que por sinalizaçã o entende-se todo o tipo de sinalizaçã o, e nã o apenas as


placas que informam o limite de velocidade.

Contudo, no caso do nosso estudo, a sinalizaçã o que nos referimos é a placa que informa a
velocidade permitida para determinado local.

No Art. 6º da Res. 396/11, diz que a fiscalizaçã o de velocidade deve ocorrer em vias com
sinalizaçã o de regulamentaçã o de velocidade má xima permitida (placa R-19), de forma a
garantir a segurança viá ria e informar aos condutores dos veículos avelocidade
permitida para aquele trecho de rodovia.

Portanto, é obrigató rio que a autoridade de trâ nsito que possui competência para autuar
em determinado local, instalar a sinalizaçã o (placa) informando o limite má ximo de
velocidade.

Se nã o houver esta placa R-19 informando os motoristas, entã o o que vale é a velocidade
prevista no Art. 61 do CTB, como veremos logo abaixo no pró ximo argumento.

Destacamos ainda 2 pontos referente á sinalizaçã o:

No § 1º do Art. 6º da Res. 396/11 do CONTRAN que estamos estudando, prevê que a


fiscalizaçã o de velocidade com medidor do tipo mó vel só pode ocorrer em vias rurais e
vias urbanas de trâ nsito rá pido sinalizadas com a placa R-19 conforme legislaçã o em vigor
e onde nã o ocorra variaçã o de velocidade em trechos menores que 5 (cinco) km.

Porém, como já vimos na introduçã o este tipo de medidor de velocidade que é instalado
em veículo em movimento, é pouco utilizado pelos agentes de trâ nsito.

A justificativa para o pouco ou nenhum uso deste aparelho, talvez seja que a pró pria
Res. 396/11 no art. 7º e § 2º, prevê que o aparelho medidor mó vel deve estar visível aos
condutores, o que neste caso seria bem difícil, uma vez que ambos os veículos tanto o do
policial e dos motoristas, estariam em movimento, o que dificultaria a visibilidade do
aparelho (ainda mais se estiver dentro da viatura policial).
Mas caso você for autuado por este aparelho tipo mó vel, o mesmo só poderá ser utilizado
em vias rurais e vias urbanas de trâ nsito rá pido sinalizadas com a placa R-19, e onde nã o
ocorra variaçã o de velocidade em trechos menores que 5 (cinco) km.

Outro ponto importante a destacar, é o que está previsto no § 3º do art , 6º, que prevê que
para a fiscalizaçã o de velocidade com medidor dos tipos fixo, está tico ou portá til, deve ser
observada entre a placa R-19 e o medidor de velocidade, uma distâ ncia compreendida no
intervalo estabelecido na tabela constante do Anexo IV, facultada a repetiçã o da placa em
distâ ncias menores. Portanto, se entre a placa de sinalizaçã o informando os motoristas
sobre o limite de velocidade para aquele local, nã o houver esta distâ ncia, tal multa deve
ser anulada.

ARGUMENTO 9: A AUSÊ NCIA DE PLACA R-19 DEVE ATENDER LIMITES DE VELOCIDADE


ESTABELECIDO PELO CTB

Em trechos de estradas e rodovias onde nã o houver placa R-19, poderá ser realizada a
fiscalizaçã o com medidores de velocidade dos tipos mó vel, está tico ou portá til, desde que
observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB (Art. 7º da
Res. 396/11).

Vimos no argumento 4º sobre a instalaçã o do medidor de velocidade tipo FIXO nas


rodovias e estradas, onde além do estú dio técnico, o ó rgã o de trâ nsito precisa
obrigatoriamente sinalizar a rodovia através de placas informando os motoristas sobre o
limite de velocidade.

Perceba que no Art. 7 que lemos acima, prevê que a fiscalizaçã o onde nã o houver
sinalizaçã o por meio de placa, os medidores de velocidade serã o os do tipo mó vel, está tico
ou portá til, nã o mencionando o tipo fixo, justamente por este quando instalado em rodovia
ou estradas, presume-se pelo Art. 4º que a placa deve estar instalada.

Assim sendo, quando nã o houver sinalizaçã o naquele trecho de rodovia, e a fiscalizaçã o for
por meio de medidor nã o fixo, os limites de velocidade serã o os previstos no CTB.

O Art. 61 § 1º do Có digo de Trâ nsito ensina que a velocidade má xima permitida para a via
será indicada por meio de sinalizaçã o, obedecidas suas características técnicas e as
condiçõ es de trâ nsito, e onde nã o existir sinalizaçã o regulamentadora, a velocidade
má xima será de:

I - nas vias urbanas:

a) oitenta quilô metros por hora, nas vias de trâ nsito rá pido:

b) sessenta quilô metros por hora, nas vias arteriais;

c) quarenta quilô metros por hora, nas vias coletoras;

d) trinta quilô metros por hora, nas vias locais;

II - nas vias rurais:


a) nas rodovias:

1) 110 (cento e dez) quilô metros por hora para automó veis, camionetas e motocicletas

2) noventa quilô metros por hora, para ô nibus e microô nibus;

3) oitenta quilô metros por hora, para os demais veículos;

b) nas estradas, sessenta quilô metros por hora.

Portanto, se você for autuado uma infraçã o por excesso de velocidade sendo o medidor de
velocidade um dos tipos mó vel, está tico ou portá til e nã o houver sinalizaçã o na via por
meio da placa R-19, o que vale sã o os limites de velocidade informados no CTB.

