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Grupo: 8
SÍNTESE DA ATIVIDADE
AUTORREFLEXÃO DO GRUPO
Com base nos assuntos discutidos nesta disciplina, quais aprendizados o grupo destacaria?
Descreva em um parágrafo de até 05 linhas para sistematizar suas ideias. O objetivo desta
questão dissertativa é observar os pontos que tornaram a aprendizagem significativa para o
grupo.
Nesta atividade a equipe vai avaliar uma empresa do sistema de transporte de carga de
cana que tem turno de trabalho de 24 horas no dia durante a safra. A tarefa é de
transportar a matéria prima para as usinas que transformam a cana em açúcar e álcool.
Neste processo de trabalho os Motoristas de veículos transportam, coletam e entregam
cargas. Movimentam cargas volumosas e pesadas, podem, também, operar
equipamentos, realizar inspeções e reparos em veículos, vistoriar cargas, além de
verificar documentação de veículos e de cargas. Definem rotas e asseguram a
regularidade do transporte. As atividades devem ser desenvolvidas em conformidade
com normas e procedimentos caracterizado pelo setor.
O motorista deste processo de trabalho está exposto aos ruídos ocupacionais, tal
exposição pode gerar uma doença chamada PAIR (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído),
neste sentido queremos proteger a audição dos motoristas uma vez que também a
audição é uma ótima aliada nas ações de prevenção de acidentes, bem como na
importância da comunicação e é fundamental manter a qualidade e estilo de vida deste
profissional.
Considerando que iremos como grupo cuidar da audição destes profissionais, para isso
vamos utilizar o material didático Fundamentos do Controle de Ruído Industrial.
Portanto precisamos responder as seguintes perguntas:
• Legislação Trabalhista;
Dentre as NR existentes, com relação ao tema ruído, são de interesse:
NR-6: Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO;
NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA;
NR-15: Atividades e Operações Insalubres
Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01)
• Legislação Previdenciária;
O Decreto 3.048/99, que aprova o regulamento da Previdência Social, garante ao segurado
os benefícios e serviços de: aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade,
aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio-doença, salário-
família, salário-maternidade e auxílio-acidente (BRASIL, 1999).
A Ordem de Serviço INSS/DAF/DSS nº 608, de 05/08/1998, aprova a norma técnica sobre
perda auditiva neurossensorial por exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora
de origem ocupacional. Seu anexo II trata do Programa de Conservação auditiva (PCA)
(BRASIL, 1998).
O Decreto nº 8.373/14 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Por meio desse sistema, os empregadores
comunicam ao Governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores.
• Legislação Ambiental.
O Artigo 225 da Constituição Federal garante o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado. Ainda na esfera federal, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA),
publicou a Lei nº 6.938/81 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
regulamentada pelo Decreto nº 99.274/90. A Resolução CONAMA nº 001, de 08.03.1990,
estabelece critérios e padrões para a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer
atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas. Já a Resolução CONAMA nº 002, de
08.03.1990, institui o Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora –
Silêncio.
As normas técnicas nº 10.151 e 10.152, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
dispõem sobre: Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da
comunidade – Procedimento e Níveis de Ruído para Conforto Acústico, respectivamente.
Com a aprovação da Lei 16.402/16, regulamentada pelo Decreto nº 57.443/16, foi
estabelecido no Artigo 113, que os usos residenciais e não residenciais deverão atender aos
parâmetros de incomodidade relativos a: I – ruído; II – vibração associada; III – radiação; IV –
odores; V – gases, vapores e material particulado, em conformidade com o Quadro 4B desta
lei. Ainda, no Artigo 146, fica proibida a emissão de ruídos produzidos por quaisquer meios
ou por quaisquer espécies, com níveis superiores aos determinados pela legislação federal,
estadual ou municipal, prevalecendo a mais restritiva.
3. Quais os instrumentos de análises devem ser utilizados?
Analisadores de Frequência
Analisadores de frequência são acessórios que podem ser integrados ou acoplados aos
medidores de nível de pressão sonora para obterem o espectro sonoro, ou seja, o nível de
pressão sonora em determinada frequência. A análise da frequência do NPS auxilia na tomada
de medidas de controle, vez que a seleção de materiais isolantes depende desta análise, e
também pode ser útil no cálculo de atenuação de protetores auditivos. (SALIBA, 2018).
