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Física Geral II

Universidade Estadual Paulista – UNESP


Faculdade de Ciência e Tecnologia - FCT

Departamento de Física - DF
Curso: Engenharia Ambiental (Diurno)
Disciplina: Física Geral II, II- Sem. 2022

AULA 7

Primeira Lei da
Termodinâmica

01/Dez/2022

Prof. Dr. Marcos A L Nobre - II Sem 2022


Física Geral II

Índice

• Introdução a Primeira Lei da Termodinâmica

• Sistema fechado

• Sistema isolado

• Primeira Lei da Termodinâmica

• Processos de transformação (gases ideais)

• Leitura Complementar

Prof. Dr. Marcos A L Nobre - II Sem 2022


Física Geral II

Conceitos Fundamentais

• Introdução a Primeira Lei da Termodinâmica

• Sistema fechado

• Sistema isolado

• Primeira Lei da Termodinâmica

• Transformação em gases ideais a T constante

• Transformação em gases ideais a P constante

• Transformação em gases ideais a V constante

• Transformação adiabática em gases ideais

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Física Geral II

Introdução a Primeira Lei da Termodinâmica

Conservação de Energia

Gás Ideal

Métodos gráficos para usos da Primeira Lei

O trabalho W é numericamente igual à área entre a curva do


gráfico e o eixo do volume.

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Física Geral II

Primeira Lei da Termodinâmica

- Lei do tipo: conservação de energia. Desenvolvida


baseando-se em gases (ideais).

- Componentes da Primeira Lei da Termodinâmica: Energia


Interna U, Calor Q e Trabalho W, a unidade de energia é o
Joule J.

Lembrando:
U é função de T, U(T)
U = valor positivo = U2 – U1; ou seja U2 > U1

U2 associada a T2 U2(T2)
U1 associada a T1 U1(T1)

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Física Geral II

Conservação de Energia

Métodos gráficos para usos da Primeira Lei

O trabalho W é numericamente igual à área entre a curva do


gráfico e o eixo do volume, veja gráfico Pressão P x Volume
V. Gás é ideal.

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Sistema Termodinâmico

Vizinhança do sistema: o que fica fora da fronteira.

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Sistema Termodinâmico

- Sistema compõe-se de determinada massa delimitada por


uma fronteira, sistema a direita do diagrama anterior.

Sistema Fechado

- Sistema que não troca massa m com a vizinhança, mas


permite passagem de calor e trabalho por sua fronteira.

Sistema Isolado

- Sistema que não troca energia U nem massa m com a sua


vizinhança.

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Primeira Lei da Termodinâmica

Em sistemas fechados. Contendo uma massa constante.

- A 1ª lei restringe as trocas de energia entre um sistema e


sua vizinhança impondo a conservação da energia total.

- A Primeira Lei proíbe a criação ou destruição de energia.

Definição, os termos podem ser rearranjados:

Importante!
Q = W + U

ou rearranjando termos, definição:

W = Q - U

ou rearranjando termos, definição:

U = Q - W

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- Análise do Trabalho W:

Nas figuras abaixo o pontos representam um gás.

W = Q - U

Importante:
W > 0 → energia que sai do sistema, sistema
realiza trabalho

W < 0 → energia que entra no sistema, trabalho é


feito sobre o sistema
W > 0 → gás se expande fazendo trabalho (valor
positivo)

W < 0 → gás se comprime recebendo trabalho


externo (valor negativo)

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- Análise da Variação da Energia Interna U:

U = Q - W

W = 0  expansão do gás é nula o gás tem apenas


aumento do nível de vibração. A energia interna de um gás é
função apenas da temperatura absoluta T.

U = Q – 0 = Q  U = Q

Lembrando:

Q = mcT

Pode-se escrever:

U = Q = mcT 

U = m c T

onde:

m = massa = constante
c = calor específico = constante
T = T2 – T1

Sendo (m.c) uma constante, U depende apenas de T.

