Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Psyche = alma
Logos= ciência, conhecimento
Psicologia é a ciência da alma, cuja função é investigar e explicar de forma lógica o
comportamento e a vivência, assim como a força determinante destes dois modos de
manifestação da atividade interna.
O seu objeto de estudo é o comportamento- toda a atividade do organismo que pode ser
observada por outra pessoa ou por instrumentos de observação de que se serve o investigador.
O desvio entre teoria e prática origina o “behavorismo” ou comportamentalismo.
Definição- Desenvolvimento (humano)
É um processo de transformação ou mudança contínua do ser humano, nas estruturas físicas e
neurológicas, psicológicas e comportamentais que se desenvolvem desde a conceção até à morte.
As mudanças podem ser:
Quantitativas – Alterações na frequência ou grau.
Qualitativas – Alterações na estrutura ou na organização.
E emergem:
De forma ordenada
São razoavelmente duradoras
Seguem padrões +/- universais
E estabelecem relação com 3 fatores:
Circunstâncias históricas
Culturas e sociais (meio)
Experiências individuais de cada indivíduo
Ou seja, hereditariedade + meio + passagem do tempo = Desenvolvimento psicológico.
Perspetiva etológica
Os defensores desta perspetiva, afirmam que certas aprendizagens só são possíveis quando um
organismo atinge um certo grau de maturação.
Consideram, então, que no processo de desenvolvimento existem os períodos críticos e os
períodos sensíveis.
Períodos críticos- espaços ao longo do desenvolvimento em que determinadas aprendizagens
são possíveis, sendo impossível se estas ocorrerem antes ou depois deste período.
Dentro dos períodos críticos encontram-se os períodos sensíveis. Estes representam os períodos
ótimos para determinadas aprendizagens, podendo ser considerados os picos do período crítico.
>Modelo Construtivista<
Os defensores deste modelo, opõem-se às chamadas teorias maturacionistas, mas não negam
importância ao papel do equipamento biológico e hereditário.
Invés disso, consideram que o desenvolvimento psicológico de um indivíduo, resulta dum
processo de construção e dão grande importância a atividade do indivíduo.
Ex: teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget (Jean Piaget) e a teoria de Wallon (Henri
Wallon)
Modelos de origem mecanicista
> Modelo comportamentalista e teorias da aprendizagem<
Consideram que o desenvolvimento psicológico consiste em mudanças que são sobretudo
resultado de experiências e aprendizagens.
Estas mudanças influenciam os modos de interação com o ambiente.
Teorias da aprendizagem: Por exemplo, a aprendizagem social corresponde ao comportamento
em termos de interação permanente e recíproca entre determinadas atitudes comportamentais,
cognitivas e ambientais.
Consideram que o homem não reage simplesmente às influências exteriores, tem o poder de as
selecionar, organizar e transformar mentalmente.
Os indivíduos são influenciados não apenas pela experiência direta, mas também pela
observação de outros indivíduos (experiência vicariante/alheia).
Modelo analítico
Para a psicanálise, os antecedentes da pessoa explicam e dão sentido às suas condutas sociais.
Privilegia a infância do indivíduo, nomeadamente, no que se refere às suas relações
ambivalentes com os progenitores, como por exemplo: o chamado complexo de Édipo cuja
resolução satisfatória é, importante para um desenvolvimento futuro harmonioso.
Os psicanalistas consideram que a maturação favorece o desenvolvimento apenas sob a
influência do meio ambiente relacional ou social.
COGNITIVO-DESENVOLVIMENTAL
Preocupa-se com o estudo dos processos cognitivos relacionados com o desenvolvimento do
indivíduo no meio social (desenvolvimento moral, conhecimento de si mesmo, dos outros e da
sociedade).
Exemplo:
Teoria do desenvolvimento moral de kholberg
Teoria de desenvolvimento da tomada de perspetiva social de Selman, R.
PERSPETIVA ECOLÓGICA
Nesta perspetiva destacam-se os seguintes aspetos importantes:
Multiplicidade de influências recaem sobre a criança e o adolescente ao longo do seu
desenvolvimento.
Sentido bidirecional das influências do meio familiar e social no desenvolvimento da
criança e do adolescente.
PERSPETIVA DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO
Faz o estudo aprofundado dos processos cognitivos básicos tais como:
a perceção
a atenção,
a memória,
o raciocínio e
a resolução de problemas.
O maior contributo nos anos 80 permitiu o desenvolvimento de uma imagem completa e
complexa da evolução dos processos cognitivos básicos.
PERSPETIVA HISTÓRICO-CULTURAL
Desenvolvimento cognitivo construído através de interações com os adultos e com outras
crianças mais velhas.
Princípios subjacentes a esta perspetiva: a construção do psiquismo vai do social ao individual e
do interpessoal ao intrapessoal.
De acordo com a perspetiva de Vigotsky, as interações que se transformam em
desenvolvimento são aquelas que se situam na zona de desenvolvimento proximal da criança
ou da pessoa que aprende algo.