Dosímetros
Os dosímetros são equipamentos utilizados para a medição da dose de ruído (ou efeito
combinado) durante a jornada de trabalho, principalmente quando o ruído é variável
(GERGES, 2000). Atualmente existem vários modelos de dosímetros no mercado, com ou sem
cabo, que fornecem, além da dose, outros parâmetros necessários na avaliação de ruído. Os
dados medidos podem ser impressos com histogramas. (SALIBA, 2018) .
Calibradores
Os equipamentos medidores de ruído devem ser calibrados em campo, antes e após cada
medição. Para isso, utiliza-se uma fonte padrão que emite som na frequência de 1.000Hz. A
intensidade emitida pelo calibrador pode ser de 94dB, 114dB, ou outro valor, de acordo com
a marca do calibrador. (SALIBA, 2018).
Trabalhadores que exerceram atividades por 25 anos sob ruídos elevados têm direito a
aposentaria especial.
Avaliação de Ruído para Fins de Aposentadoria Especial
Sabemos que há divergência no fator de duplicação de dose da NR-15 (q=5) e da NHO-01
(q=3) na abordagem da exposição ao ruído. Para minimizar este conflito, o INSS publicou a
Instrução Normativa nº 45 de 2010 (IN 45/2010) que, em seu Artigo 239, diz que a exposição
ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando os níveis de pressão sonora
estiverem acima de oitenta dB(A), noventa dB(A) ou oitenta e cinco dB(A), conforme o caso,
ou seja, acima de80 decibéis até 05/03/1997, acima de 90 decibéis de 06/03/1997 até
18/11/2003 e acima de 85 decibéis a partir de 19/11/2003, utilizando os limites de tolerância
definidos no Quadro Anexo I da NR-15 e as metodologias e os procedimentos definidos nas
NHO-01 da FUNDACENTRO (BRASIL, 2010).
Uma empresa deve respeitar os limites de ruído ambiental estabelecidos pelas leis federais,
estaduais e municipais.
Avaliação de Ruído para Conforto da Comunidade e Perturbação do Sossego Público
A poluição sonora pode causar distúrbios físicos e psíquicos na população. Portanto, quando
não controlada, é fonte de conflitos entre os agentes das comunidades, principalmente em
localidades próximas a aeroportos, indústrias, construções etc. Para atender às legislações
ambientais brasileiras, nos níveis federal, estadual e municipal, é necessário realizar a
avaliação do ruído em conformidade com as normas técnicas nº 10.151 e 10.152, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
5. Realizar o Inventário de Riscos de caso acima, seguindo a lógica do desenvolvimento
do PGR - Gestão de Riscos (assistir a partir 1h28min45seg, acessando
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ehVN-BZ5QiQ&t=157s (Links para um site
externo.))
PROBABILIDADE
SEVERIDADE 1 - REMOTA 2 - POSSÍVEL 3 - PROVÁVEL
1 - INOCUA BAIXO BAIXO MEDIANO
2 - MODERADA BAIXO MEDIANO ELEVADO
3 - SEVERA MEDIANO ELEVADO ELEVADO
De acordo com o caso, as atividades devem ser desenvolvidas em conformidade com normas e
procedimentos caracterizado pelo setor. Portanto considerou-se que as normas são bem
implementadas e mantidas.
