PEDRO HENRIQUE SOARES PINHO

A ocorrência de desastres naturais no Estado de Santa Catarina

PRESIDENTE PRUDENTE
2023
 PEDRO HENRIQUE SOARES PINHO

A ocorrência de desastres naturais no Estado de Santa Catarina

Relatório apresentado no curso de

graduação de Engenharia Ambiental da
Universidade Estadual Paulista
(UNESP), para a aprovação na
disciplina de geologia.
Orientadora: Isabell Cristina Morroz
Caccia Gouveia

PRESIDENTE PRUDENTE
2023
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………....04
2 OS DESASTRES NATURAIS DE ALERTA…………....................…………..................05.
3 IMPACTOS CAUSADOS...…………………………………....................…………..........05
4 RESPONSABILIDADE E ASSISTÊNCIA..........................................................................06
5 SOLUÇÃO PARA A PROBLEMÁTICA.............................................................................07
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………......................................................08
 4
INTRODUÇÃO

“Desastres naturais são geralmente provocados por manifestações exacerbadas da

natureza tais como: terremotos, erupções vulcânicas, deslizamentos, enchentes, furacões,
tornados, tsunamis, incêndios e tempestades. Suas ocorrências podem trazer grandes perdas
materiais e humanas. Portanto, trata-se de uma situação em que quaisquer iniciativas que
possam ser aplicadas na sua prevenção ou no seu gerenciamento são sempre relevantes”.
(Braga et al (2011)

De acordo com o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, da

Universidade Federal de Santa Catarina, do ano de 1991 a 2010 ocorreram no Brasil 31.909
desastres naturais, segundo documentos oficiais. Deste total, 10.716 se deram na região Sul,
perdendo somente para o Nordeste em número de ocorrências, com 12.851 casos. (UFSC,
2012, p. 91)

O Estado de Santa Catarina, apesar de ser o menor entre os três da região sul,
responde pelo maior número de pessoas atingidas. Outro dado ressalta a concentração de um
grande número de eventos no Estado: dos 5.565 municípios do país, 70 são considerados os
de maior incidência de danos, dos quais 34 são catarinenses. Além disso, entre os 10 mais
atingidos no Brasil, sete se localizam em Santa Catarina: Chapecó, Canoinhas, Tangará,
Concórdia, Seara, Abelardo Luz e Itá. (UFSC, 2012. p. 89)
 5
OS DESASTRES NATURAIS DE ALERTA

Em maio de 2022, o Estado de Santa Catarina foi afetado pelas recorrentes chuvas
sendo 115 municípios afetados por enxurradas, e 27 cidades entraram em situação de
emergência, ao todo 40 mil pessoas foral afetadas devido ao temporal recorrente, fenômeno
de um ciclone (ou chamado de ciclone de Yakecan), outrossim foi a incidência de ciclone no
Estado em um intervalo de 3 meses após o de Yakecan. Além destes desastres ainda houve
outro desastre natural no final do mesmo ano (01/12) que entrou em situação de alerta para as
populações locais do norte como Vale do Itajaí e Florianópolis, pessoas tiveram que ser
resgatadas de helicóptero e perderam tudo o que tinham para o alagamento e deslizamentos,
deixando mais de 800 famílias desalojadas e outras 100 desabrigadas.

Portanto conclui-se que a há uma alta incidência de fenômenos como inundações e

deslizamentos, ciclones extratropicais, isso se dá, pois, a região do Sul é um clima temperado
úmido e há massas de ar com diferentes características que se encontram e causam
instabilidades climáticas, sobretudo é a região do encontro de massas de ar quente e úmido
vindo do Norte do brasil com massas de ar frio e seco da Argentina e massas de ar quente
úmido do oceano Atlântico. A convergência de massas nessa região se torna uma condição
propícia para formação de nuvens carregadas, frentes frias, baixas pressões atmosféricas e
consequentemente ciclones. Outra causalidade se dá por conta de altas temperaturas aliadas à
presença de rios e bacias que acabam favorecendo o processo de formação de tornados ou
eventos associados a temporais.

