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O que é Número de identificação veicular?

Nos laudos da SPTC o NIV ou VIN (número de identificação veicular) é o número


do chassi.

Observo que chassi ou monobloco nada mais é que a forma de construção do


veículo. Veja as imagens e explicação a seguir:

Diferença entre chassi e monobloco:

Os monoblocos são utilizados em automóveis de passeio.

Basicamente, os conhecidos como “chassi” têm suas partes montadas sobre a


longarina. Utilizado principalmente para veículos de trabalho.

Já os monoblocos surgiram em meados de 1920. Hoje em dia a maioria dos


automóveis de passeio vendidos no território brasileiro possuem esse tipo de estrutura.

Como é feita a identificação do Veículo no Brasil?

Identificação do veículo (Art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro):

O art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro é expresso no seguinte sentido:


“Art. 114 O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no
monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.

§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo, seu
fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado.

§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da autoridade


executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por ela credenciado,
mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identificação anterior,
inclusive o ano de fabricação.

§ 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito,


fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu veículo.
Em qual local é feita a marcação do NIV ou ViN?

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em sua NBR 6066


em seu ponto 4.4 dispõe sobre a Localização e no item 4.4.1 trata de forma expressa
que :
4.4 O VIN deve estar localizado no lado direito do veículo e, se possível, na metade
dianteira, numa posição facilmente visível, e sua localização deve ser descrita no
“Manual do Proprietário” ou equivalente.

4.5 Fixação

4.5.1 Para a fixação do VIN ao veículo, existem duas alternativas que, a critério do
fabricante/montadora, podem ser adotadas simultaneamente:

a) gravação direta em uma peça integrada ao veículo, podendo ser na estrutura do


chassi, ou em veículos com a estrutura integrada à carroçaria, num componente que
não seja facilmente removido ou substituído;

b) gravação em plaqueta, a qual é fixada permanentemente ao veículo, conforme alínea


a).

Artigo 7º da Resolução 623/2016 do CONTRAN:

Sobre o que trata a Resolução 623/2016 do CONTRAN?

Basicamente tal resolução dispõe sobre a uniformização dos procedimentos


administrativos quanto à remoção, custódia e para a realização de leilão de veículos removidos
ou recolhidos a qualquer título, por órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito- SNT, nos termos dos arts. 271 e 328, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de1997, que
instituiu o Código de TrânsitoBrasileiro - CTB, e dá outras providências.

Quanto à identificação veicular e a destinação econômica, dispõe o art. 7º da


presente resolução:
“Art. 7º O veículo sob custódia que não puder ser identificado, ou que tiver sua
identificação adulterada, terá assegurado os seguintes procedimentos de verificação, inclusive
como condição para ser levado à Leilão:

I - emissão de laudo pericial oficial ou laudo de vistoria do órgão ou entidade


responsável pela custódia do veículo, visando à busca da autenticidade de seus caracteres, da
sua documentação, bem como a legitimidade da propriedade, enquadrando-se o veículo em uma
das seguintes situações:

a) veículo com IDENTIFICAÇÃO NÃO RECONHECIDA OU NÃO ASSEGURADA: leiloar


como SUCATA INSERVÍVEL, qualquer que seja seu estadode conservação;

b) veículo de IDENTIFICAÇÃO ALTERADA COM CONFIRMAÇÃO DE SUA IDENTIFICAÇÃO


CORRETA, COM RESTRIÇÕES judiciais, administrativas ou policiais: notificar a autoridade
responsável pela restrição para procederà retirada do veículo em depósito, desde que pagas as
despesas comremoção e estada, ou para a autorização do leilão, que poderá ocorrerse não houver
manifestação da autoridade no prazo de 60 (sessenta)dias a contar da notificação;

c) veículo de identificação alterada COM CONFIRMAÇÃO DE SUA IDENTIFICAÇÃO


correta, assegurada por dados verdadeiros, SEM RESTRIÇÕES judiciais, administrativas ou
policiais: emitir notificação ao proprietárioe/ou agente financeiro que constem do registro do
veículo,exigindo a regularização de dados por remarcação de caracteres e nova emissão de
documentos, no prazo máximo de 60 (sessenta) diasa contar do recolhimento, que se não
atendido será incluído emprocedimento de Leilão;

d) veículo com IDENTIFICAÇÃO DUPLICADA, SEM CONFIRMAÇÃO DE SUA


IDENTIFICAÇÃO CORRETA, com alertas e restrições no registro do veículo original: notificar as
autoridades que inseriram as anotações no Sistema Registro Nacional de Veículos Automotores -
RENAVAM, solicitando que efetuem a exclusão de tais dados, para que o veículo recolhido seja
levado a LEILÃO COMO SUCATA;

e) veículo COM IDENTIFICAÇÃO DUPLICADA, COM CONFIRMAÇÃO DE SUA


IDENTIFICAÇÃO CORRETA, Com ou sem alertas ou restrições no registrodo veículo original -
notificar as autoridades que inseriram as observaçõesno Sistema RENAVAM, solicitando que
efetuem a exclusão de tais dados, em razão da correta identificação do veículo, de seu legítimo
proprietário e agente financeiro, se houver, que serão notificadosa efetuar a regularização de
dados por remarcação de caracterese reemissão de documentos, no prazo máximo de 60
(sessenta)dias do recolhimento do veículo, que se não atendido será incluído em procedimento
de Leilão;

II - não demonstrada a autenticidade da identificação do veículo recolhido ou a


legitimidade da sua propriedade, o veículo será incluído em procedimento de leilão como sucata
inservível, qualquerque seja seu estado de conservação, registrando-se a termo que tal alienação
não constará do Sistema RENAVAM - Módulo Leilão, porausência de identificação.

III - o recurso obtido com leilão de veículo para o qual seja autorizada a sua alienação
antecipada será integralmente revertido acrédito da conta indicada no seu respectivo termo
autorizatório de venda, com seus débitos desvinculados, na forma preconizada em Lei.”

NÃO RECONHECIDA OU NÃO ASSEGURADA (a) Sucata Inservível

IDENTIFICAÇÃO Com restrição (b)

ALTERADA COM CONFIRMAÇÃO

DE SUA IDENTIFICAÇÃO CORRETA Sem restrição (C)

Sem confirmar a correta (d) Sucata

DUPLICADA

Com confirmação da correta (e)

CONCLUSÃO:

Assim, pelo exposto, a identificação do veículo é feita através da marcação do chassi ou do


monobloco (art. 114 do CTB).

Tal identificação irá determinar a destinação econômica (art. 7º da resolção 623/2016 do


CONTRAN). Veículo com IDENTIFICAÇÃO NÃO RECONHECIDA OU NÃO ASSEGURADA deverá ser leiloado como
SUCATA INSERVÍVEL, qualquer que seja seu estadode conservação

A numeração que fará a identificação do veículo (NIV ou VIN) tem a sua marcação feita no chassi
ou monobloco (conforme ponto 4.4 da NBR 6066) em sua porção dianteira direita em posição facilmente visível.

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