INVENTARIO DE RISCO
AVALIAÇÃO
RISCO
DE RISCO
PROBABILIDADE
AMBIENTE MEDIDAS DE
SEVERIDADE
RESULTADO
DE PROCESSO ATIVIDADE CONTROLES
FONTE
TRABALHO PERIGO TIPO EXISTENTE
CAUSADORA
Sinalização sonora
Atropelamento e/ou visual de veículos
Mediano
acidental na área Maquinas Pesadas e e áreas de trânsito,
Acidente 1 3
de carga e Veículos treinamento e
descarga capacitação dos
motoristas
Baixo
Motor de Maquinas
devido a exposição Físico de tempo de 1 2
e Equipamentos
prolongada a ruído exposição
Carregamento dos
Carga de
Área de caminhões com a Amputação de
cana de
Baixo
Carga carga para posterior Sinalização, uso de
açúcar membros por Acidente Carga Pesada 1 3
transporte EPI's, treinamento
esmagamento
Mediano
Riso de queda do
Treinamento, uso de
compartimento de Acidente Veículo 1 3
EPI, trava quedas
carga
Baixo
por tempo cadeiras ajustáveis,
Ergonômico Má postura 1 2
prolongado em treinamento, pausas
mesma posição periódicas
Mediano
Perda auditiva
Controle de tempo de
devido a exposição Físico Motor de Veículo 1 3
exposição
prolongada a ruído
Lesão na coluna
Uso de bancos
Baixo
por tempo
Ergonômico Má postura reguláveis, pausas 1 2
prolongado em
para descanso
mesma posição
Cabine de
Transporte Dirigir o veículo até o Uso de barreira de
Veículo
da Carga local de descarga Temperatura proteção, pausas fora Baixo
(Caminhão) Superaquecimento
extrema (calor) Físico do ambiente, 1 1
do Motor
dentro da cabine ventilação mais
efetiva
Procedimento
Acidente de operacionais de
Mediano
Treinamento, uso de
queimadura por Elétrico Bateria e chicotes 1 1
EPI's
choque elétrico
Queimadura por Treinamento, uso de
Baixo
Motor e
temperaturas Físico EPI's, uso de barreira 1 2
escapamento
extremas protetiva
Transporte, Manutenção e reparo
coleta e eventual ou
Todo Trajeto
entrega de programada de Risco de
Mediano
Treinamento,
carga veículos Intoxicação por
Químico Óleo, Motor manutenção em local 1 3
monóxido de
ventilado
carbono
Amputação de
Treinamento, uso de
Med
iano
Mediano
Riso de queda do
Treinamento, uso de
compartimento de Acidente Veículo 1 3
EPI, trava quedas
carga
Sinalização sonora
Atropelamento e/ou visual de veículos
Mediano
acidental na área Maquinas Pesadas e e áreas de trânsito,
Acidente 1 3
de carga e Veículos treinamento e
descarga capacitação dos
motoristas
Perda auditiva Uso de EPI's, controle
Baixo
Motor de Maquinas
devido a exposição Físico de tempo de 1 2
e Equipamentos
prolongada a ruído exposição
descarga de Amputação de
Baixo
Área de Descarregamento dos Sinalização, uso de
cana de membros por Acidente Carga Pesada 1 3
descarga caminhões no destino EPI's, treinamento
açúcar esmagamento
Mediano
Riso de queda do
Treinamento, uso de
compartimento de Acidente Veículo 1 3
EPI, trava quedas
carga
Baixo
por tempo cadeiras ajustáveis,
Ergonômico Má postura 1 2
prolongado em treinamento, pausas
mesma posição periódicas
6. Observando a necessidade de uma articulação com a equipe de saúde, Monte um
Programa de Conservação Auditiva.
(ex. https://multimedia.3m.com/mws/media/372534O/ohes.pdf (Links para um site
externo.))
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO
AUDITIVA
o
Índice
• 1.0- PROPÓSITO
...........................................................................................................3
• 2.0- OBJETIVO DO PCA
• 2.1 Benefícios do PCA
• 2.1.1 Benefícios do PCA ao empregado
• 2.1.2 Benefícios do PCA ao empregador
• 3.0- CONCEITOS BÁSICOS
• 3.1 -O Sistema Auditivo
• 3.2 -O Som, o Ruído e as interações com os indivíduos
• 3.2.1 Duração da Exposição
• 3.2.2 Distância da fonte
• 3.2.3 Tipos de ruído
• 3.2.4 Frequência
• 3.2.5 Intensidade
• 3.2.6 Susceptibilidade individual
• 3.3 Espectro Audível e o Decibel (dB)
• 3.3.1 Adição de Níveis de Pressão Sonora
• 3.3.2 Curvas de Compensação
• 3.4 Efeitos do Ruído à saúde do exposto
• 3.4.1 PAIR – perda permanente
• 3.4.2 Trauma Acústico
• 3.4.3 Mudança Temporária do Limiar Auditivo ou “Temporary Treshold Shift”