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- Análise da variação de temperatura ΔT:

T2 = T1  a temperatura final é igual a inicial, ou seja o


sistema não é aquecido ou resfriado, assim:

ΔT = 0 → ΔU = 0

T2 > T1  a temperatura final aumenta, ou seja o sistema é


aquecido, assim:

ΔT > 0 → ΔU > 0

T2 < T1  a temperatura final diminui, ou seja o sistema


resfria, assim:

ΔT < 0 → ΔU < 0

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- Análise do Calor Q:

Q > 0 → calor entra no sistema (valor positivo)

Uma fonte de energia térmica é aparente.

Q < 0 → calor que sai do sistema (valor negativo)

A saída de calor pode ser comprovada pelo esfriamento do


sistema.

Importante!

Q > 0 significa + Q

Q < 0 significa – Q

Os sinais positivo e negativo significam se o sistema recebe


“calor (+)” ou perde “calor (-)”.

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Processo Termodinâmico

Macroestado estado de uma gás ideal é o estado


caracterizado por uma pressão P, uma temperatura T e
um volume V.

Um processo termodinâmico é definido como uma


mudança de um macroestado de equilíbrio para outro
macroestado.

Importante!

macroestado 1 → macroestado 2

(P1, T1, V1) → (P2, T2, V2)

Em um gás, entre dois macroestados, cada um com sua


T, P e Volume, ocorre uma transformação.

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Tipos de Transformação em um Gás Ideal

Transformação em temperatura constante:

Transformação isotérmica T2 = T1

Transformação em volume constante:

Transformação isocórica V2 = V1

Transformação em pressão constante:

Transformação isobárica P2 = P1

Transformação adiabática:

Transformação que não envolve troca de calor

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Processos Durante a transformação

Isotérmico Temperatura T constante

Isobárico Pressão P constante


Isocórico Volume V constante
Adiabático Não troca calor com a vizinhança.

Processos Durante a transformação

Isotérmico P1V1 = P2V2

Isobárico V1/T1 = V2/T2


Isocórico P1/T1 = P2/T2
Adiabático Não troca calor com a vizinhança.

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Exercício de Aplicação: Calcule o trabalho feito por


um gás que expande.

As moléculas do gás recebem energia térmica e começam a


movimentar-se, causando uma expansão (aumento de volume) que
desloca o êmbolo para cima a uma altura “h”.
Esse deslocamento ocorre em virtude de uma força F que agiu sobre
o êmbolo. O trabalho “W” realizado pela força “F” é dado pela
equação:
W=F.h
lembrando:
P=F
A
rearranjando:
F=P.A
W = P . A. h
A variação de volume é dada pelo produto: área A vezes
altura h:
ΔV = A . h
Assim:

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Trabalho = W = Pressão x Variação de Volume


W = P . ΔV = P (V2 – V1)

PALAVRAS CHAVES

 Gás ideal
Expansão de gás ideal
Retração de gás ideal
Trabalho
Energia interna
Calor
 Primeira Lei da termodinâmica
Processo adiabático
 Sistema aberto
 Sistema isolado
 Processo de transformação isotérmico
 Processo de transformação isobárico
 Processo de transformação isocórico
 Processo de transformação adiabático

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Curso: Engenharia Ambiental (Diurno)
Disciplina: Física Geral II, – II Sem 2022

5a Lista de Exercícios Fixação

Exercícios: Aula 8 - Primeira Lei da termodinâmica

1) No que consiste a primeira Lei da Termodinâmica?

2) O que significa, fisicamente, trabalho positivo ou negativo?

3) Podemos afirmar que Q = -W em um processo cíclico? Comente.

4) Considere o diagrama P versus V com transformação entre início “i” e fim “f”. Duas
transformações são mostradas, a saber “A” e “B”. Com relação ao calor Q, comente as
seguintes relações entre QA e QB, a) QA< QB, QA > QB e QA = QB.

5) Defina os processos isocórico, isobárico, isotérmico e adiabático.

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Não omita nenhum detalhe.


Se necessário acrescente informações ou tabelas utilizadas na resolução dos exercícios.

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Disciplina: Física Geral II, II Sem 2022

5a Lista de Exercícios Comentados


01 )
Um recipiente contém gás nitrogênio a -3 oC e uma pressão de 10 atm. Determine a pressão do
gás nela aprisionado se a temperatura se elevar para 64,5 oC.

