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CAMPUS PATOS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO
PATOS-PB
2023
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Samarco, responsável pelas operações de mineração recebeu multas do Ibama e arcará com
os custos
imprevisível (EBC, 2015).
À respeito dos impactos que o rompimento da barragem originaram no
meio ambiente, podem ser citados os impactos nos rios, solo, na vida marinha, entre tantos
outros
As consequências foram tão severas que os pesquisadores ainda buscam
entender os efeitos da ação e como a natureza poderá se restabelecer
Pouco mais de três anos após a tragédia de Mariana, em janeiro de 2019, em Brumadinho
(MG), a barragem onde estavam depositados rejeitos químicos da mineradora Vale
rompeu-se.
Leocádio (2020) conta que ao todo, 259 pessoas morreram, e 11 pessoas continuam
desaparecidas.
Apesar de o desastre de Mariana ter sido maior em termos ambientais, em relação à
quantidade de
rejeitos que foram despejados, a tragédia que aconteceu em Brumadinho pode ser
considerada maior
Todas as ações
e omissões do homem frente ao meio ambiente e ao planeta Terra trazem implicações,
sendo elas
sociais, jurídicas, ambientais e econômicas.
Estes danos irão se prolongar por tempo indeterminado,
causando a extinção de diversas espécies e ecossistemas, além das implicações causadas a
vida das
pessoas afetadas, tanto as que perderam as suas vidas, quanto as que perderam suas casas,
familiares,
Todo este processo
destrutivo afetou e muito a vida das pessoas, muitos morreram e outros tantos tiveram suas
vidas
Quando uma tragédia dessas proporções acontece, as implicações sociais são as mais
diversas.
No caso dos desastres de Mariana e Brumadinho, estão amparados pela proteção
constitucional
225 da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988, s/p).
do artigo supracitado, garante o meio ambiente como um bem de interesse difuso, ou seja,
ele tem
como titular um grupo indeterminado de pessoas, sendo o direito a um meio ambiente
protegido
e equilibrado um direito de todos.
Também prevê ser o dever de todos, do Poder Público, Poder
Privado, e da coletividade, a preservação desse meio para todos, inclusive para as futuras
gerações
(BRASIL, 1988).
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Conforme traz o parágrafo 2o, ainda do artigo 225 da Constituição Federal (BRASIL,
1988), as
mineradoras ficam obrigadas a recuperar toda a área que foi devastada pelo desastre, bem
como
fornecer o suporte necessário às vítimas, pessoas que foram afetadas direta e indiretamente.
nos casos de Mariana e Brumadinho os danos ambientais são irreversíveis, enquadra-se o
parágrafo
mineradoras (BRASIL, 1988).
A mineradora teve responsabilidade civil objetiva, ou seja, ela assumiu o risco e houve o
dano.
Essas tragédias vão muito além do dano ambiental, ela avassalou também a dignidade da
pessoa
humana, e quando duas grandes catástrofes ocorreram em tão pouco tempo há de se falar
não apenas
responsabilidade Civil e Ambiental, é de suma importância a aplicação também da norma
Penal.
Apesar de muitos tratarem o ocorrido em Brumadinho apenas como uma “tragédia
ambiental”, ela
considera inaceitável que apenas três anos depois, a impunidade pelo rompimento em
Mariana trouxe
ambientais não é mais suficiente nesta questão.
No Brasil, a análise dos impactos ambientais só
começou no ano de 1981, com a publicação da Lei no 6.938/81 (BRASIL, 1981), que ainda
é a mais
importante forma de regulamentação da proteção ao meio ambiente.
No ano de 1998 a criação da Lei 9.605, trouxe um grande avanço na proteção do meio
ambiente.
meio ambiente (BRASIL, 1998).
Com o surgimento dessa lei as penas agora têm uniformização
A lei define a responsabilidade
das pessoas jurídicas, permitindo que grandes empresas sejam responsabilizadas
criminalmente
pelos danos que seus empreendimentos possam causar à natureza.
As penas previstas pela Lei de
Crimes Ambientais se aplicam de acordo com a gravidade da infração, podendo ser
privativa de
liberdade restritiva de direitos, ou penalidades como a prestação de serviços à comunidade,
interdição
De acordo com a Lei 9.605/98 (BRASIL, 1998), os crimes ambientais são classificados em
cinco
tipos, que são eles: Os crimes contra a fauna, que está previsto nos Artigos 29 a 37; Os
crimes contra
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a flora, previsto nos Artigos 38 a 53; Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio
cultural,
previstos nos artigos 62 a 65; Crimes contra a administração ambiental, previsto nos
Artigos 66 a 69
e o crime de Poluição e outros crimes ambientais, que estão previstos nos Artigos 54 a 61,
nos quais
se enquadram os desastres ambientais como de Mariana (MG) e Brumadinho (MG).
Conforme Inara Chagas (2019), pelo desastre de Mariana, em 2016 o Ministério Público
Federal
denunciou a Samarco e a empresa VOG BR – responsável pelo laudo que considerava a
barragem
Fundão como estável – além de outras 22 pessoas, foram denunciadas por inundação,
crimes
ambientais e desabamento, bem como outras 21 pessoas por homicídio.
No caso da barragem do Feijão em Brumadinho, as investigações ainda não foram
concluídas e, até
No âmbito da Justiça Estadual, a mineradora Vale foi condenada a reparar
os danos pela tragédia.
de 2019, ela apresentou seu relatório final, pedindo o indiciamento de treze pessoas por
homicídio
Enfim, passados quatro anos da tragédia que aconteceu em Mariana e mais de um ano do
ocorrido em Brumadinho, pouco foi feito ou resolvido.
Elas estão prestando assistência, auxiliaram as pessoas atingidas com
dos antigos locais de moradia, anseio dos deslocados, ainda não ocorreu.
O mundo todo está passando por mudanças climáticas que são agravadas ainda mais pela
ambição
Os desastres ambientais são acontecimentos cada vez mais frequentes e
trazem consequências jurídicas, sociais e ambientais.
O fato de termos tido dois graves desastres de
A partir desse estudo verificou-se que o Brasil, como um todo, tem muito que aprender
quando
se trata de desastres ambientais, necessita também de punições mais rígidas e eficazes,
quando se
trata de acontecimentos que prejudicam a vida de tantas pessoas e destroem a natureza.
deixar que a busca por riquezas faça com que se repitam desastres como os que já
aconteceram.