(TTS)
• 3.5 Fatores para a Perda da Audição
• 3.5.1 Agentes Químicos e Perdas na Audição
• 3.6 Caracterização da PAIR
• 4.0 Aspectos Legais
• 4.1 Ministério Do Trabalho e Emprego
................................................................ 16
• 5.0 Passos para a implementação do PCA
• 5.1. Procedimento para a elaboração do Documento-base do PCA
• 5.1.1 Introdução
• 5.1.2 Política da Empresa
• 5.1.3 Objetivo do PCA
• 5.1.4 Responsabilidades
• 5.2 Requerimentos mínimos do programa
• 5.2.1 Avaliação da Exposição
• 5.2.2 Seleção dos Protetores Auditivos
• 5.2.3 Distribuição dos Protetores Auditivos
• 5.2.4 Limpeza, higienização, armazenamento e manutenção
• 5.2.5 Treinamento
• 5.2.6 Monitoramento do uso
• 5.2.7 Exame médico – Audiometrias
• 5.3 Avaliação da eficácia do Programa de Conservação Auditiva
• 5.4 Registro dos dados
• 6.0- PROCEDIMENTO PARA O MONITORAMENTO DAS EXPOSIÇÕES
• 6.1 Medições e Avaliações
• 6.2 Tipos de Avaliações e Instrumentação
• 6.3 Dosimetria de Ruído – Monitoramento Pessoal da Exposição
• 6.3.1 Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
• 6.3.2 Limites de Exposição para Ruído de Impacto
• 6.3.3 Aspectos Legais
• 6.3.4 Registros dos dados
• 7.0 TESTES AUDIOMÉTRICOS
• 7.1 Objetivos
• 7.2 Critérios Adotados
• 7.3 A importância das Audiometrias no PCA
• 8.0 -SELEÇÃO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS
• 8.1 Controle da Exposição ao Ruído
• 8.2 Tipos de Protetores Auditivos
• 8.3 Recomendações para Seleção e Uso
• 8.3.1 Seleção de Protetores Auditivos
• 8.3.2 Colocação e Uso Corretos
• 9.0 Indicações de Manutenção e Higienização
• 10.0 Qualidade da Vedação no canal auditivo
• 11.0 Porcentagem do Tempo de Uso
• 12.0 Atenuação dos Protetores Auditivos
• 12.1 Cálculo da Atenuação pelo Método Longo
• 12.2 Redução de Ruído Estimada para os Usuários
• 12.3 Comparando os valores de atenuação entre diferentes protetores
auditivos
• 13.0 TREINAMENTO E MOTIVAÇÃO
• 13.1 Conteúdo mínimo para Treinamento dos usuários de protetores
Auditivos
• 14.0 Uso de Proteção Dupla
• (Protetor Auditivo do Tipo Inserção + Protetor Auditivo do Tipo Concha)
• Frequências, Hz
• Frequências, Hz
• 15.0 Durabilidade e Substituição dos Protetores Auditivos
• Bibliografia
1.0- PROPÓSITO
A abordagem é generalizada, para o entendimento inicial de cada etapa que faz parte
do programa, necessitando que o conteúdo seja desenvolvido por cada empresa, por
apresentarem situações e oportunidades diferentes em cada caso. É um direcionador
que menciona as etapas que não podem ser deixadas de lado em um programa O
responsável pela conservação auditiva dentro de cada empresa deve analisar se
particularidades desta proposta de trabalho são viáveis ou não, em cada PCA, de cada
planta industrial, fazendo o melhor julgamento de como adaptar a proposta para atender
as necessidades da empresa, a fim de alcançar a efetiva prevenção da perda auditiva
ocupacional.
“Experiências com indústrias nos Estados Unidos indicam que não existe uma
correlação significante entre a quantidade de dinheiro gasto no estabelecimento de um
É possível conseguir motivação tanto dos empregadores quanto dos empregados para
uma implementação eficaz de um PCA em uma empresa, pois muitos benefícios podem
ser observados para ambas as partes, como exemplificado a seguir.
2.1.1 Benefícios do PCA ao empregado
O nosso sistema auditivo está dividido em três partes principais: orelha externa, orelha
média e orelha interna.
De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a Orelha Externa é composta
pelo pavilhão da orelha, que é uma fina cartilagem elástica recoberta de pele, que capta
e direciona as ondas sonoras, canalizando-as até o tímpano e pelo meato acústico
externo, que é um canal que se estende até a membrana do tímpano e é bastante
sinuoso. Este canal tem aproximadamente 3.5 cm, variando de uma pessoa para outra.