Resolução comentada:

A leitura do problema mostra que três variáveis de estado estão envolvidas na questão, a saber:
a temperatura T, a pressão P e o volume V.

O gás deve ser tratado como um gás ideal, o que permite trabalhar com um amplo conjunto de
relações entre as variáveis, relações estas descritas nas Leis de Boyle-Mariotte, Gay-Lussac e de
Charles.

Deve-se ter em mente que as três leis mencionadas acima correlacionam sempre varáveis-de -
estado duas a duas, exemplo pressão e volume, volume e temperatura e pressão e temperatura.
Para cada caso uma das variáveis de estado é constante para os dois estados envolvidos na
transformação, a saber: o estado final e o estado inicial.

Um nova leitura, atenta, do enunciado deixa claro a noção de que existem dois estados. Esta
informação de que existem dois estados e portanto uma transformação quando duas
temperaturas são dadas e se espera algum efeito em função deste aumento de temperatura.
Neste caso fica claro que a temperatura é uma das variáveis-de-estado do problema. A segunda
variável de estado do problema deve ser a pressão uma vez que a mesma aparece atrelada à
variável-de-estado temperatura.

Por completeza devemo-nos certificar que a terceira variável-de-estado o volume é a variável


constante na transformação. O enunciado poderia ser explícito nesta informação, mas ao
contrário a informação sobre o volume é dada de forma implícita. Quando o texto informa:
“Um recipiente contém...” fica implícito que a transformação ocorre dentro deste mesmo
recipiente o qual, possui um volume (mesmo que não informado) fixo, ou seja constante.

Se P e T são as variáveis de estado as Leis de Boyle-Maryotte e Gay-Lussac não podem ser


utilizadas pois têm como uma das variáveis-de-estado o volume, o qual é constante.

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Vo = Vf

Entretanto a Lei de Charles pode ser utilizada. A Lei de Charles relaciona P e T como:

Po/To = Pf/Tf (1)

Devemos ter cuidado para não misturar as variáveis de estado inicial (o) e final (f):

Também devemos lembrar que a temperatura a ser utilizada deve ser dada em graus Kelvin.

No estado inicial temos:

Po = 10 atm

To = (-3 + 273) K = 270 K  To = 270 K

No estado final temos:

Pf = ?

Tf = (64,5 + 273) K = 337,5 K  Tf = 337,5 K

Rearranjando a equação (1) de forma a explicitar o parâmetro Pf, temos:

Po/To = Pf/Tf  Pf = Tf Po/To (2)

Substituindo-se no termo mais a direita de (2) os parâmetros a dados, Po, To e Tf:

Pf = 337,5 x10/270  Pf = 12,5 atm

Resp.: 12,5 atm.

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02) Enuncie a Primeira Lei da Termodinâmica ou Primeiro Princípio da Termodinâmica. Qual o


significado físico da Primeira Lei da Termodinâmica. Utilize um diagrama para tecer os
comentários principais.

Resolução comentada:

A Primeira Lei da Termodinâmica é definida por uma equação que descreve a conservação de
energia em um sistema:

Q = W + U

onde Q ou Q representa a quantidade de calor que uma determinada massa de gás recebe ou
perde, W é o trabalho que o sistema recebe ou executa e U é a quantidade de energia
necessária a completar o valor entre energia recebida ou cedida e o trabalho executado.

De fato, o valor de U é necessário para que nenhuma fração de energia surja do nada ou
desapareça para o nada. Na prática, U deve ser considerada uma vez que  nunca é
numericamente igual a Q.

O diagrama abaixo ilustra uma aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica:

De acordo com o diagrama, ao se fornecer uma quantidade de calor Q, a um gás confinado em


um pistão, o pistão desloca-se, realizando um trabalho W, alguns textos representam o trabalho
por . Devemos lembrar que ao fornecer calor a um gás, aumentamos a velocidade média das
moléculas do gás, assim aumenta-se a energia cinética média do gás. Para tanto, uma parte do

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calor fornecido (Q) é absorvido pelas moléculas. Esta energia é denominada de energia interna
do sistema U.
Não se pode esquecer que o trabalho não sendo nulo é numericamente igual a área abaixo da
curva entre os pontos dados pelo volume inicial (Vo) e volume final (Vf), gráfico P x V.

