Você está na página 1de 9

25.

09,2018 – Terça-feira

LEI DE POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – lei n° 6.938/81

História:

O Brasil foi alvo de grande pressão em 1970 para intensificar a proteção


ambiental.

Ate esse momento inexistia uma lei especifica para proteção ambiental,
somente havia normas esparsas como o CC/1916.

Como identificar a proteção ambiental?

 inexistia no brasil uma lei ambiental geral, mas apenas determinadas


normas jurídicas.

Lei n°6.938/81 – lei politico nacional do meio ambiente – CERTIDÃO DE


NASCIMENTO DO DIREITO AMBIENTAL.

 essa lei traz diretrizes para a União, estados, municípios e DF.

 essa lei criou o SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA que


tem como objetivo a concretude a lei de politica nacional ao meio ambiente,
pois para se ter a execução da lei é necessária a criação de órgãos. Ex.:
Ibama.

Objetivos da lei de política nacional:

Lei n°6.938/81 – objetivos gerais - art.2°: preservação, melhoria,


recuperação da qualidade ambiental propicia a vida, visando assegurar no
país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana.

Questão: o objetivo geral da PNMA divide-se em preservação,


melhoramento e recuperação do meio ambiente, visando compatibilizar o
desenvolvimento econômico social do desenvolvimento ecológico. Certo ou
errado? CERTO.

Princípios:

I- Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,


CONSIDERANDO O MEIO AMBIENTE COMO UM patrimônio público A SER

1
NECESSARIAMENTE ASSEGURADO E PROTEGIDO, TENDO EM VISTA O USO
COLETIVO.

II- Racionalização do uso do solo dos recursos ambientais.

III- Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV- Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas


representativas;

V- Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente


poluidoras.

VI- Incentivos ao estudo e á pesquisa de tecnologias orientadas para o uso


racional e a proteção dos recursos ambientais.

VII- Acompanhamento do estado da qualidade ambiental.

VIII- Recuperação das áreas degradas.

IX- Proteção de áreas ameaçadas de degradação.

X- Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive educação da


comunidade. Porem na realidade isso não ocorre, pois é muito difícil ter nas
escolas uma matéria que trate sobre educação ambiental.

No Brasil se promove a educação ambiental com campanhas esparsos como


o dia da arvore, porém não funciona e não é de forma intensa como deveria
ser.

Questão: a recuperação de áreas degradadas é exigida das minerados por


previsão constitucional expressa e, sob aspectos gerais, é prevista a lei
como um dos princípios da PNMA? CERTO. Art.225, CF e VIII- Recuperação
das áreas degradas da lei 6.938/81, art.2°.

Questão: os princípios gerais da PNMA têm por objetivo a preservação, a


melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propiciam a vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana. Não se insere, dentre esses princípios:

A) o planejamento e a fiscalização dos usos e recursos ambientais e a


proteção de áreas ameaçadas de degradação.

2
b) o acompanhamento pelo estado da qualidade ambiental e a proteção dos
ecossistemas, com preservação das áreas representativas.

c) controle e o mapeamento das atividades e serviços dos entes federados,


ainda que não tem potencial ou efetivamente poluidoras. É ZONEAMENTO e
não mapeamento.

 Os conceitos estão previstos no art.3° da lei 6.938/81 em seus incisos I,


II e III.

Obs.: o conceito de meio ambiente que é disposto no inciso I deve ser


interpretado de forma abrangente em consonância com a CF.

O entendimento desse conceito deve ser amplo, ligado aos aspectos


biológicos, físicos, econômicos, sociais, culturais e urbanísticas que
abrangem a vida em todas as suas formas.

Pilares do conceito de desenvolvimento sustentável – art.4°, lei n°


6.938/81:

Para que tenha desenvolvimento sustentável precisa atingir esses 3 pilares:

1. desenvolvimento econômico

2. equidade social

3. preservação ambiental

 Se faltar um desses requisitos NÃO É DESENVOLVIMENTO


SUSTENTAVEL.

01.10.2018 – segunda-feira

POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONTINUAÇÃO – lei n°


6.938/81

Art.4°:

II- Principio da obrigatoriedade da intervenção estatal – é o dever do Poder


Público de defender e preservar o meio ambiente (art.224, caput, CF). se eu
tenho que provar que o estado está sendo omisso com suas obrigações é
resp. subjetiva.