Fazem parte da Orelha Média a membrana timpânica, que é constituída por um material
muito fino de espessura de 0,1 mm, os três ossículos (bigorna, estribo, martelo), que
transmitem as vibrações da membrana e a tuba auditiva, que mantém o arejamento das
cavidades da orelha média, através de uma abertura intermitente que se dá no ato de
deglutir, bocejar ou espirrar. No final da Orelha Média, está a janela oval.
A janela oval está ligada à Orelha Interna, que é composta por um conjunto de
cavidades. Uma delas é a cóclea, parecida com um caracol e possui duas e meia
espiras enroladas ao redor de uma área central, repleta de células ciliares externas e
internas, responsáveis por transmitir as vibrações do líquido coclear para o nervo
acústico, que leva os impulsos aos centros corticais da audição no cérebro, onde se dá
o fenômeno consciente da sensação sonora.
No processo da fala, por exemplo, estão sendo formadas ondas, devido a uma variação
de pressão no ar. Se esta variação de pressão possuir uma intensidade suficiente para
vibrar a membrana timpânica, essas vibrações são transmitidas à orelha média, através
da alavanca formada pelos três pequenos ossículos, chegando à orelha interna e ao
nervo acústico.
Podemos entender o Som como qualquer variação de pressão em um meio elástico (no
ar, água ou outro meio) que o ouvido humano possa detectar, ou seja, uma vibração
que é transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivíduo como “agradável”. O
meio mais importante neste trabalho é o aéreo.
Duração da exposição
Tipos de ruídos
Freqüência / Intensidade
Susceptibilidade individual
3.2.4 Frequência
3.2.5 Intensidade
Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que se refere à audição.
Isto significa que cada pessoa percebe os sons de formas diferentes. A sensibilidade
pode e geralmente varia com a idade, sexo, etnia, exposições anteriores. Pessoas
jovens geralmente escutam bem, enquanto que pessoas mais idosas, têm diminuição
de limiar de audição.
O som mais fraco que o ouvido humano saudável pode detectar é de 20 micro Pascais
(ou 20 Pa). O máximo que o ouvido humano pode suportar é 200 Pa de pressão, ou
seja, pressões um milhão de vezes mais alta. Devido a essa grande diferença de escala
de pressão, outra foi criada – o decibel (dB). Podemos dizer que o 0 dB (limiar da
audição) corresponde aos 20 Pa ou pressão de referência. Da mesma maneira que
140 dB (limiar da dor) corresponde aos 200 Pa.
Quando se utiliza a escala em dB, a soma de NPS não pode ser feita algebricamente.
Na realidade, quando se deseja conhecer o valor total da combinação de dois ou mais
níveis, é preciso transformá-los em pressão sonora (Pa), somá-los e novamente
retornar ao dB, através da relação logarítmica. Para tornar os cálculos mais fáceis e
rápidos, pode ser utilizada a regra de Thumb, como se segue:
Lembrando que este método não deve ser utilizado para estimar exposição individual
ao ruído!!
Destas curvas, a “A” e a “C” são as mais empregadas, sendo que a “A” é a mais
amplamente empregada na avaliação do ruído ocupacional, pois é a que melhor
correlaciona Nível Sonoro com probabilidade de Dano Auditivo.
Mas, os efeitos do ruído não se limitam a isso. A exposição em excesso ao ruído pode
acarretar outros problemas de saúde ou piorá-los, além de impactos na qualidade de
vida do indivíduo exposto. Por exemplo, aumento da pressão sanguínea, provocar
ansiedade, perturbar a comunicação, provocar irritação, fadiga, diminuir o rendimento
do trabalho, etc...
Entre os danos no aparelho auditivo que a exposição a níveis excessivos de ruído pode
causar, citamos a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), oTrauma Acústico e o
“Temporary Treshold Shift” (TTS) ou Mudança Temporária do Limiar Auditivo.
3.4.1 PAIR – perda permanente
Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna perde a capacidade
de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos e, conseqüentemente, é o fim
da audição. Infelizmente, não se conhece ainda a cura para células ciliadas destruídas.