Observação. A curva em vermelho é geral.

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03) A Primeira Lei da Termodinâmica ou Primeiro Princípio da Termodinâmica pode ser


considerado como uma lei de conservação de energia aplicada a um sistema gasoso confinado.
ou seja de volume conhecido. Esta lei permite a análise. Assim, Qual o significado físico da
Primeira Lei da Termodinâmica.

Resolução comentada:

Transformação isométrica ou isocórica:

Lembrando:

Processos Durante a transformação

Isotérmico Temperatura T constante

Isobárico Pressão P constante


Isocórico Volume V constante
Adiabático Não troca calor com a
vizinhança. Q = Q final inicial

Lembrando:

Q = W + U (1)

Na transformação isométrica, o volume sendo constante leva a um valor nulo de trabalho, e a


equação (1) pode ser reescrita.

Q = U (2)

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A interpretação física de (2) é a que se segue:

O calor trocado com o meio é utilizado na variação da energia interna do sistema.

Este fenômeno ocorre por exemplo, quando uma lata de aerossol é jogada no fogo, a energia
entra no sistema (o gás dentro da lata) pelo calor através das paredes de metal da lata. Por
consequência, a temperatura e a pressão do gás sobem até que a lata possivelmente estoure.

c) Transformação adiabática:

Por definição uma transformação adiabática é aquela baseada em um processo adiabático, ou


seja processo onde não existem trocas de calor, ou seja:

Q = Qfinal – Qinicial = 0  Qfinal = Qinicial

A relação acima pode ser entendida da seguinte forma: As fronteiras ou paredes de meu
sistema são impermeáveis à troca de energia através do calor.

Assim:

U  Q  W  0  W

U  W

Os processos adiabáticos são muito importantes na prática de engenharia, como na expansão


dos gases quentes num motor de combustão interna, a condensação de gases num sistema de
refrigeração e a compressão num motor diesel.

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Não omita nenhum detalhe.


Se necessário acrescente informações ou tabelas utilizadas na resolução dos exercícios.

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LEITURA COMPLEMENTAR
Mini Texto 01- Variação da energia interna (U)

O termo ΔU refere-se à mudança de energia atribuída à energia cinética das


partículas (moléculas e átomos) constituintes do sistema, no caso de um gás
ideal, pode-se dizer que ΔU equivale a:

n – número de mols (mol)

R – constante universal dos gases ideais (0,082 atm.l/mol.K ou 8,31 J/mol.K)


T – temperatura absoluta (kelvin)

Analisando as fórmulas, pode-se perceber que, caso não ocorra uma mudança
de temperatura no sistema, sua energia interna também permanecerá
inalterada. Além disso, é importante dizer que para as máquinas térmicas, que
operam em ciclos, a variação da energia interna, ao final de cada ciclo,
deve ser nula, pois nesse ponto, o motor volta a operar com a temperatura
inicial.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/primeira-lei-da-
termodinamica.htm

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LEITURA COMPLEMENTAR
Mini Texto 02 – Lei geral dos gases (PV = nRT)

A lei geral dos gases afirma que o produto da pressão pelo volume
do gás, divido pela temperatura termodinâmica, em kelvin, é igual a
uma constante. Essa constante, por sua vez, é descrita pela equação:

PV = nRT → PV/T = nR

onde n representa o número de mols (mol) e R representa a


constante universal dos gases perfeitos (0,082 atm.l/mol.K ou 8,31
J/mol.K).
Devido nR ser constante, mesmo gás, entre dois estados de P,V e T:

(P1 V1)/ T1 =nR = (P2 V2)/ T2

Na fórmula, P é a pressão exercida pelo gás, V é o volume ocupado


por esse gás, e T é a temperatura, medida em kelvin. A grandeza n
refere-se ao número de mols, enquanto R é a constante universal dos
gases ideais, que, frequentemente, é medida em unidades de
atm.l/mol.K ou em J/mol.K, sendo essa última adotada pelo sistema
internacional de medida.