Ex: A linguagem é aprendida e utilizada em primeiro lugar no contexto interindividual; na
comunicação com outros para mais tarde o indivíduo refletir sobre ela.
Ao oitavo mês o corpo da mãe fornece os anticorpos necessários para o feto poder lutar contra
certas doenças.
» Influências sobre o desenvolvimento intrauterino «
Vários fatores influenciam a qualidade do meio intrauterino levando a que o desenvolvimento
seja normal, anormal ou não tenha lugar.
Fatores podem contribuir para um desenvolvimento anormal:
Infeções
Idade da mãe
Má nutrição
Drogas e outros ambientes de risco
Estado psicológico da mãe (…)
» Criança recém-nascida Competências sensoriais «
O nascimento não é apenas o fim da gravidez, mas principalmente, o início de um contacto
forte e único na continuidade da ligação mãe-filho.
Os estudos da interação mãe-filho revelam que o bebé participa na comunicação e ele próprio
é estimulador dos vários comportamentos maternos.
Brazelton, nos seus estudos sobre capacidades estruturais do recém-nascido sublinhou a
importância do comportamento interativo como condição básica para a integração social e
afetiva do recém-nascido.
Schaffer, sugere que o ponto central da ligação a alguém é representado pela tendência de o
bebé procurar a proximidade de outros membros da sua espécie. A prova desta necessidade
deriva da análise do comportamento individual quando há evidência de privação da tal
proximidade.
» A capacidade do bebé em participar na interação social depende de: «
1. Capacidades percetivas, isto é, capacidade em se orientar e prestar atenção aos estímulos
sociais e capacidade em se manter alerta e reativo.
2. Controlo e organização do bebé (R-N) face ao stress.
» Teoria de Rheingold «
Rheingold, fundamenta a natureza social do comportamento do Recém-nascido (R_N) através
dos seguintes princípios:
O R_N é reativo aos estímulos sociais e fá-lo através do sistema sensorial que possui tal como
qualquer adulto.
O R_N inicia comportamentos sociais, responde aos estímulos e é capaz de desencadeá-los.
O comportamento do R_N é modificável de acordo com as respostas dos outros face ao seu
comportamento.
O bebé, pela sua aparência e comportamento modifica o comportamento dos outros elementos
do seu contexto social.
Os processos sensoriais do R_N são o sistema fundamental que sustenta a ligação e a relação do
bebé com o mundo.
A compreensão destes processos fundamentais do comportamento do R_N passa pelo
conhecimento das suas capacidades sensoriais.
Visão
O sistema visual é um dos mais complexos de todo o organismo humano, sendo dos mais
rudimentares nos recém-nascidos, uma vez que não recebe nenhum estímulo quando os bebés
estão dentro do útero da mãe.
Por esse motivo, quando o bebé nasce a visão não está ainda totalmente desenvolvida.
Deste modo, nos primeiros meses de vida, apesar de conseguirem focar numa distância de
aproximadamente 30cm, os recém-nascidos não são capazes de processar as informações que
chegam, como formas ou cores; tendo uma visão baça e sem profundidade, ou seja, têm uma
visão bidimensional.
Ainda assim, os pequenos conseguem identificar o rosto de pessoas de maior convivência,
principalmente da mãe e as suas pupilas reagem à luz com preferência a tons suaves e
avermelhados.
Somente quando eles chegam aos seis meses é que desenvolvem completamente as habilidades
visuais primárias, como a identificação de profundidade espacial, cor, forma e controlo do
movimento dos olhos. Com um ano, a tendência é que a visão esteja a funcionar já de maneira
normal.
Audição
Os recém-nascidos desenvolvem a capacidade de ouvir muito antes de nascer e, no momento do
nascimento, a audição está totalmente funcional.
Apesar disto, as crianças respondem diferentemente consoante o estado de desenvolvimento em
que estas se encontram.
É importante realçar também que as crianças atingem as etapas de diferentes maneiras e em
diferentes tempos e, para os ajudar neste processo, é necessário que as pessoas à sua volta falem
individualmente com elas, lentamente, em ambientes que sejam calmos e livres de poluição
sonora.
Desde o período intra-uterino, o bebé distingue certos sons, o que faz com que o bebé, poucas
horas depois do nascimento, consiga reconhecer a voz materna, pois já a ouviu no útero. O
recém-nascido está então inclinado para os sons do espetro da fala humana e sons suaves e são
mais sensíveis às frequências mais altas.
A reação de um bebé ao ouvir um som é algo que demonstra que as suas capacidades sensoriais e
cognitivas estão em desenvolvimento: dá-se o estímulo auditivo e, a respiração da criança torna-
se irregular, o seu ritmo cardíaco altera e esta vira a cabeça na direção do som e abre os olhos
atentamente para descobrir qual a origem deste.
Quando nasce, o bebé tem de familiarizar-se com os novos ruídos, ou seja, deve remodelar ou
reconstruir as suas perceções auditivas: ao explorar o meio com o olhar, vai dar um significado e
um sentido àquilo que ouve, estando assim esta componente sensorial relacionada com as
competências motoras do bebé.