Existem diversos fatores que podem levar à perda na audição, além da PAIR
ocupacional. No ambiente de trabalho, as diversas combinações entre agentes físicos
agressivos e agentes químicos facilmente encontrados, tornam-se riscos à saúde dos
expostos. Por esse motivo, as Perdas Auditivas Ocupacionais não devem ser restritas a
Perda Auditiva Induzida por Ruído, pois podem ocorrer casos de perdas auditivas
ocupacionais e não ocupacionais sem que haja, necessariamente, exposições ao ruído.
Outros fatores, além da PAIR ocupacional, que podem levar à perda auditiva:
Surdez hereditária
Trauma na cabeça
Drogas Ototóxicas: existem casos de problemas auditivos relacionados ao consumo de
medicamentos, como por exemplo, certos antibióticos, anti-depressivos, etc...
Pode-se dizer que um dos mais importantes e complexos desafios na área de saúde
ocupacional é o estudo sobre os efeitos das exposições simultâneas. Fica evidente a
necessidade de mais estudos nesta área, quando analisamos o número de
trabalhadores expostos ao ruído e a quantidade de agentes químicos potencialmente
tóxicos encontrados na indústria.
Documento Base
Deve ser escrito o nome da empresa, sua localização, a estratégia adotada sobre o uso
de equipamento de proteção auditiva e como garante a eficácia do uso.
Exemplo:
Exemplo:
“Esta empresa tem como meta primordial assegurar que todos trabalhadores -
empregados, terceiros e visitantes - no desempenho de suas atividades profissionais
em suas áreas fabris, tenham suas condições de saúde preservadas.”
Exemplo:
Nos casos em que seja identificado tal risco, a empresa estabelece que deve ser
implantado um ou mais dos seguintes métodos de controle, de acordo com a hierarquia
abaixo:
5.1.4 Responsabilidades
A equipe deve ser multidisciplinar. Cada um dos integrantes do programa terá suas
atribuições e deveres dependendo de suas formações profissionais, experiências e
habilidades.
Administrador do Programa
Orientar sobre o uso correto dos protetores auditivos e não permitir que trabalhadores
ou visitantes entrem em áreas de risco ou realize quaisquer operações ou processos
perigosos, sem a proteção necessária.
Engenharia e Manutenção
Medicina e Fonoaudiologia
Avaliar a audição dos trabalhadores sempre que lhe forem atribuídas atividades que
exijam o uso de protetores auditivos
Cuidados especiais devem ser tomados nesta avaliação de modo que as operações
e/ou processos que estejam sendo realizadas no momento da amostragem sejam
representativas do trabalho diário no local e que estratégias específicas sejam
adotadas, dependendo da resposta que está sendo buscada.
A seleção dos protetores auditivos pode ser realizada com base nos elementos da
proteção efetiva, discutidos neste guia, porém, deve ficar explícita a metodologia
utilizada pela empresa. É muito importante considerar os fatores relativos às
características pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas.
A distribuição requer cuidados do profissional que executa tal função, garantindo assim
que o usuário tenha em mãos o produto adequado ao uso a que se destina. Para tal,
pode ser definida uma planilha de controle de distribuição de protetores auditivos,
contendo informações mínimas, tais como:
Nome do usuário,
Situação de risco/exposição,
Modelo utilizado,
Parte substituída,
Motivo da substituição,
Comentários...
5.2.5 Treinamento
É muito importante que fique claro como serão feitas as checagens sobre o uso correto
dos protetores auditivos e que providências são tomadas em caso de se encontrar
alguma irregularidade no uso deste EPI.
Este programa deverá ser revisto e avaliado a cada 12 meses, no mínimo, pelos
auditores definidos pelo Administrador do programa. Todos os requerimentos mínimos
do programa deverão ser contemplados em todas as auditorias. Será elaborado um
relatório escrito desta avaliação. Para cada não conformidade encontrada, será
estabelecido um plano de ações corretivas com um cronograma estabelecido para a
conclusão de cada ação. O Administrador do programa não poderá ser um dos
auditores, mas deverá estar presente em todas as auditorias, pois é quem concentra
todas as informações necessárias para o atendimento das questões que venham ser
levantadas. . Uma lista anexa a este documento deve conter os nomes dos profissionais
que estão habilitados a realizar as auditorias.
5.4 Registro dos dados
Devem ser criados, para cada etapa, planilhas de controle e relatórios, que devem ser
claros e objetivos, preparados com as informações sobre os resultados das avaliações
realizadas.