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78
ano passado
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Leia este post até o final porque eu tenho certeza de que você
ganhará muito conhecimento a respeito do assunto!
Então vamos lá!
Para você ter uma ideia, olhe estes números que retirei do site
de DETRAN aqui do Rio Grande do Sul a respeito da
quantidade de multas aplicadas a cada ano:
FONTE:
file:///C:/Users/Windows/Downloads/201511181445384_infr
acoes_no_rs. Pdf
Perceba que a quantidade de multas aplicadas do
Art. 218 do CTB, por excesso de velocidade, é muito maior do
que a que está em 2º lugar (art. 230).
Obviamente que não estou aqui querendo dizer que sejam
injustas as aplicações de multas por excesso e velocidade,
mesmo porque a quantidade de acidentes de trânsito por causa
desta infração no nosso país é muito grande.
Longe disso!
Vou mostrar pra você que existem várias teses que poderão ser
usados para tentar anular uma multa por excesso de
velocidade!
Vejamos:
ARGUMENTO 1: MEDIDOR DE
VELOCIDADE NÃO INSPECIONADO
PELO INMETRO
O Art. 280 do CTB em seu § 2º, diz que a infração deverá ser
comprovada por declaração da autoridade ou do agente da
autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por
equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer
outro meio tecnologicamente disponível, previamente
regulamentado pelo CONTRAN.
A ÚNICA maneira do órgão de trânsito autuar um motorista
por excesso de velocidade é através de um aparelho eletrônico.
ARGUMENTO 2: AUSÊNCIA DE
SINALIZAÇÃO
A sinalização nas vias por meio de placas é essencial e
necessária para que os motoristas possam ser informados a
respeito da velocidade permitida para aquele determinado
trecho de rodovia.
ARGUMENTO 3: A
OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA
DO AGENTE DE TRÂNSITO NO
LOCAL DA AUTUAÇÃO
O Art. 280 do CTB diz que a infração deverá ser comprovada
por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de
trânsito, e que o agente da autoridade de trânsito competente
para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil,
estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado
pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no
âmbito de sua competência (§§ 2 e 4).
Existem algumas teorias no meio jurídico que afirmam que as
multas de aparelho eletrônico como as por excesso de
velocidade seriam ilegais, uma vez que não são realizadas por
um agente de trânsito ou policial.
ARGUMENTO 6: AUSÊNCIA DE
INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA NO
AUTO DE INFRAÇÃO (OU NA
NOTIFICAÇÃO)
O Art. 5º da Res. 396/11 e seus 3 incisos, determinam que a
notificação da autuação ou a de penalidade, devem conter além
do previsto no CTB e na legislação complementar, expressas
em km/h, a velocidade medida pelo instrumento ou
equipamento medidor de velocidade; a velocidade
considerada para efeito da aplicação da penalidade; e
a velocidade regulamentada para a via.
Quando a norma diz que “além do disposto no CTB”, está se
referindo também ao Art. 280 e seus incisos que preveem que
quando ocorrer qualquer infração prevista no CTB, deverá ser
lavrado o auto de infração que constará a tipificação da
infração, o local, data e hora do cometimento da infração, os
caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e
espécie, e outros elementos julgados necessários à sua
identificação, além do prontuário do condutor sempre que
possível (este não possui qualquer validade), a identificação do
órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou
equipamento que comprovar a infração e a assinatura do
infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do
cometimento da infração.
Desta maneira, se a notificação de autuação não conter algum
destes itens acima previsto, trata-se de um erro de formalidade
do órgão de trânsito o que gera a anulação e arquivamento da
multa por excesso de velocidade.
ARGUMENTO 7: ERRO DE
MEDIÇÃO DA VELOCIDADE
CONSIDERADA
Outro erro cometido pelos órgãos de trânsito que pode ser
usado como argumento para requerer a anulação das multas
por excesso de velocidade, diz respeito a porcentagem de
tolerância entre o limite de velocidade para aquela via, a
medição de velocidade e a velocidade considerada.
ARGUMENTO 9: A AUSÊNCIA DE
PLACA R-19 DEVE ATENDER
LIMITES DE VELOCIDADE
ESTABELECIDO PELO CTB
Em trechos de estradas e rodovias onde não houver placa
R-19, poderá ser realizada a fiscalização com medidores de
velocidade dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que
observados os limites de velocidade estabelecidos no §
1º do art. 61 do CTB (Art. 7º da Res. 396/11).
Vimos no argumento 4º sobre a instalação do medidor de
velocidade tipo FIXO nas rodovias e estradas, onde além do
estúdio técnico, o órgão de trânsito precisa obrigatoriamente
sinalizar a rodovia através de placas informando os motoristas
sobre o limite de velocidade.
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis,
camionetas e motocicletas
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;
Marcelo Vaes
"Marcelo Vaes é sócio proprietário do escritório Brasil Assessori