Aqui podemos ver uma faixa cronológica que vai desde o início do nascimento ao primeiro ano
de vida que descreve algumas das características auditivas nas diferentes etapas de
desenvolvimento de uma criança:
- No início da sua vida, o recém-nascido reage com ligeiros reflexos a sons altos e é acalmado
por sons suaves e tranquilos; sorri quando certas vozes falam e reconhece as vozes mais
frequentes no seu meio.
- Ao longo dos meses, este adquire a capacidade de repetir e de procurar sons assim como a de
conseguir responder a simples pedidos como “vem cá”, entre outros. Continua a desgostar de
sons altos e ruidosos e desenvolve um gosto por brinquedos que fazem sons.
- Na zona entre o primeiro e segundo ano de nascimento, este começa a conseguir comunicar
com palavras simples que ouve frequentemente, percebe perguntas simples de “sim” ou “não”,
ordens básicas ou movimentos simples como “saltar” ou “andar”. Nesta altura, o bebé gosta que
lhe leiam histórias e, a cada mês que passa, descobre e comunica com mais palavras e sons.
Esta competência sensorial está automaticamente associada à comunicação uma vez que, ao
escutarem algo ou palavras ao seu redor, estes vão aprendendo e conseguindo usar estas para
interagir com o mundo exterior.
Por exemplo, é possível que alguns recém-nascidos que reconheçam a voz da sua mãe a tentem
reproduzir de volta ou comunicar - este processo influencia positivamente na interação com a
mãe e consequentemente na sua comunicação com o meio incentivando respostas vocais assim
como o desenvolvimento das capacidades linguísticas da criança.
Habituação
Podemos definir o conceito de hábito como uma ação ou comportamento que são executados
frequentemente e acabam por ser “adotados” pela pessoa em questão, tornando-se parte da vida
diária.
Um dia na vida de um recém-nascido consiste basicamente em dormir, comer, chorar e fazer as
suas necessidades básicas. Mas, à medida que os dias passam, a mãe e o bebé vão se conhecendo
um ao outro e a ideia de “tempo” começa a ter necessidade de ser construída na mente do recém-
nascido.
No entanto, todos os bebés são diferentes: os seus hábitos alimentares e de sono irão mudar
frequentemente e demorará algum tempo até que se estabeleça uma rotina. Nos primeiros meses,
esta deve centrar-se em aspetos como a alimentação, o sono e momentos de atividade e interação
com o meio.
Quanto ao desenvolvimento de um horário de sono, este deve começar a ser feito precocemente,
mas normalmente acontece aos três meses, quando o recém-nascido consegue começar a
acostumar-se a ir dormir a uma certa hora (apesar de poder demorar um pouco para adotar este
hábito).
Juntamente com isto, ensinar a distinção entre a noite e o dia, manter a rotina inicial simples e
consistente e ser flexível ao tempo de sono da criança é fundamental para a rotina funcionar mais
eficazmente. Este aspeto é importantíssimo para as várias etapas de desenvolvimento infantil
nomeadamente nas que dizem respeito ao autoconhecimento, independência e bem-estar geral da
criança.
Relativamente à alimentação, assim como fornecer ao bebé os nutrientes que este necessita para
crescer, alimentá-lo (seja por amamentação ou por biberão) é uma ótima maneira da mãe ter
tempo individual com a criança, o que promove a interação entre estes e torna-os mais próximos.
Algo que também é importante será o aparecimento de atividades interativas que acabam por
desenvolver também o aspeto cognitivo e a componente sensorial de habituação do bebé.
Estruturar uma rotina a um recém-nascido é uma tarefa extremamente importante pois ajuda no
desenvolvimento cognitivo, social e de saúde da criança.
Faz também com que a criança compreenda melhor o que se passa ao seu redor e com que esta
tenha uma sensação de segurança e conforto. Os pais devem ter compreensão e flexibilidade
neste aspeto pois, desta maneira, será mais fácil estruturar-se uma rotina que o recém-nascido
consiga adotar.
Tato
O tato é a competência sensorial mais importante no que toca à comunicação e conexão entre o
recém-nascido e o meio exterior-
Os recém-nascidos experimentam esta competência sensorial antes do seu nascimento através
das sensações que as movimentações do líquido amniótico trazem ou do toque da mãe que se
sente no útero.
Assim que nascem, a necessidade de um contacto corporal mútuo é para o bebé e também para a
sua mãe algo significativo e emocional que os conectará. Pode-se dizer que o tato é um sistema
mediador entre o bebé e quem cuida dele e pode servir para acalmar, alertar e despertar.
Dependendo do tipo de toque, as reações geridas por parte do bebé são diferentes: se este for
suave, ele irá reagir pacificamente e sentirá conforto enquanto que se o toque for brusco, o bebé
irá reagir desconfortavelmente e possivelmente demonstrará essa reação a partir do choro.
