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MUDANÇAS CLIMÁTICAS
LEGISTAÇÃO
A Lei 12.187 de 29/12/2009, instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima, A PNMC.
Esta lei constitui um importante marco quando se observam as normativas acerca das
mudanças climáticas no Brasil.
Em seu art. 2º a lei traz importantes definições usuais na rotina de quem atua com as questões
envolvendo as mudanças climáticas como vemos:
Art 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente
aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;
II - efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do
clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou produtividade de
ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e
o bem-estar humanos;
III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e
num período determinado;
IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás
de efeito estufa;
V - gases de efeito estufa: constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e
reemitem radiação infravermelha;
VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos e naturais;
VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por
unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito
estufa e aumentem os sumidouros;
VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade
humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade
climática natural observada ao longo de períodos comparáveis;
IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou
precursor de gás de efeito estufa; e
X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de sua sensibilidade,
capacidade de adaptação, e do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que está exposto,
de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos
extremos.
Além destas definições, a PNMC estabelece quem são os entes responsáveis pelas ações a
serem executadas, quais seus objetivos e suas diretrizes, quais seus instrumentos e quais são
os órgãos institucionais para seu desenvolvimento e implementação.
Esta norma ainda estabelece que condições para linhas de crédito específicas por meio de
instituições financeiras como forma de motivar agentes privados às práticas da para alcance
dos objetivos d PNMC, estabelecendo ainda o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões –
MBRE – para operação junto a bolsa de valores no que tange a negociação de títulos oriundos
de emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas.
Por fim, no Art. 11 a lei estabelece que os programas governamentais deverão ser compatíveis
com os objetivos da PNMC, sendo que no Art. 12 ficam clarividentes os compromissos
assumidos pelo pais provindos das conferências internacionais do clima as quais o Brasil é
signatário.
A partir desta normativa, outras começam a ser editadas, não com a velocidade que a mudança
climática exige é bem verdade, mas diuturnamente há implementações e esforços
governamentais com vistas a efetiva implementação da PMNC em favor de melhorar a
condição do nosso planeta.
Fonte: https://www.planalto.gov.br/
Decreto 11.075/2022 - A Instituição do Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases
de Efeito Estufa como plano integrante da PNMC
Trata-se de um importante marco para a Polícia Nacional de Mudanças Climáticas, uma vez que
a Emissão de Gases é reconhecidamente o grande problema que afeta as condições climáticas
e que vem sendo estudado desde 1988, quando na 1ª Conferência Climatológica Mundial
realizada em Toronto/Canadá, foi instituído o Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas – IPCC.
O Decreto 11.075/2022, tem por objetivo estabelecer procedimentos para elaboração dos
Planos Setoriais de Mitigação de Mudanças Climáticas, além de instituir o órgão responsável
pel padronização dos registros possibilitando a validação desta mitigação, o SINARE – Sistema
Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa.
A partir deste decreto, fica evidente a necessidade de cada organização, seja pública ou
privada, de mensurar suas emissões aplicando as metodologias capaz de quantificar para o
controle, redução e compensação dos gases de efeito estufa/
Outro ponto de grande importância do Decreto é a instituição do SINARE que tem por objetivo
reunir o registro de emissões, remoções, reduções e compensações de gases de efeito estufa,
não só em razão da necessidade de reduzir as emissões para cumprir as metas nacionais e
internacionais, como também regular o mercado de ativos de crédito de carbono para que
possam ser transacionados como tal.
Entre as atribuições do Sinare, está também o de registro das pegadas de carbono de produtos,
processos e atividades, carbono de vegetação nativa, carbono de solo, carbono azul e unidade
de estoque de carbono sem a necessidade de geração de crédito certificado, isto porque é
objetivo geral não somente a geração de créditos para a finalidade de comercialização mas
também a redução das emissões de gases efetivamente com vistas a mitigação dos efeitos
climáticos que temos sofrido.
Fonte: https://www.planalto.gov.br/11.705
Fonte: https://www.planalto.gov.br/9172