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Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/gas-ideal.htm

Gás ideal é aquele em que as colisões entre as partículas são


perfeitamente elásticas. Entre as partículas dele, não há qualquer
tipo de interação, como forças atrativas ou repulsivas, além disso,
essas partículas não ocupam espaço.
Lei dos gases ideais
O estudo dos gases desenvolvido pelos estudiosos Charles Boyle,
Joseph Louis Gay-Lussac e Robert Boyle levaram ao surgimento
de três leis empíricas, usadas para explicar o comportamento dos
gases ideais em regimes de temperatura, pressão e volume
constantes, respectivamente.
Juntas essas leis formaram a base necessária para o surgimento da
lei dos gases ideais, que relaciona o estado termodinâmico inicial
de um gás, definido pelas grandezas P1, T1 e V1, com o seu estado
termodinâmico final (P2, V2 e T2), depois de ter sofrido alguma
transformação, de natureza gasosa.
Os gases reais, em que há ocorrência de colisões inelásticas entre
partículas, aproximam-se muito do comportamento dos gases ideais
em regimes de baixas pressões e altas temperaturas. Por
coincidência, nas condições normais de pressão e temperatura da
Terra (25 ºC e 1 atm), a maior parte dos gases comporta-se como
gases ideais, e isso facilita o cálculo de previsões acerca do
comportamento termodinâmico deles.

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Processos Durante a transformação

Isotérmico Temperatura T constante T1 = T2, P1 V1 = P2 V2

Isobárico Pressão P constante P1 = P2, V1/ T1 = V2/ T2

Isocórico Volume V constante V1 = V2, P1 / T1 = P2/ T2

Adiabático Não troca calor com a vizinhança. Qfinal =


Qinicial

Fórmula da lei geral dos gases em uma transformação:


(P1 V1)/ T1 =nR = (P2 V2)/ T2

Índice 1 indica antes da transformação, Índice 2 indica depois da


transformação.

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LEITURA COMPLEMENTAR

MINI TEXTO - 04: Calor Específico (c ou cp)

O calor específico (c) de uma substância é uma grandeza física


do tipo intensiva, ou seja, trata-se de uma grandeza que não varia
com as dimensões de um corpo da substância. Assim, como
exemplo, 1litro e 100 litros de água possuem o mesmo calor
específico.
Por definição, o calor específico é a quantidade de calor necessária
para que seja possível elevar a temperatura de uma determinada
substância por unidade de temperatura. A unidade do sistema
internacional SI é o joule por quilograma por kelvin – J/(kg.K) –
embora a unidade mais utilizada seja a caloria por grama vezes grau
Celsius – cal/g.ºC.
Esta definição explica o motivo pelo qual o cobre (Cu) pode ser
aquecido de forma mais fácil que a água (H2O), uma vez que o calor
específico da água é maior que o do cobre, demandando uma maior
energia para que atinjam, sob aquecimento, a mesma temperatura.
Lembrando:
Q = mcT
Pode-se escrever:
c = Q/mT

Importante:
Unidades de c:
J/(kg.K) ou cal/g.ºC

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LEITURA COMPLEMENTAR

MINI- TEXTO – 05 Capacidade Térmica (C)

A capacidade térmica ou capacidade calorífica (C) de uma


substância é uma grandeza física extensiva, sendo assim dependente
da massa do corpo. Assim, como exemplo, 1litro e 100 litros de
água possuem o mesmo calor específico c, porém apresentam
capacidades térmicas (C) diferentes, sendo que os 100 litros terão
uma maior capacidade calorífica.

C = Q/T

Por definição a capacidade térmica C é representa a quantidade de


calor necessária (cedida ou recebida) para que um corpo varie sua
temperatura em uma unidade. A capacidade calorífica de um corpo é
expressa em Joule por Kelvin (J/K), mas também dada como caloria
por grau Celsius (cal/ºC).
Pode-se estabelecer uma relação entre a capacidade térmica “C” e o
calor específico “c” de um corpo, desde que este apresente uma
única substância. Através da equação fundamental da calorimetria e
da definição de capacidade térmica temos que:

C = Q/T = mcT/T = mc

Assim:

C = mc

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