As zonas mais sensíveis neste período da vida são a boca, as palmas das mãos e as plantas dos
pés.
Esta competência sensorial é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional de um
recém-nascido pois é a partir deste que eles aprendem e se conectam com o mundo exterior. O
toque é assim, essencial para a sobrevivência de um recém-nascido – estudos demonstram que,
comparando crianças que tiveram uma adequada presença desta competência ao longo do seu
crescimento a crianças que tiveram défice desta, as primeiras possuem um maior
desenvolvimento a níveis psicológicos assim como uma possível maior proteção a doenças
futuras.
Pouco desta competência sensorial produz cortisol, uma hormona que provoca stress e é
conhecida por prejudicar o hipocampo, uma estrutura localizada nos lóbulos temporais do
cérebro que tem como principal função a aprendizagem e a memória.
Gosto
O sistema gustativo é o mais complexo dos 5 sentidos, porém também dos mais importantes para
o bebé, não só devido ao seu papel nutricional, mas também porque possibilita experiências
sensoriais capazes de influenciar o bebé emocionalmente.
Entre as 7 e 8 semanas de gestação, as primeiras células gustativas aparecem. Então, entre as 13
e 15 semanas, as papilas gustativas já amadureceram e são reconhecíveis; sendo que a partir da
12ª semana, o bebé começa a engolir líquido amniótico, que além de passar por mudanças
químicas ao longo da gravidez, também absorve alguns sabores dos alimentos que a mãe ingere.
Desta forma, o paladar do recém-nascido já se encontra desenvolvido, sendo de fácil
reconhecimento os sabores básicos; este vai se refinando aos poucos, especialmente depois dos
seis meses.
A nível do leite materno, os diferentes sabores dos alimentos que a mãe consome serão
transmitidos para tal.
Como recém-nascido, este terá uma predileção natural por sabores doces, então ele vai adorar
beber leite materno ou fórmula. Mais tarde, com cerca de quatro meses, ele adquirirá o gosto por
alimentos salgados e, muito mais tarde, por sabores amargos.
Sendo assim, alimentos nutritivos como os legumes e frutas passam a fazer parte da dieta
alimentar do bebé.
Uma curiosidade: uma pesquisa realizada em 2009 descobriu que expor crianças de 21 a 24
meses a imagens de frutas e vegetais ajudam-nas a ter mais disposição para experimentá-las mais
tarde.
Portanto, é importante estimular o paladar dos bebés expondo-os a diferentes alimentos e
gradualmente ir introduzindo novos sabores. Lembrando que às vezes será necessário apresentar
a nova comida 10 ou 15 vezes para que o pequeno a aceite e desfrute.
Olfato
O sistema olfativo, responsável pela habilidade de sentir odor, começa a se desenvolver a partir
da 28ª semana de gestação. Desta forma, o bebé entre em contato com uma vasta gama de
cheiros, mesmo dentro da barriga da mãe.
As memórias evocadas pelo olfato são mais emotivas e agradáveis do que as criadas por outros
sentidos. E porquê?
Porque quando sentimos um cheiro, os sinais são transmitidos diretamente para a zona do
cérebro responsável pelo processamento dos cheiros – designada por bolbo olfativo.
Esta zona de processamento do olfato está conectada, pela via olfativa, as partes do cérebro que
são responsáveis pelas nossas emoções, a amígdala, e pela nossa memória, o hipocampo e o
córtex entorrinal.
Por esta razão, o olfato ativa de forma mais rápida estas regiões e despoleta mais memórias
vibrantes a nível emocional do que qualquer outro sentido.
Desta forma, os recém-nascidos utilizam o olfato, mais do que qualquer outro sentido, logo
desde o nascimento para se familiarizarem com o mundo.
Sendo assim, o estabelecimento de rotinas regulares com produtos que tenham fragrâncias
familiares podem ajudar o bebé a conectar-se mais rapidamente consigo e com a atividade.
E também é a partir do cheiro do leite materno que os pequenos identificam e associam à figura
materna; para além do próprio cheiro desta, mas que só é reconhecível pelo recém-nascido aos
seus 6 dias de vida.
No âmbito do odor, está comprovado que as fragrâncias agradáveis e familiares melhoram o
humor, a tranquilidade e o estado de alerta do bebé, e que o perfume da mãe pode ajudar a
reduzir o choro.
Sendo o seu olfato apurado e sensível, os bebés não gostam de cheiros fortes como desinfetantes.
Por outro lado, os bebés gostam de cheiros doces como o leite materno.
Deste modo, este sentido norteia as experiências primárias dos bebés no mundo.
Se a figura de vinculação (mãe) realizar regularmente esse papel, a figura vinculada (o bebé)
pode:
Desenvolver uma confiança básica que lhe proporciona um sentimento de segurança necessário
ao desenvolvimento da atividade de exploração do mundo envolvente.