ARGUMENTO 10: AUSÊ NCIA DE INFORMAÇÃ O NO AUTO DE INFRAÇÃ O

Em trechos de estradas e rodovias onde nã o houver placa R-19 poderá ser realizada a
fiscalizaçã o com medidores de velocidade dos tipos mó vel, está tico ou portá til, desde que
observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do Có digo de Trâ nsito
Brasileiro (Art. 7º).

Além disso, quando ocorrer a fiscalizaçã o na forma prevista no art. 7º, e sendo utilizado o
medidor do tipo portá til ou mó vel, a ausência da sinalizaçã o deverá ser informada no
campo “observaçõ es” do auto de infraçã o (§ 1º).

Portanto, nã o havendo placa informando os motoristas sobre o limite de velocidade, o


Policial deverá descrever no pró prio auto de infraçã o lavrado, que nã o há sinalizaçã o
naquele trecho de rodovia.

Já no caso de fiscalizaçã o de velocidade com medidor dos tipos portá til e mó vel sem
registrador de imagens, o agente de trâ nsito deverá descrever no campo “observaçõ es” do
auto de infraçã o qual o local de instalaçã o da placa R-19, exceto na situaçã o prevista no
art. 7º que vimos acima (§ 2º do Art. 6º).

Estas sã o as situaçõ es que deverã o ser informadas pelo policial ou agente de trâ nsito sob
pena de nulidade do Auto de Infraçã o.

ARGUMENTO 11: EQUIPAMENTO MEDIDOR DE VELOCIDADE NÃ O VISÍVEL AOS


MOTORISTAS

Este assunto da visibilidade ou nã o dos aparelhos ainda gera muita polêmica na sociedade.

Enquanto uns entendem que os aparelhos devem estar escondidos dos motoristas como
ocorre muito hoje em dia, outros entendem que devem estar visíveis aos motoristas.

E estes ú ltimos estã o com a razã o!

O § 2º do Art. 7º da Res. 396/11 do CONTRAN diz o seguinte:

Para cumprimento do disposto no caput (do art. 7º), a operaçã o do equipamento deverá
estar visível aos condutores.
Vamos ver o que diz o art. 7º para entendermos melhor:

Art. 7º Em trechos de estradas e rodovias onde nã o houver placa R-19 poderá ser
realizada a fiscalizaçã o com medidores de velocidade dos tipos mó vel, está tico ou portá til,
desde que observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art.61 do CTB.

Veja que os aparelhos que sã o operados pelos policiais DEVEM estar visíveis aos
condutores de veículos.

Claro que a norma diz nos casos onde nã o houver placa R-19. Contudo, frente ao princípio
da publicidade dos atos pú blicos, este preceito vale em qualquer situaçã o, tendo ou nã o
placa de sinalizaçã o informando o limite de velocidade.

Entã o, quando você perceber que policiais ou agentes de trâ nsito estã o operando estes
tipos de aparelhos escondidos atrá s de uma á rvore ou de postes, por exemplo, tais
autuaçõ es sã o nulas frente a esta norma do CONTRAN e do princípio da publicidade.

Posto aqui dois vídeos interessantes que demostram as irregularidades cometidas pelos
agentes de trâ nsito, que flagram motoristas sem a devida visibilidade dos aparelhos.

Como disse na introduçã o deste estudo, nã o sou contra multar mesmo porque muitos
motoristas abusam da velocidade e podem causar graves acidentes. No entanto, isso nã o
significa que os ó rgã os de trâ nsito através de seus agentes, possam descumprir as normas
legais como é nos casos dos vídeos acima.

Desta maneira, se você for autuado por um aparelho medidor de velocidade que esteja
escondido (e se você conseguir provar é claro), a multa deve ser anulada.

ARGUMENTO 12: VELOCIDADE PERMITIDA PARA CADA TIPO DE VEÍCULO

Quando o local ou trecho da via possuir velocidade má xima permitida por tipo de veículo,
a sinalizaçã o por meio da placa R-19 deverá estar acompanhada da informaçã o
complementar, na forma do Anexo V (Art. 8º).

Nesse sentido, para cumprimento do estabelecido no art. 8, os tipos de veículos devem


estar classificados conforme as duas denominaçõ es descritas abaixo (§ 1º):

I - “VEÍCULOS LEVES” correspondendo a ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo,


quadriciclo, automó vel, utilitá rio, caminhonete e camioneta, com peso bruto total - PBT
inferior ou igual a 3.500 kg.

II - “VEÍCULOS PESADOS” correspondendo a ô nibus, micro-ô nibus, caminhã o, caminhã o-


trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou
semirreboque e suas combinaçõ es.

§ 2º “VEÍCULO LEVE” tracionando outro veículo equipara-se a “VEÍCULO PESADO” para


fins de fiscalizaçã o.

Note prezado leitor, que existe diferença entre a velocidade má xima permitida para um
veículo leve, e outra para veículo pesado.
Por exemplo, se você possui um veículo leve e o limite de velocidade é de 60Km naquela
rodovia, e você passou a 80 Km, mas existe placa R-19 informando que para o seu tipo de
veículo o limite de velocidade é 80 Km, tal multa será nula.

Marcelo Vaes é só cio proprietá rio do escritó rio Brasil Assessoria e Consultoria de
Trâ nsito, especializado em Defesas e Recursos de Multas e em Processos de Suspensã o ou
Cassaçã o do direito de dirigir. Também é administrador do site www.multasbrasil.com.br,
e do Blog Consultor de Trâ nsito, onde traz mensalmente estudos a respeito da á rea do
direito de trâ nsito. Você pode entrar em contato com o Autor através do e-
mail: contato@multasbrasil.com.br

Você também pode gostar