Aqui se fala também do planejamento sustentável.

3
III- critérios e padrões de qualidade ambiental – demonstra a importância
de estudos técnicos e específicos para cada tipo de atividade sendo eles
essenciais para restaurar o meio ambiente.

IV- Estado – importância da atuação: incentivo, planejamento –


envolvimento do estado nas pesquisas.

V- Restaurar princípios: o mais próximo possível, precaução, prevenção –


principio da informação, da educação e da participação.

recuperar na medida do possível – preservação ou restauração dos recursos


ambientais. Fala do princípio da prevenção e da precaução.

Fala também em restauração que é a recomposição o mais próximo possível


do que era anteriormente/ da condição original.

VII- A recomposição integral muitas das vezes é inviável – pode recuperar e


indenizar ou se for inviável a recuperação se tem a indenização.

Indenizar: caso o dano seja irrecuperável.

QUESTÃO: a PNUMA tem por objetivos a preservação, melhoria e


recuperação da qualidade ambiental propicia a vida, visando
assegurar no País:

Letra: B

Art.5°: diretrizes – PNUMA – destinados a orientar a ação dos GOVERNOS:


União, Estados, DF, Territórios, Municípios.

§ú: as atividades empresariais podem ser tanto publicas quanto privas


sempre em consonância com o meio ambiente e sua proteção.

SISNAMA – finalidade de estabelecer uma rede de agências governamentais


diversos níveis de federação – art.6° da lei 6.938/81: tem toda uma
estrutura que deve ser obedecida para que a lei tenha validade.

Superior: conselho de governo – órgão imediato ao presidente da República


na formulação da PNUMA e nas diretrizes governamentais. (Assessora o
Presidente da República).

Consultivo e deliberativo – CONAMA: órgão consultivo e deliberativo – as


normas ambientais editadas pelo CONAMA. Exemplo: as resoluções. –

4
assessorar, estudar e propor ao conselho de governo diretrizes de politicas
governamentais para o meio ambiente e recursos naturais, elaborando
normas e padrões ambientais.

Central: secretaria do meio ambiente – obs.: por força do art.21 da lei n°


8.490/92 – transformada em ministério – MMA – tem a finalidade de
planejar, coordenar, supervisionar e controlar como órgão federal. FICA NO
MEIO, PORTANTO É MINISTÉRIO/SECRETÁRIA.

Executores: IBAMA e JCMBIO – obs.: até 2007 tínhamos apenas o Ibama,


mas agora temos o instituto chico mendes – ICMBIO – função de gerir as
unidades de conservação – finalidade do IBAMA é órgão federal podendo
executar e fazer executar a política e diretrizes para o meio ambiente. Já o
chico mendes é uma unidade de conservação que também executa as
diretrizes e políticas.

Órgãos seccionais: órgãos ou entidades estaduais: o SISNAMA inclui como


integrantes também os órgãos estaduais e não apenas órgãos da união.

Órgãos locais: órgãos ou entidades municipais – importante – está inserido


na estrutura do SISNAMA a partir do momento em que criar através de lei
seu conselho do meio ambiente.

CONAMA – edita normas – não podendo contraria-las


IBAMA – executar – são autarquias e não fundações.
ICMBIO – executar – são autarquias e não fundações.

§1° - O estado tem que observar o que o CONAMA estabeleceu.

§2° - Os municípios podem elaborar normas, porem devem também


observar o CONAMA.

O IBAMA e O INSTITUTO CHICO MENDES SÃO AUTARQUIAS!! §4°.

FINALIDADE DO SISNAMA:

Estabelecer uma rede de agencias governamentais, nos diversos níveis de


federação, visando assegurar a eficiente aplicação das normas, princípios e
diretrizes do direito ambiental.

5
 Todos os entes federativos fazem parte do SISNAMA que são
responsáveis pela garantia da qualidade ambiental.

ANOTAÇÕES SOBRE A AULA:

Órgão consultivo:

O CONAMA não tem poder legislativo, somente de REGULAMENTAR.

Assim, ele edita normas ambientais complementares a lei, visando sua fiel
execução não podendo contraria-las.