Segundo investigações realizadas distinguem-se três grandes modelos de vinculação:
Vinculação segura – caracterizada pela procura ativa de proximidade e interação e pela
aceitação e afirmação da necessidade de uma relação vinculativa.
Vinculação insegura – é uma ligação ténue onde estão envolvidos sentimentos de proximidade
e segurança pouco fortes e pouco seguros.
Esta pode ser:
Vinculação insegura evitante – o elemento vinculado (bebé) despreza a figura de
vinculação (mãe) e evita o contacto com a mesma.
Vinculação insegura ambivalente – o elemento vinculado (bebé) mostra-se ambivalente
procurando, simultaneamente, proximidade e afastamento.
» Fases do processo de vinculação «
Nascimento aos 2 meses – o bebé relaciona-se socialmente com quase todo o seu meio
envolvente.
2 meses aos 7 meses – a resposta social do bebé é dirigida principalmente às pessoas que lhe são
familiares e desenvolve uma relação especial com quem cuida dele.
6 meses aos 8 meses – torna-se evidente o apego. O bebé receia a presença de estranhos e
protesta pela separação. Utiliza a mãe como uma fonte de conforto e base para a sua segurança.
A vinculação ou o apego é assinalado pelo aparecimento da chamada angústia do oitavo
mês- surgem o medo, como emoção importante e, nessa fase também surge a capacidade para
gatinhar.
Como é que as mães têm maiores probabilidades de desenvolver uma vinculação segura?
As mães sensíveis aos sinais dos seus filhos e que
adaptam o seu comportamento coordenando-o com o do seu filho,
De acordo com as características da vinculação, a criança interiorizará um modelo particular de
vinculação, relativamente, estável durante toda a vida.
A vinculação Segura influencia, positivamente, a competência social e cognitiva.
A relação que o bebé mantém com a mãe é a mesma que mantém com o pai?
R.: Os estudos mostram que o apego de um bebé, relativamente ao seu pai é diferente e, o
mesmo reflete a sua sensibilidade e capacidade de reação perante as solicitações do bebé.
Quando pai e filho têm uma relação segura, não é tão forte como aquela que a criança tem
com a mãe.
O pai tem demonstrado que é capaz de cuidar dos filhos mas, não é através do cuidado
habitual que este interage com os seus filhos. Faz isso através da estimulação física e do jogo.
» Desenvolvimento na 1ª Infância «
Desenvolvimento psicomotor (Preferência lateral e Esquema corporal)
Desenvolvimento Sócio-cognitivo (Processos cognitivos básicos; desenvolvimento da
linguagem).
Desenvolvimento Sócio-afectivo (O Jogo/atividade lúdica e o desenho)
» Fases do desenvolvimento «
No desenvolvimento humano após o nascimento identificam-se, habitualmente, 4 fases de
desenvolvimento:
Infância
Adolescência
Adultez (idade adulta)
Velhice
Estas etapas apresentam profundas diferenças entre si, no entanto há uma continuidade.
Estádio ou etapa de desenvolvimento- fazer referência às grandes transformações qualitativas
que se produzem no processo de desenvolvimento
Cada uma destas etapas apresenta:
Transformações essenciais e regularidades subjacentes a todo o processo de mudança
do comportamento que tornam o desenvolvimento possível.
Tarefas de Desenvolvimento- conjunto de ações e comportamentos que se devem manifestar nos
indivíduos do mesmo grupo “etário”.
A infância é a primeira etapa do desenvolvimento após o nascimento e, é um período de
mudança que dura vários anos.
Habitualmente divide-se em 3 períodos:
1ª Infância 0 aos 2anos e 6m/3anos (Creche);
2ª Infância 2 anos e 6m/3anos - 6 anos (Jardim de Infância);
3ª Infância 6 anos - 11anos/12anos (Ensino Básico 1º e 2º ciclo)
Mudanças de infância:
Sócio-cognitivo
Processos cognitivos básicos;
Desenvolvimento da linguagem;
Desenvolvimento cognitivo;
Desenvolvimento moral e da cognição social.
Sócio-afetivo
Desenvolvimento da personalidade;
Conhecimento de si mesmo;
Identidade e tipificação sexual;
Jogo - A atividade lúdica e desenho.
Físico e psicomotor (psicomotor - preferência lateral e esquema corporal).
Desenvolvimento psicomotor- diz respeito às implicações psicológicas do movimento e da
atividade corporal, nas relações que o indivíduo estabelece com o meio.
Esta depende da maturação do sistema nervoso central e dos aspetos relacionais (através do
seu próprio movimento a criança entra em contacto com as pessoas e com os objetos).
Para além disso, implica:
Um componente externo ou prático (ação) e
Um componente interno ou simbólico (representação do corpo e das suas possibilidades).
O desenvolvimento progressivo do controlo do corpo segue duas leis fundamentais:
Céfalo-caudal (cabeça-pés)
Próximo-distal (eixo central-extremidades)
Esquema corporal- representa um elemento importante no desenvolvimento global da criança
a e é a perceção global do corpo resultante:
Da organização neurológica e
De toda a experiência sensorial, percetiva, motora, psicológica e social do indivíduo.
