Você está na página 1de 4

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS


FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS
MBA EM GESTÃO AMBIENTAL

LEANDRO BAZZO FURTADO

PROFESSOR DR. JAIRO CAMPOS GAONA

Queimadas urbanas

A prática de queimadas urbanas vem de longa data, pois o homem sempre a


usou como forma de limpeza das áreas urbanas, sem se preocupar ou até
mesmo por falta de conhecimento das consequências que o fogo causa ao
meio ambiente e ao próprio homem.
Segundo Branco (1988), “o grande problema do homem é o de perceber que
ele ainda depende de natureza”.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, houve um aumento de 62 % em 2019
a quantidade de queimadas comparada com o ano de 2018.
Além de se tratar de crime ambiental, na região de Dourados podendo ser
atuado pelo IMAM – Instituto de Meio Ambiente, isso mostra um quadro
preocupante já que pode levar a vários riscos, principalmente em saúde e
segurança.
A população acredita que a forma mais fácil de se eliminar vegetação
indesejável bem como a eliminação de resíduos sejam eles, madeira, papel e
outros é simplesmente atear fogo, mas não analisam que esse procedimento
prejudica a si mesmo e a população vizinha.
Uma situação que ocorre é que municípios do interior são rodeados por
plantações e pastagens e na grande maioria ocorre incêndio criminoso claro
que pode ser por outros fatores, mas sempre trazendo grande prejuízo para
população. Exemplo este o incêndio ocorrido em Maracajú – MS e em razão
da direção do vento as fuligens deste incêndio chegaram a Dourados
causando problemas que vão desde poluição visual até problemas de saúde
para a população.
Segundo Helena Ribeiro e João Vicente de Assunção (2002) “quanto maior
a proximidade da queimada, geralmente é maior o seu efeito à saúde. Mas a
direção e a intensidade das correntes aéreas têm muita influência sobre a
dispersão dos poluentes atmosféricos e sobre as áreas afetadas pela pluma
oriunda do fogo. Se os ventos predominantes se dirigirem para áreas urbanas
ou áreas densamente povoadas, um número maior de pessoas estarão sujeitas
aos efeitos dos contaminantes aéreos”.
Outra situação são as queimadas em terrenos baldios, que na maioria são
provocados pelos próprios donos que se negam e contratar pessoas
qualificadas para realizar a limpeza e veem na queimada um meio mais
barato para resolver o problema, mesmo sabendo que pode estar causando
outros problemas como perda materiais de terceiros no caso de uma
queimada se espalhar além de danos na saúde.
Quando das queimadas outro grande dano causado é para o meio ambiente
no qual sempre há perdas de espécies tanto na vegetal quanto no animal, e
dependendo do tipo de incêndio a reparação nem sempre é possível a curto
prazo ficando o meio ambiente em prejuízo, provocando um desequilíbrio
no ecossistema local.
Infelizmente é cultural do ser humano atear fogo para limpeza de terrenos,
mas a educação ambiental vem para barrar essas ações. O que observa que
sempre há campanhas do Corpo de Bombeiros principalmente em épocas de
seca e nas escolas onde se trabalha com crianças e jovens, mas ainda existe
muitas pessoas que não se atentaram para o mal de estar fazendo queimadas.
Hoje o que se faz mais eficaz são as penalidades impostas pelos órgãos
fiscalizadores, autuando os infratores dando-lhes multas de valores
consideráveis e fazendo com que haja reparação ambiental.
Referências
BRANCO, Samuel Murgel. O meio ambiente em Debate. São Paulo:
Moderna, 1988.
Disponível em http://mshoje.com/noticias/195345-numero-de-queimadas-
cresce-mais-de-60-em-dourados. Acesso em 07/08/2019
OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.8, n.21, p. 53-75,
set/2017
RIBEIRO, Helena, ASSUNÇÃO, João Vicente. Efeitos das Queimadas na
saúde humana. Estudos Avançados [online]. 2002, vol.16, n.44, pp 125-148.
ISNN 0103-4014.

Você também pode gostar