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SUSTENTABILIDADE
AULA 4
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Conforme já estudamos, o meio ambiente é composto pela natureza, meio
natural e seres humanos, atuando diretamente na produção do espaço
geográfico. Assim, os impactos são chamados de socioambientais, e não
somente ambientais.
Dentro da estrutura dos impactos socioambientais, temos outras
definições que ajudam a compreender a dimensão dos efeitos que alteram a
natureza:
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proletários e operários, bem como intensa degradação das áreas de exploração
de carvão mineral, que proporcionou as bases para o desenvolvimento do
capitalismo no Estado moderno (Mendonça; Dias, 2019, p. 127).
As produções desenvolvidas nos campos tomaram outra forma. Não se
plantava mais para a subsistência, mas para sustentar a produção industrial que
carecia de matérias-primas. Áreas de florestas foram desmatadas para abrir
espaço à produção intensiva e de alta tecnologia de maquinários. Esse processo
também levou os trabalhadores do campo ao desemprego, sendo forçados a
migrar para as cidades.
As áreas urbanas ocupadas foram crescendo sem planejamento e de
forma espontânea. Encostas de rios, áreas de montanhas, áreas de proteção
ambiental, entre outras, foram ocupadas, dando início aos primeiros
aglomerados subnormais (Figura 3), comumente chamados de favela.
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De antemão, um exemplo facilita a compreensão e atenta para as
diferenças e semelhanças, já que os dois conceitos se complementam.
Um indivíduo que reside em uma área de relevo plano com sua casa
bem próxima a um determinado rio em área tropical é,
corriqueiramente, vitimado por alagamentos e/ou inundações. Ele é
vulnerável às enchentes, alagamentos, doenças, perdas material e
humana, ou seja, está situado em um ambiente vulnerável. A
vulnerabilidade é promovida por uma diversidade de fatores (sociais,
econômicos, políticos, culturais, educacionais etc.) associados às
condições de vida de uma dada população e não haveria problema
para este individuo se ele não morasse nesse local e se, ao mesmo
tempo, as chuvas não provocassem as inundações e alagamentos da
área. É esta condição, de origem natural, que nos permite identificar a
formação dos riscos naturais ao caso, ou seja, as inundações
(associação entre chuvas concentradas e relevo plano), por exemplo,
constituem um risco natural que afeta a vida das pessoas e a economia
de uma data localidade. (Mendonça; Dias, 2019, p. 128-129)
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a segurança e as diretrizes que deveriam, somando um ponto a mais para o risco
tornar-se eminente. Todas essas vulnerabilidades assolam as populações.
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Figura 6 – Ambiente urbano
Fonte: Pnud/Unops, 1997, p. 65, citado por Mendonça; Dias, 2019, p. 144.
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As discussões, então, se voltam às mudanças climáticas e aos prejuízos
causados pela poluição atmosférica. Diante disso, os estudos de Monteiro (1976,
2003) e Mendonça (1993, 2003, 2015) acerca do clima e as problemáticas a ele
associadas situam-se como marcos para os estudos do ambiente urbano.
O estudo do clima e do ambiente urbano como um todo se constitui em
abordagens transversais e inter/multidisciplinares dos problemas urbanos,
envolvendo a ciência, a política e os citadinos. Com isso, ambas as
metodologias, de Monteiro (1976 – SCU) e do Pnud/Unops (1997 – Sistema
Ecológico Urbano) deram base para que Mendonça criasse a proposta do SAU
– Sistema Ambiental Urbano (Figura 8). Nessa proposta, os problemas atinentes
ao ambiente urbano são concebidos como resultantes da interação entre a
natureza e a sociedade na cidade (Mendonça; Dias, 2019, p. 147).
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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