Sem a noção do seu corpo a criança não se irá relacionar adequadamente com o mundo exterior.
Os jogos sobre o conhecimento do corpo, que se realizam com as crianças, ao mesmo tempo que
permitem o desenvolvimento do esquema corporal, também permitem o desenvolvimento da
linguagem.
IDADES:
A partir dos 5 anos as crianças melhoram muito a discriminação percetiva do corpo e
desenvolvem-se nessa idade habilidades motoras que têm a ver com a expressão exata e
movimentos mais coordenados.
Entre os 7 e os 12 anos termina o processo de construção do esquema corporal, que é facilitado
pelo processo de lateralização ao proporcionar pontos de referência.
Preferência lateral
O corpo humano é morfologicamente simétrico, mas do ponto de vista do seu funcionamento é,
claramente assimétrico, daí a preferência lateral, ou seja, do lado esquerdo (esquerdinos) ou
direito (destros).
Porquê? Porque esta lateralização feita pelo cérebro e desenvolvida entre os 3 e os 6 anos.
Memória de evocação
Os estudos sobre imitação diferida nas crianças mais crescidas fornecem-nos provas da presença
da memória de evocação na infância.
Um maior aumento da memória tem a ver com o uso de estratégias como:
Repetição;
Organização dos elementos em categorias conceptuais;
Elaboração de elementos relacionados com a imagem.
Conclui-se que as crianças que fazem uso de estratégias recordam melhor do que aquelas que
não fazem uso delas.
Quanto às estratégias de resolução de problemas, as crianças desenvolvem várias, concretamente
na área da aritmética.
Desenvolvimento da linguagem
Funções
Desenvolvimento da Linguagem
Fala egocêntrica
Fala socializada
Funções da linguagem
Comunicativa: fazer passar de uma pessoa a outra os significados partilhados (partilhar
interpretações da realidade).
Simbólica: construir representações da realidade e executar funções psicológicas superiores.
Autorregulativa: uma vez internalizada, permite a comunicação consigo mesmo e, através do
discurso interno, exercer controlo sobre o comportamento, afetos e processos cognitivos
(atenção, memória, raciocínio, etc).
Desenvolvimento da linguagem
A linguagem adquire-se através da interação social.
Comportamentos como o choro, primeiro como resposta a desconforto, depois intencionalmente.
Conversas primitivas ou proto conversação (expectativa de resposta do outro).
O desenvolvimento da linguagem depende de uma combinação de fatores genéticos e de fatores
ambientais.
A capacidade para adquirir a linguagem pode ser ativada ou limitada pela experiência.
A comunicação pré-linguística está bastante associada à idade cronológica, mas a comunicação
linguística não (maior variabilidade no calendário de aquisições).
Fase pré-linguística:
Primeiras vocalizações são universais: similares em diferentes culturas, países, idiomas, e até
com bebés surdos.
3 semanas – 3 meses: quando felizes, sons vocálicos, agudos ou guturais.
Balbuciar (6 – 10 meses): sequência de sons silábicos cada vez mais complexos, variáveis e
semelhantes aos sons da língua, específicos de contexto comunicativo.
Fase pré-linguística: Gestos
Início 9 meses - antes do vocabulário chegar a 25 palavras, tendem a desaparecer logo que a
criança aprende a palavra correspondente ao gesto.
Intencionalidade como requisito para serem considerados comunicação: acompanhados de
vocalizações; olhar para face do adulto; intensificação dos gestos quando não obtém o que
pretende.
Gestos deíticos (para direcionar a atenção do adulto, interpretação em função do contexto; ex.:
abrir e fechar a mão para lhe darem um objeto)
J. Piaget (1956)
Primazia do desenvolvimento cognitivo: capacidade simbólica como requisito para o
desenvolvimento da linguagem.
L. Vygostsky (1934)
A relação entre o pensamento e a linguagem emerge (e modifica-se) no contexto do
desenvolvimento. Ex.: fala / discurso interno e pensamento verbal.
Jogos simbólicos
Este tipo de jogo implica representação de um objeto ausente.
Só aparece aos dois anos.
Implica capacidades de pensar e habilidades motoras.
Realça a importância do “Faz de conta”.
Realiza-se Através do desenho, teatro e literatura.
Ex: A imitação
A natureza do jogo simbólico é imitativa, mas, é também uma forma de autoexpressão tendo
apenas a si próprio como audiência (não existe a intenção de comunicar) com os outros.
No jogo simbólico, a criança constrói símbolos sem constrangimentos, invenções que
representam qualquer coisa que ela deseja.
A função do jogo simbólico é satisfazer o EU pela transformação daquilo que é real em algo que
é desejado.
Jogo de regras
Tradicionais
Espontâneas
Só começa a constituir-se por volta dos 5 anos e desenvolve-se, sobretudo, entre os 7 e os 11
anos continuando a desenvolver-se durante toda a vida do adulto em competição entre indivíduos
(desporto, xadrez, jogos de cartas etc.) o que sem a regra seria inútil.