IMPACTOS CAUSADOS

Os impactos causados pelas enchentes variam pelos agentes condicionantes

antrópicos ou naturais, devido a natureza da região caracterizar-se por conter precipitações
habituais acaba por favorecer a saturação dos solos, o que aumenta o escoamento superficial e
a concentração de água nessas regiões. Em conjunto a isto e a impermeabilização do solo
diminui a eliminação dos meandros (curvas) existentes em alguns cursos d’ água, que
reduzem gradualmente a velocidade da água, ocorre a concentração do fluxo em pouco tempo,
e gera as chamadas “inundações relâmpagos”. (Conhecer Para Prevenir, 2016, 3° edição)
 6

Tem-se também com o aumento de chuvas a degradação do solo pelo fenômeno da

erosão gerando o “desgaste” do solo e atribuindo esse fator para a situação de Santa Catarina
isto se torna um fator para áreas em que casas de baixo padrão construtivo são construídas
próximos a taludes e a sua encosta que por fim pode gerar deslizamentos. (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas)

Enfim, os impactos que acontecem ocasionam diretamente na economia do Estado

que arca com os custos por não corrigir o manejo adequado de se lidar com a situação e isto se
reflete diretamente no ambiente e na população local que por não possuir conhecimento
quanto aos riscos acabam sendo os mais afetados.

RESPONSABILIDADE E ASSISTÊNCIA

Quando um desastre natural ocorre em solo brasileiro, a entidade pública responsável

em dar a resposta adequada e coordenar as ações para prestar auxílio a situação é a Defesa
Civil, que atua por 2 frentes, A primeira frente se trata da preparação e gestão do risco
antecedendo o desastre como alertar as pessoas quanto ao perigo. A segunda frente se trata da
gestão de desastre que se trata da resposta e auxílio para as pessoas impactadas por tal
desastre.

A Defesa Civil também coordena e convoca outros agentes públicos no trabalho,

como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, as secretarias de Saúde e Educação. Cabe à
Defesa Civil, portanto, coordenar as ações. Por isso, a entidade deve ter um cuidado especial
em gerir o conhecimento nas respostas aos desastres naturais, para que informações e ações
possam ser organizadas e compartilhadas de maneira adequada entre as agências públicas
envolvidas na operação. (Cardoso et al, Gestão do Conhecimento Nas Respostas A
Desastres Naturais)
 7

SOLUÇÃO PARA A PROBLEMÁTICA

O monitoramento do alteração atmosférica precisa manter-se recorrente, é necessário

tomar uma maior precaução para perturbações intensas as quais podem dar sinal da
existência de um ciclone, também deve-se priorizar o investimento em sistemas eficientes de
drenagem de água para ocasiões como alagamentos para o escoamento desta situação, é
necessário também a implementação de áreas permeáveis assim como dito pela ONU
(Organização das Nações Unidas) que recomenda uma taxa de área verde por habitante da
ordem de 12 m2/hab) além disto, a realização de um mapeamento eficiente das inundações e
o zoneamento urbano e periurbano consequentemente permitirão uma maior harmonização
do homem com a natureza se essas mediadas forem aplicadas. É valido ressaltar o perigo de
prédios perto a costa litorânea que se torna um fator de risco para ciclones extratropicais que
são recorrentes na região.
 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRUNA STROCIH, 07/02/2020, Disponível em:

Entenda os motivos de Santa Catarina sofrer tanto com tragédias climáticas (ndmais.com.br)
Acesso em: 27 jan 2023

DANIEL CARDOSO et al, Gestão do Conhecimento Nas Respostas A Desastres Naturais

Disponível em:Dialnet-GestaoDoConhecimentoNasRespostasADesastresNaturais-
4929753.pdf Acesso em: 27 jan 2023

ARTUR LESNAU, Site metropoles.com, 2022. Disponível em:

https://www.metropoles.com/brasil/veja-os-principais-desastres-causados-por-chuvas-em-
2022-no-brasil. Acesso em: 27 jan 2023

BRUNO SIMÕES, Artigo: AVALIAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO RUÍDO SÍSMICO

AMBIENTE DEVIDO À FORMAÇÃO DE UM CICLONE BOMBA EM SANTA
CATARINA OCORRIDO ENTRE 30/06/2020 E 01/07/2020, ano de 2021. Disponível em:
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/32630/1/2021_BrunoSimoesIbias_tcc.pdf
Acesso em: 27 jan 2023

Site Uol, Ciclone extratropical causa deslizamentos e derruba estruturas em Santa Catarina,
2022. Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2022/08/10/ciclone-extratropical-
causa-deslizamentos-e-derruba-estruturas-em-santa-catarina.htm. Acesso em: 27 jan 2023