CONAMA – assessorar, estudar e propor ao conselho de governo diretrizes


de politicas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e
deliberar no âmbito de sua competência. Fica abaixo do conselho de
governo.

Órgãos executores:

O IBAMA e ICMBio são autarquias federais, ambos são vinculados ao


Ministério do Meio Ambiente.

O ICMBio cuida das unidades de conservação.

O IBAMA pode intervir no caso de omissão do instituto chico mendes, pois o


mesmo tem o poder de polícia.

Questão: Cabe ao IBAMA, como órgão central do SISNAMA prover os


serviços de apoio técnico e administrativo do CONAMA.

Errado ou certo? INCORRETA, pois o IBAMA é órgão executor.

 órgãos estaduais e municipais – órgãos seccionais:

A fiscalização é realizada pelos órgãos que são de competência dos estados


e municípios.

São responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e


fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental,
dentro de sua respectiva competência.

Lei n° 9.985/2000 – art.6° - aqui se tem essa mesma escritura.

02.10.2018 – terça-feira

6
POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – instrumentos lei n°6.938/81:

Art.9°-

I- O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental:

Desenvolve-se a procura de níveis ou graus de qualidade, de elementos,


relações ou conjuntos de componentes que atendam a determinadas
funções, propósitos ou objetivos que sejam aceitos pela sociedade.

 são estabelecidos pelo CONAMA.

 poder público estabelece esses limites – ex.: o CONAMA criou o programa


nacional de qualidade do ar o CONAR (resolução 005/89- onde estabelece
limites de poluentes no ar).

II- Zoneamento ambiental ou zoneamento ecológico econômico – ZEE.

A principal função é o PLANEJAMENTO DO SOLO, baseia-se nas


características de cada localidade de forma a mapear o potencial de cada
região definindo usos possíveis sem comprometer os recursos naturais.

 origem nas sociedades industrializadas e urbanizadas e na necessidade


do estabelecimento de áreas com a destinação especial.

Zoneamento consiste em dividir o território em parcelas nas quais se


autorizam determinadas atividades ou interdita-se, de modo absoluto ou
relativo, o exercício de outras atividades.

 zoneamento ambiental –

1) baseia-se nas características de cada região.

2) mapear o potencial de cada região.

3) uso possível sem comprometer os recursos naturais.

Área  zoneamento pode autorizar ou interditar  modo relativo ou


absoluto  o exercício de outras atividades.

 lei complementar 140/2011:

7
Cada um dos entes federativos pode fazer seu plano diretor, não sendo
competência exclusiva pois dessa forma retira a competência dos outros
entes.

U) âmbito nacional ou regional

E) âmbito estadual

M) cabe a elaboração do plano diretor observando o zoneamento ambiental.

 lei de zoneamento:

 É um instrumento ou complemento do plano diretor, dividindo a cidade


em zonas e para cada uma delas define qual vai ser a intensidade da
ocupação (residencial ou comercial), procurando saber o que impacta
os limites do que pode ser ou não construído, sendo este detalhamento
imposto pelo plano diretor, definindo as atividades que podem ser
praticadas em cada rua da cidade determinando o que é permitido ou
não e se é possível construir uma moradia numa determinada rua ou
bairro, se é preciso deixar recuos entre o edifício e os limites do
terreno, ou se a casa pode ocupar toda a área do lote, estimulando a
melhor interação entre a vizinhança.

É um instrumento; complemento do plano diretor;

Dividi as cidades em zonas (categorias de espaços)

Define a intensidade da ocupação (tipo de uso; se pode ser comercial ou


residencial);

O tamanho dos edifícios e residências

O que impacta nos limites do que pode ou não ser construído

Faz o detalhamento das diretrizes impostas pelo plano diretor.

 plano diretor:

 Lei municipal que orienta o desenvolvimento urbano, para a cidade


cumprir sua função social, garantindo que o interesse geral esteja
sempre acima dos interesses particulares e para que isso aconteça
existem regras que precisam ser seguidas por todos, sobre a ocupação
dos espaços da cidade, respeitando as áreas de proteção ambiental, à

8
altura máxima de casas e prédios não invadindo espaços públicos de
lazer como praças.

A diferença entre as duas leis é que o plano diretor é mais geral, e inclui a
lei de zoneamento, entre os instrumentos legais.

Você também pode gostar