A brincadeira é levada muito a sério pela criança; para a idade que tem, ela representa o seu
verdadeiro trabalho.
Através da brincadeira ela:
exprime os seus sentimentos e as suas preocupações e,
enquanto brinca ela auto afirma-se, converte-se numa pessoa importante.
os seus impulsos são libertados, o que constitui um verdadeiro treino para as suas futuras
relações sociais.
Aos 18 meses o maior controlo, motor da mão e do antebraço, leva a criança a traçar linhas
horizontais, mas sem controlar nem o princípio nem o fim da linha. Não há nenhuma intenção
representativa.
Aos 2 anos, o controlo do polegar limita o movimento do punho e a criança, faz:
traços repetidos,
curtos lineares ou
em forma de anel.
» DESENVOLVIMENTO DA ADOLESCÊNCIA «
O início da adolescência é assinalado pelo fenómeno biológico da puberdade.
Puberdade – conjunto de transformações físicas e fisiológicas (Produção de testosterona e
estrogênios) que ocorrem no corpo do individuo, transformando o corpo infantil num corpo
adulto capaz de exercer funções de reprodução.
» Perspetivas: «
histórica,
antropológica e
Sociológica
Perspetiva sociológica
Esta perspetiva considera, a adolescência como:
Uma grande mudança no processo de socialização que envolve tensões associadas às
mudanças de papéis e às pressões internas e externas às quais o/a adolescente se encontra
submetido/a.
As tensões são mais ou menos sentidas em função de:
Interações do adolescente com os outros significativos,
Contexto sócio-cultural em que o adolescente vive,
Momento da história em que decorre a adolescência da pessoa.
Imagem corporal (i.é. autoconceito físico), todos os conceitos relacionados com a capacidade
física têm sido considerados como bons preditores da auto-estima global do adolescente.
Quanto mais o adolescente crê que o seu corpo é atraente e de elevada capacidade física mais
elevada é a sua auto-estima.
Os estudos têm mostrado que: A imagem que o individuo tem do seu corpo influencia a
imagem global de si (o seu autoconceito global).
Em suma, no contexto familiar o individuo constrói uma imagem, (agora), porém fora desse
contexto, no meio escolar por exemplo, tem oportunidade de confirmar essa primeira imagem ou
modificá-la.
» DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE «
O desenvolvimento da sexualidade inicia-se desde cedo estando, naturalmente, associado ao
desenvolvimento:
biológico
cognitivo
emocional e
interpessoal
De acordo com a Associação para o Planeamento da Família (APF). a sexualidade é uma
parte integrante da vida de cada indivíduo que contribui para:
a sua identidade ao longo de toda a vida e
para o seu equilíbrio físico e psicológico.
A Sexualidade em termos gerais deve ser entendida como um conjunto dinâmico que engloba:
Emoções,
Comportamentos e
Atitudes que se encontram associadas:
Ao facto de se ser capaz de procriar, aos padrões sociais e pessoais que acompanham as relações
físicas e íntimas durante a vida do individuo.
Quando se aborda a sexualidade é importante saber a diferença entre:
Sexo
Género
Identidade de género
Orientação sexual
SEXO
aspetos anatómicos,
morfológicos e
fisiológicos ou
A classificação do macho ou fêmea é feita a partir dos cromossomas e das características
biológicas como os órgãos reprodutivos internos e externos.
GÉNERO
É o modo como é expressada a identidade de género (não se limitando apenas ao fator
biológico).
Varia consoante a cultura, influenciando:
o estatuto,
o papel social e
a identidade sexual de cada pessoa
IDENTIDADE DE GÉNERO
Tem a ver com o género com que a pessoa se identifica, tendo o conhecimento das funções que a
sociedade associa a cada um dos sexos.
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Refere-se ao pensamento e sentimento sobre si próprio e sobre a sua afetividade e sexualidade e
por quem se sente atraído afetiva e sexualmente.
Heterossexual
Homossexual
Bissexual
A consciência de que se é homossexual (gay ou lésbica) ou bissexual surge, normalmente, no
período da adolescência.
A forma de o descobrir é diferente de pessoa para pessoa e envolve, quase sempre, um período
de confusão e de muitas dúvidas.
LGBTI (Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo)
6 aos 10 anos
A sexualidade entra em latência; entra em adormecimento para ser melhor elaborada.
É um momento de sensualidade, pois as crianças estão aptas a experimentar as sensações.
Por isso, há muitos jogos sexuais nesta fase.
É um momento em que pais e educadores(as) devem tomar cuidado com o que dizem e fazem.
A criança está em constante observação.
Por isso, é um bom momento para transmitir informações e valores:
confiança,
respeito,
amor,
honestidade,
Responsabilidade
É nesse período que se fortalece a identidade de género e prepara a criança para o período,
seguinte: a puberdade.
Com o desenvolvimento pubertário é assinalado o fim da infância e, as realidades sexuais
impõem-se ao adolescente inscrevendo-se na sua experiência.
A sexualidade tem o seu início nas estruturas biológicas e, é preenchida por aspetos da
cultura.
A dificuldade em compreender a sexualidade humana relaciona-se com o facto de ser
necessário saber:
1- Qual o grau em que a sua natureza é determinada pelas transformações pubertárias
(biológicas).
2- Em que medida é, também, reflexo de expectativas sociais e culturais ou de padrões de
comportamento aprendidos.
Os estudos nesta área têm concluído que os fatores sociais e culturais têm um importante
papel no desenvolvimento da sexualidade durante o desenvolvimento na infância e, sobretudo
na adolescência.
As diferenças ao nível das atitudes culturais relativas aos padrões sexuais dão origem, como é
óbvio, a diferenças a nível psicológico.
Por ex: nas sociedades em que o sexo é proibido, antes do casamento espera-se que a culpa seja
um fenómeno psicológico mais comum do que em sociedades mais permissivas em relação à
expressão da sexualidade.
Sendo assim, a expressão da sexualidade é regulamentada não tanto pelos próprios impulsos
biológicos, mas sim pelas expectativas e pelo significado social associado à certos padrões de
atividade sexual.
Estes padrões devem ser aprendidos pelo adolescente e reforçados pelos indivíduos que o
rodeiam embora, essa aprendizagem e reforço possam ter lugar de uma forma bastante subtil.
Em suma, é importante reter que a forma como o indivíduo pensa e age em questões
relacionadas com o sexo depende do nível de:
Maturidade cognitiva
Formação da identidade
Desenvolvimento pessoal e interpessoal
Desenvolvimento dos valores
Equilibração
O desequilíbrio ativa a equilibração.
A equilibração permite que a experiência externa seja integrada na estrutura interna.
O organismo luta constantemente pelo estado de equilíbrio.
O desenvolvimento cognitivo caracteriza-se por fases de equilíbrio transitório entre níveis
inferiores e superiores.
A tendência para o restabelecimento do equilíbrio em patamares sucessivamente mais elevados
permite falar de equilibração majorante ou maximizadora.
Pré-operatório (2-6 A)
A criança usa representações em vez de ações abertas para resolver problemas.
Pensa de modo mais rápido e eficaz.
O seu pensamento é egocêntrico porque há o predomínio da assimilação.
Características do Pensamento Pré-operatório (4-6/7A):
Pensamento intuitivo ou pré-lógico- permite que a criança resolva determinados problemas,
mas este pensamento é irreversível, isto é, a criança está sujeita às configurações preceptivas
sem compreender a diferença entre as transformações reais e as aparentes.
OU SEJA,
Livre associação,
fantasia,
significados únicos e ilógicos.
Ausência de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação.
Presença da irreversibilidade,
centração,
egocentrismo,
transformação,
animismo,
artificialismo,
fenomenismo e
finalismo.
(cont. deste estádio)
A criança usa a inteligência apesar de ainda não conseguir efetuar operações.
Neste estádio a criança já é capaz de representar as suas vivências e a sua realidade, através
do jogo, do desenho e da linguagem.
OU SEJA,
Os estudos permitem-nos compreender que o estádio operatório formal não é uma fase natural e
universal do desenvolvimento, mas uma forma de pensamento típico de pessoas que
frequentaram a escola e que são levadas a fazer raciocínios complexos.
A noção de (ZDP) foi introduzida num esforço para lidar com duas questões práticas do
desenvolvimento e da educação:
Avaliação das capacidades cognitivas das crianças.
Avaliação das práticas de ensino aprendizagem.
Características de ZDP
Apresenta um carácter interativo e social.
Não existe antes da interação com outras pessoas; é criada no decurso dessa interação.
Pode-se entrar em várias zonas de desenvolvimento proximal, em função do indivíduo
com quem se interage.
Existem diferentes (ZDP) relativamente a diferentes âmbitos do desenvolvimento, das
tarefas e dos conteúdos.
Implicações da (ZDP)
A noção de (zdp) sugere que:
Devem ser proporcionados os meios que permitam personalizar a aprendizagem.
Objetivos educativos orientados para níveis de desenvolvimento já atingidos NÃO apontam
para um novo estádio do desenvolvimento.
Quem ensina tem a função de proporcionar apoio e recursos aos quais a pessoa que aprende
seja capaz de aplicar um nível de conhecimentos mais elevado do que aquele que lhe seria
possível sem ajuda.
Conclusão
Durante muitos anos, a interação social entre os alunos/formandos no espaço da aula foi vista
como perturbadora do bom funcionamento das aulas e com implicações negativas na
aquisição e desenvolvimento de competências académicas e cognitivas.
Com o construtivismo reconhece-se, a importância do papel da construção do conhecimento
pelo sujeito através das interações em que participa e que estabelece (Coll & Colomina,
1990), para além de se reconhecer o valor educativo da relação com outros.